Chereads / Cynic's Second Wind: DxD Chronicle / Chapter 12 - Volume I - Capítulo 12

Chapter 12 - Volume I - Capítulo 12

Meus passos eram lentos e pensativos e raiva fervendo dentro de mim, quando um som peculiar e inesperado rompeu meus pensamentos tumultuados. Era como um bipe, sutil, porém persistente, emanando de algum lugar dentro de mim.

Confuso, parei, focando minha atenção no fenômeno estranho. Diante dos meus olhos, o sistema que só eu conseguia ver se manifestou, trazendo consigo uma notificação que piscava com uma insistência urgente.

╔─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╗

『MISSÃO』

Alerta Energia da Luz Caída, detectada dois seres caídos detectados a 10 km de distância

Sacred Gear detectada 『Echo of the Fallen』possivel aniquilação de multiplas formas de vida

Detenha os caídos

[0/2]

╚─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╝

"Merda, é sério isso?" Murmurei para mim mesmo, uma carranca deformando meu rosto enquanto tentava compreender a complexa situação em que me encontrava.

Lancei um olhar cauteloso na direção do acampamento. Contemplei, por um momento efêmero, a possibilidade de chamar Escarlate e o Sion que estava com ela. No entanto, a frase "possível aniquilação de múltiplas formas de vida" reverberava insistentemente em minha mente, fazendo-me hesitar, e também não posso confiar neles uma missão que e minha.

Com a decisão tomada, impulsionei-me para cima, escalando rapidamente uma árvore majestosa que se destacava entre as demais, seu topo servindo como um ponto de observação estratégico. De lá, pude avistar uma coluna sinistra de fumaça ascendendo ao céu, rompendo a tranquilidade do manto branco de neve que cobria a floresta.

"Encontrei" pensei, uma pontada de ansiedade acendendo em meu peito. "Mas será que conseguirei chegar lá a tempo?" Sem mais delongas, desci da árvore, alongando-me rapidamente em preparação para o que viria a seguir. "Nunca dei tudo de mim pra essas coisas, então como será que e minha velocidade máxima?" Uma curiosidade inquieta um sorriso no rosto como se finalmente pudesse me alongar de verdade sem os olhos sobre mim. " vai ser bom vamos lá"

Assumindo uma posição familiar — pés firmemente plantados no solo, mãos tocando a superfície fria da terra — concentrei-me intensamente. Uma energia amaldiçoada, uma fusão sinistra de tons negros e vermelhos, começou a envolver-me, formando uma aura pulsante e quente.

"Mantenha a concentração, preciso manter a velocidade ao mesmo tempo que passo pela floresta ou seja desviando das árvores tenho que manter uma velocidade que possa reagir e que consiga controlar" sussurrei para mim mesmo, sentindo cada célula do meu corpo vibrar com o poder que fluía através de minhas veias "A energia deve ser liberada de forma constante, como um véu envolvente, um manto protetor de força."

Com um grito agudo de determinação, lancei-me para frente, correndo com uma velocidade que nunca pensei possuir. A terra sob meus pés despedaçava-se com a força da minha passagem, fragmentos de solo voando ao vento enquanto avançava a uma velocidade vertiginosa.

Meu corpo se moveu tão rápido que a paisagem borrava ao meu redor, transformando-se em uma mescla abstrata de cores e formas. Sentia o vento rugir contra minha pele enquanto eu voava pela floresta, cada árvore e obstáculo que se aproximava sendo evitado com uma precisão e agilidade quase sobrenatural.

"É incrível", pensei, enquanto a excitação crescia no meu peito, misturando-se com a adrenalina que queimava em minhas veias. A sensação de mover-se tão rapidamente, como um raio de sombras rasgando a tranquilidade da natureza, era simultaneamente eufórica e amedrontadora.

A distância até o ponto de origem do sinal foi coberta em um tempo que surpreenderia até mesmo o mais experiente dos corredores. Parei tão abruptamente que pedaços de terra e neve foram lançados à minha frente, enquanto eu me agachava, recuperando o fôlego e tentando acalmar meu coração que parecia querer explodir de excitação.

