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Chapter 8 - Convidados Indesejados

— 150.000!

Uma voz rouca e afeminada cortou as palavras do leiloante ao meio.

Esse foi um desafio claro ao VIP da sala número 9 do qual demonstrou interesse na escrava mestiça.

O mesmo que se prontificou a repreende-la:

— Garota, admiro sua coragem, porém não abuse de sua sorte... 200.000!

Sua voz levemente alterada, enquanto os convidados VIP's ao lado se mantiveram quietos.

No entanto, sua repreensão foi completamente ignorada e a mesma voz soou novamente:

— Garota? Se fode, seu pirralho! 300.000!

Sua voz em contrapartida com sua fala, não estava irritada, parecia mais é desinteressada em perder seu tempo.

Já enquanto isso o VIP da sala 9 olhava para os convidados do andar inferior intensamente a procura da origem da voz.

— Humph, não sabe o que é bom pra si mesmo, tente em sua próxima vida! 350.000!

Sua voz cortante silenciou as conversas paralelas do público que assistia abaixo.

Mas mesmo através de ameaças ele não conseguiu silenciar o dono da voz.

— Nha, não há necessidade de esperar tanto, posso fazê-lo agora mesmo! 500.000!

Os outros convidados VIP's se entreterão com a coragem desse misterioso convidado e começaram a procurá-la silenciosamente pelo público abaixo também.

— 500.000? Duvido que tenha tanto capital! Pare de se esconder e se mostre, já que é tão corajosa.

Os intervalos entre as falas estavam ficando menores e desta vez não levou nem alguns segundos para que uma resposta voltasse.

— Esconder? Não é minha culpa que seja lesado o suficiente para não me encontrar apesar de estar falando continuamente.

— Haa? Pare com sua ladainhas e apareça de vez!

Sua verdadeira personalidade começou a surgir cada vez mais, ficando cada vez mais alterado devido a raiva.

— Tch, deixe a porra de seu ego de lado e não pré-assuma que estou no andar inferior... Olhe para cima seu merda!

Todos os convidados do salão reagiram simultaneamente ao olharem para o topo do salão, especificamente para a sala central entre as 3 salas VVIP's.

A qual de repente teve suas luzes acesas, iluminando o interior dela, mas que por estar em um andar tão alto, não se era possível enxergar direito seu interior.

Os convidados do andar mais inferior arregalaram os olhos de surpresa e se aquietaram ainda mais.

Os convidados VIP's também se surpreenderam e olharam invejosamente para a sala acima.

O leiloante tremeu levemente e hesitantemente a cumprimentou:

— Peço desculpas pelo desrespeito, mas realmente não fui informado de sua graciosa presença nesse dia, vossa excelência... Como posso chamá-la?

O VIP que antes retrucava se manteve em silêncio enquanto esperava a próxima fala deste honrado convidado.

Uma fala da qual não demorou muito a chegar:

— Haa... Esqueça, apenas termine logo com isso, apenas se refira a mim como Mary.

O leiloante compreendeu o sentido, então reiniciou:

— B-bem, então são 500.000 para a Lady Mary da sala VVIP, alguém mais se dispõe a aumentar o lance?

Uma mera cortesia por assim dizer, na verdade ele mesmo sabia que ninguém ali ousaria confrontar um indivíduo tão importante apenas por uma escrava.

Ou pelo menos é o que todos imaginavam até alguém gritar:

— 600.000!

Naturalmente os demais encararam negativamente o homem que tomou a iniciativa.

Um convidado VIP, o mesmo que discutia anteriormente com o recém revelado convidado VVIP.

Mesmo um VIP não poderia se dar ao luxo de rudemente confrontar alguém desse nível.

Como já foi dito antes, os requisitos a atender para a patente VIP e para a patente VVIP são bem diferentes.

Enquanto um convidado VIP só precisa ser um nobre de alto escalão ou ter um certa quantidade de influência e capital na sociedade, um VVIP precisa de Fama, Influência, Conexões, Reputação, Aparência, Capital, Terrenos e Poder Pessoal para poder receber este título.

Mas devido aos tantos requisitos, poucos poderiam atende-los no continente.

