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Chapter 11 - Distrito da Lua Azul

A chuva caía fortemente sobre as pessoas que se moviam constantemente sobre a tempestade, criando uma densa e macabra névoa que envolvia as ruas da cidade.

Mesmo com a visão limitada Agaya se esforçou para reconhecer alguma coisa relevante sobre a cidade e seus habitantes.

Rapidamente notando o visível estilo tradicional antigo predominantemente na cultura local devido às residências e comércios construídos em formas de Casas Japonesas Minku e com luminárias Chouchins presas ao teto no exterior, iluminando as ruas naturalmente escuras com um tom avermelhado.

Enquanto caminhava ao lado de Mary, entre a multidão, percebeu também que todos os guarda-chuvas seguiam o mesmo estilo do dela, conhecido como Hanfu e que os habitantes se vestiam de uma maneira semelhante, seguindo um estilo tradicional chinês.

Durante o trajeto inúmeras pessoas cumprimentaram respeitosamente Mary com um sorriso gentil, muitas das quais também estenderam seus cumprimentos a Agaya.

Que embora não os conhece-se, tratou de retribuir o gesto de maneira cortês enquanto se perguntava como haviam reconhecido elas em meio a tanta névoa.

Quanto mais caminhavam, mais visível se tornava a enorme torre em espiral que ascendia até os céus, cortando corajosamente as nuvens e seguindo adiante, localizada ao que se parecia no centro da cidade.

Agaya teve a impressão de que aquele era o destino final dessa caminhada tranquila, mas congelante.

Tardiamente se tocando de que mesmo em um clima tão ruim, a temperatura negativa não chegou a afeta-la.

— Lady Mary, posso saber porque o clima daqui não me afeta?

Mary que a acompanhava a protegendo da chuva com um lindo guarda-chuva com desenhos de Higanbana, passou a observá-la inexpressivamente.

— Envolvi seu corpo com propriedade Yang.

Agaya confirmou sua dedução de que era Mary quem estava tornando isso possível e aproveitou para perguntar sobre a cidade.

— Essa cidade é impressionante, parece até que viajei no tempo... Como é nomeada?

Mary já não mais olhando-a, comentou:

— Correto, este é um pequeno distrito do qual fundei a alguns séculos que segue uma cultura oriental tradicionalmente antiga... Nomeei esse local de 'Aoi Tsuki no Ku', traduzido como Distrito da Lua Azul.

O Distrito da Lua Azul era naturalmente um pequeno Distrito com um pouco mais de 1 milhão de habitantes, seguindo uma cultura oriental já não mais existente atualmente, da qual Mary é fascinada e resolveu adotar após muita deliberação.

Garantindo também que este lugar não agregasse crenças, religiões, regras ou qualquer outra possível influência do continente.

E ao contrário do que parece, a qualidade de vida e tecnologia disponível do Distrito da Lua Azul é em muito superior a de qualquer região ou nação do continente.

Essa falsa impressão desatualizada que ela passa se deve às seus códigos de vestimentas, residências e maneiras de vivência antigas, já perdidas á muito no passado.

A boa qualidade de vida daqui se deve a baixa quantidade de moradores, sendo possível assim providenciar a todos os mesmos benefícios.

Mary franziu a testa ao se lembrar de que Agaya ainda não havia comido devido a sua recomendação, deduzindo que ela escolheria vir voando, podendo causar enjoou durante o trajeto.

Então gentilmente convidou-a para visitarem um restaurante local.

— Venha, vamos comer, que tal?

— Hm? Oh, claro!

Agaya também finalmente se lembrou de que ainda não havia se alimentado pela manhã e não achou uma má ideia comer após 7 horas de viagem.

Mary a levou até uma residência Minku de 3 andares nas proximidades e adentrou-a calmamente.

Logo na entrada foram recebidas com a solene saudação de uma funcionária vestida com um vestido tradicional chinês que se adequava perfeitamente com o interior do restaurante.

