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Chapter 4 - Um mundo novo a ser explorado

Após ter esse grande despejo de informação em sua cabeça, Edart sentiu-se cansado mentalmente e era como se sua cabeça fosse explodir.

Esquecendo dos perigos que podia ter à sua volta, ele se encostou na árvore e fechou seus olhos para descansar e se recuperar um pouco do seu dia maluco. Logo ele adormeceu.

Acordando depois de um tempo, ele olhou em volta e não reconheceu onde estava, mas quando olhou para o lado, ele viu que estava em uma árvore, segurando-se firme na árvore para não cair. Suas lembranças do que aconteceu no dia logo voltaram e ele se lembrou de tudo.

— "Eu realmente não estou sonhando. Esse é mesmo um novo mundo".

Aceitando sua nova realidade, Edart começou a pensar no que deveria fazer em seguida. Após 10 minutos de reflexão, ele chegou a uma lista de afazeres. Água, comida, abrigo, fogo, armas, explorar, achar uma população.

— "Comida pode ser considerada feita por enquanto". Ao olhar em volta da árvore, podia ver uma abundância de arbusto de amorrinha vermelha, colocados em grupos com algum espaço em si. Ele teria comida para alguns dias.

— "Água é minha principal prioridade". Edart colocou como a maior importância, pois o ser humano não aguenta muitos dias sem água e as frutinhas não dariam água suficiente.

— "Acho que essa árvore terá que ser minha casa por enquanto." Olhando ao redor, não vendo nada mais que uma floresta, dormir no chão seria perigoso, pois ele não sabia o que poderia estar escondido, esperando uma oportunidade para atacá-lo. Se um pequeno coelho já era tão forte, ele não queria ver o quão forte seria um animal maior.

Pensando nisso, ele olhou para baixo e viu seu porrete encostado na árvore onde ele deixou. — "Você será minha arma por enquanto."

Agora só faltava explorar e fazer fogo. Embora Edart soubesse o princípio de fazer fogo, ele não tinha esperança em conseguir isso apenas esfregando dois pedaços de madeira, não com seu físico atual.

Olhando para o céu azul, as belas luas que ele havia visto antes não estavam mais lá, mas não era isso que ele queria. Rapidamente ele encontrou o sol. Olhando para sua posição no céu, poderia dizer que era por volta das 15 horas da tarde.

— "São por volta das 15 horas, mas será que nesse mundo o dia tem a mesma duração que na Terra?"

Não tendo certeza de quanto tempo de luz ele tinha, decidiu que iria explorar em volta da árvore por hoje.

Descendo a árvore com cuidado, logo chegou ao chão, pegou seu porrete e virou-se. De costas para a árvore, ele ficou ali, procurando por qualquer movimento, não vendo nada, foi até o arbusto mais perto e usou 'Identificar'.

—["Nome: Amorrinhas Vermelhas.

Raridade: Comum.

Nível: 8.

Descrição: Essa planta pode ser considerada uma praga. Encontrada em todo o continente, são resistentes e se espalham com facilidade. Produz amorrinhas que são deliciosas e adoradas por todos. Pode ser consumida sem ressalva.

Efeito: nenhum."]

As informações que apareceram não o surpreenderam. A planta não era nada especial e, olhando em volta, ele podia ver que, realmente, tinha muitas dessas plantas, até podia ser considerada uma praga, mas para ele era uma bênção. Com tantas plantas, os próximos dias teriam comida garantida.

Edart começou a se afastar um pouco da árvore e foi de arbusto em arbusto, colhendo algumas frutinhas e comendo. A tarefa não foi fácil, pois esses arbustos eram muito densos.

Conforme avançava, de tempos em tempos ele olhava ao redor à procura de perigo. Desde o ataque do coelho, ele ficou com medo de outro ataque.

Após comer o suficiente, ele andou mais e procurou por novas plantas. Seu esforço logo foi recompensado.

Ao passar por um arbusto, sua atenção foi atraída por uma planta pura e linda. Sem perceber, ficou ali apenas observando ela por alguns instantes.

Quando se recuperou do estupor, ele usou identificar para descobrir mais sobre a planta.

—["Nome: Lua Prateada.

Raridade: Rara.

Nível: 35.

Descrição: Uma bela flor branca que cresce sobre o luar. Cresce somente onde a natureza é intocada e calma. Traz uma sensação de paz e tranquilidade quando observada.

Efeito: Cura sua vida ao consumir suas pétalas. +1 de vida por segundo por 5 segundos."]

— ["'Identificar' está no nível 4"].

