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Cynic's Second Wind: DxD Chronicle

🇧🇷Kuroto_Tennouji
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Synopsis
Debochado e alexitímico: esse era meu antigo eu, vivendo uma existência marcada pela indiferença e cinismo. Minha morte, tão degradante quanto a vida que levei, deveria ter sido um fim, um descanso eterno que, no meu ponto de vista, seria mais do que suficiente. No entanto, parece que os céus tinham planos diferentes – ou talvez, apenas um senso de humor extremamente cruel. Com o que deveria ter sido meu último suspiro, veio, para minha surpresa e desagrado, um novo fôlego de vida. Renascido em um mundo onde magia, demônios, anjos e entidades caídas não são meros produtos de contos fantásticos, mas uma realidade tangível e perigosa, aqui estou eu, reencarnado como um humano comum. Perdido neste estranho novo mundo, uma pergunta persiste, martelando incessantemente em minha mente: Por que eu não pude simplesmente permanecer morto? Qual é o propósito de ser arrancado do nada para ser jogado de volta à existência, e em um lugar tão absurdamente surreal quanto este? Por que, de todos os destinos possíveis, eu tive que reencarnar? Prepare-se para uma saga onde o sobrenatural e o humor negro coexistem, onde poderes, artefatos, criaturas místicas e personagens oriundos de diversos animes e mangás farão suas aparições. No entanto, no cerne desta narrativa enigmática e irreverente, encontramo-nos imersos no universo de High School DxD. Embarque nesta jornada desconcertante e, por vezes, hilariante, enquanto eu tento desvendar o mistério por trás de minha inexplicável reencarnação.
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Chapter 1 - Volume I - Capitulo 1

"O sofrimento começa juntamente da felicidade, pois no momento que estivermos felizes, estaremos propícios ao sofrimento"

Estas palavras nunca fizeram tanto sentido.

Passei por tantos problemas em minha vida, que realmente penso que estou pagando por algo que meu antigo eu fez.

- Que merda... - Disse, tossindo sangue enquanto segurava meu peito.

Uma poça de sangue começava a se formar por conta do ferimento. Uma adaga estava agora perfurando meu peito, com um cabo curto e uma lâmina grande, algo como uma faca de cozinha. A chuva intensa caía, tirando qualquer som de agonia que eu pudesse fazer, e limpando da rua todo o sangue espalhado.

- É, depois de tudo eu mereço... - Suspirei. O chão estava começando a ficar frio. - Tá tão frio, será que vou conseguir descansar?

Olhei para o lado levemente e vi o corpo de um homem que outrora eu chamava de amigo estirado perto de mim, além de mais alguns corpos sem vida.

- Espero não encontrar esses merdas no inferno. - Pisquei meus olhos de forma bem lenta. - Ah, tô com sono...

Pensava em voz alta, a luz dos postes iluminava meu rosto, a rua permanecia vazia e eu desfalecendo como mais um para as estatísticas. E como eu vim parar aqui? Se eu apenas tivesse saído mais cedo...

Algumas horas antes.

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Lá estava eu, como qualquer outra pessoa, trabalhando em mais um dia cansativo em um escritório onde eu era um programador e designer. Sempre gostei de desenhar e, junto com a programação, sonhava em me tornar um desenvolvedor de jogos. Mas nem tudo são apenas flores.

Por diversos contratempos e problemas na minha vida, nunca consegui seguir meu sonho e acabei sendo preso por dois anos depois de um pequeno "incidente" de invasão doméstica. Fui acusado injustamente, tudo parte de algo maior.

Agora eu sou apenas um assalariado. Consegui apagar minha ficha depois de dois anos lutando para ser liberto, e agora, com 23 anos, consegui uma vaga de trainee em uma empresa de desenvolvimento.

Atualmente, estou terminando de corrigir um erro no código de uma das variáveis que está causando um efeito cascata em um programa. Mas por que um trainee está fazendo isso?

???: Vamos, moleque! Sem corpo mole, temos que terminar esse programa o mais rápido possível. Conserte os erros e envie as hotfix para o time de atualizações!

- Se você não estivesse me incomodando, eu já teria terminado. - Falei para mim mesmo de forma baixa, dando um suspiro no final.

???: Disse alguma coisa, moleque?

