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Verdade entre Mundos

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Synopsis
Neste vasto e complexo universo, a verdade não é um único caminho a ser trilhado, mas sim uma intrincada teia de possibilidades. Cada pensamento, cada dúvida e cada ação gera uma ramificação infinita, criando uma árvore de realidades alternativas que divergem e convergem, tecendo um tapete de mundos infinitos e individuais. Para cada ser, existe uma miríade de verdades, cada uma tão válida quanto a outra, tornando o mundo muito mais difícil de enxergar do que imaginamos. O verdadeiro desafio não é apenas descobrir a própria verdade, mas compreender que ela é apenas uma entre muitas. Nesta história, mergulhamos nas profundezas dessas verdades alternativas, explorando os vastos universos que surgem a partir de cada escolha e ação. Vemos heróis e vilões, mundos de paz e guerra, amores encontrados e perdidos, todos coexistindo em uma dança infinita de possibilidades. No entanto, em meio a essa multiplicidade, existe uma narrativa central que se desenrolará: a de Ard.
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Chapter 1 - Um Café da Manhã veloz

(A/N: This work is written in my native language, Portuguese. I do not plan to alter it as that would significantly delay my production. Therefore, I would appreciate it if you could use the translator or the app's translator.)

5:00 da manhã em um dos lugares mais perigosos do Reino Veliehr, a Grande Floresta Roshimu. O sol estava nascendo e a natureza era revelada com seu forte brilho natural.

"Eles começaram a mudar de local..." disse um jovem adulto na casa dos 20 anos, iluminado pelo brilho do sol nascente. Ele estava vigiando uma ninhada de Grandes Javalis das Montanhas. Esses animais podem facilmente ter 3 metros de altura, seguidos de uma enorme massa muscular que envolve seus corpos volumosos e tonificados. Eles possuem duas grandes presas que saem dos cantos de sua mandíbula, fazendo uma curva para cima.

Esses são animais que causam terror a qualquer caçador que tenha um encontro direto com eles, sendo capazes de viajar a 140 km/h, tornando uma fuga a pé quase impossível.

Mas o jovem que os vigiava de um galho de uma grande árvore parecia calmo diante da situação. Ele tinha uma expressão indiferente no rosto, indicando que esse não era seu primeiro encontro com tais criaturas. Sua aparência era facilmente distinguível da maioria dos homens; seu porte físico invejável assemelhava-se ao de um guerreiro de alta classe, com músculos visíveis e delineados. Seu cabelo médio-longo era preto, destacando ainda mais sua beleza junto com seus olhos azuis como o céu. Sua única vestimenta era uma calça preta e sapatos marrons.

No momento, o jovem fica em alerta, pois a ninhada de Javalis aproxima-se em grande velocidade do local onde ele está os vigiando. Sem demora, o jovem pula do galho em que estava e, em um instante, pousa no chão, criando um impacto que levanta uma pequena nuvem de poeira sob seus pés. Ele encara o líder da ninhada de Javalis ao longe, que com certeza era o maior de toda a ninhada, possuindo cerca de 5 metros e uma enorme quantidade de músculos ao redor de seu corpo feroz.

Em seguida, o jovem corre em disparada em direção à ninhada de Javalis, ultrapassando-a em instantes com uma velocidade impressionante. O líder da ninhada percebe a presença do jovem, tornando-se hostil. O jovem percebe que agora se tornou o alvo do líder da ninhada, que aumentou sua velocidade, deixando um espaço entre ele e a ninhada. O jovem bufa sorrindo e corre em direção a uma grande árvore. Ele dispara em grande velocidade e salta, perfurando a grande árvore com um pontapé. A árvore começa a desabar em direção ao líder da ninhada.

Mas o líder da ninhada consegue passar pela árvore, que desaba em seguida, mudando a rota que a ninhada atrás seguia. O Grande Javali olha para trás, vendo que sua ninhada o abandonou, e rosna olhando para o jovem que estava a 20 metros de distância, parado e observando-o.

O jovem suspira profundamente e inspira, permanecendo de pé e olhando para o Grande Javali de longe. Como resposta, o Grande Javali avança em direção ao jovem em grande velocidade. Nem mesmo as árvores ao redor, que eram quebradas e derrubadas, conseguiam abrandá-lo.

Por outro lado, o jovem responde a isso apenas fechando seus olhos, mantendo-se calmo diante da situação. Quando seus olhos se fecharam por completo, o tempo ao seu redor desacelerou num instante. Parecia que a percepção das coisas ao redor do jovem havia desacelerado após ele se concentrar. O Grande Javali havia chegado à sua frente, mas também estava desacelerado. À medida que avançava, logo alcançaria o jovem que estava de pé e de olhos fechados. Mas, quando chegou a um metro do jovem, este abriu seus olhos, que emanavam um brilho azul em suas pupilas.