— Bem-vindos, deixe-me acompanhá-los até um dos assentos livres!

Mary fechou seu guarda-chuva e o moveu até uma pequena cesta ao lado da entrada onde já haviam vários outros.

A alocação de seu guarda-chuva possibilitou que a moça a reconhecesse e alterasse seus cumprimentos.

— Milady, é uma honra poder recebê-la em nosso humilde estabelecimento, uma pena não tê-la visto recentemente!

Suas palavras se mantendo exageradamente humildes e solenes ao se referir a Mary e sua presença naquele estabelecimento.

— Haha, andei meio ocupada recentemente, peço perdão por isso!

Mary por outro lado se manteve bem descontraída ao lidar com a moça, a qual não se importou com sua simplicidade na resposta.

— Vejo que a Milady possuí uma acompanhante da qual desconheço.

A atenção da moça se voltou em seguida para Agaya a qual possuía uma presença tão extravagante quanto a de Mary devido a sua aparência angelical.

Agaya apenas sorriu em contrapartida, deixando que Mary a representasse.

— Minha estimada convidada, a qual gostaria de experimentar as especiarias do Chefe Jion!

A moça compreendeu rapidamente o significado oculto e contra respondeu:

— Eu vejo, então tratarei de acomoda-las em um bom local.

A partir daí ela as levou até o terceiro andar, que se fez um caminho repleto de saudações pelos clientes que aproveitavam suas refeições despreocupadamente.

Chegando ao local designado a elas, Agaya notou ser uma sala privada um pouco incomum.

Uma pequena mesa com 4 almofadas ao seu redor, dando a entender que se sentariam no chão.

Enquanto Agaya se sentava notou o estilo Shoji das portas e janelas a qual Mary abriu para ventilar.

Aquele local elevado permitiu terem uma espetacular visão dos arredores mais próximos do distrito.

Enquanto aguardavam pela refeição, Agaya resolveu puxar conversa.

— Vejo que este lugar é único, mas o que a inspirou a torná-lo assim?

Mary observou tranquilamente o exterior pela janela, prestando atenção a cada detalhe.

— É sua primeira vez conhecendo o mundo?

A primeira vista parecia que Mary ignorou sua pergunta, mas Agaya não se importou já que seu objetivo era apenas sustentar uma conversa.

— Sim, nunca havia saído das terras do clã, ou melhor, da proteção de meus pais.

Mary não pareceu se comover ou demonstrar curiosidade, na verdade, apenas deu continuidade ao que estava falando.

— Compreendo... Então deixe-me descrevê-la resumidamente a sociedade atual...

O tom de Mary se manteve indiferente durante toda a conversa, descrevendo os fatos da sociedade atual imparcialmente.

Diria que hoje em dia os mais velhos são os pilares da sociedade, ditando o que se deve e o que não se deve fazer aos mais jovens, limitando suas liberdades.

Não me sinto no direito de julgá-los como certo ou errado, primeiramente por que esses termos são irrelevantes e não possuem um significado único, variando de indivíduo para indivíduo.

Segundamente, porque, como dizem os taoístas, meu Tao, ou em questão dos cultivadores, meu Dao Marcial, está repleto de pecados e arrependimentos dos quais me negam o direito de julgá-los.

Mas vindo de um ser como eu, que persistiu por séculos afim e se manteve em pé até os dias de hoje, experimentando em primeira mão a maldade e crueldade da sociedade, poderia dizer que não gostaria que aqueles com quem me importo passassem pela mesma experiência.

Mas pois bem, sendo direto, uma das leis que sempre existiu desde antes de meu nascimento e que hoje em dia ainda existe, mas que se tornou invisível ao conhecimento geral, é a lei da selva.

Uma lei que dita que o mais forte tem a palavra final e o mais fraco apenas deve se manter quieto caso ainda deseje viver.