- Não, nada não. - Revirei os olhos e continuei.

Olhei para o relógio pelo canto dos olhos: já eram 19:00h e parecia que eu não sairia dali tão cedo. Era o final do expediente e eu ainda estava trabalhando.

???: Anda logo! - ele disse, me empurrando levemente e rindo baixinho. - Se não fosse por mim, você nem estaria aqui. Nenhum veterano queria aceitar um júnior que já foi preso. Você deveria me agradecer.

- Desculpe, Heitor. Estou fazendo o mais rápido que consigo. Há muitos erros nas variáveis e até mesmo as anotações deixadas são confusas, como se alguém tivesse batido a cabeça no teclado.

Heitor: O que você disse? Está dizendo que eu não sei programar, moleque?! - Ele levantou a voz e bateu na mesa, me encarando.

- Bem, se você se ofendeu, deve ter sido você o idiota que escreveu essa merda com a bunda. - Sorri para ele de lado. - Era de se esperar! Um merda igual a você só poderia ter essa qualidade de programação.

A mudança de atitude foi perceptível na hora. Heitor ficou surpreso por um segundo, mas logo depois seu rosto virou uma carranca de pura raiva e descrença.

Heitor: Que merda você acabou de falar, pirralho?! - Ele perguntou irritado.

Sua mão se dirigiu para minha cabeça e agarrou meu cabelo, empurrando meu rosto contra o teclado, me esmagando nas teclas que saltaram.

- Haha! Você é mesmo um bosta, está descontando sua frustração em mim, né? Seu merda!

Heitor: Com quem você pensa que está falando? Seu pirralho imundo! - Ele ameaçou bater minha cabeça no teclado de novo, mas parou quando levantei meu telefone.

- Sabe, passar pela cadeia garante experiência que você nunca teria, como por exemplo, saber o que usar para conseguir o que quer sem ter que sujar as mãos.

O telefone estava mostrando a foto de um extrato bancário. Ele sem pensar duas vezes pegou o telefone e começou a ler. Eu apenas arrumei minha blusa larga e comecei a colocar as teclas que saltaram no lugar de volta.

Heitor: M-mas que merda... Onde você...

- Você deveria criptografar suas senhas e parar de anotá-las num bloquinho de notas, não é seguro, sabia? - Sorri para ele enquanto o encarava por cima do ombro.

Voltei meu rosto para o celular e abri uma janela com outros prints da mulher dele falando com um cara do RH.

- Deve ser difícil, não? Desviar dinheiro para bancar uma mulher e ainda por cima tomar uma chifrada do cara que você está roubando.

Heitor: Seu merdinha, acha que isso vai ficar assim? Tu tá fodido! - Ele tentou segurar minha cabeça novamente.

Virei meu rosto e segurei o braço dele pela mão, o deslocando com um pouco de esforço, meus olhos brilhavam com o vermelho carmesim, o que o assustou ainda mais. Ele gritou alto, mas abafei com minha mão e o olhei de forma séria. Meu rosto transparecia frieza enquanto eu proferia lentamente.

- Se gritar de novo, eu quebro a outra mão. - O soltei e ele segurou o grito.

Seus olhos estavam preenchidos com medo e raiva. Levei minha mão até a nuca, coçando-a enquanto ainda o encarava meu sentimento era apenas de repulsa por ter deixado isso se estender tanto, que cansativo.

- Me dê o braço. - Peguei o braço dele antes que ele pudesse responder. - Conte até três.

Me preparei para colocar o pulso dele no lugar.

- Três! - Movi minhas mãos para recolocar o pulso dele no lugar.

Ele gritou e ficou apoiando a mão boa sobre o pulso machucado.

- Vamos fazer o seguinte! Vou corrigir esse trabalho malfeito seu e guardar seus segredos. Mas não quero ouvir você falando nada sobre mim por aí, entendeu?

Ele apenas concordou com a cabeça e foi embora. Olhei para a tela do monitor, que tinha entrado em modo de descanso, e percebi que meus olhos estavam vermelhos.

- Aconteceu de novo... - Respirei fundo, tentando me acalmar. Estava nervoso com toda a situação.

