Na manhã seguinte todas nós acordamos com dor de cabeça, mas com um belo cheiro de café da manhã.
— Aí minha cabeça, que horas são? —Paula pergunta.
— Sei lá, estão sentindo esse cheirinho? —Stacy suspira.
—Paulinha, não fique brava. —Eu olho para o celular.
— Diz logo. —Paula grita.
— Agora são 10 da manhã.
— Eu deveria estar na sala de aula às 8, por que fui aceitar me embebedar com vocês. Aí minha cabeça!
— Se acalme, nem para tanto. —Eu apenas a olho.
—Paulinha, agora não adianta ficar brava.
Em seguida os rapazes entram no quarto. — Bom dia, dorminhocas. —Nicolas com seu cabelo bagunçado sorri.
— Só se for pra vocês.
— Por que ela está assim? —Samuel pergunta.
— Ela tinha uma prova cedo, e não acordou a tempo. —Stacy o responde.
— Por que ele está aqui? —Paula pergunta para Nicolas com raiva.
— Não se lembra que ele veio como posso dizer, cuidar de você, tirar aquele cheiro de vômito.
— Não precisa agradecer, por eu ter vindo ajuda-la.
— Você veio porquê quis, estava muito bem sozinha.
—Se diz, mas não me esqueci do cheiro de vômito em sua roupa.
— Que cheirinho bom é esse? —Eu pergunto
— Fizemos café da manhã. —Mario me responde.
—Mario, disque que fez as suas panquecas especiais. —Eu sorrio.
— Como não ia fazer vocês merecem.
—Eba! —Eu grito.
—Na verdade, vocês não estão merecendo. —Nicolas me olha.
—Ontem, foi ontem. Hoje é hoje.
—Isso mesmo. Ontem, foi ontem. Hoje é hoje. —Nicolas ri.
—Ela deve estar com o efeito da bebida ainda. —Stacy me provoca.
—Ei, vocês dois. Eu quis dizer que deixe o que fizemos ontem no passado.
—Não tem como deixar no passado. Isso me fez perder uma prova importante.
—Depois resolvemos isso, vamos comer. —Stacy se levanta.
—Não, antes vou buscar o chá. Irá ajudar com a ressaca. —Mario a coloca de volta na cama.
— Quantas vezes tenho que dizer que, odeio chá?
— E quantas vezes tenho que dizer que, não mandei beber que nem uma loca.
— Seu chato, mas bem que aquele dia que estava bêbada você gostou, nem dormimos a noite.
— Não precisamos saber disso, eu passo. —Paula o interrompe.
— Também dispenso, vamos tomar logo esse chá. —Eu falo com as mãos no ouvido.
— Deixa que eu pego. —Samuel sai do quarto.
Samuel traz a bandeja com as canecas de chá e entrega para nós.
—Eu preciso mesmo tomar isso?
—Sim, amor. Você precisa tomar isso.
—Eu prometo que não vou mais beber igual uma loca.
—Toda vez você diz isso, porém acaba sempre bebendo igual loca novamente.
—Só vou tomar um gole. —Stacy faz careta enquanto bebe.
—Não está tão ruim. —Eu digo bebendo.
—Mas, nada se compara a uma xicara de café.
—Exatamente isso Paulinha, nada se compara a uma bela xicara de café.
—Parem de resmungar, e bebam logo. —Mario nos encara.