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Abunai Aisuru: Uma Jornada Contra o Destino

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Synopsis
Em um Japão alternativo, onde o governo controla os destinos matrimoniais dos cidadãos, Naoya se vê preso em um casamento arranjado com uma estranha. Determinado a quebrar as correntes do destino e cumprir uma promessa feita à sua amiga de infância, ele embarca em uma jornada épica para desfazer o casamento forçado. Mas enfrentar um sistema implacável traz desafios inesperados. Será que Naoya conseguirá desvencilhar-se das amarras do destino e encontrar a verdadeira liberdade, ou será arrastado pela correnteza das decisões governamentais? Descubra em "Abunai Aisuru" uma história de amor, coragem e luta contra o destino.
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Chapter 1 - Prólogo

Eu ainda me lembro do dia em que fizemos aquela promessa, estávamos embaixo do playground tipo cúpula no parque, e ela me deu metade de seu cordão com um coração partido em dois, as suas palavras se mantinham vívidas em minha memória.

"Quando nos encontrarmos de novo, e este coração se unir novamente, então... Então nós seremos marido e mulher."

Tudo começou quando éramos crianças, meus pais tinham um restaurante familiar e a família dela frequentava com frequência, minha família e a dela eram amigos de longa data, e então nos tornamos amigos ao longo do tempo.

Passávamos a maior parte do tempo juntos, brincávamos e ela sempre frequentava minha casa, dormia em meu quarto, tomavamos banho juntos e era como se ela fosse uma irmã para mim.

Seus lindos cabelos dourados longos, brilhavam a luz do sol, ela era tão bela quanto uma deusa, eu era feliz por tê-la como amiga.

Em um final de tarde, após as aulas da escola primária, corremos para o parque, ela escalou o playground tipo cúpula com as escadas anexadas nele, sentada sorridente ela gritou meu nome.

"Naaaaaaaaooooo-kun"

Enquanto sorria, os raios solares batiam sobre seus cabelos ao vento, era como estar vendo a visão de uma deusa, tentei subir o mais rápido que pude com meus pequenos braços e pernas.

"Não me chame assim, é vergonhoso."

Gritei com ela, ela apenas sorriu fingindo não se importar com o que eu tinha acabado de falar, admiramos o pôr-do-sol e ela tirou do seu pescoço um cordão com duas metades de um coração, e me deu uma metade.

"Toma."

"Para que isso?"

"Quando nos encontrarmos de novo, e este coração se unir novamente, então... Então nós seremos marido e mulher."

Corei ao ouvir aquelas palavras, meu coração disparou, eu não sabia como reagir naquele momento, então virei o rosto para disfarçar minha vergonha.

Foi quando ela beijou a minha bochecha, aquele beijo durou apenas 20 segundos, mas para mim durou 1 hora, eu congelei e quando virei o rosto novamente em sua direção, ela havia se levantado, e olhava fixamente para a frente, e então ajeitando uma das mechas de seu cabelo atrás da orelha, ela sorriu enquanto me olhava.

"É uma promessa, tá?"

"T-Tá bom."

Aquele verão se tornou especial para mim e se tornou o último que passei com ela, quando terminamos as férias de verão, os pais dela se mudaram para Saitama, e eu não pude mais ver ela.

Eu não achei que ia me lembrar dela depois de tantos anos, a mente humana é cheia de surpresas mesmo, eu me formei no fundamental II, e comecei o ensino médio em uma das escolas de maior prestígio do Japão.

O instituto de Ensino Moteshiro, é conhecido por sua difícil prova de admissão, E é famosa por sua pequena taxa de aceitação no campus, além de seu excelente sistema de educação passada de geração a geração, ela tem uma estrutura única e sofisticada, se comparada a outras escolas, eu decidi estudar na mesma escola em que meus pais estudaram, eu estudei muito para que eu fosse aceito na mesma escola que ela estaria, e agora que estou nesta escola eu vou me esforçar para encontrá-la.

Quando começou as aulas na primavera, as cerejeiras estavam soprando suas folhas com a brisa, aquela escola parecia um sonho, tantas pessoas diferentes e tantas possibilidades de se fazer amizade, aquilo ainda parecia um sonho.

"Todos os estudantes novatos, por favor, se dirijam ao auditório para a cerimônia de entrada."

Enquanto eu caminhava pela escola, ouvi o megafone chamando a todos para o auditório, eu não sabia onde ficava então enquanto olhava o mapa uma garota que vinha correndo esbarrou em mim e com o impacto ambos fomos jogados no chão, ela se levantou e estendeu a mão.

