Chapter 22 - O Leão vermelho

O portão estava sendo fechado no momento em que chegaram, mas parou na metade quando os homens na ameias gritaram. Sor Leo passou correndo pelos portões na direção deles, estava com um sorriso que perdeu força ao se aproximar, olhando a procura dos homens.

— saudações jovem senhor, bem vindo de volta a casa, Gwayne. — disse ele, fazendo carinho no nariz do cavalo.

— Sor Gwayne... — índicou Daeron, em tom amigável e sorridente.

Sor Leo abriu o sorriso novamente.

Gwayne desceu e abraçou ele.

— É bom te ver novamente, Sor Leo. — disse ele, de forma firme.

— Bom te ver também, vamos. — disse ele, gesticulando para entrar rápido. — precisamos fechar os portões, ou seu avô arranjará outro cavaleiro para meu posto. — Ele gargalhou.

Os arqueiros e lanceiros do portão estavam esperando por ele na entrada, todos queriam cumprimentar e demonstrar respeito.

Um deles perguntou sobre os homens, com rosto triste.

— Ninguém sobreviveu? — perguntou outro.

— Não sabemos, estávamos juntos com a cavalaria... Sor Jodi morreu na primeira batalha após deixarmos o Dente dourado, mas vocês já devem saber disso.

Eles murmuram em resposta.

Gwayne iria continuar mas um grito o interrompeu.

O velho Darwin berrou para seu filho, que estava descendo do cavalo nesse momento. Ele correu para o abraçar.

— Meu filho! Voltou vivo, é um guerreiro! — disse ele, alegre e olhando para os soldados.

Era perceptível a felicidade no rosto de Daeron.

— Sim, pai! — disse ele, abraçando seu pai. — voltei para casa, e sou um escudeiro agora!

Darwin olhou para Gwayne e o agradeceu por trazer seu filho de volta.

Depois puxou Daeron para um banco perto de sua armaria.

— Venha! Venha, me conte mais sobre isso, me conte tudo. — disse ele, pegando ele pelas mãos. — ah, meu garoto!

Daeron olhou para Gwayne com lágrimas no rosto e um sorriso enorme.

Gwayne sorriu de volta, feliz pelo amigo.

Ele voltou aos assuntos com Sor Leo.

— Eu contarei mais coisas depois, onde está meu avô? Onde está a senhora minha prima? — Disse Gwayne, com um sorriso no rosto.

— Venha, irei te levar até eles. — disse Sor Leo, colocando a mão no ombro dele.

Gwayne caminhou pela estrada principal guiando a rédia do cavalo com Sor Leo ao lado, o povo do vilarejo ficava feliz e o gritavam saudações quando passava, as crianças corriam até ele e ficavam gritando ao redor.

Eles subiram a pequena elevação para o castelo, e a escadaria de entrada.

O represeiro continuava lá, agitando suas folhas vermelhas sinistras. Os guardas na porta abaixaram as cabeças em respeito, e bateram em suas costas quando passou.

Gwayne pensou que eles o saudaram como se fosse um herói de guerra, mas Gwayne ainda se sentia envergonhado por ter deixado seu comandante para trás.

"Finalmente de volta a casa, senti saudade dessas pedras." — pensou ele, chegar na entrada do castelo.

Sor Leo o guiou até o salão principal, onde estava seu avô sentado, e Sor Patrick o acompanhava em pé.

Sor Lymond olhou para trás e viu Gwayne em pé, com armadura completa, segurando seu capacete no braço.

Ele arregalou os olhos de surpresa.

Levantou se salto e disse.

— Você parece mais alto, garoto! — e andou a passos largos para abraçar seu neto.

— Que bom que está vivo! — disse ele, com felicidade no rosto.

— Eu voltei, mas não meus homens... — Disse Gwayne, em tom triste.

— É uma guerra. — disse seu avô — muitos não sobrevivem, eles cumpriram seus papéis com nossa casa, e você fez o seu.

