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Chapter 10 - Um inimigo poderoso além da conta.

Vendo os dois itens no chão, Edart usou identificar em cada um dos itens.

—["Corpo de Slime.

Descrição: O que já foi um slime feliz e saltitante, agora é apenas uma gosma rica em mana. Pode ser usado em receitas de alquimia."]

— ["Fragmentos de Núcleo Elemental.

Descrição: Esses fragmentos conseguiam armazenar mana e dar vida a um ser. Depois de quebrado, a mana concentrada em seu interior voltou a mundo."]

Olhando para o corpo do slime com percepção, ele viu que era rico em mana, mas essa mana também estava se dissipando para o ambiente. Ele não sabia o que fazer com isso, a descrição o deixou mal por ter matado o slime, então deixou de lado.

Se ele precisasse disso no futuro, essa planície poderia lhe fornecer o suficiente.

O segundo item era interessante, era um núcleo que continha mana. Vendo a descrição, Edart concluiu que, se ele quebrasse esse núcleo em um monstro, ele poderia matar imediatamente o monstro. O que poderia facilitar muito as próximas batalhas.

Esse núcleo quebrado não tinha muita utilidade, mas ele gardou mesmo assim. Era pequeno, não ocupando muito espaço, no futuro ele poderia estudar mais sobre isso.

—"Será que os humanos também tem núcleos?"

Edart olhou para si em busca de um, mas não achou nada.

—["Não vejo nenhum sinal de núcleo, mesmos quando uso a percepção de mana. Em vez de estar concentrada, a mana dentro de você esta circulando de forma caótica."] Éris também o checou, mas não achou nada também.

—"Ainda bem, ter tal ponto fraco seria ruim."

Não tendo mais nada para fazer aqui, ele pegou seus espólios e voltou para seu acampamento improvisado.

Edart passou um tempo descansando em seu acampamento avançado, enquanto ele descansava, ele estava treinado sua habilidade de percepção de mana.

Tendo descansado o suficiente, Edart partiu em busca de sua próxima presa.

Após vasculhar por um tempo, ele achou suas presas em potencial. Um slime azul e o outro era uma slime verde.

—"Vamos começar com o mais fácil."

Decidido, ele começou pelo azul. Desta vez diferente das outras, ele não preparou seu campo de batalha, em vez disso, tentaria lutar diretamente, para destruir o núcleo o mais rápido possível.

Edart não se importou em analisar o slime, ele pegou duas pedras lascadas e seu porrete. Avançando contra o slime, desviando de seus ataques, ele lançou primeiro as pedras, que acertaram em cheio o corpo do slime, afundando em seu corpo, causando algum dano.

Edart já estava se familiarizando com os ataques de água, sendo fácil para ele desviar e aproximar do slime.

Conforme ele se aproximava, alguns ataques conseguiam atingi-lo, mas ele ignorou a dor e avançou.

Chegando perto o suficiente para atacar com seu porrete, Edart não hesitou e atacou. O slime que viu que não importava o quanto atacava, seu inimigo não parava o avanço, vendo isso ele ficou hesitante e tentou fugir.

Vendo o slime assim, Edart não perdeu tempo e atacou sem piedade. Depois do sexto ataque, ele conseguiu acertar o núcleo e destruí-lo, 0 slime deu mais alguns pulos, mas logo ficou parado.

— ["Você matou um 'Slime Azul (Nível: 3).'"].

— ["Você ganhou 15 de XP"].

— ["'Manejo de Porretes' está no nível 3"].

Vendo que a batalha chegou ao fim, Edart relaxou e sentou-se. Em seu entorno não havia perigo, então ele não se preocupou.

Com a adrenalina passando, a dor apareceu em seus braços e pernas. Verificando seu corpo, ele achou alguns cortes, mas com uma 'Bola de Vida' tudo estaria bem.

— "Esse slime era fraco, se fosse mais forte eu teria problemas." Disse ele depois de ver seus ferimentos.

— ["Você não devia ser tão imprudente, você não tem duas vidas, se você morrer, tudo está acabado!!"] Éris gritou com ele, mas Edart percebeu que ela estava preocupada com ele.

— "Eu sei, eu sei. Isso não vai se repetir. Eu prometo."

