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Chapter 7 - Chapter 1- 7 "Encaixando os Pontos, EX Estranho Machina!"

— Com sua licença, eu vou ali fora tomar um ar...

Meguro Kieta já estava no limite do limite do medidor de interação social que geralmente preenchia com interações banais e casuais do seu cotidiano pífio.

Um medidor que geralmente era preenchido com pai e mãe e alguns colegas de classe ao longo da semana foi ultrapassado por poucos eventos e interações esquisitas em poucos dias (1 dia e meio).

Ele se ergueu anojado do sofá e se retirou para a rua.

A casa era rodeada por um pequeno pátio cercado por muros. Olhando melhor, pode se ver um caminho para o lado traseiro da residência.

— Não vou arriscar ficar aqui na frente, posso ser atacado por aquela "bruxa" do gelo novamente...

Sentindo arrepios ao lembrar dessa figura, Meguro deu de ombros e se dirigiu para a parte de trás da casa de Henry.

— O que há com todos? Tudo isso... Eu não aguento mais. Pessoas estranhas. Eu não aguento mais. Criaturas. Eu não aguento mais. Quero ir pra casa... Isso... Isso é realmente um sonho?

Parando então fora da vista de todo mundo, ele olhou para o chão.

Quando acordou na casa de Walther no dia passado, uma garota jovem de cabelos azuis falou isso, que ele estava sonhando, e o beijou na boca.

— .....

Kieta lembrando-se disso, elevou os dedos até os lábios como que certificando-se do evento ocorrido anteriormente.

Ele realmente beijou uma garota de repente. Ou melhor, foi beijado.

— ...Se eu tivesse preparado poderia ter sido o meu primeiro beijo tanto desejado, sabia? Mas foi bem... Uh... Estranho? Não foi como pensei que seria...

Ele desanimou e largou os ombros com um leve tom de arrependimento.

— Esse mundo é estranho...

Cansado, ele olhou para o céu azul acima de sua cabeça e balbuciou:

— O quê farei agora?

Se for parar para pensar, o seu único objetivo era voltar para sua casa. Mas se isso tudo for um "sonho" como disse a garota que o beijou e logo sumiu, então que diferença faz?

— Eu... Tenho que acordar, então?

Não parecia ser um caso onde você se automutilava para acordar. Beliscos não iriam adiantar. E também era diferente de estar preso em um sonho lúcido.

Era tão real e a compreensão da realidade era tão forte quanto estar acordado no "mundo real".

— Então como farei para sair e tudo isso? Daqui...?

Os seus olhos se entristeceram um pouco.

Ele queria voltar para casa. Se o bairro era conhecido e praticamente idêntico ao que ele via todos os dias, logo sua casa também poderia ser.

Mesmo que isso tudo possa ser uma espécie de "sonho".

Na verdade, não se pode acreditar em 100% nessa questão. Todavia Kieta preferiu andar com ela ao invés de procurar outros fatores que poderiam responde-lo sobre a situação incomum que está agora.

Por hora, é um sonho.

— Mesmo que seja um sonho, eu ainda quero ir para a minha casa. Mãe e pai. Quero vê-los.

Por isso, ele tinha que sair daqui.

Mas para sair daqui e atravessar o bairro, existia certos obstáculos como a "Bruxa de Gelo" por exemplo.

Kieta comparou ela como sendo algum tipo de personagem de jogo, onde possuía poderes de gelo e o atacava.

Magia, ou seja lá o que ela possui... Kieta Meguro não tinha nada disso.

Foi aí que outra questão entrou.

— Se eu estou sonhando, então poderia controlar o meu sonho eu mesmo? Tipo me dar poderes?

Ele voltou o olhar para a sua mão.

A princípio era uma palma normal de um jovem de 15 anos. Porém, se for concentrado poder o suficiente, usando a sua mente e imaginando que poderia criar algo dali...

— .....

Nada ocorre.

— ...É, deu não.

Ele logo desistiu disso.