— Olhe só para você, estou orgulhoso.

Gwayne sorriu brevemente.

— Como eu prometi, irei te consagrar cavaleiro.

— Eu fui consagrado cavaleiro no campo de batalha, avô. — Disse Gwayne, em tom firme.

Sor Lymond o olhou novamente com rosto surpreso.

Seu avô poderia chorar de felicidade nesse exato momento, mas segurou.

— Quem o fez?

— Sor Jaime Lannister...

Então, sua prima Cerella passou pela porta correndo e se jogou para ele em um abraço.

Sor Lymond ainda estava processando as palavras de Gwayne.

"Eu sabia que você voltaria", disse ela em seu ouvido, depois sorriu. "Mas, está precisando de um banho"

Ela sorriu novamente.

— Sor Jaime Lannister, O Regicida. — disse o avô. — O que você fez para ele mesmo te consagrar cavaleiro?

"Pelos sete" exclamou Cerella, colocando a mão na boca "Sor Jaime?"

Sor Patrick ficou espantado também.

Ele apertou a mão de Gwayne e o saudou de forma fria, era o jeito dele. Sor Patrick sempre foi distante e competente.

— Os estão esses malditos servos! Tragam vinho pelo amor de Deus! Sente-se, Gwayne. — disse o avô, trovejando risadas. — quero saber de tudo.

Nesse momento, Meistre Caster chegou também com um sorriso no rosto.

— Aí está você, bom velhinho. — preciso enviar cartas urgentemente. Para Gwayne estar de volta em casa tão rápido, isso deve significar que o leão enfrentou uma derrota grande o suficiente.

Gwayne fechou o rosto e se afastou, não pode não se sentir ofendido por aquilo. Mesmo sabendo que os Lannister são seus inimigos, a fuga do campo de batalha o atormentaria para sempre.

Mais pessoas começam a se juntar na sala, a Septa, a professora de Cerella e todos os servos.

Gwayne estava com rosto obscurecido em pé, distante de seu avô.

A Septa Lorren tocou em seu braço e ele se sentiu saindo da escuridão de seus pensamentos.

— Está bem, jovem Gwayne? — perguntou ela, gentilmente.

Gwayne sorriu para ela, mas não respondeu.

Um dos servos estava enchendo a taça de seu avô com vinho.

— Gwayne, você honrou essa casa! — disse ele, erguendo a taça. — está chegando a hora! A nossa vingança.

Naquela noite, Sor Lymond fez um grande banquete e convidou todos para a festa, as comemorações chegaram até no lado de fora do castelo. Gwayne se sentou no meio do estrado e contou as coisas que aconteceram a quem queria ouvir, levantaram seus cálices em honra aos mortos e tudo mais. Para Gwayne não era motivo de comemorar, mas não queria estragar a felicidade deles. Quando o banquete estava no fim, Sor Lymond se aproximou.

— Uma das cartas que eu enviei foi para Lorde Luwyn, está na hora de oficializar nossa aliança. Sua noiva virá, assim como Gudrun que deve chegar a qualquer momento, enviei uma carta para eles virem na noite de sua partida e já escolhi o local para eles construírem a sede deles, Lorde Wulf quer oficializar seu estado de senhor também, com terras e um castelo. O momento está chegando, o renascimento do leão. A maioria das casas cavaleirescas vão nos apoiar, Rotherly, Highwood, Florion, Seagrove, Duterwell e Purplehart e etc, vão se unir a nós contra a casa Sarsfield.

Gwayne ouvia atentamente com a mão no queixo. Ele olhou seu avô levantando a taça novamente.

"A Sor Gwayne Reyne, O Leão vermelho!" Trovejou ele, seus cavaleiros à mesa responderam ao rugido. Outras pessoas ergueram a taça sem entender e com medo no rosto. A Senhora Cerella foi uma delas.