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Chapter 8 - Volume I - Capitulo 8

P.O.V Kuroto

Me afastei de todos e fui para o refeitório tomar meu café, já que estava dispensado do exercício por ter ganhado, mas sabia que isso não iria durar muito e que teria consequências pelo que fiz, ou pelo menos eu pensava. O café da manhã foi estranhamente tranquilo, tirando o fato de todas as crianças se afastarem de mim. Cochichos aqui e ali; as crianças pareciam estar tentando se manter distantes.

'Legal, agora tô sendo taxado de monstro de novo!', suspirei profundamente e logo mexi levemente minha cabeça, fazendo as janelas que estava ignorando do sistema aparecerem.

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『MISSÃO』

A primeira missão dada é a mais inesquecível, correto? Demonstre seus dons e sua verdadeira força a todos que lhe menosprezam. O primeiro passo para o respeito é a força. Na adversidade, a força desperta. Desperte sua força e vença os desafios.

Vença um duelo contra 'Aelfric' [1/1]

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『MENSAGEM』

Parabéns por completar a primeira missão dada pelo sistema! Seu desempenho foi excelente. Controle e habilidade mesmos em tenra idade, seu desempenho foi louvável e digno. Recompensas equivalentes serão dadas.

『 Classificação de Desempenho - A+ 』

『Recompensas』

+500 DG

Bilhete de Tutoria

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'Bilhete de Tutoria? Que merda é essa?' - pensei enquanto tentava me manter focado na comida para não chamar atenção.

Fiquei refletindo e, ao pensar no bilhete, meu inventário se abriu. Lá estava ele, um pequeno bilhete na aba de inventário. Seu ícone apresentava um pequeno ticket de cor monocromática com uma estrela nele. Como se minha vontade fosse suficiente para tal, o sistema me deu uma revisão sobre o item.

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『Bilhete de Tutoria - Rank Lendário』

Bilhete de uso único, lhe dá permissão para adentrar o reino dos sonhos e receber tutoria de um personagem da memória do sistema. Os conselhos e conhecimentos de cada personagem serão baseados nos conhecimentos e informações adquiridas pelo jogador.

O tempo definido de tutoria é de 1 dia. Durante esse período, o tempo será relativo; leve isso em consideração ao ativar o ticket.

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'Isso é sério?' – fiquei incrédulo e intrigado. Um item lendário soava promissor, apesar de não ter experiência com outras categorias de itens.

Isso melhorou meu humor, substituindo a tensão e irritação por um sorriso breve e sutil. Mas uma observação me preocupava: não tive opção de escolher meu tutor. Como escolheria?

Devo usar o bilhete agora ou esperar? Desaparecer do instituto por um dia inteiro não seria prudente. E quanto ao tempo relativo... o que isso significa?

'O tempo passa mais rápido ou mais lentamente durante a tutoria?' - questionei-me, até ser abruptamente interrompido por alguém batendo uma bandeja na mesa, desviando-me dos pensamentos.

Levantando o olhar, vi Siegfried com uma expressão séria, o que surpreendeu, visto que nunca havíamos conversado antes. Não pude evitar de fazer um comentário sarcástico.

"Uau, o grandioso Siegfried querendo conversar com um mero mortal como eu? Estou sonhando?" - disse com um sorriso irônico. "O que traz você à minha humilde presença?"

Ignorando minha provocação, Siegfried estava prestes a falar algo quando a mesa começou a encher inesperadamente. Lint e Freed sentaram-se ao lado de Siegfried, enquanto Tosca, a mais reservada, escolheu um lugar ao meu lado. Tosca e eu compartilhávamos uma conexão silenciosa, sendo ela uma das poucas pessoas com quem interagia.

Freed lançou um olhar provocativo entre Tosca e eu, rindo de forma irritante. "O que a pirralha, prestes a ser expulsa, faz sentada com o monstrinho?"

Tosca parecia triste e envergonhada, e senti um impulso de raiva. Ninguém deveria falar assim com ela. Porém, antes de responder, Siegfried lançou um olhar repreensivo para Freed.

"Freed, controle-se", disse Siegfried, com serenidade e firmeza em sua voz.

"Estava apenas brincando, Sieg", retrucou Freed, encolhendo os ombros.

