Carlos, um garoto de dezeseis anos, morava na pequena cidade de Spring. Era uma cidade pequena, envolta em por uma verdejante paisagem semi-florestal.
A rotina de Carlos era igual a maioria dos da sua idade. Acordar cedo para ir à escola, voltar para casa, jantar e sucessivamente. Aproveitava os fins de semana para praticar esportes e brincar com seus amigos.
Naquele dia, Carlos havia chegado tarde em casa. Ele estava mais cansado que o normal, comprimentou seus pais e foi direto para o quarto dormir. Carlos se deitou na cama, ainda com a farda da escola e, ajeitando o corpo procurava uma boa posição para dormir.
O cheiro de lavado exalava do lençol de cama, e suas mãos acariciavam o colchão, apreciando a testuda macia de cada parte do mesmo. Pouco a pouco, Carlos relaxava, sua respiração ficava lenta e profunda, e seus olhos pesavam cansados.
Carlos dormiu confortavelmente, sentindo-se tão leve quanto uma pena. Nesse momento seus olhos se abriram, e ele deparou-se com um lugar aparentemente infinito. A cor preta era a regra naquele local. Ele tentou se mover, mas mesmo o fazendo, era como se não o fizesse.
Para onde se movia a paisagem era a mesma monotonia de outrora. Não encontrava uma só diferença naquele lugar. Ele sentia uma sensação estranha, ele sabia que estava sonhando, mas aquilo era diferente, algo inexprimível por palavas.
Nesse momento ele acordou. Ficou cinco minutos sentados na cama refletindo tudo o que presenciará. Mas logo distraiu-se com sua mãe e, esqueceu de tudo, ao menos pelo resto daquele dia.