Por isso só haviam três salas e mesmo assim raramente uma delas seria ocupada, sendo considerado uma honra ou sorte poder conhecer um deles.

Porém, o VIP número 9 era o Conde Mazon, alguém que possuía uma visão distorcia sobre a realidade de um convidado VVIP.

Em sua perspectiva, apenas não era digno de tal título ainda devido a sua baixa reputação, já que se considerava atendendo todos os outros requisitos.

Não só isso, também achava um exagero sequer imaginar que alguém tão perfeito que atingisse tal perfeição pudesse existir como um mortal ainda.

Se tal ser existisse, já teria ascendido a uma divindade perfeita tempos atrás.

Sendo assim, em sua perspectiva não havia problemas em ofender um convidado VVIP, já que com sua identidade, ele poderia se manter alheio as consequências.

Porém, não poderia estar mais errado e Mary também não parecia se importar com sua demasiada arrogância.

— 1.000.000... Sua vez garoto, tenho a noite toda!

Sua voz despreocupada soou nos ouvidos dos convidados abaixo que se encantaram com sua despreocupação ao lidar com um nobre.

Por sua vez, após um momento de silêncio total, sem nenhum outro lance, incluindo do próprio VIP anterior que evitou se pronunciar novamente, o leiloante mais uma vez tomou a iniciativa:

— Se não há mais ninguém... Dou-lhe uma... Dou-lhe duas... Dou-lhe três, vendido a Lady Mary da sala VVIP!

Os homens se aproximaram lentamente da garota puxando as correntes para si.

Mas antes que pudessem agarrá-la, um vulto sobrevoou sobre os convidados do andar inferior e pousou em frente a garota.

Sua vestes seguiam um padrão de cores preto e branco com alguns detalhes dourados simples e um sobretudo sobres os ombros, se apoiando em uma bengala preta com desenhos de Higanbana.

Seus cabelos vermelhos vinhos balançavam livremente pelo ar e seus olhos observavam nostalgicamente a garota presa as correntes.

Os guardas se assustaram com a aparição repentina de Mary e inconscientemente recuaram um passo, mas logo em seguida agarraram o punhos de suas espadas.

Mary continuou a olhar a garota acorrentada enquanto um saco simples apareceu em sua mão direita.

Ainda sem se mover, jogou o saco para o leiloante e disse:

— Saquem suas espadas e estarão mortos!

Com alguns passos se aproximou da garota e contraindo os joelhos se agachou ao nível dela.

Levantando sua mão, tocou a corrente com um dos dedos e um luz fraca e escura envolveu sutilmente a corrente.

A garota se surpreendeu estranhamente por um momento e as correntes se desfizeram a pó instantaneamente.

Se levantando novamente ela se virou e olhou para o leiloante:

— Este é o pagamento, confirme! E você, levante-se, vamos indo!

Mary arcou o braço direito em V para que a garota se apoiasse nela.

Seus braços finos e delicados envolveram o braço direito de Mary e com um pouco de dificuldade se manteve de pé.

Mary não esperou o leiloante e tomou rumo pelas escadas até a saída do leilão.

A garota também acompanhou-a diligentemente sobre o apoio de Mary e ousadamente perguntou:

— Como devo chama-la?

Mary não respondeu-a mesmo depois de alcançarem o topo das escadas, então a garota continuou:

— Vou chama-la de Lady Mary então, me chamo Agaya... Agaya Miyagi, prazer!

Mary continuou seu caminho sem olhar para a garota, porém desta vez a respondeu:

— Diria que você é bem ousada pra uma mera escrava mestiça.

Sua voz pelo contrário não parecia surpresa ou desdenhosa, apenas passiva.

Em contrapartida, a resposta que recebeu de volta foi bem emotiva:

— Aham, agradeço o elogio! Quantos anos a Lady possuí?

Sua voz animada contrastava demais com sua posição atual, contudo Mary não se importou muito e apenas respondeu:

— Não me lembro... Imagino que um pouco menos que 3 milênios.

A garota se surpreendeu com a resposta inesperada e sorriu forçadamente com a informação levemente duvidosa.

