Capítulo 4. ( Traição)
ATUALMENTE
Não vejo a hora, desse grande dia chegar. O tempo muda, nuvens pesadas se formar no céu, o vento sopra trazendo uma onda de frio que me faz arrepiar.
— Que ótimo! Quando não levo guarda-chuvas, resolve chover, que maravilha.— Está chovendo lá fora, as pessoas passam correndo umas pelas outras, correndo de um lado para o outro em busca de abrigo, talvez com medo da chuva. Olho na direção da cafeteria no final da rua e corro em direção a ele, quando chego na frente da cafeteria encontro um espetáculo que mudará minha vida para sempre.
Vejo meu noivo Sam alegremente segurando um pequeno sapatinho de bebê entre as mãos, e uma mulher sorridente ao lado dele… O tempo pareceu congelar naquele momento, aquela mulher era minha irmã Emma! Os dois se beijam, meus olhos não acreditam no que está vendo. Dou um passo para trás, meu coração parou de bater por um instante… Lágrimas escorreram pelo meu rosto. Aquilo foi como perder o chão sob meus pés, como se minha última esperança tivesse sido arrancada de mim. Viro sobre os calcanhares e caminho na direção oposta da cafeteria, começo a correr sem olhar para trás, sem olhar para onde ir, naquele momento eu sabia que simplesmente não queria estar ali. As lágrimas se misturam com a chuva.
De repente, sentir mãos grandes me agarrarem e me puxarem com força contra seu corpo. Olhei para frente e vi um carro passando por mim e senti a morte e a vida me abraçarem ao mesmo tempo. ("Chuva caindo").
Fiquei surpresa e não entendi nada, então vi um homem me abraçando forte e me perguntando:
— Você está bem? Você se machucou? —Surpresa e confusa, balancei a cabeça que sim.
— Você está louca? Você quer morrer, "se você quer, procurar outro lugar que não seja aqui". Encontre um prédio mais alto na cidade e pule de lá, para que você não tenha chance de sobreviver. — Disse o estranho.
Naquele momento eu só queria gritar, e bater no homem que estava na minha frente, dizer: que eu não queria morrer, que isso era um mal-entendido, que ele estava errado, que estava sendo um bastardo estúpido. Apenas abaixei a cabeça e comecei a chorar, meus olhos se encheram de lágrimas e falei entre soluços.
— Por quê? Porque hoje dói tanto, é meu aniversário, deveria ser um dia feliz, meus pais não me amam, minha irmã está tendo um caso com meu noivo, ela sempre teve tudo aos seus pés. Então por que ela quer meu noivo? — Perguntei com uma voz trêmula e os olhos cheios de lágrimas, olho para mãos que ainda me segurar.
O homem que ainda me mantém em seus braços. Diante de mim, o estranho encarava me através das lágrimas, sua voz hostil e seu olhar penetrante agora suavizado… E ele responde:
— O amor às vezes dói. Mesmo, você se esforce ao máximo se não receber reciprocidade, todo o seu esforço será em vão. Por isso, não vale apena bater em uma parede de concreto. Ou seja, não jogue pedra em muro alto.—
Ele se afastou um pouco, deixando alguma distância entre nós, quando ouvir alguém chama-lo.
—Matteo… Matteo!
O desconhecido me oferece o seu guarda-chuva, e ao se despedir com uma voz roca e tranquila, sussurra no meu ouvido.
— Não vale apena morrer por quem, que só te faz mal… Às vezes, o artista não reconhece a importância da obra-prima que tem em suas mãos.—Ergo meu olhar em agradecimento ao estranho que me salvou, porém, ele desapareceu no meio da multidão. Observo as pessoas com o coração cheio de desilusão, encaro o guarda-chuva escuro com o nome de Matteo em letras douradas. Ele me proporciona um tipo de afeto tão acolhedor.