Título:Ilusões Despedaçadas - O Duelo das Identidades
Autor:YumeTaida
–Entrar novamente? Vocês enlouqueceram?
Midori diz preocupada.
–Podemos ajudar as outras pessoas dessa forma, sinceramente seja lá o que estiver por trás da morte da Nobumi Takemi e da Sakura-senpai, eu tenho certeza que não será a última vítima.
–...
Midori fica sem palavras após Satoru ser sincero.
–Tudo depende de você Maruki… você irá?
Satoru pergunta.
–Sim, eu também quero descobrir o mistério por trás de tudo.
–Certo, então vamos.
Satoru diz determinado.
–Você vem Midori?
Satoru pergunta.
–... Tá bom, eu vou.
–Ótimo, vão na minha frente, quero buscar algo antes.
Satoru diz e sai do local.
Com o pôr do sol à mostra no terraço, é possível ver uma bela cena, e o que parecia ser o início de uma aventura estava se iniciando!
Chegando perto do dormitório Maruki e Midori encontram Satoru, eles sobem as escadas e vão para o quarto do Maruki.
–Ei Midori, eu sempre tive essa curiosidade, mas por que os nossos senpais nunca estão nesse horário? O dormitório está sempre vazio.
–Isso? A Shiori-senpai uma vez me disse que ela geralmente fica na sala do conselho estudantil até mais tarde, e o Haruto-senpai é doente por calorias, ele está sempre correndo e treinando por aí.
–Ah isso explica muita coisa…
–Como assim?
–Ehh nada não, enfim, vamos voltar ao foco, ei Maruki, isso é pra você, *joga algo para ele*, isso aí é uns calmantes e remédios para dor, não sabemos o que iremos enfrentar, e também pegue isso.
Satoru mostra um taco de beisebol de madeira.
–Bom, pelo menos não estamos desarmados.
Maruki pega o taco na mão.
–Midori, você tem um trabalho fundamental, *amarra uma corda em sua cintura* tome.
–Por que eu preciso segurar uma corda?
–Que pergunta estúpida foi essa? É óbvio que é para nos segurar, não iremos depender daquele garoto esquisito que parece ter saido de uma boyband.
–Satoru… tem certeza que isso vai dar certo?
–Absoluta, é só segurar a corda que vai estar tudo bem, vamos Maruki.
Maruki, coloca o CD ao contrário e eles entram no mundo da TV.
Midori que está segurando a corda aos poucos vai puxando ela para ver se estava tudo certo…
Dentro da TV…
Maruki e Satoru caem no exato mesmo local que pararam, cercado de Tvs por todos os lados além das escadarias aparentemente infinitas.
–Tsc, vocês, de novo?
O jovem de cabelo branco pergunta irritado.
–Ah, é o esquisito de novo.
Satoru retruca.
–Os únicos esquisitos aqui são vocês! Ahhhh, minha cabeça não aguenta mais isso, tem alguém simplesmente jogando as pessoas pra cá, e agora tem vocês pra lidar também.
–Você disse alguém jogando as pessoas dentro da TV?
–Sim, espere… das duas vezes que aconteceram vocês estavam presentes… SÃO VOCÊS NÃO SÃO???
O jovem os acusa.
–O que? Não, não somos nós.
Satoru diz revoltado.
–Ah, é mesmo? Engraçado… porque não estou vendo ninguém obrigando vocês a entrarem aqui…
–Ei seu Kpoper esquisito, eu vou repetir, nós não temos nada a ver com isso.
–Então me prove.
–Ora seu…
–Para ser mais exato, viemos investigar a morte de uma pessoa.
Maruki interrompe a briga de criança dos dois.
–Eu só quero paz no meu mundo, porque alguém está fazendo isso?
O jovem coloca as mãos na cabeça de desespero.
–Se vocês não são culpados, por favor, me ajudem a encontrar a pessoa que está fazendo isso, ou se não…
–Se não?
Satoru pergunta curioso.
–Vocês não saem daqui.
–Hahaha, que peninha projeto de Kpopper, dessa vez eu tenho uma ótima saída, veja só… *a corda está arrebentada* o que? Como? Merda!!!