O cenário que se desvelava era algo que não esperava. Uma figura humanóide, mas com asas que mais pareciam de corvo do que qualquer outra coisa, estava em vista, seu corpo magro coberto por uma roupa que lembrava roupas de sacerdotes sagrados e olhos que brilhavam com uma luz não natural. Uma lança de luz estava em sua mão, que parecia ser um brinquedo do que uma arma em si.

"O que é isso?", pensei confuso, tentando entender o que estava vendo. Sem tempo a perder, me aproximando da vila com passos furtivos e cuidadosos. Foi então que ouvi o som distinto de madeira se partindo, seguido por uma voz aguda e irritante.

"Voriax, já encontrou o portador da gear?" perguntou a voz, claramente irritada com alguma coisa.

Uma resposta veio, a voz profunda e rouca indicando um indivíduo grande e possivelmente perigoso. "Estou perguntando às formigas, mas elas insistem em dizer que não. Então, decidi brincar um pouco com elas" respondeu a voz, identificada como Voriax.

Foi então que vi, para minha, um corpo — ou melhor, metade de um corpo — voando pela janela de uma casa próxima. Uma pessoa normal sentiria aversão ou nojo, mas simplesmente não consegui sentir absolutamente nada, e não e hora pra ficar pensando nisso foco kuroto

Antes que pudesse reagir ou me mover, um estrondo ensurdecedor sacudiu o chão sob meus pés, lançando-me de volta à floresta com força suficiente para tirar o fôlego. Rapidamente, assumi uma postura defensiva, minhas mãos se fechando em punhos enquanto uma energia amaldiçoada fluía através deles, pronta para ser usada.

"Oh, acho que achei, Raelan" disse Voriax com uma risada cruel, seus olhos fixos em mim com um brilho predatório. " O que temos aqui? Um usuário de Sacred Gear?"

"Eles podem ver minha energia amaldiçoada?" - pensei, surpreso e alarmado com essa revelação.

"Seu idiota, olhe melhor. Ele não é nosso alvo. Mas o que um membro da Igreja está fazendo aqui, eu me pergunto?" O outro, chamado Raelan, franziu a testa, enquanto apontava para mim, parece que minha roupa me denunciou, porra de roupa de exorcista

"Hah! Não sabia que a Igreja usava cachorrinhos para fazer patrulhamento agora", riu o brutamontes, aproximando-se de mim com passos lentos e deliberados. Eu recuei instintivamente, meus pés movendo-se quase sem minha permissão em direção à floresta atrás de mim.

"Isso é intrigante, Voriax" murmurou magrelo, um olhar de interesse e cautela em seus olhos. "Talvez devêssemos mantê-lo vivo por enquanto, o que acha?"

Voriax não respondeu imediatamente, seus olhos ainda fixos em mim com uma intensidade desconfortável. Finalmente, ele assentiu, concordando relutantemente com a sugestão de Raelan.

"Está com os hereges, moleque?" perguntou Raelan, sua voz cortante como uma navalha.

"Eu... Sinceramente não tenho que responder pra dois pássaros que vão ser depenados" respondi meu olhar tentava não denunciar mais eu parecia excitado com a situação mesmo estando em claro perigo

"Bom, isso facilita as coisas para nós" disse Voriax com um sorriso cruel "Só precisamos dele vivo, não necessariamente inteiro."

Antes que eu pudesse reagir, Voriax estava atrás de mim, uma marreta de luz brilhante em sua mão pronta para atacar. Sem tempo para desviar, instintivamente levantei meu braço, revestido de energia amaldiçoada, para bloquear o golpe. Uma dor lancinante disparou pelo meu braço, fazendo-me gritar de agonia enquanto era jogado para trás pela força do impacto.

No entanto, recuperei-me rapidamente, cravando os pés no chão para impedir que fosse lançado mais longe. Balancei meus braços para aliviar a dor, preparando-me para o próximo ataque.

