Ao abrir a porta, Aiden ficou pasmo ao ver uma beleza como aquela batendo em sua porta.
A pessoa à sua frente usava um vestido preto que realçava suas formas perfeitas. Seu rosto era simplesmente deslumbrante, com cabelos castanhos e olhos azuis. Seu corpo não tinha muitas curvas, mas ela havia treinado seu corpo por muito tempo, pois seus músculos eram mais visíveis do que os de Aiden. No entanto, olhando de perto para o rosto dela, ela não parecia feliz por estar lá.
"Ei, Aiden, alguma coisa fora do comum?" A garota à sua frente perguntou com um tom que parecia conter desprezo.
Isso deixou Aiden completamente confuso, ele deveria conhecê-la, ela era alguém importante para ele? Mas ele rapidamente descartou isso porque a raiva começou a borbulhar dentro dele novamente, ao olhar para essa pessoa.
"Hm, não... está tudo perfeito? Mas, uh... quem é você?" Ele perguntou, tentando saber mais sobre a garota à sua frente.
"Você não se lembra quem eu sou? Você perdeu a memória ou o quê, haha?" A garota disse, rindo de Aiden.
"Peço desculpas, mas venho tendo problemas de memória ultimamente. Poderia me lembrar quem você é?" Aiden respondeu, dando a entender que não se lembrava muito.
"Nossa, você é realmente inútil. Nem consegue se lembrar da empregada que cuida de você desde pequeno." A empregada disse, olhando para Aiden com claro nojo no rosto.
"Você? Você é uma empregada, como assim?" Aiden exclamou, chocado, sem entender por que alguém que parecia ter treinado a vida inteira seria uma simples empregada.
"Bem, obviamente, eu não sou uma simples empregada. Sou uma empregada da família Nightshade, haha!" Emily, a empregada, explicou com um senso de superioridade contido no tom de sua voz.
"Então, você deveria cuidar de mim, né? Então, por que está rindo de mim?" Aiden respondeu, descontente com a atitude dela para com ele.
"É simples, na verdade; sua existência tem sido um incômodo para mim. Você era para ser talentoso e dotado, mas anos após seu nascimento, você ainda era o mesmo lixo de quando nasceu. Por isso, a família te expulsou e decidiu me enviar aqui uma vez por semana para verificar como você está." a empregada respondeu, claramente insatisfeita com sua situação e enojada com Aiden.
"Então, algo mudou recentemente?" Emily, a empregada, perguntou displicentemente.
Aiden, ouvindo que ela notou coisas que mudaram sobre ele, decidiu não contar a ela sobre seu despertar e decidiu mantê-la no escuro sobre sua situação atual.
"Não, nada de mais. Tudo como sempre."
"Então, acho que é adeus. Voltarei aqui em uma semana," Emily disse, enquanto saía do pequeno quarto que Aiden chamava de lar, com um sorriso maléfico no rosto.
"Tchau," Aiden disse enquanto franzia a testa, incerto sobre qual era o problema dela.
Parecia que Aiden teria que lidar com uma pessoa bastante irritante uma vez por semana a partir de agora. E se ela descobrisse que ele despertou e contasse para sua família. Aiden não tinha certeza de qual seria a reação de sua família, mas ele sabia que não queria voltar para lá nunca mais.
'Essa empregada nem mesmo está me respeitando, e eu deveria ser o mestre dela. Imagine o resto da família,' ele pensou, convencido de que nunca mais voltaria lá, custe o que custar.
Depois que ela saiu, Aiden abriu seu sistema e viu a mesma notificação de quando ele havia transmigrado naquele corpo pela primeira vez.
[Você será convocado para o Outromundo em três dias.]
Percorrendo que tinha apenas três dias antes de ser convocado novamente, decidiu sair de seu quarto e encontrar um lugar para comprar novos equipamentos, pois tinha apenas três dias para fazer isso. Se ele quisesse obter melhores resultados em seu segundo teste, precisaria se preparar para isso e não estar alheio como no primeiro.
Porém, havia um grande problema, Aiden não tinha dinheiro algum. Ele só tinha esse pequeno núcleo do monstro chefe, e não tinha ideia do valor real dele. Aiden pensou que o mangual não lhe renderia muito dinheiro, pois não parecia ótimo e provavelmente seria comum para a maioria das pessoas.
Mas ele não mudou de ideia e saiu de seu pequeno quarto. Ao fechar a porta atrás de si, ele deu uma olhada no novo mundo do qual agora fazia parte. Parecia que sua casa estava localizada na favela, pois lixo podia ser encontrado por toda parte ao seu redor.
Ele também podia ver algumas pessoas que pareciam exatamente com ele antes de despertar no chão. Eles pareciam muito fracos e não pareciam ter energia para fazer nada, mas quando Aiden começou a olhar para eles. Todos viraram suas cabeças em sua direção, e mesmo sem falar, ele podia ver que essas pessoas sofriam ainda mais do que ele.
Não sabendo onde ir para comprar equipamentos, ele perguntou a um desses caras onde ele precisava ir para vender seus itens.
O homem que respondeu tinha dificuldade para falar, mas Aiden ainda conseguiu fazer algum sentido de suas palavras. Parecia que havia uma loja por perto que comprava itens do Outromundo. Mas Aiden não sabia se essa loja era segura ou se ele seria atacado. Afinal, ele estava atualmente na favela.
Contudo, ele sabia que poderia simplesmente vencer quem quer que viesse por sua vida.
Depois de andar por alguns minutos na direção que o homem sem-teto havia dado, ele parecia ter chegado à loja sobre a qual o homem havia falado.
Aiden não tinha certeza absoluta que era o lugar certo porque o prédio parecia ter sido abandonado há muito tempo. O emblema da loja no qual estava escrito Loja do Outro Mundo estava começando a se soltar, quase caindo.
Mas ele ainda entrou, pensando que talvez o interior da loja fosse muito melhor.
Não surpreendentemente, não era nada melhor. A única coisa dentro da loja era uma única porta de madeira. Ninguém parecia estar trabalhando ou morando naquele lugar. Estava verdadeiramente abandonado.
Ainda assim, tendo vindo até aqui, Aiden decidiu conferir o que aconteceria quando ele abrisse a porta.
O sistema, que estava silencioso há algum tempo, de repente se ativou com uma mensagem que Aiden nunca esperava ver.
[Você está sendo teleportado para a Loja Subterrânea do Outro Mundo.]
"Esta velha porta de madeira é uma ferramenta de teleportação. Que diabos?"