Lancei um olhar reconfortante para Tosca, que timidamente observava seu prato. Ela não merecia estar no meio dessa competição egoísta.

"Então, Sieg, queria falar comigo?", perguntei, redirecionando a conversa.

Siegfried hesitou, olhando ao redor antes de responder. "Queria entender o ocorrido no duelo de hoje. Foi... interessante."

"Interessante é uma forma de dizer", comentei. "Apenas me defendi."

Siegfried parecia não estar convencido, mas eu não estava disposto a discutir detalhes.

"Se você diz", ele replicou, analisando-me. "Só tenha cuidado, Kuroto. Estão todos observando, e nem todos são amigos."

Ele se levantou, cumprimentando Lint e Freed antes de sair. Lint lançou-me um olhar curioso e seguiu Siegfried, deixando Freed, Tosca e eu.

Freed lançou-nos um último olhar irritado antes de sair. Tosca e eu ficamos em silêncio. Ela parecia particularmente abatida, o que me preocupava.

"Está bem, Tosca?", perguntei suavemente.

Ela assentiu, forçando um sorriso. Sabia que ela não estava bem, mas respeitava seu silêncio.

"Estou aqui para o que precisar", ofereci, tentando confortá-la.

Tosca sorriu, agradecendo silenciosamente. Sabia que podia contar comigo, e isso era o suficiente.

Com tudo isso em mente, voltei a ponderar sobre o bilhete de tutoria. Deveria usá-lo agora ou esperar por um momento mais adequado? Uma decisão pendia sobre minha cabeça, e eu sabia que não deveria demorar a tomá-la.

Nesse meio tempo algumas coisas vieram a minha mente, oque Freed havia dito e eu fui perguntar a tosca

"Tosca... não queria tocar no tópico porque você não falou nada, mas o-", enquanto dizia, ela parou de mexer no garfo, olhou para mim e disse:

"Você não precisa se preocupar, Kuroto... é apenas um pequeno incômodo com as instruções", ela forçou um pequeno sorriso para mim, e eu sabia que era forçado; ela parecia estar se esforçando para não incomodar ninguém.

"Sou seu amigo. Se tiver algo ou alguém te incomodando, é só me falar", disse, levantando a faca e a descendo rápido, como se estivesse cortando alguma coisa. "Vou cuidar deles rapidinho."

Tosca soltou uma risada leve e nervosa. "Agradeço, Kuroto. Mas não acho que ameaçar ou machucar alguém seja a solução. Não quero que se meta em mais problemas por minha causa."

"Então, você admite que há um problema?", pressionei, olhando diretamente para ela. Eu queria que ela confiasse em mim, que soubesse que eu estava lá para apoiá-la.

Ela suspirou, os ombros caindo ligeiramente. "Há rumores... rumores de que querem me transferir para um instituto diferente por causa do meu desempenho. Mas eu não quero ir. Gosto daqui, sinto que pertenço aqui."

Segurei sua mão em um gesto de apoio. "Não vou deixar isso acontecer, Tosca. Se há algo que posso fazer, eu farei. Você é uma das poucas pessoas aqui que me tratou como um ser humano desde o início."

Ela olhou para mim com olhos marejados. "Obrigada, Kuroto. Significa muito ouvir isso. Mas, por favor, não faça nada impulsivo. Já tem muitos olhos em você, especialmente após o duelo de hoje."

Sorri. "Não vou prometer que não farei nada impulsivo, mas farei o possível para não causar mais problemas."

Naquele momento, me senti mais determinado do que nunca a ajudar Tosca. Ela era minha amiga, e eu não iria ficar de braços cruzados enquanto a injustiça acontecia bem diante dos meus olhos.

O resto da refeição passou em silêncio. Quando terminamos, nos levantamos e saímos do refeitório juntos. Tinha um plano em mente, e Tosca estava no centro dele. Eu iria fazer de tudo para garantir que ela permanecesse onde pertencia. E se alguém tentasse impedi-la, teria que lidar comigo primeiro.

"Então vamos colocar tudo em questão", comecei a separar algumas ervilhas do prato como se me ajudassem a pensar.