"Isso vai ser divertido" murmurei, minha voz baixa e perigosa enquanto chamas negras e carmesim brotavam de meus punhos, prontas para serem liberadas. "Agora o show vai começar gracinhas."

A respiração pesada de Voriax ressoava pela área, enquanto seus olhos observavam cautelosamente as chamas que dançavam ao redor de meus punhos. Raelan, por sua vez, parecia menos despreocupado, sua expressão tensa demonstrando a compreensão do perigo eminente.

"Voriax, não seja descuidado!" Ele alertou, lançando uma lança de luz brilhante e mortal em minha direção, que cortava o ar com uma velocidade vertiginosa.

Com reflexos apurados, Voriax avançou para intervir. Meu corpo, no entanto, agiu por conta própria. Um chute firme e poderoso no chão, revestido com a energia amaldiçoada, desencadeou a neve sob meus pés evaporar de forma quase imediata, criando uma cortina de neve vaporizada que obscureceu a visão e envolveu o ambiente numa neblina espessa.

A lança, cortando através da névoa, estava perigosamente perto de atingir meu rosto. Meu corpo esgueirou-se numa esquiva apertada, movendo-se com uma graça e velocidade que não sabia possuir. Meu braço, quase instintivamente, moveu-se para agarrar a lança; no momento em que meus dedos a tocaram, a força bruta do projétil me puxou para fora da neblina uma sensação de queimação era intensa vindo do objeto parecia queimar minha mão. A força da lança foi tão forte que nem mesmo eu usando meus pés para parar ela fui capaz de parar ela antes de chegar na aldeia, meu corpo atravessou algumas casas de madeira no processo partindo elas e me machucando um pouco enquanto não largava a lança

Com dificuldade, segurei firme na lança, ao tocar na lança era como se minha mão queimasse porem ignorei a dor, enquanto a energia amaldiçoada em meus punhos começava a se espalhar pelo artefato. A sensação de calor e poder fluindo através da arma, tentei forçar minhas pernas pra parar a força da lança caso contrario eu iria me chocar com uma das casas consegui para quase ao tocar nos escombros.

e sinistra, carregada de uma aura de desolação e morte. O ar parecia mais pesado, dificultando cada respiração enquanto observava, atônito, as formas sinuosas que começavam a se formar no céu.

Voriax e Raelan saíram da neblina, suas expressões indicavam uma mistura de surpresa e irritação, olhares fixos em minha figura desgastada. Parecia que, no entanto, a atmosfera ao redor não os incomodava, ou talvez seus corpos estivessem acostumados com essa contaminação peculiar.

"Interessante", murmurou Raelan, seus olhos fixos na lança ainda em minhas mãos, agora parcialmente corrompida pela minha energia amaldiçoada. "Parece que temos mais do que apenas um mero peão da Igreja aqui, Voriax."

Voriax, por outro lado, não parecia compartilhar do mesmo fascínio de seu companheiro, sua expressão era de puro desdém. "Não importa. Você fica muito curiosos com esses vermes, de um jeito ou de outro acabe com ele logo para continuamos a busca."

Concordando, Raelan acenou com a cabeça lentamente. "Verdade, mas antes, talvez pudéssemos nos divertir um pouco. Não é sempre que nos deparamos com alguém que pode suportar a energia de uma lança celestial."

A conversa deles foi irritante, mas reveladora. Era evidente que eles me subestimavam, e isso... isso poderia ser utilizado a meu favor. Além disso, suas palavras indicavam que a energia na lança era celestial, algo que eu já suspeitava, mas ter a confirmação era útil.

Eu me pus de pé, a lança em minhas mãos pulsando com uma energia instável. "Sabe, eu estava pensando... se suas lanças são tão poderosas e celestiais, será que vocês conseguem lidar com uma?"

Lançando a lança com uma força devastadora, utilizei a energia amaldiçoada para impulsioná-la, tornando-a um projétil de morte rumo a Voriax e Raelan. Eles desviaram com facilidade, ela quando chegou perto deles ela explodiu como uma rajada de chamas negras e carmesin que quase os pegou " Há não sabia que isso ia rolar "

"Então quer brincar, garoto?" Voriax rugiu, avançando com uma velocidade inumana na minha direção.