Satoru diz irritado.
–Bom, parece que não tem mais saída, não é mesmo?
O jovem diz em tom de deboche.
–Eu aceito ajudar.
Maruki diz.
–Ebaa, agora seremos parceiros então.
O jovem diz em tom de deboche.
–Tirando o fato que fomos AMEAÇADOS A FAZER ISSO, ESTÁ TUDO BEM.
Satoru diz revoltado.
–A última vítima foi uma tal de Mitsuru Sakura, ela estava aqui até a chuva começar no seu mundo.
–Como assim?
Maruki pergunta.
–Em resumo, as vezes quando a chuva começa no seu mundo este mundo fica mais violento, e diversos Sourmanys sombrios surgem fora dos mundos e atacam aqui, inclusive da última vez, umas pessoas vieram, bem na hora que começou a chover, mas inacreditavelmente os Sourmanys sombrios desapareceram de uma hora para outra, ou talvez tenham sido derrotados.
–Espere como assim Sourmany? O que é isso? Ah não importa, nos leve até aonde a Sakura-senpai estava, a propósito, qual o seu nome?
–Haru.
O jovem se apresenta, com cabelos esbranquiçados, uma pele clara e olhos vermelhos, usando um traje preto, com uma camisa social branca por baixo da blusa preta, e segurando uma lança negra feita de aço, este é o misterioso Haru.
–Porque eu esperava algo do tipo? Ah não importa, eu me chamo Kentaro Satoru e este é o Rintarou Maruki.
–Prazer em conhecê-los, certo, me sigam.
Haru começa a caminhar.
–Aonde está indo?
–Vocês não queriam que eu os levasse até a Sakura? Venham.
Satoru e Maruki começam a seguir o jovem, ele os leva até uma das diversas escadas espalhadas por este lugar exótico, eles começam a subir escadas, até um ponto que o chão não era visível de tão alto que estavam, Maruki aparentava estar tranquilo, agora Satoru parecia realmente fatigado.
–Meu deus *ofegante* não acaba?
–Você devia parar de reclamar, não estamos nem perto.
–Ahhhhhhh
Satoru entra em profundo desespero…
Após muita caminhada, finalmente eles chegam a uma porta branca, o que seria aquilo?
–Espere… eu já vi esse cenário antes, tem certeza que este é o lugar certo?
–Sim, absoluta, meu olfato não falha.
–Você por acaso é alguma espécie de cachorro? Ah deixa pra lá
Satoru resmunga e abre a porta, ao abrir era um quarto todo revirado… com paredes vermelhas e bichos de pelúcia todos revirados, além de um espelho no canto esquerdo, que tinha o tamanho da porta, o que diabos é esse estranho lugar?
–O que é isso?
Satoru fala chocado.
–Isso é um quarto burro.
Haru responde.
–Eu estou vendo, eu quis dizer por que estamos em um quarto?
–É daqui que eu senti o cheiro da Sakura.
–Mas esse quarto é pequeno… ela claramente não está aqui.
Satoru está incomodado com algo.
–O que é isso? Espere… isso é…
Satoru está sem palavras ao ver algo que o incomodava.
–Um colar de pérolas?
Maruki pergunta.
–Ela disse uma vez para mim que ela tinha um colar de pérolas brancas que foi dado de presente pelo seu falecido avô, e que para ela, era o seu maior tesouro, tsc, que merda, *pega o colar*.
Ao pegar o colar, um portal se abre onde possuía o espelho.
–O que é isso?
Satoru pergunta direcionando seu olhar a Haru.
–Eu não sei, não me pergunte.
–Você realmente vive aqui? Como não conhecia esse lugar?
Satoru pergunta com uma cara de dúvida.
–Sempre que uma pessoa entra aqui uma nova escada é adicionada, então não é tão simples assim.
–Bom se você diz.
Satoru diz receoso com a resposta de Haru.
–Mas realmente, não tenho dúvidas, o cheiro vem dali.
Haru aponta para o espelho.
–Bom, então vamos entrar.
Satoru entra no espelho sem querer saber dos perigos que poderiam ali adentrar, Maruki e Haru vão logo em seguida.