"Me desculpe, você se machucou?"

Após dizer isso, ela me lançou um brilhante sorriso, quando levantei minha visão e a olhei meu coração disparou, ela era muito bela, seus lindos cabelos dourados com as pontas tingidas de rosa, seu olhos era de um azul como cristal, sua baixa altura e seu corpo bem distribuído transmitiam um ar de uma garota pura, porém sexy.

"Não se preocupe, não foi nada."

Agarrei sua mão e me levantei, após abanar a poeira de sua saia, ela me olhou de cima a baixo.

"Você é novo aqui, não é?"

"Sim, me chamo Naoya Akagawa."

"Muito prazer, Akagawa-san, eu me chamo Ayleen Oyama, seja bem vindo.

"Obrigado Oyama-san."

"Pode me chamar só de Ayleen."

Ela sorriu enquanto dizia isso, uma leve brisa soprava deixando aquela cena uma bela obra de arte, eu não conseguia parar de olhá-la, ela era tão bela que me fascinava.

"Tudo bem, Ayleen-san."

"Nada disso, é só Ayleen."

Ela me corrigiu como se estivesse brava, suas bochechas inchadas e rosadas a deixava muito fofa.

"Você é muito fofa, Ayleen."

Enquanto me distraía, acabei dizendo um dos meus pensamentos em voz alta, ela encolheu seus ombros e corou enquanto segurava uma mecha de seu cabelo.

"V-Você deve dizer isso para todas as garotas."

Ela disse isso em uma voz baixa e fofa enquanto brincava com uma mecha de seu cabelo olhando para baixo.

"Não, eu não digo isso para todas as garotas."

Ela se assustou ao ouvir o que eu tinha falado, suas orelhas e seu rosto ficaram completamente avermelhados, ela então se virou e saiu correndo, era como se ela tivesse chegado ao seu limite de vergonha.

Quando a cerimônia de entrada se encerrou, todos os alunos se dirigiram a suas salas, uma professora que aparentava seus 30 e poucos anos entrou na sala e cumprimentou a todos.

"Sensei, por favor cuide de nós."

Responderam todos em uníssono, ela escreveu seu nome no quadro negro e se virou para a turma.

"Que tal começarem a se apresentar?"

Um a um dos alunos levantaram a mão e começaram a se apresentar diante de todos, quando olhei na diagonal a esquerda da janela, Ayleen estava concentrada com seu rosto virado para a janela, ela parecia estar bastante aérea, pois não respondia a chamada da professora.

Quando a hora do intervalo chegou, eu fui à lanchonete da escola, aquilo parecia uma zona de guerra, após escolher o meu prato, vasculhei o refeitório para buscar uma mesa vazia, e uma pessoa ao fundo acenava para mim com um sorriso no rosto.

"Akagawa-kun senta aqui."

Após ouvir esta voz me aproximei e sentei a mesa, ela deu um sorriso enquanto me olhava com o queixo apoiado sobre as mãos.

"Nos encontramos de novo, Akagawa-kun."

"Hehe sim, nos encontramos novamente."

Ela olhou fixamente para meu prato de curry.

"Parece delicioso, posso experimentar?"

Corei ao ouvir isso, uma beldade nível S estava querendo experimentar, do meu curry e usando meu hachi.

Eu ainda não contei, mas na escola os garotos fizeram uma lista das garotas mais populares da escola, e é claro que Ayleen ganhou o título de beldade nível S, e é admirada por todos, por sua beleza e fofura.

"M-Mas eu não tenho outro hachi, e eu acabei de usar este."

"Tudo bem, eu quero provar deste curry, você não se importa, né?"

Aquela investida foi demais para mim, eu olhei para ela e olhei para o meu hachi e não havia como dizer outra coisa, aquele era realmente um beijo indireto, com um pouco de esforço levei o hashi com o conteúdo até sua boca, quando seus lábios tocaram o hachi meu coração deu um pulo.

"Bem, esta foi a minha primeira vez."

Disse ela enquanto corava, todos no refeitório ficaram em silêncio por um momento, e eu sentia murmúrios e olhares penetrantes em minhas costas.

'Qual é, vou começar a ser odiado no primeiro dia de aula?'

Pensei enquanto levava o hashi com o conteúdo inconsciente à boca, quando me dei conta disso, ela sorriu e se levantou da mesa com sua bandeja.

"Bom, acho que isso foi um beijo indireto."