Atualmente tratado como uma coisa ultrajante e ultrapassada, a qual não pertence mais a essa era, porém, eu sou a prova viva dessa mentira.

Não importa em que mundo esteja, se existe uma hierarquia, existe a lei da selva... Isso também se adequa ao Distrito da Lua Azul, onde eu represento o governante.

No Império por acaso, a hierarquia se mantém em uma cadeia alimentar simples de 5 níveis, estando no fundo do poço, é claro, o povo comum.

Logo mais se segue os ricos e empresários, próximos aos nobres que se mantém logo acima.

A Kyokai se estabelece, por mais incrível que pareça, acima dos nobres, mas ainda abaixo da família imperial, estando em pé de igualdade a Torre dos Magos e ao Sindicato Espadachim.

Já os espadachins mágicos não representam uma classe em si, devido a sua raridade, mas que devem se localizar um pouco acima dos nobres em influência.

O restante das Nações também seguem uma hierarquia semelhante, com apenas algumas pequenas alterações quase irrelevantes.

Mas usando o Império em específico como exemplo, podemos dizer que as crenças do passado ainda se mantém enraizadas na sociedade comum e sobrenatural.

Algumas famílias nobres do Império existem desde sua fundação, já muitos enraizadas na política e economia global.

Essas mesmas famílias costumam seguir antigos costumes ultrapassados e as vezes até mesmo desprezíveis.

Um exemplo seria o casamento entre famílias, que como o próprio nome já diz, não envolve o amor ou atração dos envolvidos, mas sim os interesses políticos, sociais e econômicos de suas famílias.

Meu intuito ao fundar o Distrito da Lua Azul era criar uma sociedade única, um povo que não fosse afetado por eventos ou crenças externas não importa quanto tempo passasse.

Que seguissem costumes e culturas diversas, dessa maneira se desprendendo ao que seria considerado 'correto' ou 'normal' na sociedade atual.

A localização desta ilha também foi um dos fatores contribuintes para tornar isso possível.

Durante a explicação de Mary, a mesma moça anterior, agora acompanhada por algumas outras, trouxeram e posicionaram as diferentes especiarias sobre a mesa.

Mary imaginou ser suficiente sua explicação e decidiu finalizar por ali, convidando Agaya a comer.

Agaya notou a presença de um conjunto de talheres no estilo do continente, um garfo, faca e colher, acompanhados de um par de hashis no estilo oriental ao lado.

As especiarias também eram uma mistura da cultura local com a cultura do continente, dando assim uma grande variedade a refeição.

Agaya após ser convidada a comer, não se deixou a esperar e logo mais se degustou com as diversas opções a sua frente.

Mesmo assim se atentou a sua busca por informações, questionando Mary novamente:

— Vejo que querendo ou não, ainda há alguma influência de uma cultura externa... Seria essa uma tentativa de suprimir o baixo desenvolvimento tecnológico?

Uma pergunta bem inquisitiva, da qual trouxe Mary mais uma vez a questionar a alta capacidade intelectual da garota.

— Errado, porque diferente do que se aparenta, a tecnologia aqui no Distrito da Lua Azul se equipara, se não supera, as regiões mais famosas por suas tecnologias no continente.

Agaya franziu o cenho em descrença e em resposta Mary questionou:

— Vejo que ainda permanece inalterada pelo clima gélido, contudo não estou mais a protegendo dele, então saberia me dizer porque disso?

— Eh?!

Deve se dizer que estava correto que Agaya ainda não se sentia pressionada pelo clima gélido do ambiente, apesar da janela aberta ao seu lado, mas também que imaginava ainda ser devido a Mary.

Então ao descobrir, que na verdade, não era mais sua influência, não pode deixar de expressar seu desentendimento.

Mary apenas sorriu com a expressão engraçada que a garota fez e se auto respondeu em seguida:

— Há uma formação mágica nas fundações desse edifício com o propósito de atrair e espalhar energia Yang por todo o interior dele, dessa maneira barrando efetivamente o clima exterior.