–Esse lugar… é o centro comercial.
Satoru reconhece o lugar como o centro comercial de Quioto, mas era muito mais sombrio, com diversos corvos circulando pelos postes e um céu avermelhado.
–Droga, estou sentindo a presença de uma sombra, isso é ruim.
–Do que você está falando?
Satoru pergunta a Haru.
–Resumindo, problemas, sem um Sourmany seremos feitos de brinquedo.
Haru diz preocupado.
–Eu ainda não entendi do que está falando.
Satoru diz confuso com a fala de Haru.
°°°Aquele Osíris, ele falou sobre isso, mas o que seria?
Maruki está extremamente pensativo.
–"De novo eu vi a filha mais velha dos Mitsuru conversando com aquele rapaz, será que ela sabe a situação da família dela?"
–"Sua vagabunda, você está conversando com aquele moleque de novo?"
–"Sakura, já não te avisamos para não chegar perto dele? Você sabe o quanto o pai dele nos ferrou nos negócios? Nós somos a piada da vizinhança por sua culpa!"
Vozes ecoam no ambiente.
–Tsc, malditos.
Satoru diz completamente irritado.
–O que é isso Haru?
Satoru pergunta.
–Bom, esse mundo é fruto da cabeça da Sakura, então essas vozes são o que ela escutava ou pensava escutar, não consigo dizer com exatidão.
Haru responde.
–Que coisas horríveis…
Maruki diz surpreso com a situação.
–Aquela… é a loja dos pais dela.
Satoru diz surpreso.
–Loja dos pais dela?
Maruki pergunta.
–Sim, os pais dela tem uma loja de tecidos, eles andavam meio mal, vamos entrar…
Satoru começa a andar até lá.
–Satoru não!
Antes que Haru pudesse alertar, Eles estavam cercados por uma espécie de criatura esquisita, negra e com três cabeças, com rostos desfigurados e oito braços, possuía 4 dessas criaturas… o que elas seriam?
–Merda, os Sourmanys sombrios vieram, ahhhh, é o nosso fim.
Haru diz preocupado.
–Você não consegue fazer nada Haru?
–Não, não posso fazer nada sem um Sourmany.
–Mas você é um inútil mesmo.
–Então faça algo você Satoru.
Haru retruca.
–Ei Maruki, elas não são parecidas com as criaturas que vimos da primeira vez? Você não consegue derrotá-las de novo?
–Eu conseguiria, se eu não tivesse perdido minha arma…
–Ahhh, é o nosso fim.
Satoru lamenta.
Neste momento, os Sourmanys estão se aproximando lentamente do trio, até que… Maruki percebe que apareceu uma espécie de carta de Tarô na palma de sua mão esquerda…
–Sourmany! Tsuki!
Ao proferir essas palavras e esmagar a carta em sua mão, surge um pouco acima de Maruki algo que seria a personificação de sua alma, uma silhueta feminina pálida, com um cabelo curto com uma franja cobrindo até a sobrancelha, possuindo olhos grandes e castanhos, um longo quimono preto com detalhes floridos em vermelho, esta era sua aparência.
–Impossível, ele tem um Sourmany.
Haru fala boquiaberto.
–Ele conseguiu sem a arma?
Satoru também se mostra impressionado.
–Corte total!
Maruki esmaga uma carta que fica no ar, ao fazer isso Tsuki ataca um golpe cortante que pulveriza dois dos quatros Sourmanys sombrios.
–Incrível, este poder de ataque.
Haru estava realmente impressionado com a situação.
Em um devido descuido de Satoru um dos Sourmanys sombrios restantes estava prestes a atacá-lo, até que Maruki acerta o taco de beisebol bem no rosto do Sourmany.
–Você é melhor nisso do que eu pensava Maruki.
–Chamo isso de improviso.
Após derrotar o Sourmany sombrio apenas com um único golpe Maruki se prepara para derrubar o último, ele dá um pulo alto e acerta ele em cheio, fazendo o ser pulverizado, era interessante reparar que ao morrer essas criaturas bizarras pareciam se desintregar.
–Incrível chefe, você tem um Sourmany??? Eu sempre soube que você era incrível e especial.