Ela saiu com um sorriso no rosto, e eu senti o refeitório ficar com um ar pesado e, após isso, eu havia virado alvo de ódio.

Quando a última aula do período da tarde chegou ao fim, eu arrumei minhas coisas e me dirigi a minha caixa de sapatos, Ayleen me esperava de cabeça baixa , quando eu cheguei ela sorriu.

"Akagawa-kun, vamos embora juntos?"

Esta pergunta havia me deixado confuso, porque uma beldade nível S estaria andando comigo, um nerd do mais baixo nível da escola, aquilo parecia ser bem suspeito e enquanto eu trocava os sapatos, ela me encarava com um olhar de cachorro abandonado.

"Tá bom."

Quando eu percebi, já tinha aceitado seu convite, ela sorriu e abraçou meu braço, eu fiquei nervoso ao ver que tinha duas almofadas abraçando meu braço.

"E-E-Ei não precisa me abraçar."

"Por que não?"

"Você está perto demais?"

"Você não gosta de garotas assim?"

Após dizer isso ela abraçou mais forte o meu braço, senti um leve choque percorrer todo meu corpo, por que ela estava sendo tão agressiva assim?

Eu não consegui responder ela, as palavras engasgaram na garganta e seguimos juntos até a estação, fiquei esperando o trem e quando ele chegou, pegamos o mesmo trem, ela estava ao meu lado sentada me abraçando.

"Olha que belo casal de estudantes."

"Como é bom ser jovem."

Os comentários no trem começaram a ser mais efetivos, ela estava com a cabeça encostada em meu ombro, não importava como se via aquilo, pareciamos um casal de namorados.

Quando foi anunciada a próxima estação, ela se levantou e então se virou e sorriu.

"Até a próxima, Akagawa-kun."

Aquilo era demais para aguentar, quando chegou a minha estação eu me levantei e desci.

Quando cheguei em casa e abri a porta, minha irmã estava usando um avental que parecia que não tinha nada por baixo, ela se inclinou para me cumprimentar enquanto sorria.

"Bem vindo de volta, onii-chan."

"Sim, sim, estou em casa."

"Você quer jantar primeiro, um banho, ou quem sabe, quer a sua..."

"Não termine essa frase, e vai logo vestir uma roupa, porque está vestida assim?"

Eu a interrompi enquanto dizia, ela então sorriu e se virou para ir para cozinha, nossos pais trabalhavam muito e quase não estavam em casa, então ela cuida da casa, quando ela cresceu ela se tornou uma gyaru tão fofa, e vestida daquele jeito era meio que uma tentação para qualquer homem, menos eu.

Eu nunca vi a minha irmã como uma mulher, e acho que isso me mantém longe de ser um siscon, mas eu acho que o mesmo não se aplica a ela, pois o que ela tem feito ultimamente é como se tivesse complexo por irmãos, isso é até nojento de se pensar nisso.

Eu recebi notícias de papai e mamãe, falando que eles iriam demorar mais tempo pois, acharam uma descoberta do século e isso levaria mais tempo do que o previsto para voltarem para casa, os meus são arqueólogos, então viajam para outros lugares a procura de descobertas arqueológicas.

Não que eu me preocupe com a falta deles, mas eles passam mais tempo no trabalho do que conosco, quando será que foi a última vez que eu os vi pela última vez?

Quando eu saí do banheiro e entrei no quarto, vi um estufamento em minha cama, como se alguém estivesse deitado sobre ela e coberto com cobertas até a cabeça.

"Caia fora do meu quarto Sayuri."

Ela então abaixou a coberta que estava sobre sua cabeça e me olhou com um sorriso.

"Que incrível, o Onii-chan me encontrou de novo."

"Só, dá o fora daqui logo."

"Tão frio."

Ela então se levantou da cama e se aproximou de mim.

"Ou você está com medo de ter uma daquelas reações de homens, quando estiver dormindo com a sua bela e fofa irmãzinha, bom não é a toa que homens não conseguem resistir a isso."

"Waaaah"

Dei um tapa forte em sua cabeça a punindo.

"Por que você fez isso?"

"Caia fora, ou vou te bater mais forte."

"Onii-chan, você é tão malvado."

Ela então saiu do meu quarto e fechou a porta, quando me deitei seu cheiro estava impregnado na minha cama toda.

"Aquela idiota."

Ela que estava olhando pela fresta da porta soltou um sorrisinho enquanto o olhava.

"Fufufu, Onii-chan, continue assim e logo você continuará a desejar sua linda e fofa irmãzinha."