Respirei de forma calma e lenta por alguns segundos, e quando olhei para meu reflexo novamente, meus olhos voltaram à cor castanho escuro profunda de sempre.

- Preciso me controlar mais. - Disse para mim mesmo.

Fui até minha mesa, abri a gaveta e peguei alguns comprimidos, tomando dois deles de uma vez, sem água, apenas engolindo. Suspirei profundamente e me sentei na cadeira, voltando ao trabalho. Apertei o nariz na altura dos meus olhos, como se estivesse massageando a área, e voltei a consertar os códigos.

Até que um colega de escritório veio falar comigo.

Colega: Ei, Z, rolou alguma coisa? - Ele perguntou levantando a divisória que separava os guichês do escritório. - Fui ao banheiro e quando voltei, o Heitor estava segurando o pulso todo suado. O que aconteceu?

- Ele só se machucou, nada demais.

Colega: Entendi. E aí, topa beber depois do expediente? Provavelmente iremos sair depois do horário, como sempre.

- Tanto faz. - Dei de ombros, focando no trabalho.

Esse colega era alguém comum, sem nenhuma característica marcante, um cara comum com um rosto comum, olhos castanhos escuros, cabelo igualmente escuro com um tom um pouco mais claro, e um ânimo que não sei de onde ele tirava, para vir trabalhar todos os dias com um sorriso no rosto.

Continuei trabalhando por horas a fio, olhei para a foto que tinha de minha mãe na minha mesa, segurando uma pequena criança de cabelo negro curto e olhos igualmente escuros, uma garotinha mais alta com cabelo longo escuro e um jeito marrento visível na foto, e olhos escuros também. Ao lado delas, uma mulher que segurava a mão da menina mais velha, com cabelo loiro artificial e olhos azuis também, lentes de contato.

Fiquei encarando a foto por alguns segundos e logo suspirei, abaixando-a.

"Memórias ruins", pensei, voltando a me concentrar no trabalho.

Depois de verificar se tudo estava pronto, finalmente iniciei o programa.

Olhei de um lado para o outro, mas todos já haviam ido embora. Quando olhei o relógio, já eram 02:00h.

- Ah, de novo nesse horário. - Suspirei e comecei a arrumar minhas coisas.

Salvei o programa e fiz um backup do código. Em seguida, comecei a desligar todos os estabilizadores e apagar os equipamentos elétricos.

- Hora de voltar pra casa, mas, na verdade, não faz diferença. Ninguém está me esperando mesmo. - Fiz uma careta de desapontamento e suspirei.

Peguei minha mochila e fui para fora do prédio. A rua estava deserta como nunca, com um frio anormal para onde eu morava. Eu, particularmente, adorava esse tipo de clima.

- Último gole por você, vida de merda. - Tomei um gole da lata de Monster sabor Manga.

Comecei a caminhar, precisando passar por um beco meio escuro e fora da rua para chegar em casa. Quando entrei no beco, ouvi alguns passos atrás de mim. Virei meu rosto para trás e vi três pessoas na minha frente e mais duas pela entrada que estava atrás de mim.

- Posso ajudar, pessoal?

Homem¹: Você é o Z?

- E se eu for?

Homem³: Então estamos falando com um cadáver. - Um dos homens atrás de mim respondeu.

Eles puxaram facas, enquanto o outro estava com um taco de baseball, e o último segurava uma corrente. Aparentemente, alguém não estava feliz com minha saída.

Antes mesmo de eu conseguir dizer algo, um dos homens com faca avançou em minha direção para me cortar, mas eu rapidamente joguei meu corpo para o lado, dando um passo leve e girando meu pé. Segurei o punho dele e levantei minha perna em direção ao braço dele, quebrando-o assim que o chutei.

O homem urrou de dor, mas minha expressão de neutralidade continuou inalterada. Então, comecei a falar enquanto me abaixava para pegar a faca do homem que havia acabado de quebrar o braço com certa facilidade.

- Quem mandou vocês?

Homem⁴: Acha que... falaríamos, babaca? - Disse o homem no chão, gemendo de dor.

- Não preciso de todos vocês vivos. - Segurei a cabeça dele e passei a navalha em seu pescoço.

Ele espirrou sangue em uma quantidade absurda e começou a se engasgar com seus próprios fluidos corporais.

