(Perspectiva de Blue)
Abel liderava o caminho e eu o seguia, encharcada pela chuva até chegarmos ao corpo imóvel da tia de Dem. Ele agachou-se no chão e examinou seu corpo cuidadosamente enquanto eu permanecia por perto, horrorizada.
"Ela está morta", ele anunciou em poucos segundos.
'Saber se alguém está morto é fácil. Mas saber se alguém está vivo é difícil.'
"Não há chance?" perguntei.
"Não", ele balançou a cabeça.
"Ela morreu há aproximadamente quinze minutos", explicou. "Eu não posso nem fazer RCP. Não faz sentido."
"E a causa da morte? Você consegue entender alguma coisa?" perguntei, inclinando-me um pouco. Quanto a mim, eu não tinha ideia. Mas ele certamente tinha experiência.
"Não, nada."
"Caramba...", suspirei. "Por que hoje de todos os dias? E por que aqui?"
"Vossa Alteza, algo não parece certo. Precisamos voltar", disse ele, com a voz cautelosa.