Titulo: A tragédia do auto-falante
Autor:Yume Taida.
–Satoru? Você acha que… (Maruki)
–Sim, tem essa possibilidade, eu espero que esteja errado e ela volte para casa hoje, ontem ela parecia muito abatida, espero que eu esteja errado, droga, agora até perdi a fome, só vamos pagar e ir embora. (Satoru)
Após deixarem o dinheiro em cima da bancada, Satoru e Maruki saem do restaurante.
–Sabe Maruki, eu moro aqui há menos de um ano, quando cheguei na cidade eu era completamente odiado por todos… (Satoru)
–Por que você era odiado? (Maruki)
–Bom, meu pai é gerente da maior loja conveniência da cidade, vende desde televisões, videogames, e até tem restaurante, basicamente ele matou a concorrência, e o ódio veio no filho dele, claro, eu tentava não me importar, mais não foi fácil, a Sakura-senpai foi a primeira a se importar minimamente com um idiota igual eu…
Satoru pela primeira vez fala em um tom mais sério, após isso Maruki não encontra palavras e ambos seguem o caminho até se separarem.
A noite…
Maruki vai rapidamente para seu quarto, mas algo não sai de sua cabeça…
•••De todas as pessoas, porque a Sakura? isso se ela realmente acabar como a Nobumi Takemi, tsc, melhor dormir e tentar não pensar demais nisso.
No dia seguinte, Maruki não encontra Satoru no caminho para a escola, na sala de aula Satoru chega atrasado, mas ele estava mais aéreo que o normal, parece que depois de desabafar ele está mais deprimido…
Intervalo…
–Ei Maruki, vamos para o terraço?
Satoru perguntava Maruki com os braços cruzados.
–Certo, vamos.
Então, Satoru e Maruki vão ao terraço da escola.
–Ela não veio novamente, quando passei na sala dela, falaram não tem noticias da Sakura-senpai desde terça feira… mais ela veio quarta, já que a vimos… então aparentemente a Sakura-senpai só veio para buscar algo, tsc, mais que merda ta acontecendo?
Satoru fala irritado.
–Não temos como saber agora Satoru, você sabe bem disso, não controlamos isso.
–Tsc.
Satoru diz com um olhar frustrado e assim se encerra o intervalo…
Após a aula, Maruki decide ir embora sozinho, pois queria testar uma teoria…
Uma noite completamente completamente chuvosa, era uma chuva tão violenta que relampiava, Maruki então percebe que quando ele ligou a TV no outro dia quando apareceu a possível silhueta de Nobumi Takemi, era exatamente 23:00 da noite, então assim o fez, ligou a neste exato mesmo horário para confirmar ou não sua teoria… ao ligá-la… era possível ver uma silhueta de uma mulher, só que desta vez ao invés de pedir socorro ela estava parada, sorrindo macabramente para quem for que estava a observando de fora, então a tela simplesmente apagou…
Maruki pela primeira vez ficou em choque pelo ocorrido… Maruki decidiu ligar para o Satoru, mas ele não o atendeu, então Maruki decide dormir e esperar que Satoru esteja amanhã na escola.
Ao amanhecer… uma neblina cobria a cidade de Quioto, provavelmente devido a forte chuva que causou uma onda fria, uma cena bizarra se desenhava em um poste de uma área residencial, uma mulher estava pendurada nos fios do poste, possui sinais de espancamento e estava cheia de cortes…
Sábado de tarde na escola…
–O diretor mandou reunir os alunos no ginásio, aparentemente ele iria dar uma grande notícia.
Um dos alunos comenta em sua roda de amigos.
–O que é tão importante assim pra ele atrapalhar nossos estudos? (Midori)
–Não faço ideia. (Satoru)
Midori pergunta enquanto Satoru responde seco.
–Satoru, após isso, precisamos conversar. (Maruki)
–Certo, também preciso falar com você, e foi mal não ter te atendido ontem. (Satoru)
–Agora não é hora para conversas Kentaro. (Shiori)
–Desculpe Shiori-Senpai. (Satoru)
Após isso o diretor chega e sobe no palco, e confere seu microfone, e se prepara para dar uma trágica notícia.
–Alunos e alunas, é com grande pesar que eu anuncio a morte de uma das nossas alunas mais exemplares que já tivemos nessa escola, Mitsuro Sakura, que ela vá em paz… (Diretor)
–...
Neste momento Satoru fica com um olhar de tristeza profunda.
–A Sakura, exemplar? Aquela vadia? Hahahah
Um dos alunos faz um comentário maldoso e continua.
–Ela era uma vadia barata, morrer foi pouco pra ela. (???)
–Ei Miro, para de falar assim, ela morreu seu imbecil. (Satoru)
–Tsc, vocês estão lamentando a morte dela por que? Essa desgraçada não merecia viver.
Miro diz irritado.
–Cala a boca. (Satoru)
–Que? (Miro)
–Eu mandei CALAR ESSA SUA MERDA DE BOCA, pow!
Satoru acerta um soco em cheio no rosto de Miro e continua a bater nele.
–Satoru!
Midori tenta segurar ele.
–Satoru se acalme. (Midori)
–Esse desgraçado… desrespeitou a Sakura-senpai.
Satoru fala com lágrimas em seus olhos…
–Satoru e Miro, vocês estão envergonhando minha turma, vão para a diretoria, AGORA!
Hinata diz irritada.
A situação se acalma e Satoru e Miro são mandados para a diretoria e aguardam o diretor terminar seu discurso.
Após o discurso…
–Satoru, você não deve se descontrolar assim na frente do público.
O diretor fala inacreditavelmente relaxado.
–Tsc…
Satoru resmunga.
–Eu sei que ela era importante para você Satoru, mas não faça isso de novo, eu te disse tudo que tinha que falar, pode ir embora. (Diretor)
Satoru sai da sala, e vai para o terraço.
–E quanto a você Miro, o que você falou foi desumano, por que fez isso?
O diretor diz num tom sério e Miro fica quieto sem dizer nada.
–Eu… eu não sei…
Miro se sente pressionado e não consegue falar uma palavra.
O diretor olha com desgosto mas dispensa Miro.
No terraço Satoru olha a vista da primavera, parado, pensativo, quando escuta passos e vê Maruki e Midori.
Maruki imaginava que Satoru estaria no terraço e Midori quis acompanhar pois estava preocupada com a situação.
–O que vocês querem? (Satoru)
–Estávamos preocupados com você. (Maruki)
–Idiota. (Midori)
Maruki e Midori resmungam.
–Maruki, a Sakura-senpai vai ser apenas uma das vítimas, você sabe bem disso certo? (Satoru)
–Do que estão falando?
Midori pergunta confusa.
–Aquele mundo, a Sakura morreu por causa daquilo, eu não tenho dúvidas sobre. (Satoru)
–Satoru, mais pessoas serão vítimas, não sabemos exatamente como parar. (Maruki)
–Tsc, certo, eu estou decidido, Maruki, vamos entrar novamente naquele mundo, e descobrir o que está acontecendo. (Satoru)
FIM DO CAPÍTULO 5