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Chapter 2 - Capítulo 2

Ao ouvir duas batidas na porta, desperto abruptamente. Emma adentrar o quanto, e sem cerimônia arranca o cobertor que me cobria. Sentando-se na beira da cama, tento em vão manter os olhos abertos, mas minhas pálpebras se recusam a obedecer.

— Acorda, fedelhar. — Diz Emma.

— Emma, são 6 horas da manhã, por que esta fazendo isso? — Resmungo, pegando o cobertor do chão e virando para o lado oposto.

— Ranchel, é necessário termos uma conversa. —Emma insisti e puxa o cobertor mais uma vez.

— Por favor, apenas 5 minutinhos.

— Não, depois você volta a dormir… Então se levantar. — Diz Emma enquanto me encara, ela faz um biquinho com um olhar de cachorrinho, imitando o gesto que eu acabara de fazer.

— RANCHEL

— Tudo bem… Você conquistou o que queria.—

Emma se apoiar na cabeceira da cama enquanto segurar uma das minhas mãos, respirando profundamente antes de me encara.

— Ranchel, por favor, me conta a verdade sobre o que aconteceu entre você e Sam ontem?

— Emma, nada relevante ocorreu.

— Ranchel, sou sua irmã e tenho grades preocupações em relação a você.

— De fato, não houve nenhum incidente, apenas esbarrei a cabeça na geladeira. —Falo mordendo os lábios, recordando da noite anterior e viro levemente o rosto, na esperança de que Emma não perceba minhas bochechas coradas.

— Na entrada do prédio, me deparei com Sam, um colega de trabalho, acompanhado de sua noiva. Aproveitei a oportunidade para convidá-los, peço desculpas por não ter, avisado com antecedência.

— Emma estou habilitada com suas reuniões aos domingos.

— Ranchel, você é minha irmã casula, não permitirei que ninguém brinque com os seus sentimentos. A partir de agora, não irei mais realizar encontro aqui. — Disse Emma enquanto segurava minha mão, ajeitando uma mecha do meu cabelo para trás e me dando um beijo na testa.

— Eu já não sou mais criança, Emma. — Empurro-a para fora da cama e ela se dirige até a porta, fazendo uma pausa por um momento.

— Para mim, você sempre será uma criança. —Jogo um travesseiro em sua direção, Emma rir enquanto fecha a porta. Sem sentir, mas sono, me levanto e vou em direção ao banheiro, tono banho.

— Ele está comprometido, mas que idiota. — Decido ir até a cozinha, preparo um sanduíche, e ao passar pela porta, avisto Emma se arrumando para o trabalho.

— Você permanece por aqui ainda?

— A residência não lhe pertence, minha jovem. — Diz Emma ao se observar no espelho com dois ternos na mão fingindo que não estou presente. Dou uma mordida no meu sanduíche e viro para sair.

— Ei! Fedelha… Qual dos dois combina mais com meu estilo, o branco ou preto?

— Tanto faz, os dois são lindos.

— Qual entre os dois?

— Pode ser na cor branca.

— Por isso optarei pelo tom escuro.

— Se você, já estava ciente da sua escolha por qual motivo você perguntou?

— Apenas pelo simples prazer de contrariar os outros. —Faço um gesto de desaprovação e, ao vê lá rir, fecho a porta ao sair.

O elevador está preste a se fecha no final do corredor, me apresso em direção a ele, gritando para a mulher segurar o elevador.

— Aguarde um momento! — A porta está preste a se fecha.

— Droga, precisarei aguardar o próximo. —A porta se abre mais uma vez e sem palavras agradeço a mulher.

— Obrigada por aguardar. — Recupero o fôlego, dirijo meu olhar para a mulher, e ao seu lado reconheço um rosto conhecido, fico o encarando.

— Você não planeja entrar? — Pergunta a mulher.

— Com certeza, obrigada. — Novamente expresso minha gratidão a mulher, que sorrir para mim.