Me preparei, minhas mãos formando punhos envoltos por aquela aura ardente e negra, prontas para interceptar o ataque iminente. Voriax desferiu um soco que parecia capaz de aniquilar montanhas, e eu, por pouco, consegui desviar, sentindo o vento gerado por seu ataque passar pelo meu rosto.

E, então, o contra-ataque. Um soco, direto e preciso, acertando o torso de Voriax, a energia amaldiçoada adentrando seu ser e o fazendo urrar em agonia. Raelan, no entanto, não deu tempo para comemorações, sua lança mirando meu coração.

No último momento, formei uma lança lembrava como era o formato e refiz ele apenas com minha energia Amaldiçoada e defendi a lança porém mesmo com ela ela me arrastou e sentia que a lança de luz tentava perguntar o bastão da minha lança de energia amaldiçoada, porem no final não conseguiu, então em um golpe chutei a lança de luz e ela continuou perfurando alguma casas e parando depois

Nossos olhares se encontraram, três guerreiros em um campo de batalha, os céus acima torcidos por um poder desconhecido. Eu estava determinado a vencer, a sobreviver, enquanto eles... eles pareciam animados, como se minha resistência apenas adicionasse mais diversão ao confronto.

"Haha, isso tá hilário e muito divertido, venham os dois de uma vez quero me divertir ainda mais" meu olhar estava vivo um sorriso de orelha a orelha, meus sangue fervia com intensidade e eu apenas queria que esse momento durasse pra sempre

Enquanto Voriax e Raelan se preparavam para atacar juntos, numa sincronia temível, minha expressão não mostrou medo ou hesitação; apenas um sorriso insano e desafiador. Enquanto girava aquela lança de energia amaldiçoada apontando pra eles "Venham logo vou depenar vocês seus pombos super desenvolvidos!"

Voriax, enfurecido e ainda sofrendo com a energia negra que pulsava em seu interior devido ao soco anterior, avançou com uma fúria descomunal. Raelan, mais calculista, enviou uma série de lanças celestiais em minha direção, tentando me cercar e me tornar uma presa fácil para Voriax.

A estratégia deles era inteligente, mas minha decisão foi no sentido contrário da lógica. Ao invés de recuar, avancei diretamente para Voriax, A adaga formada a partir da energia amaldiçoada não era apenas uma simples arma; ela pulsava com uma vida sinistra e caótica, suas bordas serrilhadas emitindo um brilho sombrio. À medida que Voriax se aproximou, o ar em torno dele distorceu-se com o poder puro emanado de seu martelo de luz, que era colossal, irradiando uma aura de poder celestial mas tingida de uma sutil malevolência.

Enquanto o martelo descia em direção a Kuroto, ele podia ver os fragmentos de luz espiralando ao redor da arma, um espectro fascinante que quase o distraiu do perigo iminente. Com um rugido, o martelo se aproximou, tentando esmagar Kuroto numa demonstração brutal de força.

No entanto, com uma calma e precisão letais, lançou a adaga diretamente contra o martelo. O choque entre a luz celestial e a energia amaldiçoada desencadeou uma explosão de contradições – a luz tentando purificar a escuridão, a escuridão devorando a luz. A explosão resultante foi um espetáculo de faíscas luminosas e sombras distorcidas, ambas as energias se consumindo mutuamente em um turbilhão caótico.

A onda de choque lançou o martelo de voriax para trás, avancei através da nuvem de neve e detritos, direto para Voriax, que estava temporariamente desequilibrado pelo impacto.

Eu acabei emergindo da cortina de neve foi a última coisa que Voriax esperava. Os olhos do guerreiro queimavam com uma determinação feroz, a lança de energia amaldiçoada que mirava impiedosamente para o coração de Voriax.