Olhando para a planta, ele ficou feliz por achar algo que pode curar sua vida. Não era nenhuma poção vermelha, mas já ajudaria em algum momento de crise.

O nivelamento da habilidade 'Identificar' trouxe felicidade, contudo ele não conseguiu notar nenhuma diferença, então testou novamente na planta. As mesmas coisas apareceram e, além de parecer mais fácil lançar a habilidade, ele não notou nada de diferente.

Com dó no coração, ele se aproximou da planta e arrancou as pétalas em forma de lua crescente e gradou no bolso da calça.

Mais uma hora se passou, ele explorou uma área em volta da árvore no tamanho de 700m², equivalente a um círculo de 30 metros de diâmetro. Nessa exploração, ele teve os seguintes espólios.

Doze pétalas de Lua Prateada. Equivalente a 3 poções de 5 de vida.

Um bolso cheio de frutinhas. Ele pegou para ter algo para comer à noite. Com medo de descer da árvore durante a noite, ele decidiu que era melhor garantir uma 'janta'.

— ["'Rastrear' está no nível 2"]. No caminho, ele achou uma trilha de algum animal, seguiu por algum tempo, mas como estava se afastando da árvore, ele decidiu que seria melhor voltar.

O sol já estava começando a ficar baixo no horizonte, então Edart decidiu voltar para sua árvore. No meio do caminho, ele parou de repente e se agachou.

Na sua frente está um animal cheirando o chão à procura de alimento. Esse é seu primeiro inimigo nesse mundo, um coelho branco, mas esse é maior. Devia ser um adulto da sua espécie.

Pensando no coelho que lhe atacou com tanta força anteriormente e olhando para o coelho parado na sua frente com o dobro de tamanho, uma linha de suor começou a escorrer por sua costas.

Segurando firme seu porrete, Edart ficou parado tentando não fazer barulho. Depois de alguns segundos, o coelho ainda não havia notado ele, então ele relaxou um pouco.

Pensando em quão forte era esse coelho, Edart pensou em usar sua habilidade para identificar o coelho, para ter alguma informação, entretanto teve medo de o coelho notá-lo.

Tentando decidir se deveria ou não usar a habilidade, passaram mais alguns segundos. Enquanto isso, o coelho comeu algumas frutinhas que estavam no chão.

Vendo o coelho comendo tranquilamente, ele se decidiu, levantou a mão esquerda que estava livre e começou a pensar, em usar a habilidade. Logo as informações começaram a aparecer. Ao mesmo tempo, em que elas apareceram, o coelho branco com grandes olhos azuis levantou a cabeça e olhou diretamente para Edart.

— "Porra, ele me notou, como isso é possível?". Gritou Edart com medo de ser descoberto.

Levantando-se rapidamente de seu lugar, segurando seu porrete firme com as duas mãos, Edart se preparou para o ataque. Ele pensou em correr, mas lembrou-se da velocidade do outro coelho, era melhor enfrentar do que sofrer um ataque pelas costas.

O coelho ficou parado olhando toda essa cena na sua frente, cheirou o ar duas vezes e, vendo que Edart estava parado e preparado para se defender, ele se virou para o lado oposto de Edart e saiu pulando vagarosamente.

Vendo isso Edart ficou confuso, o coelho que era para atacá-lo com fúria, tentando matá-lo, saiu de cena como se ele nem existisse. Logo Edart perdeu de vista, mas ficou com a guarda levantada.

Não perdendo mais tempo, Edart seguiu para sua árvore com cuidado, com medo que o coelho voltasse e atacasse por trás.

Chegando na árvore, ele não deixou seu porrete no chão, mas levou com ele para cima. Dessa vez, subir foi mais fácil, mesmo com o porrete. Chegando la em cima ele se sentou e descansou por alguns minutos, usou esse tempo para colocar seus pensamentos em ordem.

— "Por que razão esse coelho não me atacou?" Falou em voz alta para ninguém em especial, mas alguém o respondeu.

— [" Deve ser porque o primeiro coelho estava sendo afetado pelo 'Toque do Abismo'."]

— "Ahhhh!" Disse Edart assutado e surpreso. Por um momento, ele esqueceu do sistema.

— "O que você quer dizer com 'Toque do Abismo'? E como você sabe disso?"

Em vez de responder essas perguntas, algumas caixas de informações apareceram um sua visão.

—["Nome: Coelho Branco de Olhos Azuis

Raça: Coelho.

Nível: 10.

Altura: 30 cm.

