Isla fitava o homem a quem não via há meses. Ele estava exatamente como no dia em que se casou com ele, embora sua aparência impecável não fosse de seu interesse.
Ele tomou a iniciativa de visitá-la no pavilhão, o que significava que ele precisava de algo dela.
'O que poderia ser?' Isla se perguntou.
Enquanto refletia sobre o comportamento do duque, sua mão foi inconscientemente até sua pequena barriga saliente, e ela começou a acariciá-la. Isso tinha se tornado um hábito sempre que ela se perdia em pensamentos.
'Bebê,' Ela olhou para baixo com um pequeno sorriso, como se saudasse a criança ainda não nascida. Então, como se um raio lhe atingisse a mente de repente, ela parou e lembrou-se de um evento passado que havia esquecido.
'Bebê...' Ela não estava pensando em seu precioso filho, mas em outra criança... o filho de Annalise... o protagonista do romance.
Deveria ser por volta do tempo que seu marido descobriu inesperadamente a existência de seu segundo filho... não... seu primeiro filho, já que o protagonista era três semanas mais velho que seu próprio filho.
Com essa lembrança, seu olhar... se possível... tornou-se mais frio do que antes, enquanto outro evento doloroso do passado ressurgia em sua mente.
Era outro dia em que seu marido estava no ducado pela primeira vez à tarde depois de ir ao palácio imperial sem visitar sua amante.
Quando ele fez isso, ela não pensou muito a respeito, mas depois de uma semana, um mês, dois meses... a esperança começou a se formar em seu coração.
Talvez... só talvez... seu relacionamento com a amante tivesse de repente se deteriorado. Ela assumiu isso e ficou mais leve e feliz que seu marido finalmente pudesse notar seu amor unilateral.
Depois que seu caso foi exposto a todos, ela se comportou da mesma maneira, só que seu sorriso não estava mais nos seus lábios, e a dor não podia ser escondida de seus olhos.
A coisa mais triste era que seu marido nunca falava com ela após seu aviso. Ele a avisou, sua esposa... sua esposa grávida, por outra mulher. Era muito triste para ela suportar sua traição.
Eles prometeram aos céus serem fiéis um ao outro, mas não demorou alguns anos para ele se voltar para outra.
Ela não era bonita o suficiente?
Seu corpo não era tentador o suficiente?
Ela não cumpriu bem suas funções como duquesa?
Muitos pensamentos negativos sempre vagavam em seu coração, e isso tornou-se deprimente para seu bem-estar.
Sua única salvação era a pequena criatura em sua barriga... sua única família neste mundo doloroso. Se as pessoas pensassem que ela odiaria a criança em sua barriga por causa de seu marido infiel, então estavam enganados.
Ela ainda amava seu marido, mesmo que ele não olhasse para ela. Ele lhe deu um presente, e isso era o bebê em sua barriga. Uma parte dela e dele estava crescendo em sua barriga, e isso trazia um sorriso ao seu rosto quando ela pensava a respeito.
''Minha Senhora, sua graça chegou do palácio imperial,'' Sua criada, Amélia, veio informá-la.
''Ele está por perto?'' Ela levantou-se abruptamente do banco no pavilhão. Não era sua culpa que ela não conseguisse se acostumar com sua presença à tarde, quando ele sempre chegava à noite em uma hora muito tardia.
''Minha Senhora deveria ter cuidado,'' Amélia alertou a duquesa de forma protetora, mas esta última não estava ouvindo.
Um sorriso feliz adornou seus lábios. Ela segurou sua saia fofa e apressou-se para fora do jardim.
Apenas talvez... Apenas talvez... Ela orava aos céus que sua suposição pudesse ser verdadeira, já que seu marido não ia àquela mulher nos últimos dois meses e meio.
Mas... como sempre, a realidade tinha que ser tão cruel com ela. Ela foi tola por esperar que os céus que nunca atenderam a nenhuma de suas orações sobre o marido lhe responderiam só porque ele parou de ir à sua amante.
Só porque ele parou de visitá-la por algum tempo não significava que ele não voltaria para ela novamente. Infelizmente, ela não entendeu e esperava infantilmente em seu coração.
Quando encontrou seu marido, notou que ele parecia bastante de bom humor, mas ela não pensou muito nisso.
Seu marido estava aqui com ela, e isso era o que importava para ela.