Mesmo com sua asa sendo brutalmente perfurada, Voriax tentou um último grito de desafio, que foi abruptamente silenciado quando a lança amaldiçoada atravessou seu peito. A energia amaldiçoada não apenas feriu, mas também contaminou seu ser, sua luz interior piscando e oscilando antes de ser subsumida pela escuridão.

Voriax colapsou, seus olhos ainda arregalados em choque e agonia. Kuroto, sem perder um momento, girou sobre seus calcanhares, usando o corpo agora sem vida de Voriax como escudo enquanto as lanças de luz de Raelan choviam sobre eles.

As lanças, ao acertarem, emitiram um som quase etéreo, como um coro celestial sendo sufocado. Os impactos eram palpáveis, mesmo através do corpo de Voriax, mas Kuroto permaneceu firme, o olhar fixo em Raelan, que estava gradualmente ficando visível através da nuvem de neve e detritos.

Com um empurrão, lançei o corpo de Voriax na direção do chão, usando esse breve momento de distração para recuperar o fôlego e avaliar meus próprios ferimentos. Estava longe de estar em perfeitas condições, mas a batalha ainda não havia terminado, não permitiria que terminasse até que cada ameaça fosse eliminada. A tensão no ar era palpável, uma mistura de dor, fúria e resolução enquanto o embate final se desenhava no horizonte gelado.

Com esforço, ergui a lança em minha mão, sua ponta ainda crepitando com as chamas negras e vermelhas de minha energia. Um passo à frente, depois outro, me movi com uma determinação silenciosa e feroz, pronto para encarar o que viesse a seguir.

O silêncio que se seguiu foi tenso e carregado, a atmosfera vibrando com a expectativa do confronto final que se desenrolaria sob o céu anormalmente colorido.

Raelan, vendo seu companheiro caído, mostrou pela primeira vez uma expressão de verdadeiro pavor e raiva.

"Você... Você o matou!" Ele se dirigiu a mim com um olhar mortífero.

A atmosfera ao redor dele começou a mudar. Eu podia sentir uma energia mais densa e maligna do que antes.

"Poise né, Acho que so tinha musculos, mas não se preocupe" Eu o encarei diretamente, mantendo meu olhar firme sorrindo psicótico pra ele "Vou mandar você pra ver ele daqui a pouco pombo"

Raelan olhou ao redor, percebendo que ele agora estava sozinho contra mim, e sua expressão mudou de confiança para cautela.

"Agora haha" disse criando duas adagas com minhas mãos com energia amaldiçoado "Vamos terminar nossa dança"

Eu estava ferido mas sinceramente eu estava tão eufórico que não conseguia sentir dor normalmente, e mesmo que tivesse conseguido derrubar Voriax, sabia que Raelan seria um desafio totalmente diferente. Ele era mais rápido, mais astuto e, ao que parecia, mais poderoso.

Me preparei para outro embate. Ele começou a convocar lanças de luz do chão, tentando me encurralar, e cada movimento que eu fazia era meticulosamente rastreado por ele.

No entanto, eu tinha uma vantagem. Ainda segurando as adagas, a utilizei para dispersar quebrar as lanças, apenas cortando elas se desfaziam rapidamente, aproveitando-me do ambiente ao meu redor. Eu estava focado em usar a energia amaldiçoada para criar distrações e aberturas.

A cada movimento, cada lança, cada ataque, nós dançávamos uma dança mortal, alternando entre defesa e ataque. Eu era o matador inexperiente contra o mestre astuto, mas minha determinação e as propriedades únicas da minha energia amaldiçoada me davam uma chance de lutar de igual para igual.

"Você é um inseto persistente!" Raelan gritou, lançando um feixe de luz em minha direção.