— Ah...! A isso que se refere com tecnologia equiparável a do continente?

Agaya não pode deixar de expressar-se ativamente novamente, dessa vez com admiração pela revelação de Mary.

— Correto, mas isso é apenas algo simples e comum aqui, presente em quase todos os edifícios locais!

Agaya se absteve temporariamente de seus questionamentos para possibilitar uma degustação mais adequada da refeição, notando que Mary não parecia muito interessada na comida.

Talvez ela já tenha comido? Pensou silenciosamente.

A mesma que após alguns minutos voltou a questionar.

— Mas se o que diz sobre a tecnologia aqui ser realmente tão avançada ser verdade, porque a densidade populacional seria tão escassa?

Mary se segurou para não rir ao ver que sua previsão da próxima pergunta de garota se fez correta.

— Simples, porque se não fosse, não haveria tal nível de tecnologia aqui.

— Oh! Agaya acenou em compreensão.

O principal motivo pelo qual o Distrito da Lua Azul se mantinha na liderança na qualidade de vida era especificamente este.

A baixa população possibilita que Mary auxilie a todos em seu modo de vida igualmente.

Tanto que a qualidade de vivência neste local se mantém na classe média e superior.

Agaya curiosamente contornou o tema ao abordar sobre a nomeação do Distrito.

— Há algum motivo específico para tê-lo nomeado dessa maneira?

— Se refere ao Distrito? Contra perguntou Mary.

Agaya apenas acenou com a cabeça positivamente em resposta.

Mary passou a observar novamente a tempestade ao lado de fora que não dava sinais de que iria cessar tão cedo.

Seu olhar continha um pequeno traço de descontentamento, quase imperceptível.

Em seguida a mesma a respondeu, mas com outra pergunta:

— Imagino que já deve ter ouvido o conto da luas gêmeas, não é mesmo?

— Mm...!

Agaya apenas murmurou algo incoerente em resposta, mas de maneira positiva.

Fechando os olhos em pensamento, deu continuidade:

— Acontece que devido a sua localização ser no extremo norte, a lua azul se sobrepõe a lua vermelha, possibilitando uma visão que digamos ser privilegiada sobre ela!

Em outras palavras, devido a localização dessa ilha ser no extremo norte, a lua azul se tornava mais visível que a sua gêmea, a lua vermelha, dando origem ao nome desse Distrito.

Agaya olhou ceticamente para Mary, um pouco duvidosa.

— Decepcionada, eu vejo! Comentou compreensivamente Mary.

—;B-bem... Digamos que eu esperava algo mais complexo e elaborado, tão significativo quanto o motivo por trás de sua fundação!

Engasgando levemente, se lembrou de que seria melhor não demonstrar tão abertamente suas reações negativas a outra parte.

Mary por outro lado parecia abertamente alegre ao comentar:

— Então ele já está cumprindo seu papel.

Com uma pequena pausa, terminou:

— Não use o senso comum do continente aqui... Um nome simples a um projeto complexo e significativo já foge do considerado comum no continente.

De acordo com o senso comum dos cidadãos do continente, seria normal considerar atentamente uma nomeação significativa, que abrangesse ao todo a importância do projeto.

Mas Mary contornou esse pensamento ao nomear tão levianamente o Distrito, apesar de sua grande importância a sociedade local.

Isso por si só já transmiti previamente a ideologia daqui, embora apenas alguns sábios e eruditos consigam pensar tão distante.

Uma combinação do comum com o incomum, criando algo único e especial, esse era o Distrito da Lua Azul.

— Oh! Agaya exclamou sinceramente sua admiração mais uma vez.

"Ao que parece, tudo aqui possuí um significado, seja ele relevante ou não" Satirizou silenciosamente Agaya.

A refeição a partir daí continuou um pouco mais pacata, com algumas perguntas mais simples e pouco relevantes para se aderir.