- Só preciso de um vivo. - Limpei a faca na roupa do homem, que agora já estava morto, e me levantei.

Os outros dois homens vieram em minha direção de uma vez só: um com uma faca e outro com o bastão de baseball.

O homem com a faca veio com ferocidade para me cortar, e eu apenas desviava rapidamente jogando meu corpo para trás quando ele tentava me atacar, até que joguei a faca de forma meio desleixada nele e ela cravou em sua perna com a força com que a lancei.

Homem³: Argh! Filho da puta! - Fraquejou, tentando tirar a faca de sua própria perna.

O homem com o bastão veio me atacar e eu apenas segurei o bastão, chutando-o com força, o que o fez voar alguns metros de distância até parar fora do beco, debaixo do poste de luz na rua.

Os dois homens restantes pararam de assistir e vieram ajudar o homem que estava em apuros. O homem com a corrente começou a girá-la loucamente, tentando me atacar, enquanto o outro, que possuía uma machadinha, tentou me cortar.

Eu segurei a corrente quando ela acertou meu braço com força, marcando-o e conseguindo puxá-la para frente, evitando o ataque do homem com a machadinha. O homem que estava agora atrás de mim puxou a faca de sua perna e a cravou na minha barriga, rindo.

Homem³: Morra, seu merdinha! - Exclamou ele ao me atacar.

Eu senti a faca perfurar a minha carne e perdi momentaneamente o equilíbrio, mas me recuperei rapidamente. Não podia terminar assim. Agarrei o braço do agressor, que empunhava uma machadinha, e enrolei uma corrente em torno do pescoço dele, começando a sufocá-lo.

Homem²: Me solta, seu merda! - Ele batia o cotovelo no meu tórax, tentando se soltar.

O homem que segurava a corrente tentou me atacar, mas eu o acertei com um chute no estômago, fazendo-o cair no chão. Em seguida, chutando seu rosto, eu o deixei inconsciente.

O homem que havia me esfaqueado estava tentando me atacar, mas eu não queria ferir o seu parceiro, que estava sendo usado como escudo humano enquanto eu o enforcava com a corrente.

Por fim, puxei a corrente com força, erguendo o homem, e ouvi um som agudo de um osso quebrando. Logo depois, ele se debateu um pouco e ficou imóvel, morto.

Homem³: Que porra é você?! Seu monstro!

- Já ouvi isso muitas vezes. - Puxei a faca das minhas costas e a joguei, acertando desta vez a cabeça do homem que estava ajoelhado. Assim, encerrei a luta com três mortos e dois inconscientes.

Eu estava sangrando, mas não iria morrer.

Fui até o homem da corrente, que agora estava desacordado, e peguei a machadinha que estava no chão. Com um golpe rápido, perfurei o coração daquele desgraçado.

- Seus merdas! Acham que sou fácil de matar?

Observando meu reflexo na poça de sangue que se formou, notei que meus olhos estavam vermelho carmesim novamente.

- Meus remédios... - Revirei minha mochila, procurando-os, até ouvir um assobio de surpresa, seguido de uma voz conhecida.

???: Caralho...Parece que você não mudou nada, Zero. Quebrou a espinha do pobre coitado com um chute? - Ele perguntou, colocando a mão no pescoço do homem deitado ao poste. - E ele também está morto. Ótimo para mim! Menos trabalho.

Voltei meu rosto na direção daquela voz peculiar e me deparei com um indivíduo que parecia se divertir à custa do infortúnio alheio. Seus olhos eram notavelmente heterocromáticos, com um deles ambar profundo e claro e o outro verde vibrante, escondendo um espírito travesso e imprevisível. Cabelos escuros, um tanto desarrumados, enquadravam seu rosto, dando-lhe um ar despojado e irreverente.

No peito, dois colares com cruzes pendiam, talvez indicativos de alguma fé distante ou mera escolha estética, não era possível decifrar. Ele tirou algumas fotos do homem desacordado, uma risada zombeteira escapando por entre seus lábios enquanto observava a tela do celular, claramente satisfeito com a cena capturada.

- Edgar... O que você está fazendo aqui? - Apoiei-me na parede, caminhando em sua direção. Sentia-me um pouco tonto com a perda de sangue.