Desviei, deslizando pelo chão e jogando uma das adagas na direção dele. Ele se esquivou facilmente, mas aquilo foi uma distração. Eu estava perto o suficiente agora. Corri em sua direção, usando minha energia amaldiçoada para impulsionar meu avanço, e o ataquei com um golpe direto enfiando a lâmina no bucho do caido

Raelan tentou se defender, mas estava um segundo atrasado. Minha mão, com a adaga de chamas negras carmesim, atingiu seu estômago. Ele gritou, a energia amaldiçoada queimando sua carne; porém, o impacto não foi o bastante para acabar com ele. Ele tentou me agarrar, mas revesti meu punho com energia amaldiçoada, socando com fúria o rosto daquele bastardo. O punho divergente finalizou o processo, pois após o primeiro golpe, com um pequeno atraso, era como se o verdadeiro golpe o acertasse; ele reagiu, virando o rosto violentamente. Girei meu corpo rapidamente, dando um chute em seu estômago, o que me permitiu revestir minha perna com energia amaldiçoada, dando um poderoso chute em sua cara que o arremessou direto para uma árvore, que tinha um galho que o empalou, deixando-o em pé na árvore.

Parei, ofegante e exausto, observando-o. Ele estava imóvel, e a batalha parecia ter terminado. Meu corpo doía em vários lugares, e eu sabia que precisaria de ajuda médica em breve.

Olhando ao redor, a vila estava em ruínas, mas a ameaça tinha sido neutralizada. Por agora, eu estava seguro.

Apesar da situação parecer sob controle, um pressentimento incômodo arranhava o fundo da minha consciência. Estava prestes a soltar um suspiro aliviado quando um pensamento repentino cortou minha mente: "A missão ainda não foi dada como concluída pelo sistema".

Essa percepção aguçou meus sentidos e, sem hesitar, virei meu corpo instintivamente. Esse movimento reflexivo salvou minha vida, pois Raelan, utilizando suas últimas forças, conjurou uma lança luminosa de energia pura, mirando diretamente no meu coração. Devido à minha evasão súbita, a lança desviou da trajetória inicial, transpassando meu braço em vez disso.

A dor foi aguda e avassaladora, fazendo-me trincar os dentes enquanto eu segurava o braço ferido com a mão saudável. Raelan, apesar de gravemente ferido e à beira da morte, soltou uma risada fraca e zombeteira, banhando-se de uma vitória prematura.

"Vê? A arrogância dos jovens é mesmo um espetáculo patético", murmurou ele com um sorriso distorcido no rosto. "Agora, morra como o inseto que você é, enquanto eu, um ser superior, persistirei!"

Não sei de onde tirei forças, mas a raiva e o desespero fundiram-se numa poção volátil dentro de mim. Com um grunhido feroz, agarrei a lança alojada no meu braço com a mão livre, puxando-a para fora com uma mistura de dor e determinação. A lança luminosa queimava ao toque, mas ignorei a sensação, concentrando minha energia amaldiçoada restante.

As chamas negras carmesim irromperam furiosas como uma besta selvagem, envolvendo a lança de luz com uma intensidade selvagem e imprevisível. Mesmo segurando a arma transfigurada, pude sentir a queimação, cada célula do meu ser gritando contra a agonia, mas não desistiria agora.

Raelan, percebendo a ameaça iminente, tentou se afastar, mas estava fraco demais para escapar do galho que o empalava. Seus olhos se arregalaram quando, com um grito gutural, lancei a lança revestida de energia amaldiçoada em sua direção.

A arma cortou o ar, uma serpente de escuridão e fogo. Com o grito dele, a lança atravessou sua boca e penetrou na árvore como se fosse manteiga, transpassando o crânio do caído e várias árvores atrás dele. Uma pequena parte das chamas ficou nele, e isso foi o suficiente. As chamas rapidamente consumiram seu corpo e a árvore.

Demorou segundos para que a árvore e o corpo do caído se assemelhassem tanto que pudessem ser confundidos. O corpo, totalmente carbonizado, despedaçou-se com o vento e caiu no chão nevado, espalhando suas cinzas.

Finalmente, o sistema emitiu vários sinais sonoros familiares, indicando a conclusão da missão e outras notificações que eu estava muito fraco para ler naquele momento, então simplesmente fechei tudo. Suspirei aliviado, minhas pernas fraquejaram, exausto e ferido, mas vivo. Contra todas as probabilidades, sobrevivi. A noite silenciosa abraçou a vila destruída, homenageando os caídos de ambos os lados da batalha.