— ["Bom mesmo!!"] Depois disso, ela não falou mais nada.

Realmente, Edart foi muito imprudente nessa última luta, mas ele está tão ansioso para ficar mais forte. Como ele já tinha matado dois slimes, ele sentiu-se muito confiante. Por sorte, era um slime fraco.

Por fim, ele olhou para o slime morto e usou 'coleta'.

— ["'Coleta' está no nível 2"].

—"Isso foi fácil." Disse surpreso.

Dessa vez, o consumo de mana foi menor que no slime verde. Edart não sabia dizer se era devido ao tamanho do slime, pois esse era menor, ou se era porque ele era mais experiente.

Deixando isso de lado, as mesmas coisas que o slime anterior deixou, estavam no chão agora. Não tendo utilidade para o corpo, ele só pegou as pedras negras quebradas e voltou para seu acampamento improvisado.

Lá, ele descansou até se recuperar para a próxima luta. Enquanto descansava, ele usou sua 'Percepção de Mana'. Usar essa habilidade não influenciava na recuperação de vigor, mas aumenta a recuperação de mana. Era como se ele absorvesse a mana conscientemente, não deixando seu corpo absorver apenas naturalmente.

O tempo passou e o sol ficou alto no céu.

—"Está na hora de enfrentar o próximo."

Edart levantou e partiu atrás de mais um slime, na esperança de ganhar mais um nível.

—"Éris, me guie até um slime solitário."

—["Ok."]

Logo ele achou mais um slime verde. Esse seria sua vítima.

Dessa vez, ele não saiu sem um plano. Seu plano era se manter afastado, evitando os ataques. Quando o slime se cansasse, ele atacaria e finalizaria a luta o mais rápido possível.

Não perdendo tempo, ele chamou a atenção do slime usando 'Identificar'.

— ["Nome: Slime Verde

Raça: Ser de mana

Nível: 14

Vida: 33/33

Mana: 36/36

Vigor: 35/35

Vitalidade (VIT): 7

Força (FOR): 10

Resistência (RES): 10

Agilidade (AGI): 8

Destreza (DES): 5

Inteligência (INT): 16

Vontade (VON): 8

Percepção (PER): 7 "].

— "Esse slime é muito forte." Vendo as informações do slime, Edart sentiu um pouco de medo, que durou apenas alguns segundos. Rapidamente, ele jogou esse sentimento para o fundo da mente e se concentrou na luta à sua frente.

O slime não ficou parado, logo após sentir alguém usando uma habilidade em seu corpo, ele começou a procurar o responsável. Vendo Edart parado ali com medo, ele não esperou e atacou.

Criando uma vinha em volta do pé de Edart, o slime conseguiu manter seu alvo parado. Vendo isso, ele começou a preparar seu ataque.

Edart que acabou de expulsar seu medo, se concentrou na batalha, viu as folhas girando em alta velocidade em cima do slime. Ele não hesitou e começou a movimentar-se. Infelizmente para ele o slime já o pegou e ele caiu no chão.

—"Porcaria!"

Não perdendo tempo, ele começou a atacar a vinha para se libertar de suas amaras.

O slime viu seu alvo tentar fugir, vendo Edart cair e tentando quebrar suas vinhas, ele atacou com suas Lâmina de Folha'.

Dez folhas girando em alta velocidade voaram em sua direção.

Nesse momento, uma voz veio ao seu ouvido. — [" O slime está atacando, tome cuidado!!"] Falou Éris.

Olhando na direção do slime, ele viu as folhas a 4 metros de distância vindo em sua direção. Não tendo muito tempo, ele se preparou.

Em apenas um segundo, as folhas já estavam a menos de 1 metro de distância. Nesse momento, Edart usou toda a força em seus braços e se jogou para a direita, movendo uns 40 centímetros. Infelizmente, ele estava com as pernas amaradas.

No segundo seguinte, ele sentiu o vento passar à sua esquerda. Embora preso, ele desviou-se de oito das dez folhas que vinha em sua direção. As outras duas o atingiram, uma no ombro esquerdo e a outra em sua panturrilha.

—"Ahhhggrr!"

Elas cravaram 5 centímetros em sua carne e a dor chegou ao seu cérebro, fazendo com que ele apertasse a boca com força. Uma lagrima podia ser vista escorrendo de seu olho.