— 3 milênios? Mas pelo que sei, humanos não vivem tanto... A voz da Lady também parece ser bem jovem.

Mary levantou uma sobrancelha enquanto continuava a caminhar para fora do leilão.

— Correto, porém não sou humana.

Sua resposta outra vez se manteve simples e direta, sem muitas complicações, mas com um conteúdo cada vez mais complexo.

— Não-humana? Mas no Império não permitem a entrada legal de outras raças.

Sua voz soava um pouco interrogativa, como se estive de frente a um golpista, mas Mary não se importou em responde-la com a mesma calma de sempre.

— Hmm... Bem, imagino que seja dessa maneira nesta geração, mas me trate como uma exceção a regra! Não há um ditado que diz:

"Com o poder vem as mordomias"

Está é uma das minhas!

A expressão interrogativa de Agaya se suavizou um pouco e retomando seu sorriso característico, perguntou:

— Entendo, mas de que raça a Lady pertence então?

Mary finalmente parou e olhou para Agaya que também pausou.

Seus lábios se separam ligeiramente com o intuito de responde-la, mas outra voz irrompeu primeiro:

— Ei, garota... Pare ai mesmo!

Uma voz masculina, jovem, porém orgulhosa e arrogante atravessou os ouvidos de Agaya que se assustou.

Mary não se virou, mas moveu sua mão esquerda para sob a palma de Agaya que segurava fortemente sua roupa.

— Se acalme, criança!

Agaya sorriu docemente apesar do susto anterior e Mary se virou lentamente para olhar o homem que se aproximava as pressas.

Seus cabelos castanhos bem penteados para trás e seus óculos pretos lhe davam um boa impressão.

Seus olhos marrons se fixa em Agaya desdenhosamente e depois se volta para Mary.

— Te darei uma última chance, me entregue essa garota e se desculpe!

Mary observou o homem as suas costas furtivamente e depois o mais jovem.

— Agradeço a oferta, mas vou recusar, tenham uma boa noite!

Mary se preparou para se virar e sair, mas novamente foi impedida.

Uma pressão invisível envolveu Mary furtivamente e a mesma parou em meio a seu movimento e se voltou para o homem as costas do jovem que olhava taciturnamente para Mary.

— Escolha corretamente! Disse o jovem.

Franzindo as sobrancelhas Mary contemplou a atitude precipitada do jovem e perguntou:

— Imagino que tenha se esquecido das regras deste local, então deixe-me auxiliá-lo nesse pequeno problema fútil.

Uma energia imperceptível e intangível exalou do corpo de Mary e atravessou a outra energia e envolveu os dois homens.

— É proibido qualquer tipo de confusão nas dependências do leilão, algo que um mero Conde não poderá suportar as consequências.

O Conde começou a transpirar pesadamente e sua expressão orgulhosa desapareceu instantaneamente para uma de desespero, enquanto despencava de joelhos.

O homem as suas costas, Galfer, também parecia estar tendo algumas dificuldades para se mover.

Mary sorriu maliciosamente e se virou com Agaya.

— Vamos!

Dessa maneira as duas saíram juntas do leilão e foram até a carruagem que logo partiu em seguida.

Enquanto o Conde foi deixado para trás, tratado como alguém sem importância.

***

Na carruagem a caminho da mansão de Mary na capital...

Mary observava silenciosamente Agaya dormindo calmamente a sua frente.

Sua expressão era adoravelmente linda e delicada enquanto dormia e sua posição meio encolhida devido a falta de espaço.

Mary contemplou mentalmente se era coragem ou apenas falta de cautela dormir em frente a seu novo mestre.

Enquanto observava em silêncio suas expressões, chegaram a mansão em um dos bairros da zona interna.

A mansão cobria um quarteirão completo, tendo 5 andares e um grande jardim a frente.

Suruyuki abriu as portas da carruagem e aguardou que Mary saísse após terem chegado a frente das portas principais da mansão.

Mary moveu seus braços cuidadosamente para baixo de Agaya com o intuito de não acorda-la e saiu da carruagem.

Suruyuki sorriu disfarçadamente com a cena a sua frente.