Haru olha com um olhar fofo.
–Quanto a você Satoru, não esperava muito de você mesmo.
–Ei, que diferença de tratamento é essa? Ahh então agora ele é seu chefe? Seu maldito, você tava chutando a gente desse mundo até pouco tempo atrás.
–Eu??? *assobio suspeito e olhar de súplica* eu nunca fiz isso.
–Ora seu…
–Vamos entrar.
Maruki novamente interrompe o que seria uma briga de criança.
–Certo, vamos entrar.
Satoru responde sério.
Ao entrarem no que seria a loja da família da Sakura estava tudo destruído, e era completamente diferente de uma loja de tecidos comum, com paredes metálicas e o ambiente completamente revirado, possuía uma mesa pequena um pouco depois da porta que o trio estava…
Eles começam a adentrar o lugar e chegam perto dessa pequena mesa de vidro, até que…
–Que lugar destruído.
Satoru diz olhando ao seu redor.
°°°Eu estou sentindo a presença de uma sombra aqui, isso é ruim.
Haru pensa preocupado.
–"Sakura, você é uma vergonha a nossa família, por sua culpa somos ridicularizados por todos".
–Novamente as vozes…
Satoru diz cabisbaixo.
–"Eu…"
Aquela era a voz de…
–Sakura-senpai…
–"Eu odeio o Satoru"
–...
Satoru estava sem palavras para o que acaba de escutar.
–"Por culpa dele meus pais e a vizinhança não gostam de mim, só conversava com ele porque o pai dele tinha dinheiro, fala sério, porque outro motivo eu conversaria com aquele esquisito?".
–Eu… eu…
Satoru parecia morto ali.
–Vai continuar mentindo a si mesmo desta forma ridícula?
??? Diz.
–?
Satoru então olha a sua direita e se aproxima, ao perceber ele via, ele? Não se enganem, era sim o Satoru, mas possuía uma diferença, além de uma aura sombria seus olhos eram vermelhos, o que estava acontecendo? Será que esta é a sombra que o Haru tanto falava?
°°°Merda essa é a sombra.
Haru pensa extremamente preocupado.
–O que é você?
Satoru pergunta preocupado.
–É o que você está vendo, eu sou você, você é eu.
A sombra de Satoru fala com um sorriso sarcástico.
–Não, você não é eu.
Satoru começa a suar frio.
–Porque não é sincero com os seus amiguinhos? Porque não diz que você paga de bom moço pois tem medo de ficar sozinho.
–Isso é mentira, pare…
–"Ajudar as pessoas?" Hahahaha que patético, você só quis bancar o heroi pra parecer legal, e a morte da Sakura era a desculpa perfeita, você é apenas um egoísta qualquer.
–NÃO! Isso… é mentira, quem é você?
–Hahahaha eu já disse, eu sou você, você é eu, porque está tão desesperado, não é mentira? Ou na verdade… você sabe que é verdade e está tentando enganar a si mesmo?
–Eu…
Satoru está extremamente pálido.
–Pode tentar enganar a todos, mas você não consegue enganar alguém que sabe tudo sobre você, afinal, eu sou você.
–Não… NÃO!!! VOCÊ NÃO É EU!
Satoru grita desesperadamente.
–HAHAHAHAHAHAHAHAHA, tem razão, eu não sou você, porque eu irei te matar, hahahaha.
A sombra de Satoru começa a se transformar em algo não humano, uma forma estranha, com quatro braços grandes e duas pernas pequenas, era absurdamente grande, possui dois rostos, e duas máscaras, a máscara azul sorria, e a vermelha escorria uma lágrima.
Satoru caia no chão neste momento, sem palavras.
–Maruki vamos embora!
Haru grita.
Maruki estava ali parado…
–Maruki?
Haru está confuso com a situação.
Neste momento a carta de Tarô aparece flutuando no ar, Maruki, pela primeira vez demonstrava uma expressão mais séria…
–Sourmany!
Maruki esmaga a carta chamando Tsuki para a batalha, qual será o desfecho desta luta, será que Maruki conseguirá passar pela sombra de Satoru?
FIM DO CAPÍTULO 6