'Temos as seguintes questões para levar em consideração no lindo dia de hoje', separei quatro ervilhas diferentes. 'Primeiro: O bilhete de tutoria. Segundo: As consequências de me destacar no treinamento de hoje. Terceiro: O que Sieg quis dizer. Quarto: O problema da Tosca.'

Enquanto andava pelo pátio do instituto, a brisa leve da tarde fazendo as árvores se balançarem suavemente, perdi-me em pensamentos profundos. A situação com Tosca era, sem dúvida, complicada, e eu sabia que precisaria abordá-la com cuidado. O instituto claramente funcionava com uma mentalidade de sobrevivência do mais apto, e os mais fracos eram marginalizados ou transferidos.

Por outro lado, havia o incidente de hoje cedo durante o duelo. A energia que havia liberado, aquele poder incontrolável e selvagem, certamente tinha chamado a atenção de muitos. Siegfried claramente tinha curiosidade sobre o assunto, e sua abordagem inesperada durante o café da manhã me deixou em alerta. Se ele estava interessado, outros também estariam.

De repente, fui arrancado dos meus pensamentos quando ouvi vozes familiares discutindo acaloradamente atrás de uma árvore próxima. Ao me aproximar silenciosamente, reconheci as vozes de Lint e Freed. Eles pareciam estar debatendo sobre algo e, embora fosse difícil pegar todos os detalhes, uma palavra chamou minha atenção: "Tosca".

Mantendo-me escondido, continuei a escutar. Freed parecia estar zombando de Lint, sugerindo que a menina problemática era uma responsabilidade para o grupo. Lint, por sua vez, defendia Tosca, argumentando que todos mereciam uma chance.

"Você viu como ela luta, Lint. Ela é fraca, e não há lugar para os fracos aqui," Freed disse com uma risada maldosa.

"Todos têm seus próprios talentos, Freed. Talvez o dela ainda não tenha sido descoberto. Além disso, a forma como você a tratou durante o café da manhã foi desnecessária e cruel," Lint retrucou, sua voz cheia de desdém.

Eu estava dividido sobre intervir. Por um lado, era bom saber que Tosca tinha aliados além de mim. Por outro lado, Freed parecia ser um problema que não iria desaparecer tão cedo. Antes que eu pudesse decidir, porém, ouvi passos se aproximando. Rapidamente, recuei para as sombras, escondendo-me de vista.

Ao olhar ao redor, notei uma figura familiar. Era Siegfried. Ele caminhou direto até Lint e Freed, interrompendo a discussão deles. "Chega. Não é hora nem lugar para isso," ele disse firmemente, lançando a Freed um olhar de advertência.

Freed bufou, mas não protestou. Siegfried então se virou para Lint, dizendo algo em voz baixa que eu não consegui ouvir. Após uma breve conversa, os três seguiram caminhos separados.

Quando a área estava finalmente clara, saí do meu esconderijo. Tosca estava claramente no centro de uma teia de intrigas e tensões, e eu precisava ficar atento. Mas primeiro, precisava formular um plano para ajudar Tosca com sua situação atual. Não poderia deixá-la ser transferida sem lutar. E um plano já havia se desenvolvido em minha mente; era só botar em prática.

Fui diretamente para o escritório do diretor do instituto. Se havia alguém que poderia mudar a situação de Tosca, era ele, embora eu soubesse que não seria uma tarefa fácil e que teria que abrir mão de algo para poder ajudar minha amiga.

Adentrando o escritório com uma determinação quietamente fumegante, encontrei o diretor imerso em pilhas de papelada. A atmosfera da sala carregava um peso silencioso, uma seriedade subentendida que balizava as paredes de madeira antiga e os móveis meticulosamente dispostos.

"Kuroto," ele pronunciou, seu tom de voz reverberando com uma autoridade incontestável. "Veio ate mim sem mesmo ter que lhe chamar, isso me poupa o tempo de vir aqui, porem ja previa que viria ate mim, então oque lhe tras a mim nesta noite jovem kuroto."

"Quero falar sobre a estudante Tosca," iniciei sem rodeios, mantendo meu olhar firme e impassível, cruzando com o dele, que exibia uma indiferença calculada, pontuada por uma curiosidade sutilmente mascarada.

"Previsível, como mencionei," ele retrucou suavemente, inclinando-se para trás, os dedos entrelaçados sobre o estômago numa postura contemplativa. "Então, o que propõe em relação à problemática situação da Srta. Tosca?"