— É aqueles sonhos que eu sou eu mesmo...

Lacrimejando, a realidade cruel desse sonho veio a tona e ele se sentiu injustiçado.

Quão cruel poderia ser a realidade?

E ainda mais cruel do que não ter poderes...

— ...Eu estou dependente de Walther e Henry, talvez, para voltar para minha casa... Eles parecem serem caras normais também.

Isso complicava muito mais.

Walther e Henry eram adultos comuns. Eram ambos humanos quanto Kieta Meguro de nome japonês.

Isso só tornava o objetivo de levar o garoto para a sua casa, mais complicado ainda.

— Droga! Porque tão difícil, hein!?

Ele colocou as mãos nos cabelos e gritou frustrado.

— Não têm como sair disso mesmo?

O maior obstáculo era a tal Bruxa.

Para Kieta Meguro voltar para a casa, teriam que dar um jeito de contorna-la. Ela e a sua parede glacial que impossibilitava o progresso.

O menino suspirou profundamente e voltou ao normal.

— ...Por baixo não daria pra passar, a Bruxa esta lá. Então... E por cima?

Olhou para o lado inverso da situação.

O caminho subindo a rua parecia bem acessível.

Por baixo aquela mulher de gelo, então por cima, caso ela não esteja em dois lugares ao mesmo tempo, poderia ser usado como via para contornar o bairro e chegarem na casa da família Meguro.

— É isso! Vamos usar o caminho de cima e estará resolvido. Ninguém se machuca e tá tudo certo!

Ele bateu o punho na palma gritando "eureca".

— Irei dar a ideia pro pessoal.

— Não adianta.

— Weh!?

Assim que se virou para voltar, uma voz o surpreendeu e ele saltou para trás.

— Você é...

— Aquele caminho é inacessível.

Parada na frente dele, estava a menina de antes, quando Henry chamou.

— Abracadabra, era...?

A menina antes espontânea, mirava ele com olhos de tédio. Até mesmo a voz não era mais tão enérgica.

— Seguir a rua superior ira levar a todos para a condenação irrefreável.

— Do que está falando...? É tão perigoso assim?

— É o pior dos casos. Quer ver?

— Uhh...

O convite dela não parecia como um convite alegre. Parecia que estava tentando-o com o olhar.

— Eu irei te mostrar.

— Não, é que... Ah, droga.

A menina de vestido com símbolos estranhos deu as costas e começou a caminhar sem se importar com o tipo de resposta que o menino daria a ela.

Kieta sem ter como responder, se sentiu obrigado a segui-la.

Eles saíram da parte de trás do pátio de Henry e foram para o portão.

Meguro, antes de sair, averiguou com o olhar a casa e não viu Henry e nem Walther.

— Para onde foram os dois?

— Estão resolvendo as coisas bebendo chá.

Assim respondeu a menina que continuou guiando o Kieta para a rua de cima.

"Isso não me cheira a boa coisa..."

Ele engoliu seco.

— Por que você disse que ir para a rua de cima seria o pior dos caminhos? (Não com essas palavras).

— Você verá. E quando ver. Irá saber.

— ...Eu podia jurar que você era mais animada, sabe...?

— O mestre gosta assim. Eu faço como o agrada. Já que...

— Já que...?

— Não te importa saber agora. Ainda não aconteceu.

— ...?????

Piscando algumas vezes, o menino estranhou o que ela tinha dito.

Entretanto, não teve tempo de questionar a menina menor que ele, porque...

— Chegamos.

— Ah, é isso que voc-... HÃ!? I-isso... O que é isso!??!?!

Horrorizado quando chegou no fim da rua, Kieta Meguro só poderia ficar abismado com tamanho caos diante de seus olhos.

Havia ali um abismo de fogo e destruição que levou toda aquela parte do mundo às ruínas.

Gritos em prantos era ouvido. Choro. Lamúrias.

Um verdadeiro...

— Inferno. Isso é o inferno.

...Era a pior visão da sua vida.