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Chapter 31 - Reencontro.

—Pronto agora que já tomamos esses chás ruins, podemos ir tomar café de verdade?

—Sim, querida. Agora podemos ir tomar café. —Mario estende a mão.

—Que mesa mais linda. —Eu digo enquanto encho minha xicara com café.

—É tudo para vocês. Aproveitem. —Nicolas fala.

—Vou aproveitar mesmo, é raro ter uma mesa assim.

—Falando assim, até parece que eu não faço café da manhã.

—Você faz, mas nada se compara a esse.

—É que na verdade foi o Nicolas quem preparou quase tudo. —Samuel o entrega.

—Samuel, nós tínhamos um acordo. —Mario o encara.

—Está explicado essa mesa então. —Stacy ri.

—Não é bem assim, eu preparei as panquecas.

—Eu tenho que dar os créditos para o Mario também, eu amo suas panquecas. —Eu dou uma mordida grande na panqueca.

—Até que enfim, alguém que me dá credibilidade.

—Coitadinho, ninguém elogia suas panquecas. —Stacy o provoca...

Depois do café da manhã, nos dirigimos a sala. — O que iremos fazer agora? —Stacy pergunta.

— Eu preciso achar um jeito de refazer a prova.

— Não se preocupe com isso, já falei com o Nicolas. Não é amor?

— Isso mesmo dessa vez vou ajudá-las, mas, isso é uma exceção. Não pensem que sempre poderei pedir atestado para o Riam.

— Obrigada Nicolas, fico te devendo uma. —Paula o abraça.

—De nada, é bom poder ajudar.

— Então o que iremos fazer agora? Hoje não tenho aula.

— Vamos fazer algo juntos, que tal irmos ao cinema? —Eu sugiro.

— Eu tenho que voltar, sei que minha presença ainda incomoda algumas pessoas.

— Seria ótimo, mas tenho que pegar o voo as 12. —Nicolas diz.

— Que pena. —Eu faço cara de triste.

— E você amor?

— De tarde tenho que ir ao meu estágio.

— Já que nem um de vocês vão poder, temos que mudar os planos. —Paula diz

— Vamos fazer compras então, preciso de uma roupa nova para o jantar de sábado. —Eu falo não muito empolgada.

—Você querendo fazer compras, o que está acontecendo? —Mario me olha confuso.

— Sabe como é a dona Luna, já faz algum tempo que vem pegando no meu pé por não renovar meu guarda-roupa. Ela disse que se não comprar roupa nova vai me levar uma tarde, nem que não queira. Não aguentaria ficar um dia inteiro entrando e saindo de lojas, é uma das piores torturas.

— E ela está certa, quando foi a última vez que comprou algo? — Stacy me pergunta.

— Sabem que não ligo muito para isso, a última vez que comprei algo foi a uns 3 messes, um tênis. Quando fico mais de 2 messes com a mesma roupa minha querida mãe me compra algo novo. Não sei o porquê ela é tão fascinada com o jeito que as pessoas se vestem.

— Eu me lembro que desde que éramos pequenas ela já era assim, no nosso primeiro baile nos levou para comprarmos um vestido, e ficamos à tarde toda passando de loja em loja. —Paula sorri com a lembrança.

— E isso que tínhamos apenas 8 anos. Ela tem um toque com moda. —Eu respondo rindo.

— Eu já havia percebido isso, a alguns anos quando foi mais de duas vezes com a mesma camiseta. Ela me disse. Sem ofensa, mas você gosta dessa camiseta em. Aí logo quando fomos visita-la de novo, me comprou várias camisetas de presente e ainda disse. Não gosto de ver pessoas várias vezes com a mesma roupa, agora você não tem desculpa.

E assim passa a semana com muita alegria e entusiasmo, agora já é sábado estou no apartamento de Nicolas e antes de irmos para o jantar, ele quer me contar algo. — Rapunzel vou entender se não quiser ir no jantar, depois do que tenho para contar.

—Fala logo, estou ficando preocupada.

— Sabe aquele dia que te pedi em casamento, que disse que tinha uma reunião importante era meio que mentira. —Eu o olho seriamente.

— O que quer dizer?

— Eu acreditei que era uma reunião, mas meu pai havia mentido, me levou para um almoço de reconciliação com o Thomas.

—Ele tentou fazer isso de novo? —O pai do Nicolas todos os anos tenta fazer a reconciliação entre os dois.

—Sim, já deveria esperar já que todos os anos ele tem feito isso.

—E então dessa vez você ficou?

—Fiquei. —Ele abaixa a cabeça.

—E como foi?

— Melhor do que pensei, mas me pergunto como se sente sabendo disso?

Na verdade, é meio estanho, mas uma hora eles iriam ter que se perdoar. — Fico feliz ele é seu irmão, até quando pretendia ficar de mal com ele? O passado as vezes temos que perdoar, e pensar apenas no futuro.

— Tem mais, ele vai estar no jantar, e vai levar sua namorada, se não quiser ir tudo bem. —Ele segura minha mão. —Marcamos outro dia para contar a novidade.

Faz 4 anos que não o vejo e fique 2 deles com o coração partido, há pouco tempo que o remontei. O que devo esperar ele ainda é o mesmo? Porquê, eu não sou desde aquela época muita coisa mudou. Como ele está hoje?

— Então sei que é demais para processar, porém, preciso saber, já está em cima da hora. Vamos ir ou remarcamos? —Ele interrompe meus pensamentos.

— Uma hora isso iria acabar acontecendo, por que não hoje? —Eu o respondo tentando aceitar o que está por vir.

— Rapunzel você é demais, obrigado por entender. —Ele beija minha testa.

— Então vamos, não quero chegar atrasada.

Chegamos e tocamos à campainha, Thomas abre a porta e é como se nada tivesse mudado. Ele continua o mesmo com aquele cabelo loiro bagunçado, seus maravilhosos olhos azuis e o seu lindo sorriso sem jeito. Imediatamente minha mente se transforma em uma sala de cinema onde relembro o que viveram no passado, como um verdadeiro filme do nosso romance sem esperança. Tento respirar fundo e encarar a realidade, mesmo depois de 4 anos nada mudou meu coração quase sai do peito ao reencontra-lo. Meus sentimentos começam a ficar todos misturados, e não sei o que estou sentindo, se é felicidade ou pânico.