Num instante, o Grande Javali recebeu um golpe invisível em seu focinho, que agora estava achatado. O Grande Javali havia recebido um impacto do jovem, que desferiu um golpe tão rápido com seu braço direito que parecia que seu braço não havia mudado de lugar. A força do impacto foi forte o suficiente para lançar o corpo do Grande Javali, que parecia pesar 8 toneladas, a 42 metros de distância, varrendo as árvores no caminho.

"Ele nem era tão durão assim— deveria ter me contido mais?" disse o jovem, encarando sua mão por alguns segundos antes de caminhar e ir recolher o corpo do Grande Javali.

♦♦♦

5:37 da manhã. O jovem já havia chegado ao seu vilarejo, que ficava a 20 quilômetros da floresta Roshimu. Ele andava pelo vilarejo com o grande javali erguido pelos seus braços acima da cabeça, até que a silhueta de um homem idoso com corpo robusto apareceu a alguns metros dele.

"Bom dia, Ard. Parece que sua caçada rendeu bastante desta vez também," disse o homem idoso, com um sorriso de admiração ao ver o grande javali sendo carregado por Ard.

"Bom dia, Sr. Hallard. Sim, a sorte estava do meu lado hoje," respondeu Ard, olhando para os arredores do vilarejo. No momento, apenas ele e o homem idoso estavam acordados.

"Você sempre diz isso, mas sei que é sua habilidade que faz a diferença," disse Hallard, com um sorriso orgulhoso. "Não precisa se preocupar em trazer a parte do vilarejo agora, meu jovem. Nosso vilarejo está em grande dívida contigo. Sem você, teríamos perdido a maior parte do nosso gado e colheita para os monstros e animais selvagens há anos."

Ard assentiu, mas havia uma sombra de preocupação em seus olhos. "Entendo, Sr. Hallard. Mas é o mínimo que posso fazer."

Hallard sorriu com carinho. "Você é um bom rapaz, Ard. Sempre pensando nos outros. Sabe, você lembra muito seu pai. Ele também fazia de tudo para ajudar a nossa comunidade."

Ard olhando para baixo, pensativo, antes de voltar olhar Hallard. "Mas não sei se eu e Sílvia conseguiremos consumir toda carne antes de estragar..."

"PFFT... HAHAHAHA!" O homem idoso riu após a resposta de Ard, tornando a atmosfera ao redor deles menos tensa. "Ok, traga depois a nossa parte. Eu distribuirei para os outros."

"Claro, Sr. Hallard. Depois trago a vossa parte," respondeu Ard, afastando-se do homem idoso com o grande javali em suas mãos, caminhando em direção à sua casa.

Enquanto Ard se afastava, Hallard o observava com um olhar pensativo. "Cuide-se, meu jovem. O mundo lá fora é perigoso, mas sei que você é mais forte do que parece," murmurou para si mesmo antes de voltar para sua própria casa.

♦♦♦

Após um bom tempo andando, Ard chegou em sua casa. Ele soltou o javali no chão de seu quintal e foi até a porta de entrada. A porta de madeira se abriu, e os sinos que ficavam do lado de dentro bateram um no outro, fazendo um barulho cintilante.

"Esqueci a porta aberta?" ponderou Ard enquanto entrava em casa. O chão de madeira soltava alguns ruídos baixos devido ao envelhecimento da estrutura, mas Ard já estava acostumado com isso e continuou a caminhar até a cozinha. Ele pegou a chave que estava na mesa da cozinha e saiu novamente, indo em direção ao depósito ao lado de sua casa, apreciando as árvores e a grama ao redor.

Chegando ao depósito, ele destrancou as portas e entrou. O interior continha uma grande quantidade de lenha suficiente para seis meses. Ele retirou oito troncos e saiu do depósito. Ard levou seis troncos para o quintal e os jogou no chão, partindo-os em dois com as mãos, como se estivesse abrindo uma ameixa.

Entrando em casa com os dois troncos restantes partidos, ele os colocou dentro do fogão. Estendeu a mão na direção da madeira e estalou os dedos, gerando uma pequena faísca amarela que, por sua vez, acendeu o fogão. Minutos depois, ele fez o mesmo com a lareira.

Do lado de fora, Ard cortou o javali com uma grande adaga afiada. Em questão de segundos, com sua grande agilidade, ele mutilou o animal, separando pedaço por pedaço. No entanto, o sangue do javali jorrou para fora, espalhando-se por todos os lados do quintal devido à rapidez de Ard.

"Bem, assim está bom," disse Ard, agora melado de sangue do javali, mas sem se importar muito. Ele pegou os pedaços e os colocou dentro de um grande saco de couro. Dirigindo-se a uma fogueira que havia feito do lado de fora de sua casa, Ard colocou um grande lombo do javali para grelhar. Entrando novamente em casa, ele preparou um refogado de cogumelos em uma panela, que tampou após terminar.

Indo em direção a um dos quartos de casa, Ard entrou no quarto de sua irmã mais nova, que tinha apenas 12 anos. Ela estava dormindo profundamente, coberta até a cabeça com o lençol. Ard suspirou profundamente e puxou a coberta, exibindo sua irmã, que estava dormindo em posição fetal.

