Chapter 14 - Capitulo 13

Varian juntou as mãos, fazendo um gesto irônico de aceitação. William observou por um instante e então riu, apreciando o entusiasmo do prisioneiro recém-libertado.

— Há,ha,hahaha.... — riu William. — Gosto do seu espírito.

No entanto, William fez questão de alertar Varian:

— Por falar nisso, Hidalgo é um dos melhores espadachins de nossa tripulação.

Varian ergueu uma sobrancelha, desdenhando o aviso.

— Hm... Acho que você não anda muito por aí, não é? — Variam respondeu com um raro sorriso confiante no rosto, sua voz carregada de confiança.

Por um breve momento, William olhou para ele com descrença, mas logo explodiu em uma gargalhada.

— Hahahaha! — Soltem Hidalgo! — ordenou William. — Devolvam-lhe a espada... E que a diversão comece!

Varian observou enquanto os homens soltavam Hidalgo das correntes e lhe entregavam uma espada.

Em seguida uma espada foi jogada em direção a Varian. a espada entrou firmemente na Areia , a lâmina bem afiada revelou a aparência de Varian pela primeira vez.

Com cabelos escuros e olhos azuis, se alguém conseguisse olhar atentamente aquilo poderia ver que no meio dos Olhos de Varian havia um pouco de verde.

Tirando o fato que sua aparência era deplorável, não parecia interferir em nada em sua funcionalidade.

Uma claymore que parecia ser muito usada, mas apesar da lâmina ser bem gasta podia ver que ela foi bem feita. um cabo longo e escuro acompanhado de uma guarda clássica prateada e surrada, era simples e confiável como deveria ser.

Varian sentiu o peso da espada em sua mão após tê-la pegado.

—hm…

Varian aprendeu tudo que Nathanael poderia ensinar-lo no quesito espadas embora Varian tenha sido ensinado com armas com tamanho menores ele também conseguia usar a Claymore de forma eficaz.

Hidalgo, o homem que havia recebido a espada estava vindo, ele usava uma espada bastarda, de comprimento semelhante a Claymore.

Tirando o fato dele andar engraçado não parecia que ele era amador (Como um bebado), ele possuia um olhar serio no rosto, ele viria para me matar.

Ele não parecia carregar mais nada com sigo além da espada…

O vento soprava levemente, levantando grãos de areia que flutuavam entre Varian e Hidalgo. O círculo de homens assistindo ao confronto ficou em silêncio, ansiosos pelo desfecho. Sem armaduras, sem escudos, apenas espadas em mãos e a habilidade adquirida em batalhas passadas.

Hidalgo, ainda ofegante devido ao cansaço e ao desespero, segurava sua espada com uma firmeza vacilante. Ele avançou primeiro, estocando em direção ao peito de Varian. Varian, por sua vez, reagiu de imediato, girando o corpo para o lado e desviando o golpe com a lateral da claymore. O som das lâminas ressoou no ar.

Ambos os guerreiros recuaram, ajustando suas posturas. Varian manteve o foco. Ele sabia que Hidalgo era perigoso, mas o desespero no olhar de seu oponente dava a ele uma vantagem.

Hidalgo lançou mais um ataque, um corte diagonal poderoso. Varian ergueu a claymore, bloqueando o golpe com precisão. A força de Hidalgo empurrou Varian para trás alguns passos, mas ele não perdeu o equilíbrio. 

Os olhos de Hidalgo estavam selvagens, desesperados para sobreviver. Ele girou em seguida, tentando um golpe horizontal, mas Varian se abaixou rapidamente, sentindo o vento da lâmina passar por cima de sua cabeça.

Varian aproveitou a abertura. Ele avançou com uma estocada direta em direção ao torso de Hidalgo, que, embora desesperado, conseguiu aparar o golpe com dificuldade. No entanto, o impacto o fez cambalear para trás, quase perdendo o equilíbrio.

O combate continuava equilibrado. Os golpes de Hidalgo eram fortes, mas menos precisos devido à tensão e ao medo que o consumiam. 

Varian, por outro lado, movia-se com a calma de quem aprendeu com um mestre experiente. Ele esquivava, bloqueava, e respondia com ataques calculados, testando a defesa de Hidalgo sem se expor demais.

O som das espadas ecoava enquanto os dois trocavam golpes. O suor escorria pelo rosto de ambos, misturando-se à poeira da areia. 