Edgar: E aí, Cross! Voltou a fazer bagunça e nem me chamou? - Ele veio até mim e colocou meu braço sobre seu ombro, ajudando-me a sair do beco.

- O que você está fazendo aqui, Edgar? Pensei que já tivesse deixado o país depois de sair da prisão.

Edgar: Eu voltei por causa disso, amigo. - Ele sorriu e me olhou.

Senti uma pressão em meu peito e uma dor intensa, e quando olhei, vi Edgar afundando lentamente a lâmina de uma faca ali.

- E-ei, Edgar? - Tossi sangue, perdendo minhas forças - O que diabos está acontecendo?

Edgar: Desculpa por isso, Cross. Preciso de dinheiro para sair... e colocaram uma grana alta pela sua cabeça.

- Seu filho da... - Eu caí no chão enquanto tentava agarrar a gola de sua camisa.

Edgar: Não leve para o pessoal, sabe como é a vida aqui... então não fique bravo comigo. - Ele se levantou e tirou uma foto minha, sorrindo após um bipe de notificação - Agradeço de coração, amigo! Você salvou a minha vida. - Ele me deu um último olhar antes de virar as costas e ir embora.

Senti uma fúria intensa em meus olhos enquanto assistia aquele miserável ir embora. Peguei a machadinha que estava perto de mim, me levantei com minhas últimas forças e gritei seu nome, arremessando a arma em sua direção com toda minha força.

- EDGAR! Mande lembranças para sua mãe no inferno... - Disse, e ele se virou rapidamente.

A machadinha rodopiou no ar e acertou a lâmina no peito de Edgar, atravessando sua caixa torácica e entrando profundamente em seu corpo. Despenquei no chão após jogá-la e não pude ver a expressão em seu rosto.

Ouvi um barulho de um corpo caindo, olhei para o lado com dificuldade e vi ele segurando a machadinha, tentando arrancá-la. Cuspi uma quantidade grande de sangue, perdi o equilíbrio e caí no chão.

- Que merda... achei que você era meu amigo. - Falei pausadamente e com dificuldade.

Edgar: Eu precisava... - Sua voz soou baixa e depois não o ouvi mais.

Senti o frio da noite se tornar mais intenso conforme meu sangue vazava para fora de meu corpo com tamanha velocidade. O céu escuro parecia estar triste pela cena que presenciava, e logo desabou em chuva.

- Que... merda de dia... - Suspirei e tossi novamente. Meu corpo estava ficando frio e meus membros estavam pesados. Eu não conseguiria me mover nem com toda minha força.

"Ah, então é assim que eu vou morrer?" Pensei, enquanto encarava a luz do poste junto com a chuva que parecia me limpar dos meus pecados, pecados que eu certamente pagaria.

"Tudo bem, espero poder descansar"

???: ...

"O que?"

???: ....

Eu escuto uma voz bem fraca e distante dizendo algo, mas não conseguia entender.

???: ... A̴̳̟̟̗̠̋̍́̑C̸̑̑̉̀̓̀̈̂͠ͅḦ̷̟̹͎̫͖͖̺̝͕͚̂E̸̮͖̭͖͎̥͓̦̳̪̊̚̚I̶̢̨̻̱̘̞̱̔͒̈́̽ ̵̡͇̝̻̙̞̘͇̈́̚V̷̛͖̖͇̯͇̗͍̣̐̂͂̔̿͌̕̚͜͝Ǫ̷̹̂Ĉ̴̨̧̛͍̺͍̰͖̗̌͊̈́͝Ê̷̹͍̲̬̈̽͒̂̃̈͒̚͘͠!̴̡̡̰̝͖̪̝̼͗̈́

"O que ele está dizendo... Não consigo entender... É como um monte de ruídos de estática."