Adentro ao elevador e passo pelos dois, antes que a porta se feche, permanecendo a atrás deles. Neste, momento as palavras de Emma ecoando em minha mente "Ele está comprometido", fazendo meu coração se entristecer. Observo sua costa larga, o terno impecavelmente passado ele, sua expressão excessivamente seria, transmitida não só firmeza, mas também certa arrogância. Recuo um passo, encostando--me na parede do elevador.

— Como ele consegue manter a seriedade depois do que aconteceu ontem? Ele me provocou um terremoto e age como se nada tivesse acontecido, idiota. — Murmuro enquanto viro para a parede do elevador.

Ao perceber que meu cabelo está bagunçado, o amarro para cima deixando duas mechas solta, passo delicadamente a não no meu pescoço até o ombro e mordo os lábios. A porta do elevador se abre a no 5° andar e entram três pessoas, fazendo com que ele recue a sua mão toca a minha. Olho para a mulher, a sua frente e me afasto um pouco, mas novamente, a porta se abre e mais duas pessoas entram. Ele se vira para ficar de frente para mim em nenhum momento Sam olhou em minha direção, então desvio o olhar e ouço o batimento acelerado do seu coração. A porta se abre novamente e todos começam a sair devagar. Aproveitando o momento, Sam sussurra no meu ouvido.

— Existem flores em todos lugares do mundo, mas nenhuma delas possuem sua fragrância.—

Ele deixa o elevador ao lado da mulher que salta em seu braço, e sussurrando em seu ouvido, que o faz rir. Passo por eles sem me virar, Ana está do outro lado da rua, acenando para mim, com sua moto estacionada, vou até ela.

— Você está atrasada… meu amorzinho. —Diz Ana.

— Verdade, ou você que é pontual demais? — Pergunto para Ana com um tom de brincadeira, fazendo ela gargalhar.

— O que aconteceu?

— Emma, como de costume.

— Estamos atrasadas, vamos! — Diz Ana com um sorriso encantador, entregando me um capacete enquanto da partida na moto. Olho para trás e vejo Sam me observando.

Ana estaciona, desço da moto e entrego o capacete para ela, mas ela não desce, levanto uma sobrancelha interrogativamente.

— Você não planeja comparecer nas aulas?

— Não, vou partir hoje, rumo a casa de meus pais em outra cidade.

— Serio, por quanto tempo você planeja ficar ausente?

— Fim de semana por completo. E você precisa encontrar um novo meio de transporte para voltar para casa. Ana me avisou, abraçando me.

Bryan vem buscar me, não se preocupe. E envie uma saudação para os seus pais, avise que na próxima oportunidade visitarei. Desejo-lhe uma boa viagem. — Falo me virando.

Ao caminhar em direção à sala, avistei Tadeu apoiado em um armário, tentando conquista uma garota. Aproximei-me dele e o puxo pela orelha, enquanto ele dava um sorrisinho para a garota que retribuiu.

— Ei, Ranchel, qual o seu problema? Acabou com a minha empolgação… Você conseguiu estragar o clima.

— Não desejo ver meu namorado flertando com outra garota na minha presença. — Disse isso olhando diretamente para a garota, e seu sorriso desapareceu, saindo de fininho. isso me fez rir.

— Espera, não foi isso que ela queria dizer… ei! Volte aqui. Ranchel. — Diz ele me puxando.

— Ela era realmente encantadora, você tem um belo olhar. — Comento liberando sua mão.

— Ela não foi a única que me encantou, tem uma pessoa bonita bem na minha frente. — Fala Tadeu me aproximando do armário, ergo uma sobrancelha e seguro o seu colarinho para que ele se incline.

— É uma pena que você não seja do meu agrado, mas ficaria interessada em experimentar algo fora do comum, ou prova uma fruta proibida.

— Peço desculpa, mas essa fruta não vai repetir a mesma história de Adão e Eva. — Disse Tadeu, colocando os braços em meu ombro e me levando até a sala.

— Eva degustou da fruta, enquanto eu apenas desejava provar.

— Não teste meus sentimentos dessa forma, pois acabo me entregando por completo a você.

— Você ainda vai se entregar, eu imaginando que você já tinha se entregado ao meu encanto.

