Título: O começo dos Tormentos
Autor: Yume Taida
–O quê? Por que? (Satoru)
–Quando eu coloquei o CD dentro do leitor de discos, eu vi uma silhueta dentro da TV, parecia estar implorando por ajuda, e coincidentemente, isso ocorreu justo quando no rádio transmitia a notícia do desaparecimento da Nobumi Takemi… (Maruki)
–Certo, parece estranho demais para ser apenas uma coincidência, tsc, pena que não temos como provar isso. (Satoru)
–E se investigarmos? (Maruki)
–Você fala… entrarmos de novo naquele mundo? (Satoru)
–Consegue enxergar outra possibilidade? (Maruki)
–É, você está certo, amanhã depois da aula iremos então, mas antes, quero te levar em um lugar. (Satoru)
–Lugar? (Maruki)
–Sim, você vai gostar relaxa, bom, acho que já ta tarde, até amanhã.
Satoru encerra a ligação.
Dia seguinte após as aulas…
–Vamos?
Satoru pergunta cruzando os braços.
–Certo, aonde vamos? (Maruki)
– *risos* Vou te levar pra comer carne de primeira. (Satoru)
Midori que estava por perto, com seu grupinho de amigas, ficou prestando atenção na conversa dos dois que estavam saindo da sala juntos.
–Eu também quero.
–Tsc, ninguém te convidou Midori. (Satoru)
–Ah, é mesmo? Preciso lembrar quem está me devendo um mangá novinho? (Midori)
–Glup.
Satoru engole seco sua saliva e apenas concorda com a ida de Midori com eles
–Isso, isso, bom cãozinho. (Midori)
–Eu não sou cachorro. (Satoru)
E os dois começam a discutir… DE NOVO...
Após Midori se separar das garotas, Fumiko que estava no meio delas também, pega suas coisas e tenta ir embora apressadamente, no entanto ao perceber Fumiko passando por eles, Midori a chama
–Quer ir também Fumiko?
Midori pergunta.
–Ir aonde?
Fumiko questiona.
–Satoru disse que vai nos levar para comer carne de primeira!
Midori fala isso com alegria nos olhos.
–Me desculpe… hoje tenho que resolver alguns assuntos, até…
Fumiko sai da sala cabisbaixa.
Após isso…
–Ei, por que DIABOS estamos em um restaurante de Ramen?
Midori reclama com lágrimas nos olhos.
–O que você queria...você frustrou meus planos, não consigo pagar pra todo mundo.
Satoru com raiva.
–Mas precisava mesmo ser justo no lugar mais barato dessa cidade?
Midori reclamação indignada.
–SÓ COME LOGO, inclusive, por que a Akemi-chan não veio com a gente?
Satoru pergunta após uma espontânea mudança de humor.
–Pegou mal a reportagem falar que a Nobumi Takemi estava no hotel da família dela, ela está sob pressão provavelmente.
Midori responde em um tom mais sério.
–Realmente a família dela é bem rígida, mas do jeito que ela é, não esperava que ela fosse ser seca daquela maneira.
Satoru fala um pouco surpreso com o ocorrido.
–Nossa esse caldo está perfeito, eu vou querer mais um!
Midori fala fechando os olhos de tanto prazer que tinha nesta comida
–Pra quem estava reclamando da comida a 1 minuto atrás, acho que você tá me explorando muito.
Satoru diz em tom de deboche e sarcástico.
–Aqui está.
Uma menina bonita entrega a tijela a Midori.
–Sakura-senpai!
Satoru diz com uma expressão completamente alegre.
–Como vai a vida?
Satoru pergunta animado por causa da presença da garota
–Ah… vai bem. (Sakura)
–Você parece estar cansada, está trabalhando muito não é? (Satoru)
–Hehe, você me pegou. (Sakura)
–Cuidado para não se esforçar demais. (Satoru)
–Eu sei, obrigado Satoru, eu aprecio sua preocupação.
Sakura diz com um olhar alegre e com forçado no rosto. Mitsuru Sakura é a veterana de Satoru assim como Haruto e Shiori, com cabelos ondulados mas dando um contraste com uma franja completamente lisa, seus cabelos de coloração rosada e seus olhos azuis eram belos, era compreensível aquele olhar encantado de Satoru.
Após sair do local…
–Então você é apaixonado pela Sakura-senpai…
Midori lança um olhar sarcástico para Satoru.
–Tsc calada.
Satoru tenta cortar o assunto, virando o rosto que ficou um pouco vermelho.
–Bom, admito que sua atitude me surpreendeu, você parecia criança olhando pra ela. (Maruki)
–Ahhhh, até você Maruki? *suspiro*
–Eu estava me perguntando por que os dois estavam juntos hoje?