Varian observava o ritmo de Hidalgo, notando as pequenas hesitações entre os ataques, sinais claros de um homem que estava perdendo o controle.

Hidalgo avançou novamente, desta vez com um corte vertical que desceria com força sobre a cabeça de Varian. Em um movimento rápido, Varian deu um passo para o lado e, com um giro ágil, contra-atacou, mirando o flanco exposto de Hidalgo. O mercenário conseguiu bloquear, mas seu corpo já estava começando a sentir o peso da batalha.

Varian pressionou mais uma vez, aumentando a velocidade de seus ataques. Sua espada se movia com fluidez, quase como uma extensão de seu corpo. Ele fazia cortes rápidos e diretos, forçando Hidalgo a recuar mais e mais, cada vez mais cansado. O desespero no rosto de Hidalgo crescia a cada segundo, e seus movimentos ficavam menos eficientes.

Em um momento de distração, Hidalgo tentou um golpe desesperado, um corte amplo que deixava seu lado esquerdo completamente desprotegido. Varian viu a abertura e, com precisão, desferiu um golpe forte contra a espada de Hidalgo. O impacto foi suficiente para arrancar a lâmina das mãos do mercenário, que gritou de frustração ao ver sua única defesa cair na areia.

Sem dar tempo para reação, Varian avançou com um movimento rápido. Ele girou a claymore e, em um golpe controlado, bateu com a lateral da espada contra o peito de Hidalgo, fazendo-o cair de joelhos. A ponta da claymore logo estava pressionada contra a garganta do mercenário derrotado.

Hidalgo respirava com dificuldade, o medo e o cansaço evidentes em seus olhos. Varian o encarava de cima, seu peito subindo e descendo com a respiração acelerada, mas seus olhos estavam firmes, decididos. Ele havia vencido.

O silêncio que tomou conta da praia foi interrompido apenas pelo som das ondas ao longe. Os mercenários que assistiam ao combate observavam em choque, sem acreditar no que haviam acabado de presenciar. Varian, o estranho que apareceu do mar, havia derrotado um de seus melhores lutadores.

William em questão pareceu decepcionado com Hidalgo, mas ninguém conseguia ver aquilo 

Sem retirar a lâmina da garganta de Hidalgo, Varian se inclinou ligeiramente e falou com calma:

— Se levantar sua espada novamente... não lhe darei outra chance de se render.

Hidalgo, derrotado e sem forças, baixou a cabeça na areia em sinal de rendição.

— Senhor William, deixe Hidalgo viver — comecei, com a voz firme, mas não arrogante. — Ele já sofreu o bastante com a possibilidade de ser enterrado vivo. Aqueles que queriam vê-lo punido estão satisfeitos, e os que pediam misericórdia terão sua chance.

Eu respirei fundo antes de completar a frase,

 —E mantendo a mim e a Hidalgo vivos, terá dois lutadores habilidosos ao seu lado. Isso com certeza fortalecerá seu grupo.

William coçou a barba, pensativo com uma expressão complicada, seus olhos penetrantes examinando a situação. Ele olhou para os homens ao redor, mais de uma dúzia deles, esperando um sinal de consenso. Um por um, os mercenários assentiram silenciosamente. Então, Arthur lançou um olhar para o homem ao seu lado, provavelmente aquele seria seu imediato. Este também acenou com a cabeça em aprovação.

— Muito bem. — Disse William, levantando-se lentamente da pedra onde estava sentado. — Está decidido.

Seu imediato, após tomar um longo gole de sua garrafa, perguntou, com a voz grave e um olhar curioso:

— E qual seria o seu nome?

Respondi, sem hesitar:

— Varian.

— Um bom nome — murmurou o imediato, com um sorriso de canto antes de terminar de beber da garrafa e jogar para trás.

—A festa acabou rapazes, desmontar acampamento e preparar para partir. Disse o Imediato enquanto se levantava da pedra em que estava sentado.

Nesse momento, Hidalgo, ainda no chão, estendeu a mão trêmula para mim. A lâmina já não estava mais em seu pescoço, mas o peso do que acabara de acontecer ainda pairava entre nós. Seus olhos estavam fixos nos meus, sinceros e carregados de gratidão.

— Juro pelos cadáveres de meus parentes, e pelos que ainda vivem, mesmo que estejam à beira da morte — disse ele, com a voz rouca —, Eu pagarei essa dívida.

Encarei-o por um momento, avaliando suas palavras. Com um toque de ironia, respondi:

— Espero que pague mesmo.