"Whaan... Sílvia quer dormir... mais... um pouco..." disse a garotinha solonenta, cobrindo-se mais com a coberta, tentando dormir novamente. Ela era uma garota de corpo infantil e cabelos brancos compridos. Seus olhos verdes esmeralda deixavam sua aparência ainda mais fofa entre as crianças do vilarejo, mas nesse momento ela estava fazendo birra para voltar a dormir.

"Vamos logo, ou vai para a escola sem café da manhã."

"Tudo bem... Sílvia vai se levantar..." disse Sílvia, mudando sua visão para seu irmão. Ao vê-lo, não pôde deixar de arregalar os olhos com a visão que teve: seu irmão estava coberto de sangue por todo o corpo.

"AH!" Sílvia saltou da cama assim que viu Ard todo ensanguentado e se apoiou no canto da parede do quarto. "Irmão Ard?! O-O que aconteceu!?"

"Esse sangue não é meu. Lembra do grande javali que eu ia trazer?"

"Grande javali!? Ouvi dos adultos que eles são muito perigosos e rápidos!"

Os olhos de Sílvia brilhavam de admiração por seu irmão.

Fofa, pensou Ard, mas sua expressão permanecia inexpressiva. Ard era do tipo de pessoa que não mostrava muito suas emoções para os outros.

"Não são tão rápidos assim. Se fossem, eu não estaria preparando um grande lombo grelhado com ele."

Ard gostava de se exibir para sua irmã. Na verdade, qualquer irmão faria o mesmo para seus irmãos mais novos; Ard só era um desses.

"Sério!? Oba! Sílvia está feliz!" Sílvia pulou de felicidade, pois amava quando Ard cozinhava carne. "Sílvia ama irmão Ard!"

Muito fofa! exclamou Ard mais uma vez em seus pensamentos, embora seu rosto permanecesse inexpressivo. Sílvia foi abraçar Ard, mas ele a interrompeu, pondo a mão na frente dela.

"Calma aí, estou sujo... Se queres tanto comer, vai tomar banho e te preparar para nós sairmos. A escola não vai te esperar."

"Tá bom!" Sílvia saiu do quarto animada, dirigindo-se ao banheiro para tomar banho. Enquanto isso, Ard preparava a mesa com o café da manhã para três pessoas.

Assim que Sílvia terminou de se vestir após o banho e foi para a cozinha, ela viu seu irmão, agora vestido com uma camisa preta justa e já não mais sujo de sangue, mexendo a panela com o refogado enquanto demonstrava fracamente uma expressão de felicidade.

Super fofa! exclamou Ard mais uma vez em seus pensamentos, com o rosto ainda inexpressivo, ao ver Sílvia com um lindo vestido azul que combinava perfeitamente com sua fofura infantil.

"Whaaa, cheira bem... Sílvia está com fome..." Sílvia estava salivando para o grande lombo sobre um grande prato no centro da mesa. Sentando-se, ela avistou três pratos na mesa. A princípio, não disse nada, mas logo perguntou a Ard assim que ele trouxe a panela com o refogado para a mesa.

"Quando papai volta?" Sílvia olhou para Ard com um misto de curiosidade e tristeza.

"Eu não sei... mas um dia ele voltará. E verá como sua filhinha cresceu tanto."

Ard afagou os cabelos de Sílvia, que riu em resposta.

"Uhum! Sílvia cresceu muito!" disse Sílvia, fazendo uma pose confiante sentada. Sua confiança emanava um brilho reconfortante que fazia Ard sorrir com tamanha fofura.

Ard se acomodou à mesa e fechou os olhos em oração. "Bom proveito..."

♦♦♦

Após terminarem a refeição, Ard e Sílvia saíram de casa, preparando-se para ir até Ehrtnia , uma das muitas cidades do Reino Veliehr. A escola de Sílvia se localizava lá, e por isso, eles tinham que sair muito cedo. 

Enquanto passavam pelo vilarejo, o mesmo homem idoso que tinha se encontrado com Ard apareceu em seu caminho.

" Está aqui como prometido," disse Ard, entregando um grande saco de couro com pedaços de carne do javali.

"Mais uma vez, obrigado por sua ajuda, Ard. Irei distribuir agora para todas as pessoas da vila."

"Bom dia, Sr. Hallard!" exclamou Sílvia com entusiasmo.

"Oi, Sílvia. Já vai para a escola? Espero que esteja aprendendo muito. Crianças como você tendem a ter um futuro brilhante." As palavras do chefe da vila deixaram Sílvia um pouco envergonhada, já que suas notas não eram das melhores.

"Ok, temos que ir agora, Sr. Hallard. Tenho alguns afazeres na capital também," disse Ard, apressado.

"Tá, até mais tarde então. Boa viagem para vocês," respondeu o chefe da vila, despedindo-se de Ard e Sílvia.

Eles seguiram em direção à cidade de Ehrnat, onde novos desafios e oportunidades os aguardavam.