***

As duas já caminhavam lado a lado sobre a chuva novamente, em direção aos seus destinos finais.

Tal como Agaya tinha deduzido, quanto mais caminhavam, mais próximo se tornava o enorme arranha-céu em espiral que se seguia até as nuvens.

Sua estrutura era em sua maior parte simples, de algum material densamente escuro e resistente, resistindo despreocupadamente a tempestade que persistia em cair.

No entanto, algo que permanecia constante, além da chuva é claro, era a circulação livre dos habitantes.

Mesmo em um perímetro relativamente próximo a torre não havia muros ou qualquer outro tipo de barramento e impedições.

Algumas pessoas até mesmo adentravam ou deixavam a torre frequentemente, dando a entender que era um local público.

A entrada era demasiadamente extravagante e extraordinária, de acordo com as expectativas.

Quando finalmente chegaram sobre a cobertura, Mary fechou o guarda-chuva e o fez misteriosamente desaparecer no ar.

Agaya passou a observar de soslaio as suas costas enquanto isso.

Embora apenas a alguns metros de distância, o restante do território parecia extremamente distante e desapegado a existência imponente que se fazia esse arranha-céu.

Até mesmo a chuva transmitia uma sensação diferente, como se voluntariamente mantivesse uma distância segura do local.

Um arrepio percorreu o corpo de Agaya apesar de estar isenta do clima, finalmente conseguindo determinar a estranha e bizarra sensação que sentia.

No momento que pisou nesse perímetro em específico, o espaço/tempo pareceu desacelerar e se tornar estranhamente pacífico.

O ambiente também tinha se tornado misteriosamente silencioso, transmitindo uma mal pressentimento para aqueles que se aproximassem.

Uma rajada de vento gélido jorrou violentamente sobre Agaya, fazendo suas vestes e cabelo serem jogadas para trás violentamente.

Obviamente Agaya não deveria sentir a frieza que estava contida na rajada de vento, mas mesmo assim parecia que sua alma sentiu instintivamente.

Sua visão passou a sobrevoar as escadas bizarramente escuras que transmitiam o mesmo sentimento desconfortável a Agaya.

Os pilares imponentes que pareciam segurar todo o peso do arranha-céu seguiam consistentemente aos lados da escada.

Diferentemente de Agaya os outros moradores locais pareciam totalmente alheios a esse sentimento desconfortável que percorria sua alma.

Durante seu transe momentâneo, se assustou com o comentário de Mary.

— É o fluxo e refluxo.

Mary se virou e passou a olha-la ao continuar:

— Essa torre é construída a partir de um material especial, sua função consiste basicamente em atrair a energia espiritual e absorve-la, nutrindo-a por um pequeno período de tempo e retornando-a para a natureza, expelindo-a em seguida em uma quantidade substancialmente maior do que a que absorveu.

— Devido a esse evento a energia espiritual aqui é densamente compacta, causando algumas misteriosas alterações no espaço/tempo, contudo, apenas aqueles com extrema sensibilidade a energia espiritual conseguem senti-la.

— Resumindo, a energia espiritual flui até eles e depois reflui de volta para a natureza.

Agaya assentiu silenciosamente, mas ainda incomodada com essa sensação estranha.

Mary apenas sorriu e disse:

— Não se preocupe, logo mais se acostumara.

Agaya se esforçou para ignorar a sensação desconfortável que percorria sua espinha enquanto observava seus arredores.

"Duvido muito" Satirizou para si mesma mentalmente.

Subindo as escadas lentamente, notou uma enorme abertura no teto acima que permitia a entrada dos visitantes, mas um vel translúcido envolvia-a cuidadosamente.

— Onde estamos? Questionou antecipadamente Agaya, momentos antes de entrarem.

Uma luz intensa envolveu a visão de Agaya, quando finalmente adentraram a torre.

Enquanto isso uma voz etérea e nostálgica soou em seus ouvidos, de maneira lenta e concisa.

— Casa... Estamos em casa!