╔─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╗

『MISSÃO』

Alerta Energia da Luz Caída, detectada dois seres caídos detectados a 10 km de distância

Sacred Gear detectada 『Echo of the Fallen』possivel aniquilação de multiplas formas de vida

Detenha os caídos

[2/2]

╚─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╝

╔─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╗

『MISSÃO CONCLUIDA』

+ 500 DG  - - - - - + 1500 XP

╚─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╝

╔─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╗

『AVISO』

Você eliminou dois - 『Caido Ordinario - Rank C』

+ 12.500 Xp

╚─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╝

╔─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╗

『LEVEL UP』

『LEVEL UP』

『LEVEL UP』

『LEVEL UP』

『LEVEL UP』

╚─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╝

╔─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╗

『ESTATISTICAS』

Nome: Kuroto‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ Nível: 06

Idade: 29 (06+23)

Raça: Humano Reencarnado

Sacred Gear: ᓭℸ ̣ ᔑ∷ʖ𝙹∷リ ᒷ||ᒷᓭ 𝙹⎓ ╎リℸ ̣ ⚍╎ℸ ̣ ╎𝙹リ

Título: N/A

Facção: N/A

XP

[█░░░░░░░░░] 500/16000

___________________________

Força: 05 ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ Vitalidade: 10

Agilidade: 05 ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ Sabedoria: 10

Sentidos: 10 ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ Sorte: -05

___________________________

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎Pontos Restantes: 25

╚─━━━━━━━━━━━░★░━━━━━━━━━━─╝

Cambaleante e com uma dor pulsante em cada fibra do meu ser, forcei-me a percorrer as ruas da vila, os olhos perpassando o cenário devastado que se estendia diante de mim. Meus passos eram incertos e descoordenados, mas a determinação impulsionava meu corpo exausto.

O ar estava pesado com o cheiro de sangue e destruição o ceu estava novamente na cor azul e não mais roxo; o solo manchado de vermelho e entulho se estendia até onde a vista alcançava. Sob a luz pálida da lua, vi o resultado verdadeiro e brutal do ataque dos caídos: corpos espalhados, alguns tão desfigurados que mal pareciam humanos.

Uma onda de indiferença me atingiu, e continuei avançando com passos vacilantes. A necessidade de encontrar sobreviventes - se é que existiam

Enquanto explorava as ruínas, meus olhos, eventualmente, se fixaram em uma figura encolhida perto de uma casa parcialmente destruída. Era uma garota, não muito mais velha do que eu, com cabelos desgrenhados e olhos arregalados e cheios de terror.

Percebendo minha presença, ela recuou, claramente assustada, mas algo em seu olhar chamou minha atenção. Havia uma luz peculiar em seus olhos, uma faísca de energia que parecia fora do lugar naquela situação sombria.

Com um sobressalto, percebi: ela era a portadora do Sacred Gear mencionada pelo sistema.

"Oi," tentei tranquilizá-la, a voz rouca e fraca. "Eu estou aqui para ajudar."

Ela me observou, hesitante, avaliando minhas intenções. Provavelmente, meu estado lastimável e ferido proporcionava uma imagem menos ameaçadora, permitindo que ela relaxasse, só um pouco.

"Você está bem?" perguntei, embora a pergunta soasse irônica até para mim. Nós dois estávamos longe de estar "bem".

A resposta dela se perdeu no ar quando a escuridão começou a tomar minha visão, um véu negro e inescapável se fechando sobre a realidade. Minhas pernas cederam, e a última coisa que percebi antes de ser engolido pela inconsciência foi o chão se aproximando rapidamente.

Na escuridão, flutuei, sem saber se estava vivo ou morto, até que a consciência finalmente me escapou, me levando para um sono profundo e sem sonhos. O corpo e a mente clamavam por descanso, um alívio temporário do caos que havia sido aquela noite.