???: Ȃ̸̹͈̭̹̟̜̪Q̸͓̫͉̯̻͂̒̉̓̏͠Ṳ̷͔̪͚̹͍̙͈̽̃̇̃̀́͂͗̀̕Ẹ̴͕̞̙͚̺̙͆Ḷ̶̢̨̛̥͚̤͔͖͖̽̓͒͝Ạ̵̳̭̩̹̓̊̔̀̉̃̽̓͘ ̸̮̰̳̺̎͌̿̒̄̓̈́̾P̴̩͚̭̟̫̯͎̹̣͑̎̔̓̄̐̽Ì̸̧̹̬̰̅̍̃͌̏̕͜͝͝R̸̬͈̘͕̉̌̈́̑͌̓͌͆ͅÀ̸̻͚͕̣̤͙̖̎̃͂́͆͆͛L̴̫͚̈H̵̝̼̬̔̊A̴̘̬̚ ̴̼̥̙̝̙͚͙̆͌̒̋̓̌͝ͅT̵͖̝̠͈͔̩͉͈̍̽̑̾̄͘ͅͅE̵̢̢͉̣̥̯̰̩̊̊̂̋͛V̶̡̛̟̭̖̬̄̍͘̕̚͝E̵̙̎͐́͝͝ ̸͈̍͋͌B̶̛̤̋̃̐̉͊͌͘̚A̴̠͉͚̺̲̒̈́Ş̶̥̮͕͓̤̜͙̘̰̓̈́͑͛͠Ţ̸̦̆̿̌̈́̕A̶̞̹͛͊̍̅̋̑̌͘N̸̫͔̲̳̰͈̘̱̹̙̏̿͗̎̏̔͐͗̐͝Ṱ̶̢̧̧͕̥͙͉̅̓̏̍̇͌͛̕̚͜͜͝E̶͙̖͈̤͒̓̓̊͂͊ͅ ̶̢̛̛͔̼̝͇̈̐͘͝T̴̫̎̓R̵̻̲͑͂̽́̒̀͘̕Ā̸̛̞̬̮̔̋̔̑̈́̄̀͝B̵̝͕̲͉̤͚̹̄̆͋̽̽̀͘̚͠A̷̻̓̊̑͆̌̓̃̔͘͠L̷̨͖̮̂̄̀͂̓̉Ĥ̶̘͉̲̜̪̩͖̗̃̈͋̋̉̂͛̆ͅÖ̴̪̹͈́̓͆̇̀̅̊̓̒̓ ̵̬̃̃̓̀P̸̢̮̩̖̣͙͔̈́̍̅ͅŖ̷̙̥̞͕̙̗̌͛̑̾̀͝A̶͇̰̍́͒ ̷̡̧̧̫͍̣̱̖͚͆͋͒̓̀̈́̒Ṫ̷͙͎̮̩̗̟̖̫̎̽͗̇ͅE̴̝̬̔̅̈́̋ ̴̡̨̩̀́͝E̸̲̫̖̲̎̾̀S̸̡̥͍͖̱̄̈́̇̔̈́̊̕C̵͇͔̳̪̉O̵̢̧̢̟̗̤͓̤͚̪̔́̈́͂̈̃̽͝N̶̳̱̠̞̹̻̮̓̃̈́̅͠ͅD̶͇͚̩̻̦̗̯̬͙̄̒̚E̶̡̪̳̜̙͊̿͋̒̒͗̏̈́̌̀R̵̢̡̰̣̣͕͔̻̒͊̓̈́͆͒͘

"Que merda ele tá dizendo... esqueça! Apenas me deixe morrer, estou cansado." Tentava ignorar a voz e dormir.