Uma jovem garota carregando outra jovem garota, as duas com belas aparências e características...

Isso por si só causou um engraçado contraste com a paisagem noturna.

Mary caminhou lentamente até a porta principal, enquanto Suruyuki a abria.

A essa hora os funcionários da mansão já estariam dormindo e considerando que Mary não avisou antecipadamente sua chegada, provavelmente não haveria ninguém para auxiliá-la com a garota.

Após entrarem Suruyuki fechou a porta e disse:

— Tenha uma boa noite, Milady... Estarei saindo para resolver alguns assuntos pessoais.

Mary acenou levemente com a cabeça sem se virar e subiu as escadas até o quarto andar.

Caminhando pelo corredor escuro, apenas os feixes de luzes da lua que passavam pelas janelas iluminavam o caminho.

Mary continuou seu caminho inalterada pela falta de iluminação até alcançarem um dos vários quartos daquele andar.

Girar a maçaneta exigiu mais esforço do que o esperado ao ter que se virar de lado e esticar seu braço ao limite tomando cuidado para não acordar Agaya.

Escutando o pequeno ruído do trinco, empurrou a porta com o pé e adentrou o quarto, fechando-a com o pé também.

O quarto era bem espaçoso, porém simples, apesar de seus móveis luxuosos.

Mary caminhou até a cama e moveu Agaya para baixo das cobertas cuidadosamente e puxou uma cadeira ao lado para se sentar.

Agaya felizmente não despertou e Mary apenas permaneceu observando-a.

***

16 sombras passaram correndo pelo beco e pularam rapidamente por cima das grades de uma das propriedades locais.

Estando no jardim, observaram seus arredores e um deles tomou a iniciativa de ordena-los:

— Se dividam e procurem o alvo, ignorem qualquer outra pessoa e evitem ao máximo chamar atenção!

Após o término das ordens, eles partiram simultaneamente em conjunto até a mansão, se separando ao se aproximarem da entrada principal.

Se dividindo em grupos de 3 por cada andar, enquanto o líder se manteve a espreita no jardim.

O vice-líder avançou diretamente para o 4° andar com um grande salto.

Devido às limitações de um corpo humano precisou revestir seus pés com mana para possibilitar um maior aplicação de força neles.

Suas mãos agarraram o parapeito da varanda de um dos quartos e com um pouco de esforço, pulou por cima da mureta, chegando com sucesso na varanda.

Se movendo até uma das janelas, tentou espiar o interior, mas falhou devido às cortinas que obstruíam sua visão.

Então através de uma magia que envolveu seu braço, possibilitou que sua mão atravessasse o vidro e destrancasse a porta.

Também aproveitou para espalhar sua energia espiritual pelo quarto, detectando uma presença mista.

Que baita sorte a minha, em?! Pensou o homem consigo mesmo.

Uma presença mista significa uma híbrida, possuindo uma presença dividida em duas raças e coincidentemente também era o seu alvo.

No entanto, mesmo não sentindo a presença de mais ninguém, ainda abriu uma pequena fresta na cortina para observar o quarto antes de adentra-lo.

Confirmando não haver mais ninguém, apesar da intensa escuridão do quarto, caminhou até ao lado da cama e notou a bela garota dormindo calmamente na cama.

Um sorriso malicioso apareceu em seus rosto e suas mãos se moveram inconsciente para tocá-la.

Mas seu sorriso congelou ao notar tardiamente a existência de uma cadeira na beira do lado oposto da cama.

Um vulto surgiu as suas costas e silenciosamente retirou sua adaga da bainha.

O homem notou tardiamente e como consequência a adaga atravessou sua garganta dos dois lados e uma mão cobriu sua boca.

Sua mão quase alcançando a garota travou e perdeu as forças.

O homem tentou resistir, mas suas forças eram insuficientes e até mesmo sua voz ficou presa em sua garganta, saindo apenas sangue.

As últimas palavras que escutou vieram de uma voz gélida as suas costas:

— Shhhh... Apenas morra em silêncio!

Em seu último suspiro, sua visão ficou turva, mas obteve uma pequena visão do semblante de seu assassino.