—Infelizmente, os truques que você usa não afetar mim, querida.ááÁÁáaáa—Tadeu diz beliscando suavemente minha bochecha.

— Acabarão, de fato, se envolvendo romanticamente com essa brincadeira. —Diz Lucas pulando em cima de nós dois e nos arranca risadas.

O início da aula transcorre tranquilamente, como de costume.

Ao sair da universidade avisto Bryan, caminho em sua direção, assim que entro no carro ele dá a partida e começo a observar a paisagem pela janela.

— Ranchel! Nossos pais retornaram de sua viagem hoje.

— Certo.

— Ranchel, eles estão sugerindo que você siga a área da medicina, mas compreendo que não é o que você deseja.

— Não tenho afinidade com a medicina, sou apaixonada por arte. __ Bryan observa a estrada.

— Ranchel, não me importo com suas escolhas, siga seus sonhos. Estarei sempre ao seu lado. —Afirma Bryan a estaciona o veículo em frente ao prédio de nossos pais. Desço do carro.

— Você não planeja vir?

— Desculpe, mas já estou comprometido em outro lugar.

— Certo! Existe alguma mulher? — Digo me virando.

— Não é da sua conta docinho. — Disse Bryan, afastando se.

Ao chegar em casa me deparo com Emma e nossos pais jantando. Dirijo me até às cozinhas para cumprimenta los.

— Boa noite, pai, mãe, como foi a viagem.— Digo isso ao, nota um lugar extra preparado na mesa, e suspeito que não seja destinado a mim, ou que seja meu.

— Emma passar a manteiga. — Diz Elisa.

— Emma como foi seu dia no trabalho?

— Como sempre, dias agitados e outros calmos.

— Me contaram que você está trabalhando em um caso de extrema importância. —Comentou Rafael.

— Sim, estou analisando minuciosamente toda a situação com um colega, e torço que não se importe por te-lo convidado a pernoitar aqui.

— Não vejo nenhum inconveniente nisso. Desejo que seja um bom rapaz. —Fala Rafael.

— Ranchel, a comida está esfriando, venha se senta aqui. — Diz Emma apontando para a cadeira ao seu lado e, com um sorriso, recuso educadamente.

Virando para ir para meu quarto murmurando para mim mesma.

— "Não derrame lágrimas. Ranchel… Não faça isso Ranchel." __ Fecho os olhos, inspiro e expiro.

— Eles se comportam como se eu fosse invisível.

— Ranchel! — Exclamou Emma.

— Permite-a ir.

— Pai!

Escuto passo vindo em direção à cozinha, mas não consegui reunir coragem para me virar e ver quem é. Decido fecha a porta do quarto e me deito na cama, fechando os olhos na esperança de me acalmar. As lágrimas, começa a escorrer sem parar, meu peito aperta e sinto falta de ar, tento aliviar a dor batendo no meu peito, mas nada parece funcionar. As lembranças, triste da minha infância, me fazem chorar descontroladamente. A sensação de enjôo toma conta de mim ao recorda. Ouço todos sorrindo na sala de jantar.

— Eles me desprezaram por completo, percebi que aquele prato não era destinado a mim, mas sim um visitante… Não chore, não chore. —Falo com lágrimas nos olhos.

— Como é possível que um pai e uma mãe ignorem a existência de um filho. O que fiz para ser tão despreza por eles? — Falo me deitando.

Naquele instante adormeço, desperto de madrugada com um grande, vontade de comer bolo, me levanto silenciosamente e vou até a cozinha no escuro, abro a geladeira e pego um pedaço de bolo. Ao me vira esbarro em algo ou alguém, que pega rapidamente o pedaço de bolo que quase caiu. Escuto uma voz doce e suave.

— Seria melhor cessamos esses encontros frequentes.

Levanto o olhar e avisto Sam sorrindo enquanto segurar o prato com bolo, então tento sair dali.

— Para onde você acha que está indo?

— Para o meu aposento, e faça silêncio para evitar incomodar as demais pessoas. — Comunico com a voz baixa.

