Chapter 20 - Sua Reclamação

No entanto, Mo Rao não sabia que, quanto mais agia assim, mais irado Fu Ying se sentia.

— Lunática!

Mo Rao não queria mais que Fu Ying ficasse ali. Ela o amaldiçoou com raiva e virou-se para ir embora.

Foi Fu Ying quem a colocou em perigo, e agora, ele estava procurando problema com os outros. Ela não havia pensado no que teria acontecido com ela se Lin Qun não tivesse aparecido a tempo.

A expressão de Fu Ying escureceu e ele seguiu imediatamente.

Ele olhou para o pijama de Mo Rao que chegava apenas até suas coxas. Suas pernas claras pareciam sexy. Ele ficou um pouco infeliz e tirou seu casaco para colocar nela.

Mo Rao queria se libertar, mas Fu Ying falou, "Você está brava comigo por causa de um homem?"

— Fu Ying, você enlouqueceu?! — Mo Rao parou em seu caminho. Seu peito arfava com emoção, e seus olhos involuntariamente lacrimejaram. — Lin Qun me salvou. Se não fosse por ele, você sabe o que eu teria enfrentado?

Mo Rao já se sentia injustiçada. Agora, suas lágrimas caíam incontrolavelmente.

Quando ele viu ela chorar, o coração de Fu Ying se apertou e ele se sentiu sufocado.

— Eu quase fui arrastada para um beco e estuprada! Onde você estava naquela hora? Você estava acompanhando sua amante! — Mo Rao enxugou as lágrimas e sua voz estava preenchida de raiva. — Foi você quem me abandonou na rua no meio da noite. Foi você quem correu para ver Qu Ru! Por isso eu corri perigo. Se Lin Qun não tivesse passado, o que você teria visto agora seria o meu cadáver!

Se isso tivesse acontecido, ela provavelmente se mataria.

Fu Ying entrou em pânico. — Eu não fiz de propósito, Rao Rao...

— Sim, você não fez de propósito. É apenas que existe alguém mais importante que precisa da sua companhia, então não importa o que eu diga, você tem que descer do carro. Se algo realmente acontecer comigo, contanto que sua paixonite te dê uma boa conversa, você vai pensar que valeu a pena, certo? — Mo Rao respirou fundo enquanto seu coração estava cheio de dor.

Fu Ying gaguejou, — Rao Rao…

— Não me chame! — Mo Rao interrompeu Fu Ying friamente. — Fu Ying, já se passaram três anos. Você nunca gostou de mim, nunca sentiu pena de mim e nunca soube o que eu queria.

— Como eu não saberia? — Fu Ying queria se explicar.

— O que você sabe? Você mandou Gu Hai enviar todos os pratos. Você não sabe de jeito nenhum minhas preferências. As roupas que eu estou vestindo são também de acordo com o estilo que você gosta, não o estilo que eu gosto. Até meu aniversário é algo que eu tenho que te lembrar antecipadamente. Meu presente é sempre um cartão sem limite. Você me deixa comprar coisas por conta própria. Você realmente me tratou bem? Não!

Mo Rao simplesmente se queixava de todas as injustiças que havia sofrido ao longo dos anos.

Vendo suas lágrimas rolarem pelo rosto, Fu Ying queria enxugá-las para ela, mas Mo Rao o empurrou para longe. — Não seja hipócrita. Guarde isso para Qu Ru!

A expressão de Fu Ying endureceu.

— Além disso, eu já pensei sobre isso. Se você tem medo que nosso divórcio prejudique a Avó, então nós dois podemos ir pegar a certidão de divórcio primeiro. Quando você sentir que a Avó pode aceitar, diga a ela que eu vou abrir mão da minha posição para sua queridinha!

Com isso, Mo Rao sentou-se no carro.

Ela não queria dizer mais nada. Ela apenas fechou os olhos e deixou sua mente ficar em branco.

Fu Ying não disse nada e apenas dirigiu em silêncio.

Quando chegaram em casa, Mo Rao saiu do carro e foi para casa. Fu Ying seguiu.

— Para que você está aqui? — Mo Rao perguntou friamente. — Se eu não estou errada, Qu Ru deve estar esperando você.

— Esta é a minha casa também. Eu preciso de um motivo para ir para casa? — Fu Ying franziu a testa.

Mo Rao deu uma risada sarcástica. — Fu Ying, você acha que isso é uma casa? Você pensa que é uma casa ou um bordel?

Toda vez que ele voltava, ele a aprisionava na cama e exigia sexo dela várias vezes. Depois que ele estava satisfeito, ele iria embora. Raramente ele parava e até mesmo era difícil fazê-lo acompanhá-la para uma refeição, a menos que ela voltasse para a mansão da família Fu. Somente lá ela teria a chance de comer com ele.

Parecia que o número de vezes que haviam comido juntos naquela casa poderia ser contado em uma mão.

Fu Ying ficou em silêncio. Ele não sabia como tratava esse lugar.

Mo Rao virou para entrar. De repente, seu corpo amoleceu e sua visão escureceu.

Fu Ying correu para frente e a carregou horizontalmente. Seu coração doeu ao ver o rosto pálido dela.

Quando ela não se sentiu mais tão tonta, Mo Rao percebeu que estava nos braços de Fu Ying. Ela vinha fingindo ser forte, mas agora, nos braços familiares, ela finalmente não conseguiu evitar um desmoronamento.

— Você está chorando de novo, chorona. — O tom de Fu Ying era carinhoso e seu coração amoleceu.