"Ela fica. Independente do suposto déficit em seu desempenho, tenho plena convicção de que ela pode superá-lo. Seria imprudente e ineficaz deslocá-la para outra instituição," respondi, meu tom carregado de certeza irrefutável.

O riso do diretor foi um murmúrio baixo, uma manifestação audível de seu divertimento discreto. "E qual seria a moeda de troca, jovem Kuroto? As engrenagens desta academia não giram à mercê de impulsos emocionais, deve saber."

A sala parecia pulsar com uma tensão silenciosa enquanto eu ponderava, considerando minhas opções. "O que o senhor deseja?"

Um sorriso frio, quase imperceptível, curvou os cantos de seus lábios. "A sua cooperação é plena e inquestionável. Manuel forneceu-me relatos intrigantes a seu respeito. Sua força, reflexos e a forma como desdenha da dor e do medo são características peculiares e extremamente úteis."

"Se isso assegurar a permanência de Tosca, pode contar com minha cooperação," concordei, embora uma nota de relutância ressoasse em minha voz.

Ele assentiu, um brilho de satisfação reluzindo em seus olhos. "Um acordo justo. Tosca permanecerá. Contudo, espero que honre sua palavra, Kuroto."

Fazendo menção para me retirar, uma voz firme me deteve. "Ainda não concluímos nossa conversa."

Virei-me, um frisson de apreensão deslizando por minha espinha, enquanto encontrava seu olhar novamente.

"Há mais a ser discutido, Kuroto. Seus dons, por assim dizer, são de grande interesse para esta academia e para mim, pessoalmente. Pretendo explorar completamente suas habilidades e você irá auxiliar-me nesse empreendimento."

Não era um pedido; era uma declaração, cristalina e irrefutável. E algo me dizia que minha vida acabara de se complicar ainda mais.

"Entendido, então," falei, tentando esconder a crescente inquietação que a declaração do diretor me causou. "E agora, o que mais há para discutir?"

Ele inclinou-se para frente, pousando as mãos sobre a mesa. "Há um meio muito eficaz de desenvolver e refinar habilidades como as suas. Embora sejamos um instituto, não estamos desvinculados das realidades deste mundo, das ameaças que ele abriga."

Pausei, considerando suas palavras. "E o que sugere?"

"Uma imersão direta," ele respondeu com um olhar calculista. "Estou falando sobre enviar você a um esquadrão de exorcismo."

Eu pisquei, surpreso. "Você quer que eu vá lutar na linha de frente? Ainda sou uma criança!"

Ele riu, um som baixo e áspero. "Uma criança, né?", ele disse, logo fixando os olhos nos meus com um sorriso sarcástico. "Uma criança não viria aqui propor um acordo, colocando-se em perigo extremo apenas para salvar uma pessoa. Não veja isso como ser enviado à linha de frente, mas sim como um passeio educativo."

"Passeio?" Ri, lançando-lhe um olhar sério e respondi de forma firme: "Que tipo de adulto responsável mandaria uma criança para um passeio onde sua vida pode acabar a qualquer segundo?"

"Se você morrer tão facilmente, que utilidade teria para mim ou para a igreja?" ele disse, tirando o sorriso do rosto e me olhando com um semblante sério e desdenhoso. "Você possui um potencial latente. Um super soldado que podemos usar de forma excelente. E não há nada melhor para despertar seu potencial do que lutas verdadeiras. Seus dons são únicos e, sob as condições certas, podem ser intensificados. As situações de vida ou morte têm uma maneira curiosa de fazer as pessoas superarem seus próprios limites."

"Isso parece mais um experimento do que treinamento," murmurei, sentindo-me mais uma cobaia do que um aluno.

O diretor sorriu, um sorriso frio e avaliativo. "O instituto sempre esteve na vanguarda da pesquisa e do desenvolvimento. Não estamos aqui apenas para ensinar, mas para aprender e adaptar. E você, Kuroto, é uma oportunidade que não pretendemos desperdiçar."

Olhei para ele, tentando avaliar até onde ele estava disposto a ir para alcançar seus objetivos. "E se eu recusar?"

Seu olhar endureceu. "Você pode recusar. Então, seguiremos o plano e Tosca será enviada para as mãos do Arcebispo Valper."