— Ranchel, você tem total convicção disso? — Indaga Sam, enquanto eu seguro sua boca com minha mão.

— Por favor, diminua o tom de voz, seu insensato. — Olho para ele, que segurar minha mão e se agachando para me encara nos olhos.

— Você derramou lágrimas?

— Não. —Quando começo a me afastar, Sam me segurar pelo braço, me atrai para junto dele e diz baixo no meu ouvido.

— Avisei que não ficaria com sede na próxima vez. —Diz Sam enquanto colocava o prato na mesa.

Ele me prendeu contra o balcão, seu aperto se intensificou. Encarei seus olhos azuis-turquesa, ele segurou minha nuca puxando me para que nossa boca se encontrassem; dessa vez Sam não esperou minha aprovação. Ele me beijou com ternura, seu toque era suave, e Sam, sem fôlego, sussurrou.

— Ranchel, tive que fazer um esforço enorme para não te agarrar naquele elevador, foi gostoso me provocar daquela forma? —Pergunta Sam ofegante, beijando meu pescoço me causando uma onda de calor. O empurro lembrando da mulher do elevador, ele nota a minha inquietação.

--O que está lhe incomodando?

— Você possui uma noiva.

— Noiva? Quando foi que me tornei comprometido?

— Emma já me contou tudo, a jovem que estava no elevador é muito bonita. — Falo, afastando me lentamente de Sam enquanto ele rir.

— HAHAHA, Maya é minha irmã, e não compreendo por que Emma inventou essa história. — Comentou Sam segurando minha mão. Ele se aproxima.

— Agora, você que tem um namorado, Emma também me falou, se você está comprometida, por que permitiu que eu a beijasse? — Interroga Sam, aproximando seu rosto do meu enquanto a guarda minha resposta.

— Eu não estou em um relacionamento, nunca me envolvi com alguém. — Ao afirma isso, Sam colocou suas mãos em minha cintura e me beijou novamente, ele se afastar.

— Ranchel, tenho um grande apreço por você desde o momento em que te vi pela primeira vez naquele café. Naquele instante, souber que você seria a pessoa com quem eu compartilharia minha vida. —Diz Sam regalando seus olhos.

Repentinamente ele me empurrou para baixo do balcão da cozinha e se inclinou sobre a bancada, pegando o meu pedaço de bolo.

— Sr. Rafael! —Chamou Sam com um pedaço de bolo na boca.

— Por que você está na cozinha a essa hora? — Perguntou Rafael.

— Peço desculpa por pegar um pedaço de bolo sem pedir, estava com fome. —Disse Sam nervosamente, e isso me arrancou risos, ele então me deu um leve chute para me calar.

— Só vim em busca de um copo de água, porém fique a vontade para se servir do que quiser nesta residência avisto, pois já o considero parte da família. — Rafael mencionou indo em direção à geladeira, Sam o para no meio do caminho, abrindo primeiro pegando a jarra de água para servir ao meu pai, que aceitou.

— Agradeço e desejo uma boa noite!

Sam expressa sua gratidão e se despede, enquanto Rafael se dirige para a saída. Sam se inclinar e me dá um beijo quando se levantar, encontrando Rafael olhando para ele.

— O garfo caiu e eu prontamente me inclinei para apanha lo.

— Compreendo o garfo caiu. — Comenta Rafael olhando para o balcão, ele se vira, mas uma vez e sai, encontrando Emma na sala.

— Por qual motivo você está aqui, Emma?

— Eu só estava indo apenas pegar um copo de água na cozinha. — Disse Emma com os olhos cerrados.

— Se você se encontra neste lugar, então quem estaria naquele outro lugar. —Rafael dirige seu olhar para Sam, Emma, novamente para Sam e para o balcão e depois para o meu quarto, Rafael colocar a mão em sua nunca como se estivesse sentindo dor. Emma o auxiliar a retornar ao seu quarto, Sam aproveita a oportunidade para me levanta e conduzir até o meu quarto, nós dois compartilhamos risadas, Sam me puxa para, mas um beijo e, antes de partir, sussurra.

— Estou profundamente apaixonado por você