Chereads / Vol 1 - Carlos: O Mundo Negro / Chapter 11 - Capítulo 11: Caíram! E se Renovou a Vida.

Chapter 11 - Capítulo 11: Caíram! E se Renovou a Vida.

Tudo fez-se silêncio. Nem mesmo as nuvens ousaram lançar seu murmúrios de vento. Carlos levantando-se do trono, e olhou para os revoltados. Sua luz forte os atingiu, e todos sem exceção caíram, e se cobriam com suas asas.

"Basta!" disse Carlos, sua voz ecoou como um valente trovão. "Parem a batalha, pois do trono já me levantei. E agora pelo som de minha voz, vocês serão aprisionados num lugar que vos mesmo criaram. Serão aprisionados por milênios, mas um dia irão se libertar."

Nesse momento toda a beleza, poder e glória os deixou. Tornaram-se opacos, perde do seu brilho. Seus olhos, antes safiras brilhantes, verteram-se em um vermelho carmesim. Suas asas ficaram rarefeitas, isto é, com pouquíssimas penas, assim como um pássaro doente. Seus rostos tornaram-se amargurados e profundos, com um sorriso negro doloroso.

Nesse momento Carlos prosseguiu: "Serão agora, Cataegis, que quer dizer: aqueles que se voltaram contra a proteção e a luz do criador."

Os Ofanis, presenciando tudo isso, ferveram de amor pelo criador. Eles comentavam sobre seu poder e sua justiça. E diziam: "Quem pode com esse poder? Que há de não se submeter a luz do criador?" Estefan ouviu tudo isso, e grunhiu com raiva.

"Maldito!" gritou de maneira horrenda. "Você é um carrasco, tolo, que mente para suas criaturas. Não passa de um ser que usa de seu poder para controlar os outros. Maldito!" Estefan estava furioso, e esse era seu clamor de ira.

Carlos voltou-se para Estefan e disse: "Quanto a ti, serás de todos o mais amaldiçoado. Deles serás o rei, e toda a malícia, maldade e dor, proverá de você. Tu que causaste a discórdia entre os filhos da luz, torna-se agora, prisioneiro de sua própria armadilha. Tu que és Dominador sobre a escuridão."

Estefan então contorceu-se de dor e raiva, caindo de joelhos perante o trono de Carlos. Sua aparência tornou-se algo monstruoso. Era como um Rei sombrio, suas asas eram imensas de cor negra. Seu rosto era branquíssimo, de olhos negros e lábios escuros. Tudo nele era mal, e havia incrições arcanas em seu corpo que diziam: Aquele que tentou contra o bem.

Nesse momento Nael levantou-se, guiado por inspirações que vinham do próprio criador, e disse:

"Saiam!" gritou. "Sejam expulsos de Celestia, vocês que causam o mal. Não serão mais um de nós. Não nos reconhecemos em vós. Bendito seja o criador, pois com imensa justiça, baniu os filhos do mal."

Todos os outros Ofanis gritaram em fulgor: "Sim! Bendito seja aquele que se levantou do trono, aquele que com poder salvou os seus, e derrubou os poderes orgulhosos. Bendito e louvado seja!"

Nesse momento Estefan, ou Cartagis, que quer dizer, revoltado, e os Cataegis foram banidos para um lugar, chamado de Nergon, ou seja, o lugar do abismo. Alí, eles estaríam sujeitos a suas maldades, completamente separados do olhar e da luz de Carlos.

Carlos luminoso como nunca disse: "Vós que se voltaram a mim, serão agora grandiosos. Serão como minha própria glória. Tudo se sujeitará a vós, e serão arautos de minha vontade. Conheceram a mim em profundidade, eu vos falarei de amor."

Todos se alegraram. Celestia voltou a sua paz, renovada pelo brilho de Carlos. Os Ofanis rodearam o trono, e cantaram, dançaram e gritavam o amor que sentiam por Carlos. Era hora de festejar o amor do criador, oferecendo a ele toda a sorte de gratidão.

Carlos com um imenso sorriso, abraçou todos eles em um abraço reconfortante, um minuto eterno, que os encheu de completude. Nunca se houviu falar em tamanha benevolência.

E assim foi, todos agora estavam eternamente saciados do bem. Viviam por Carlos, para Carlos e em Carlos, de modo que conheciam e participavam de seu ser, iluminado e irradiando imensa alegria.