''Duquesa, preciso falar com você no meu escritório,'' Ele disse a ela e entrou no castelo.
Seu marido deu início a uma conversa com ela. Como ela poderia não estar feliz? Normalmente, ele ignoraria sua presença, mas agora ele falava com ela e a queria em seu escritório.
Entusiasmada com isso, ela também o seguiu, mas garantiu que não estivesse apresentável para ele. Suas roupas podiam ser extravagantes para sua gravidez, mas não eram apertadas para sua barriga. Ela fez questão de ter roupas modernas, mas confortáveis, após a descoberta de sua gravidez.
Ao chegar à porta de seu escritório, ela respirou fundo e a abriu para entrar.
Depois que a porta se fechou, ela olhou para seu marido, que se virou para encará-la com seu rosto inexpressivo habitual.
Eles se encararam até que ela não pôde mais suportar o silêncio.
''O que é, duque?'' Ela perguntou suavemente.
Seu marido continuou a olhá-la antes de decidir abrir seus lábios e declarar sua razão para chamá-la em seu escritório.
Se possível, Isla desejou não ter ido cumprimentá-lo. Ela desejou não ter escutado ele.
Ela desejou nunca ter entrado em seu escritório para ouvir suas palavras.
''Annalise está grávida do meu filho, e quero casar com ela como minha segunda esposa.''
Paralisada.
Sua mente, corpo e alma... cada célula de seu corpo estava paralisada. Ela esperava que as palavras que ouvia fossem apenas uma ilusão.
''O-Quê?'' Ela conseguiu falar, com os olhos arregalados. O que ele disse agora?
Novamente, seu marido falou como se não houvesse nada de errado com a situação, ''Estou esperando outro filho, e não posso permitir que um sangue hayes seja criado em condições precárias.''
''Mentiras,'' Instantaneamente, ela sussurrou incrédula.
''Você está mentindo, duque. Diga-me que você está mentindo?!'' Pela primeira vez, ela expressou seus verdadeiros sentimentos para ele. Toda vez ela escondia sua dor por trás de um sorriso brilhante. Se o duque sabia ou não, ela nunca saberia. No entanto, o fato de que ele não a procurou, disse muito sobre sua importância para ele.
''Você pode fornecer dinheiro para ela criar aquela criança fora daqui! Você precisa casar com ela neste ducado?!'' ela gritou loucamente para ele. Era sempre aquela mulher. Aquela mulher estava diante dela em tudo que dizia respeito ao seu próprio marido e agora seu filho inesperado quer tirar seu marido dela. Por quê?
Por que ela deve continuar a suportar essa injustiça de seu marido e daquela mulher?!
Ela não é sua esposa? Ela também é um ser humano com sentimentos, mas seu marido não os vê... Por quê?
Isla desejou que alguém pudesse lhe dizer o motivo, porque ela não podia continuar a tolerar essa indiferença de seu marido. Ela o amava mais do que qualquer coisa neste mundo, mas ele era cego para esse amor.
''E quanto a mim?'' Ela expressou seus pensamentos enquanto lágrimas pesadas como uma cachoeira desciam por seu rosto sem parar, '' E o meu filho... nosso filho, duque?'' Agora seu precioso filho não receberia o amor que pertence somente a ele, por causa daquela mulher.
''Ela tirou você de mim, e agora ela quer que você seja o pai do filho dela, o lugar do meu filho... que pecados cometi para sofrer assim?''
Ela perguntou ao marido, mas nunca obteve sua resposta, pois desmaiou naquele dia por causa do estresse.
'E dias depois você se casou com ela como se meus gritos, meu sofrimento, não fossem nada para você,' Isla terminou a história em seu coração enquanto erguia seu olhar gélido para este homem chamado seu marido.
Ele nunca a escutou, a menos que ele não tivesse casado com Annalise como sua segunda esposa. O mínimo que ele poderia fazer era criar aquele filho fora de casa. Ele nunca deveria ter trazido Annalise e seu filho para o ducado.
Mas ele não fez isso... e em sua segunda vida, finalmente lhe ocorreu que seu marido nunca se importou com ela.
Ela, sua esposa, nunca foi considerada em seu coração.
>>>🤧Espero ter conseguido transmitir a tristeza da Isla em sua segunda vida para vocês, pessoal🤧. Se vocês choraram, digam 'I' na seção de comentários. Como sempre, Votem Votem Votem, meus queridos leitores.<<<