Peso: 4 kg

Vida: 17/17

Mana: 6/6

Vigor: 10/10

Vitalidade (VIT): 4

Força (FOR): 2

Resistência (RES): 3

Agilidade (AGI): 8

Destreza: 5

Inteligência (INT): 3

Vontade (VON): 1

Percepção (PER): 4

Habilidades

Corrida (Comum)(Nível: 10).

Salto(Comum)(Nível: 5)."]

A primeira informação que apareceu foi do coelho que desprezou Edart e foi embora. Ele tinha uma alta AGILIDADE, mas o resto era baixo. Mas é quase igual a mim em quantidade de pontos de atributos, sou tão forte quanto um coelho, pensou Edart.

Esse coelho tinha duas habilidades, a primeira era uma habilidade de corrida, que fazia correr rapidamente para frente. Podia ser usada para correr ou para fugir.

A segunda habilidade era um salto, que aumentou provavelmente a altura do pulo.

—["Nome: Coelho Branco de Olhos Azuis (Em Fúria)

Raça: Coelho.

Nível: 1.

Altura: 10 cm.

Peso: 1 kg.

Vida: 12/12

Mana: 4/4

Vigor: 10/10

Vitalidade (VIT): 2

Força (FOR): 8

Resistência (RES): 2

Agilidade (AGI): 4

Destreza: 2

Inteligência (INT): 2

Vontade (VON): 1

Percepção (PER): 2

Habilidades

Corrida (Comum) (Nível: 1)

Maldição

Toque do Abismo."]

A segunda caixa de informação foi do coelho que atacou, ele era realmente um jovem, seus atributos eram baixos, mas sua força era incrivelmente alta, 'por que será isso?'

Como se para responder à sua pergunta, uma terceira caixa apareceu.

—["Toque do Abismo.

Descrição: Ao ser tocado pelo Abismo, a razão irá embora, deixando apenas confusão, raiva e ódio para trás.

Aqueles que recebem o 'Toque do abismo' vão atacar todo ser vivo que estiver em sua frente, seu único objetivo é a destruição.

Pode amaldiçoar os seres que entram em contato prolongado com o miasma exalado.

Aumenta o atributo: Força."]

'Então foi isso, posso ficar mais tranquilo', pensou Edart.

Essa maldição fortaleceu e fez o coelho atacar ele, o que significa que nem todos os coelhos vão atacá-lo.

Tendo essa pergunta respondida, várias outras surgiram. 'Como foi que ele foi amaldiçoado? Tem muitos animais que têm essa maldição? Dá para curar ou quebrar a maldição?' Várias outras perguntas surgiram em sua mente.

Depois de pensar sobre isso por algum tempo, sem conseguir as respostas para suas perguntas, Edart jogou tudo isso para o fundo da mente e se concentrou em outro assunto que ele queria resolver. Ele queria dar um nome para o sistema. Como ela se parecia com uma Inteligência Artificial, seria legal dar um nome, além de ficar mais fácil de conversar.

Mas, como essa IA apresentava uma inteligência avançada, ele queria a opinião dela sobre isso. Se ela parasse de ajudá-lo, ele perderia um recurso importante para o futuro, assim ele perguntou.

— "Ei, sistema, você gostaria que eu lhe desse um nome?"

Em vez de uma resposta, veio uma pergunta.

— ["Por que você quer me dar um nome?"]

— "Achei que você poderia querer um, todos têm um nome e seria melhor para nós conversarmos."

Demorou um pouco, mas logo veio uma resposta.

— ["Se você insiste, que seja um bom."]

Edart ficou quieto por um tempo, pensou em vários nomes, contudo nenhum parecia se encaixar. Não achava que seria tão difícil e estava prestes a desistir quando teve uma ideia.

— "Que tal 'Éris'? Como estamos ligados, pensei que se nossos nomes começarem com a mesma letra, seria legal". 'Também era o nome de uma deusa, só não lembro qual, bem, isso não importa.' Pensou Edart depois de falar.

Logo ela respondeu, não falou muito, mas dava para notar pelo seu tom que ela gostou.

—["Aceito!"]

— "Que bom, espero contar com você no futuro, Éris!"

— ["Estarei sempre aqui."] Respondeu ela no final.

Com esses assuntos resolvidos, o dia estava chegando ao fim, não tendo mais o que fazer e não querendo se arriscar no escuro, Edart comeu as frutinhas que estavam em seu bolso, depois ele encontrou uma posição menos ruim e tentou descansar.

— "Boa noite, Éris."

— ["Boa noite."]

Logo, o corpo cansado de Edart adormeceu.