O slime viu que o ataque, que era para acabar com aquele que o incomodava, havia falhado. Não perdendo tempo, ele começou a preparar mais 10 folhas.

—"Eu preciso sair daqui!"

Edart viu que o slime não ficou parado, ele percebeu que se não fizesse nada, aqui seria o fim de sua jornada. Ele se esforçou ao máximo, quebrou as vinhas e arrancou as duas folhas de seu corpo, o sangue escorreu de suas feridas sem parar. Sua mão acabou sendo cortada no processo.

—"Éris, me mostre minha barra de vida!" Logo algumas palavras apareceram em sua visão.

— ["Edart, Vida: 7/19"].

Sem hesitar, ele pegou duas 'Bolas de Vida' e jogou na boca e comeu. Ele não esperou pelo resultado e se jogou novamente para o lado. No local que estava anteriormente, havia 12 folhas cravadas na terra até a metade do seu comprimento.

O slime não ficou feliz em ver seu oponente se libertando de suas garras, não querendo deixar Edart fugir, ele criou mais vinhas.

Edart rapidamente se levantou e com um pouco de esforço, ele evitou as novas vinhas. Vendo que esse oponente estava em um nível muito superior ao dele, fazer uma retirada estratégica seria a melhor opção.

Parecia que o slime sabia o que ele queria fazer, pois quando Edart se virou para se retirar, ele viu mais vinhas, diferentes das anteriores, que eram finas e pequenas. Essas pareciam dois tentáculos, eram grossos na base e afinavam em direção a ponta, tendo cerca de 4 metros de comprimento.

Assim que Edart se virou e viu essas novas vinhas, o slime não perdeu tempo e fez as vinhas atacarem como um chicote.

Edart levantou seu porrete na horizontal e segurou com as duas mãos, uma em cada ponta, tentando se defender como pode dos ataques.

—"Desde quando os slimes podem fazer isso?!

Éris estava monitorando seus status, ocasionalmente mostrava para ele seu vigor e vida.

— ["Edart, Vida 15/19 , Vigor 5/12"]

Os tentáculos de vinha não causavam muito dano, mas cada impacto contra seu porrete sugava sua energia.

Após alguns instantes, os tentáculos perderam o ritmo, atacando mais devagar e com menos força. Percebendo isso, Edart se animou, parecia que o slime também estava se cansando.

—"Você também não é tudo aquilo. Hehe"

Sua alegria durou pouco, sentindo 3 pontos de impacto em seu corpo, seguido por uma forte dor, cuspindo sangue pela boca. Ele baixou sua guarda e um dos tentáculos atingiu seu peito com força, jogando Edart por 3 metros, ficando apenas 5 metros de distância do slime.

— ["Edart, Vida 3/19 , Vigor 2/12"]

— ["Rápido, use as 'Bola de Vida', o slime parece estar no limite também."]

Recebendo esse aviso, Edart enfiou a mão no bolso da calça e pegou duas 'bola de vida', uma pequena e outra maior. Enfiou na boca e comeu.

—"É tudo ou nada."

Sem esperar e com as folhas ainda enfincadas em sua carne, Edart fez a única coisa que podia. Segurando seu porrete como uma lança, ele mirrou no slime. Usando seus últimos pontos de vigor, usou toda força que tinha para fazer esse lançamento.

Ele viu a lança se afastando, indo em direção ao slime. Se ele estivesse em boas condições, ele tinha certeza de que acertaria dessa distância, mas em suas condições atuais e não sabia se teria êxito.

Sua força deixou seu corpo, sua visão começou a escurecer e seu corpo, por sorte, caiu para frente, deixando as costas voltada para o céu com as folhas cravadas nele.

Ele não sabia se ia sobreviver ou não e a última coisa que ele ouviu foi Éris gritando seu nome.

— ["Edartttt!!!!"]

Seu mundo ficou escuro, ele não conseguia sentir nada, nem ver nada. Não sabia onde era o céu, nem onde era o chão. Tudo o que existia era escuridão.

—"Onde estou?" Disse na escuridão, infelizmente não havia ninguém para respondê-lo. Nem mesmo Éris estava ali para responder.

O tempo passou e nada aconteceu até agora. Até que ele sentiu algo passando por ele, deixando um vento caótico para trás.

