"Pare," disse Dylan, levantando a mão.
Garwood então disse, "Senhor, é o sexagésimo aniversário do seu pai neste fim de semana. Será no Ritz. Sua irmã mais nova me ligou agora mesmo, perguntando se você gostaria de ir."
"Diga a ela que estou ocupado," ele suspirou. "E organize para enviar um presente, algo grande e caro."
Garwood hesitou por um momento, "Desde que você voltou para Los Angeles, você não foi ver sua família. Desta vez…"
"Isso é o bastante." Dylan interrompeu com rosto sério. Estava escurecendo lá fora, e ele podia ver que as luzes de fósforo da rua estavam acendendo, uma a uma ao longe. "Pegue, Savannah, e leve-a para casa."
Garwood segurou a língua e assentiu, foi embora.
Judy se apressou em chegar. "Oh, você sabe da relação ruim entre o Sr. Sterling e seu pai," ela sibilou. "Por que continuar trazendo isso à tona? Você sabe que isso só o deixa chateado."
Garwood forçou um sorriso, "Eu só quero saber por quê. Parece que há segredos por toda parte com esta família, e eu não sei nenhum deles."
Ele era o guarda-costas particular de Dylan há dois anos agora, tempo insuficiente para desvendar o nó górdio que era a família Sterling. Judy, por outro lado, esteve com o Sr. Sterling desde o seu nascimento e sabia cada detalhe íntimo sobre ele. Em muitos aspectos, refletiu Garwood, ela era como uma mãe para ele.
Judy lançou um olhar para Garwood que dizia 'deixe pra lá' e gesticulou com a mão de forma displicente. "Deixa as feras dormirem, Garwood. E além disso, o Sr. Sterling não te pediu para levar aquela jovem para casa? Corre-corre!" Ela disse, batendo as mãos.
***
Quando Savannah chegou ao portão, ela se deu conta de que ainda não sabia quem esse cara realmente era.
Ela decidiu catalogar o que ela sabia, ele é solteiro (sem aliança); ele é bonito (ela corou ao pensar nisso); ele está interessado e… ele é o que está a assediando. Meu Deus, ela pensou, que acordo eu fiz?
Ela sentiu uma pontada de arrependimento – ou seria remorso do comprador? – se apoderar. Ela vacilou, parada sob a marquise de um carvalho um pouco mais abaixo na estrada quando seu telefone começou a tocar. Ela atendeu o telefone, e era Devin, "Onde você está?"
Ela franziu a testa. "O quê?"
"Este domingo é o aniversário do meu avô. Devin disse impacientemente. "Eu vou te pegar amanhã de manhã. Vista-se bem bonita, e não me faça passar vergonha."
Ela apertou os dentes, "Eu. Não. Vou. E não quero mais nada com você e sua família."
O tom de Devin era frio, "Eu também não quero te levar, mas não depende de mim. É o meu avô, e ele valoriza muito a família. E eu gostaria que você não o deixasse bravo comigo. Eu vou te buscar amanhã e não traga essa cara de poucos amigos. Tente animar um pouco, tá?
"Eu..." Devin desligou antes que ela pudesse protestar.
De repente, qualquer segunda opinião que ela tivesse antes sobre esse Sr. Stirling desapareceu. O que quer que ele quisesse, valeria a pena para se livrar de Devin e sua prima, Valerie.
Ela se aproximou do portão no final da estrada de cascalho. "Você está indo embora tão cedo, senhorita." O guarda acenou.
Ela sorriu para ele enquanto ele ficava desconfortável.
Ela estava prestes a fazer algumas perguntas ao guarda de segurança quando Garwood alcançou ela em seu carro. Ele com a cabeça para fora da janela, "Senhorita Schultz, entre no carro, por favor, o Sr. Sterling pediu que eu a levasse para casa."
Ela entrou, e eles partiram.
Ao longo do caminho, Savannah sondou por mais informações sobre esse homem, Sterling, e no que ela tinha se envolvido. Mas Garwood era bom em seu trabalho e permaneceu estoico. "Senhorita Schultz, estou aqui para levá-la para casa, não para jogar vinte perguntas. Se você tem alguma pergunta sobre o Sr. Sterling, você pode perguntar a ele mesmo."
Bem, é isso. Ela pensou.
Savannah franziu a testa, "O Sr. Sterling é sempre tão autoritário?"
Garwood deu de ombros, "Você saberá em breve."
Savannah suspirou e recostou-se no assento.
"Pare aqui, por favor," Savannah gritou quando eles contornaram a curva para sua rua. Garwood parou, e ela saiu e correu para dentro de casa sem olhar para trás. Antes que ela pudesse subir as escadas, porém, uma mão bateu em seu ombro, e Valerie estava lá, sorrindo. "Savannah?" disse Valerie. Ela estava de pijama comendo cereal. "Onde você estava?" De repente, a imagem de Valerie de costas, Devin entre suas coxas acendeu como uma fogueira em seu cérebro. Ela se sentiu doente e desesperadamente queria tirar aquela imagem da sua cabeça, então ela pensou em Garwood. O bom e velho chato Garwood. Quase como não pensar em nada, ela pensou. "Hmm?" Ela respondeu a Valerie, olhando para trás.
"Por que tanta pressa? Onde você foi esta noite?"
"Apenas saí para caminhar."
"É mesmo?" Ela disse, abaixando a voz para um tom interrogativo. "Com quem? Eu vi seu carro – quem diabos era aquele?" Valerie estava indo diretamente para o ponto crucial.
"Ninguém me trouxe de volta, tá? Acho que você pode estar enganada."
"Não, eu estou certa, e sei o que vi. E não era o carro do Devin." Um tom de inveja entrou na voz de Valerie agora, como um gato miando antes de uma briga. Ela fez menção de subir as escadas, mas Valerie a bloqueou e continuou, "Não quero te dar uma lição, priminha, mas se você vai ser uma boa esposa para o Devin, você não pode simplesmente sair por aí em carros de outros homens a essa hora da noite." Savannah não podia acreditar no que estava ouvindo. A ironia da situação não era pequena.
Ela encarou Valerie com um sorriso sarcástico.
Valerie se sentiu nua sob o olhar de Savannah. "Não me olhe assim!" Ela disse, afastando o rosto dela.