???: H̵̢̳̩̮͙̫͗̀͛Ǫ̸̎̇̋̓̈́̽͒̍R̸̹̲̗̆̾͑̏̿̌͊͌̉̃Ă̷̢̢͉̥̩̖̮̬͜ ̶̢̖̗̓͑͆̌D̴̲̹̖̰͍̞͝Ë̴͈̙́ ̴̨͉͕̻̥͍͍͉͋V̷̫̙͖̗̫́Ȯ̵̡̢̘̯̭͛̏̑̂̓̽̽͘L̵͕̙̳̦̖̩̎̒̅͊̐̐͆̚T̸͚̫̹͎̥̠̜̞̞͂̌̓̕͜Â̴̢̢͉͔̩͇͙̥̣͋͌͒̀̀̚Ȓ̴͎͙̘͊̍͠ ̸̣̏̋P̴̡͖̳̳͗ͅR̴̘̯̭̪͆͂̿̉͛A̷̺̲̺̗̿ ̸̖̾̀̑̎̃̎͗Ć̵̱̲̪͙͕͍͇̤͗͗́̎͝͝A̸̗̫͖̲̻̜̍̈́̄̚̚͜͝S̸̡͙͕̜̰̮̟͖̥̚ͅA̷̠̪͗͂̃ ̵̛̳̩͕̘͚͗̍̓̏̈́̚͝C̶̡͚̺͉͖̜͓̪͙̊̍̐Ȑ̷̨͚̯͈̩̲̗̍̈́̈́̀̆͗̂Ỉ̵̺͖̠͚̹̠̘̀̌͊̿̀͆̀͑̍ͅA̶̩͔̠͍̬̎͂̏N̷͙̟̣͕̈́̄͗Ç̵̳̙̾͑̀͒̑A̵̯͉̳̥̓̎̃̅͂̽̚,̸̢̗̪̱͕̜̮̦͖͆̋̄̅̂̕ ̵̬̔͋P̸̛͕͇̘̜̯̬͓̝̻̑̈́̽̒͑O̶̱̟̻͔̮͖̦̙̬̽̑̆̋̿̾̓̕D̶̞̰̉̎̎̃͂͗̈́̕Ȩ̷̘̠̩̱̠̫͗̚͜͝R̴̢̨̛͉͖͌́͋̆̉͐͐͆͝E̷̗͛͛̎͝I̴̙͖̱̜͖̅͒ ̴̛̦̬̟̎̋͗́̆̒C̴̢̢͓̙̔̒̀̄̌̓͛͝Ṳ̷̹̝͕̪̮̰̘̭̊̿͒́̎̕̚ͅM̷̗̜̩̖͖̣̲͂̈́͆̉̈́͑͊̈́P̴͇̲̾͋͊͒̊͒R̵̩̼̖̼̐Ḯ̶̫̲̗͊̊́̐̾̅̃̃͒Ṛ̸̻̹̟͗͊́͐͝ ̶̨̫͈̹͇͒̀͛͗̒́̈̕Ǫ̶̫̹̎Q̷̛̘̰͎͖̣̞̘̺͋͊͝Ű̶̢̜̝͓̫̥͇̯̋̓́̃͜É̸̥̥̲͔́̃̆́͝ ̵̢̧͚͙̟̗̣̙̊̉́̅͐̂̚ͅP̸̼͚̪̭̗̍́R̵̤̟̠̩̝̳̐̆O̴̧̭͕̱͖̝̪̘͈͑̆̓̉̀M̴̨̹͚͎̪̮̓̈E̴͙̰̱̲̬̖̰͍̺̅T̶̮̜̩̉̊̓̽̌̌̚Ȉ̵̢̳͓͍̈̇̈́ ̸̨̇Å̵̛̫̯̖̑̾͐̌̕͜ ̷̛̺̥̝͇̏̓͌̋͝E̵͇͖͙̋̃͆̅̈̽̊̆͆̃͜L̶̬̪͇̤̼͍̐̒̑A̶̲̭̅̊͗͋̋̋̇ͅ

Aquela voz ecoava em torno de mim, vinda de todos os ângulos, até desaparecer gradualmente. Sentia algo quente me envolvendo, mas depois tudo sumiu. Por muito tempo, não senti mais nada e pensei que finalmente havia morrido. Então, comecei a sentir menos sono e gradualmente meu corpo voltou, mas parecia estranho. Eu não conseguia movê-lo e sentia algo quente na minha barriga de vez em quando. Não tenho ideia de quanto tempo se passou, mas não foi pouco.

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Finalmente, abri meus olhos e vi uma luz. Senti-me apertado e meu corpo estava flácido. Meus braços não se mexiam como eu queria e eu tentei seguir a luz por instinto, sem saber o que estava acontecendo.

Médico: É um menino, meus parabéns!

Meus olhos ainda estavam se adaptando à luz.

"O que diabos está acontecendo?" Quando finalmente consegui olhar direito, percebi que estava nos braços de um médico que me olhava estranhamente.

Espere, como ele pode estar me segurando nos braços?

Médico: Hm? Ele não está chorando. - O médico me virou e deu algumas palmadas na minha bunda, procurando alguma reação minha.

"Espera aí, eu sou um bebê? Que droga é essa, MAIS QUE MER-!"

- Uweeeee!!!