Midori pergunta mudando o rumo da conversa.
–Ah, isso? Decidimos investigar aquele mundo dentro da TV. (Maruki)
–Vocês são loucos? A gente quase não saiu vivo daquele lugar e vocês querem voltar pra lá???
Midori fala surpresa e sem acreditar com tamanha burrice.
–Bom, se tem um jeito de proteger as pessoas, não vejo por que não investigarmos.
Satoru diz com um olhar determinado.
–Como assim? (Midori)
–Temos motivos para acreditar que a morte da Nobumi Takemi tem a ver com aquele mundo esquisito. (Maruki)
–Quer ir com a gente?
–O quê?
Midori se demonstra surpresa com a pergunta de Maruki.
No quarto do Maruki…
–Não consigo acreditar que aceitei isso.
Midori se lamenta levanto sua mão direita ao rosto.
–Não vamos nem levar armas? E aquela pistola que você levou da última vez? (Satoru)
–Bom, eu perdi ela. (Maruki)
°°°Merda esqueci de pegar a arma.
Satoru se lamenta em seus pensamentos, pelo simples fato de que quando Maruki desmaiou ele e nem Midori pegaram a arma que ficou caída há uns dois metros de distância deles.
–Bom se tudo der errado vamos correr.
Maruki diz confiante.
–Certo, hora de entrarmos.
Maruki coloca o CD ao contrário dentro do leitor de discos, fazendo com que os chiados comecem, ele literalmente se joga dentro da TV.
–Parece que ele já se acostumou com isso…
Satoru diz receoso em fazer o mesmo.
Todos entram novamente no misterioso e inexplorado mundo da TV.
Dentro do mundo da televisão...
–Quanto mais eu penso, mais percebo que esse lugar é bizarro e que somos loucos.
Midori fala isso olhando para os lados, mas tudo que viam era o vazio, um lugar extremamente silencioso, talvez até demais, as diversas escadas pareciam não levar a lugar nenhum, mas teriam que tirar a prova para saber…
Eles começam a explorar sem rumo, até que ao subir uma escadaria extensa parecendo não ter fim eles acham uma porta grande de madeira.
–Meu deus eu não aguento mais subir escadas.
Midori reclama.
–Minhas pernas pedem arrego.
Satoru diz morto de cansaço.
°°°Nunca vi tantas escadas na minha vida.
Maruki pensa.
–Que porta estranha é essa?
Midori fala meio assustada.
–Eu vou lá saber, eu quero é mijar.
Satoru diz e sem medo acaba abrindo a porta.
Ao abrir… era um lugar que facilmente poderia ser uma cena de crime, várias fotos rasgadas penduradas nas paredes, sangue esparramado por todo o lado, além do mais bizarro, uma cama com correntes dos lados.
–Certo, acho que é hora de sairmos daqui antes de descobrirmos o que isso realmente é.
Midori diz apavorada.
–Merda… (Satoru)
–Satoru? (Maruki)
–Eu não aguento mais, EU PRECISO MIJAR.
Satoru vai pro canto da parede e desabotoa o zíper de sua calça.
–SEU PERVERTIDO, VOCÊ VAI MIJAR LOGO AQUI???
Midori fala enojada e indignada.
–São necessidades básicas o que posso fazer? (Satoru)
–Idiota pervertido. (Midori)
–Ahh pronto, agora não consigo mais mijar com você me julgando, satisfeita? (Satoru)
–*Mostra a língua*
–Você tem quantos anos? Seis? (Midori)
–Agora é você que quer falar de maturidade? (Satoru)
–Essas fotos…
Maruki corta o clima da briga de criança deles.
–Essa não é a Nobumi Takemi? (Maruki)
–Sim, é realmente ela… ela está rasgada…
Satoru se sente desconfortável.
–É Maruki, você estava certo, realmente este lugar tem a ver com o crime. (Satoru)
–Vamos embora, eu não aguento mais este lugar…
Midori diz cabisbaixa, demonstrando extremo desconforto.
Eles então descem as escadas e decidem voltar para onde estavam quando caíram.
–Agora fica a questão, a gente vai voltar como?
Satoru pergunta.
–Tsc, eu não sei. (Maruki)
–O que é aquilo?
Maruki é interrompido por Midori.
É possível ver uma sombra estranha se aproximando em meio a neblina…
–É o nosso fim, merda eu não queria morrer virgem.
Satoru se lamenta.
–Não chegue perto, somos perigosos, eu sei lutar Judô!
Midori pula igual uma maluca.
–...
??? Fica em silêncio e continua se aproximando…
FIM DO CAPÍTULO 3