A expressão do diretor tornou-se mais fria e implacável, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade que fez um calafrio percorrer minha espinha.

"Arcebispo Valper," ele começou, sua voz assumindo um tom lúgubre, "é um homem de grande fé e convicção, mas também de métodos extremos e inescrupulosos. Ele acredita que qualquer meio é justificado se levar à realização de seus objetivos. Tosca, se transferida para suas mãos, seria submetida a rigorosos, e talvez até brutais, treinamentos. Ela seria forçada a ultrapassar seus limites, quer ela queira ou não."

O diretor pausou por um momento, permitindo que suas palavras se assentassem, antes de continuar com uma expressão sombria.

"E além disso, Valper não hesitaria em usar qualquer um sob sua jurisdição em experimentos perigosos e potencialmente mortais, tudo em nome do 'maior bem'. Eu aconselharia fortemente contra permitir que Tosca caia em suas mãos."

Minha boca secou e um nó se formou em meu estômago, enquanto eu esmagava meu punho em fúria, o que fez o recente machucado, estancado pelo pano em minha mão, abrir-se novamente. Processava as implicações do que ele estava dizendo. A ideia de Tosca sendo submetida a algo tão cruel e desumano era inimaginável.

Fiz uma pausa, respirando fundo para acalmar o rápido bater do meu coração. "E minha cooperação garantiria a segurança dela? Ela não seria transferida e permaneceria sob a proteção do instituto?"

"Exatamente," confirmou ele, seu olhar ainda penetrante fixo em mim. "Tosca seria mantida aqui, sob meus olhos, e longe do alcance de Valper. Mas em troca, espero sua plena cooperação e comprometimento com os termos previamente discutidos."

A sala parecia pulsar com uma tensão silenciosa enquanto considerava minhas opções. Estava em uma posição delicada; proteger Tosca significava submeter-me aos caprichos e experimentos do diretor, mas recusar colocaria a vida dela em risco ainda maior.

Finalmente, com um suspiro resignado, assenti lentamente. "Você tem minha cooperação, enquanto Tosca permanecer a salvo."

O diretor assentiu, com um curto sorriso em seu rosto, satisfeito com minha resposta. "Ótimo. Você começará seu novo 'treinamento' imediatamente. Estará em uma equipe com outros indivíduos habilidosos. Juntos, efetuarão as missões que eu designar, tudo sob a minha supervisão direta."

"Entendo," murmurei, embora a apreensão ainda dançasse em minha mente. Era um acordo feito sob coerção, mas pelo menos Tosca estaria a salvo. Isso tinha que valer alguma coisa.

"Você esta dispensado, Kuroto," disse o diretor, voltando sua atenção para os papéis empilhados em sua mesa. "Prepare-se para o início do seu novo regime amanhã. A responsável pelo esquadrão estará lhe esperando no ponto de encontro. Um instrutor o encaminhará para lá."

Sem mais palavras, levantei-me e saí da sala, a porta fechando-se silenciosamente atrás de mim. O corredor fora da sala do diretor parecia estranhamente opressivo, as paredes se fechando enquanto me encaminhava para fora.

Uma sensação de peso assentou-se em meu peito, e por um momento, senti como se estivesse sendo esmagado sob a enormidade da decisão que acabara de tomar. No entanto, quando pensei em Tosca, na pequena centelha de esperança e alívio que brilharia em seus olhos quando ela soubesse que poderia ficar, soube que faria tudo de novo. Por ela, por minha amiga, submeter-me-ia a qualquer coisa.

No fim das contas, talvez isso fosse o que significava ser um herói. Sacrificar-se pelos outros, sinceramente, nunca me imaginei como um herói, e isso me incomoda desde quando voltei a me importar com as pessoas desse jeito. Estou criando pontos fracos que podem ser usados contra mim. Talvez a melhor forma de proteger as pessoas à minha volta seja afastá-las para não serem usadas contra mim, mas agora já é tarde. Tosca, você é minha amiga. Farei o necessário para que pelo menos um de nós possa ter uma vida decente. Você não precisa passar por isso.

"Querendo ou não, Tosca não é forte o suficiente para isso. Se ela puder apenas se manter segura, já será o bastante."