Uma garota com estranhos olhos cinzas o olhava sem emoção aparente.

Seu corpo caiu duro no chão, seu pescoço torcido para trás com sangue vazando de sua garganta.

Era uma visão horripilante e nojenta de se ver, mas a garota apenas se virou e caminhou até a porta.

— Hora da caça aos ratos!

A garota saiu pela porta após tranca-la devidamente.

Após alguns segundos a outra garota na cama se levantou incrédula e se moveu até a beira da cama.

Contudo, devido a visão brutal do cadáver morto no chão, rapidamente se distanciou para o meio da cama e cobriu a boca como tentativa de evitar vomitar.

Inconscientemente deixou escapar:

— Santo Deus... Pra quem raios eu fui vendida?

***

Mary caminhava pelo corredor escuro enquanto assobiava despreocupadamente.

Seus passos só cessaram quando o semblante de outra pessoa surgiu mais a frente, iluminado pela luz da lua.

Mary sorriu e voltou a caminhar em sua direção, atravessando a luz da lua e sumindo na escuridão entre as janelas.

No entanto, a figura de Mary não voltou a aparecer mesmo depois de algum tempo e o assassino também notou isso.

Revestindo seus olhos com mana, notou que não havia ninguém naquele local e sentindo um mal pressentimento em seguida, tentou se virar, mas já era tarde demais.

Seu corpo travou no lugar quando a mão de Mary atravessou o peito do homem e arrancou seu coração.

Seu corpo também perdeu as forças e caiu no chão.

Mary entretanto continuou sua caminhada despreocupada enquanto assobiava.

Enquanto isso, do lado de fora o líder esperava pacientemente os relatórios.

Todavia, mesmo após muito esperar, não houve nenhum relato de ninguém, então tomou a iniciativa de perguntar através do dispositivo mágico em sua orelha.

— Onde estão os relatórios?

Sua voz em contrapartida atingiu apenas o silêncio do outro lado.

— Repetindo... Relatórios, por favor!

Mais uma vez apenas um silêncio o respondeu.

Franzindo o cenho, debateu consigo mesmo se devia aguardar por mais um tempo ou investigar.

Porém, seus pensamentos foram interrompidos por um voz vindo do dispositivo de comunicação.

— Boa noite, meu caro senhor, sinto muito ter que lhe passar esta notícia, mas todos os seus companheiros estão... Bem, dormindo... Eternamente, se é que me entende, é claro!

Uma voz desconhecida a ele o alcançou pelo dispositivo mágico.

O líder entendeu a situação instantaneamente e perguntou:

— Foi você que matou meus homens?

Sua voz continha uma raiva profunda, seus homens já estavam com ele a algum tempo, tempo o suficiente para que se importasse com eles, tal como se importa com seus amigos.

Não demorou muito para receber uma resposta.

— Nha, matar é um termo muito exagerado... Apenas os coloquei para dormir profundamente.

O homem compreendeu a situação, mas o que mais lhe surpreendeu foi que desta vez a voz desconhecida não veio do dispositivo mágico e sim das suas costas.

Em um reação automática, torceu seu corpo e golpeou com sua adaga no espaço vazio das suas costas.

Semicerrando os olhos pensou estar imaginando coisas, se virando novamente para frente.

No entanto, seu corpo travou no lugar ao notar a presença de uma garota a sua frente.

Ele nem sequer notou sua presença ou escutou algum ruído, se assemelha completamente a um fantasma.

— Q-quem é você?

Com uma voz trêmula e uma expressão incrédula, imaginou estar alucinando devido a falta de sono contínua dos últimos dias.

Mas como se para contrariar suas expectativas, a voz da garota o atingiu em cheio:

— Não me diga que invadiram a residência privada de alguém sem saber de quem, não é mesmo? Pft, que descuido, em?

Debochando do homem, Mary se virou e foi embora, dando um último lembrete ao homem.

— Considere-se com sorte, estou de bom humor... Você tem 10 segundos pra vazar!

Resmungando lamúrias pra si mesmo, olhou resignadamente para a mansão e partiu tristemente.