—"O que é isso?"

Logo em sua frente, nesse mundo preto, sua cor mudou para um cinza escuro, ele viu torres crescendo com um tom de preto.

Primeiro eram pouco e pequenos os prédios. Ao passar do tempo, havia mais e maiores eles se tornavam. Então eles subiram ao céu, onde Edart não conseguia ver seu topo.

Esses prédios eram lisos e pretos, sem janelas ou portas. Edart não sabia o que estava acontecendo.

—"Ha tantas torres. Mas o que é tudo isso?"

O tempo passou e as torres estagnaram, eles não creriam ou diminuíam em número, nem aumentavam ou diminuíam em tamanho.

Edart ficou vendo essas torres passarem, não vendo diferença por um longo tempo.

De repente, sentiu uma onda de choque que o atingiu, lançando-o contra uma torre. Ele se preparou para o impacto, mas nada o atingiu. Ao bater nessa torre, era como se nada estivesse ali.

Ele virou-se e viu que a torre estava desabando, então outras ondas de choque vieram e o jogaram como se ele fosse uma bolinha de pinball.

—"Como faço isso pararrrrrr!?"

Sendo jogado de um lado para o outro, contra as torres, uma por uma, elas caiam e sumiam na escuridão abaixo.

Assim, ele ficou por um tempo, e mais torres caíam com o tempo. Das milhares de torres que haviam, apenas algumas estavam intactas até onde sua visão alcançava, sendo que milhares estavam em pedaços.

O tempo passou novamente, e a calmaria se instalou. As torres que passavam por Edart pararam e assim ficaram. Edart olhou em volta, mas não viu nenhum ser vivo. Ele não sabia onde estava e nem como sair daqui.

—"O que é aquilo?"

Então algo chamou sua atenção, ao longe, uma torre caiu, criando uma nuvem de fumaça em seu lugar. Ele olhou para isso, mas não notou nada. Quando ia olhar para outro lugar, algo apareceu em meio a fumaça.

Era vermelho, começando fino e engrossando ao decorrer que saía da fumaça. Uma energia roxa o envolvia, e Edart podia sentir o quão opressora era.

De repente, esse tentáculo disparou contra uma torre próxima, a qual caiu sem resistência. Ele ia de torre em torre, derrubando todas sem exceção.

Logo, mais tentáculos apareceram e mais torres desabaram. Para onde Edart olhava, ele via esses tentáculos destruindo tudo, não deixando nada para trás.

As torres ao longe sumiram na escuridão e os tentáculos se aproximaram do cento. Edart começou a ficar com medo, ele não tinha como se defender e tinha certeza de que esses tentáculos opressores não deixariam nada para trás.

Torre por torre, elas foram destruídas, logo não sobrou nada. Assim que as últimas torres foram destruídas, os tentáculos pararam.

Havia milhares deles, muito mais do que o auge do número que as torres alcançaram.

Cercado por tentáculos vermelhos, a energia que eles emanavam era enorme, mas como se eles estivessem adormecidos por não haver mais torres para destruir. Essa energia diminuiu.

Edart ficou aliviado pela pressão que sentia ter diminuído. Mas não ousou se mexer. O tempo passou novamente, nada aconteceu. Entediado, Edart queria tentar algo, queria ver se suas habilidades funcionavam aqui.

Se concentrando, ele ativou a 'Percepção de mana', mas tudo o que viu foi escuridão, ele olhou em volta, mas não viu nada diferente. Quando ele ia desistir, uma pequena luz, com as cores vermelha, roxa e preta, todas misturadas em uma bola, chamou sua atenção.

Logo essa luz se intensificou, e apareceu em vários lugares. Mais e mais se acendiam. Ficando mais forte, ele teve que parar de usar a habilidade e fechar os olhos.

—"O que… é isso?"

Quando ele abriu de novo seus olhos, ele ficou horrorizado. Todos os tentáculos que estavam inertes estavam apontados em sua direção. A energia pesada de antes voltou e estava sobre ele.

Logo, a energia ficou tão pesada que ele mal podia suportar. Assim sua ele começou a perder a consciência e a última coisa de que ele se lembra era ver todos os tentáculos disparando em sua direção.

—"Nãooooooo….."