Raine abraçou seu iPad junto ao peito quando ouviu a declaração de Torak, suas bochechas ficando vermelhas como carmim. Ela baixou a cabeça e a escondeu com o cabelo, que caía para os dois lados do rosto.
"Vamos dormir. Amanhã de manhã cedo iremos para nossa casa." Torak pegou sua mão e a guiou de volta para a imensa cama deles.
A palavra 'nossa' não passou despercebida, Raine ouviu claramente enquanto franzia a testa. Já fazia muito tempo desde que teve um lugar para chamar de 'lar'.
O homem, que ela conhecia há apenas três dias, havia beijado seu rosto, abraçado-a, lavado seus pés, ficado furioso por ela e oferecido a sensação de segurança que ninguém nunca fizera antes.
Essa sensação a confundia. Sentia como se o conhecesse há muito tempo, como se fosse normal estar com ele.
E também havia essa faísca, a sensação de formigamento que era difícil de rejeitar.