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Chapter 2 - À NOITE (2)

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Grito assustador, rosto temeroso coberto de lama

Ao redor do lugar havia muitas criaturas bestiais

O lugar parecia assombrado com um cemitério por perto

Todas as criaturas me cercaram, dei um grito

-Uma Noite Assustadora, por: Kavitha Krishnamurthy

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A suéter preta do homem havia rasgado em frangalhos enquanto seus longos cabelos pretos pendiam atrás dele. 

Raine soluçou quando, sem aviso, a mão ensanguentada dele agarrou a parte de trás de seu pijama e a arrastou para fora do quarto. 

Ele arrastou a pequena menina corredor afora para fora de seu quarto. Mais uma vez, ela gritou com todas as suas forças, numa tentativa de chamar sua mãe e pai. Mas, não houve resposta de nenhuma alma viva ao redor. 

Impossível...

O homem assustador acabara de passar pelo quarto dos pais dela, não tinha como eles não ouvirem seu grito alto, não importa o quão profundamente estivessem dormindo.

Ela chorou e tentou se libertar do aperto forte do homem. 

Ela arranhou a mão dele com suas unhas, mas a pele dele era dura como pedra, como se fosse feita de mármore. Ela tentou bater na perna dele, mas a tentativa foi outra agressão inútil, ele sequer se abalou com isso.

Então, ela mordeu a mão dele que estava agarrando seu pijama. E só então, ela conseguiu chamar a atenção do homem.

O homem parou de andar enquanto levantava Raine com sua mão esquerda. Sua tentativa de fugir o irritou a ponto de deixá-lo com raiva. 

Com um rosnado baixo de fúria, ele jogou Raine na direção do armário com porta de vidro, onde seu pai colocou sua coleção de miniaturas de torres que ele conseguiu dos lugares aonde havia estado. 

O vidro estava se estilhaçando no momento em que o corpo dela bateu contra o armário e em pouco tempo os pequenos cacos perfuraram sua pele em determinados lugares no corpo de Raine, fazendo a menina pequena gritar de dor. 

Os vidros quebrados se espalharam por todo o chão.

"Mamãe... Papai..." Ela chorou enquanto o fragmento cortava seus pés ao tentar se levantar.

Mas, seu medo do homem à sua frente, a tornou insensível enquanto ela recuava dele e correu em direção à porta aberta na sala de estar.

Enquanto Raine corria em direção à entrada, ela viu de relance dois corpos sem vida estendidos no chão. O sangue jorrava das feridas abertas em seus corpos.

Ela os conhecia!

"Mamãe! Papai!!" Ela gritou horrorizada. A cena era aterrorizante demais para ela. 

Traumatizada pela cena à sua frente, Raine desabou no chão enquanto um grito estridente escapava de seus lábios. Ela tremia e sacudia incontrolavelmente.

Cobrindo os olhos com as mãos, ela sentiu que o homem a aproximava-se novamente e a levantou do chão. 

Raine gritou quando sentiu seu corpo voar pelo ar ao se chocar contra a parede, a dor era simplesmente insuportável. 

No entanto, não era apenas ela que gritava de dor. Estranhamente, aquele homem também gritou numa voz aguda enquanto sofria de dor por algum motivo desconhecido.

Surpresa com isso, Raine então baixou a mão de seu rosto e lentamente levantou a cabeça para ver o que estava acontecendo com o homem que o fez gritar em tanta angústia.

Aquele homem segurava sua mão direita enquanto a veia inchada aparecia, visível para ela ver. Ela demonstrava o quanto de dor ele tinha que suportar naquele momento.

Percebendo que a única oportunidade de escapar finalmente havia chegado, a menininha arrastou seu corpo dolorido em direção à porta que dava para o quintal da frente de sua casa.

Ela pensou em ir até a casa ao lado, onde Tio James morava, e pedir ajuda. Com esse pensamento em mente, Raine se recompôs e forçou-se a ignorar a dor em seus pés sangrando. Assim, ela se moveu o mais rápido que seus pés podiam. 

Mais rápido... mais rápido... 

Disse Raine em silêncio relembrando a si mesma, ao passar pela porta da frente e pisar com os pés descalços na grama. O orvalho na grama fez a dor no seu pé se intensificar, como se ela estivesse correndo sobre milhares de agulhas espetando seu pé ferido, mas ela não podia parar ou se queixar. 

Quando ela havia corrido metade do quintal e quase chegou ao portão principal, algo a atingiu muito forte nas costas. Ela soltou um grito e arqueou as costas de dor.

Seu fôlego enfraqueceu quando sua unha afiada e longa atingiu a pele de seu ombro, impedindo-a de sua grande fuga. 

"Pare ou eu vou matar você!!!" Ele gritou bem na cara de Raine.

No entanto, sua ameaça não impediu a menininha de lutar contra ele, ela continuou lutando para se libertar até que sua mão sangrando tocou seu braço. O homem assustador gritou de dor novamente e afrouxou sua pegada em seu ombro.

Então ela percebeu, enquanto olhava de sua mão sangrando para a expressão de sofrimento do homem acima dela, aparentemente, seu sangue era a causa de sua dor.

Sem pensar duas vezes, Raine colocou sua mão sangrando em seu peito nu e no momento que sua pele fez contato, ele gritou de agonia. "Sua vadia!!!"

Antes que ele pudesse atingi-la, Raine se contorceu agressivamente e escapou dele. Ela se levantou rapidamente, arrancou o portão aberto e correu em direção ao quintal do Tio James. 

O homem assustador não a seguiu e Raine não teve coragem de descobrir o porquê.

Ela correu pela rua vazia até a casa branca ao lado da sua. Felizmente Tio James nunca trancava seu portão, caso contrário Raine não teria como entrar em sua casa. No momento em que ela chegou em seu terraço, ela abriu a boca para chamá-lo, desesperadamente procurando por ajuda.

Mas, parecia não haver ninguém dentro da casa, ela tentou algumas vezes chamar quem quer que estivesse dentro da casa, e terminou sem resultado. Frustrada, ela bateu o pequeno punho contra a porta de madeira e a chutou com força.

Batendo e batendo, uma e outra vez até que a comoção que ela fez acordou as pessoas dentro da casa.

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