— Boa noite Thomas quanto tempo, você continua o mesmo. Não mudou nada. —Eu o comprimento de longe, com meu coração quase saindo peito.
Ele se aproxima e me dá um beijo na bochecha. — Eu continuo o mesmo, mas você está ainda mais bela. —Thomas sussurra no meu ouvido.
— Vamos entrar, a noite vai ser longa. —Eu mudo de assunto para não responder o elogio.
Entramos e cumprimentamos todos. — Querida vejo que comprou um vestido novo, ficou lindo. —Minha mãe fala assim que me avista.
— Obrigada mãe, aprendi com você como se vesti com elegância.
—Thomas quando se formar pretende voltar a morar aqui em Los Angeles, ou vai ficar lá em New Haven? —Nicolas pergunta assim que se sentamos na sala.
— Faz mais sentido eu voltar, já que a empresa do nosso pai fica aqui.
—Bem pensado quero que meus filhos aprendam como comandar a empresa, porquê quando ela for de vocês espero que continue lucrando e não vá à falência.
— É só por causa disso ou, por que sua namorada também mora aqui, falando nisso ela não ia vir?
— Ela tinha plantão no hospital hoje.
— Ela é médica? —Eu pergunto.
— Enfermeira, se formol ano passado.
— Que legal.
— Com licença, vou ver se o jantar está pronto.
Por incrível que pareça a noite está sendo boa, e deu para colocar a conversa de 4 anos em dia. Mas meu pai a interrompe lembrado, do verdadeiro porquê de marcarem o jantar. —A noite está ótima, mas gostaria de saber qual era a novidade tão importante?
— Querido para de ser chato, logo eles contam. —Minha mãe dá uma bronca em meu pai.
— Nicolas, se é sobre o que conversamos aquele dia, é melhor falar de uma vez. —Luiz fala para ele.
— O que está acontecendo? —Laura pergunta.
— Se acalmem, a novidade é boa, e sim é sobre o que conversamos. —Nicolas diz se levantando.
— É o que estou pensando, querida? —Luna me pergunta.
—...—Eu apenas sorrio.
— Antes de contar vou buscar o champanhe para comemorarmos.
Sei que o Thomas está namorando, mas é complicado contar isso na frente dele. Nossa história foi curta e não nos víamos há 4 anos, com tudo, não consigo esquecer o que vivemos nós nos amávamos.
— Agora que já estamos com o champanhe, podem contar logo? —Laura fala ansiosa.
— Eu conto ou você conta? —Eu pergunto.
— Vamos contar juntos no 3.
— Um, dois, três. Estamos noivos. —Gritamos juntos.
Thomas quase engasga com a novidade, e minha mãe fica muito animada. — Meus parabéns estavam na hora, já até imagino um ano depois do casamento você gravida. —Minha mãe se levanta e nos abraça.
— Os filhos de vocês vão ser lindo, até imagino Luna, loirinhos de olhos azul se puxaram a Emma.
— Mãe não apresse as coisas. —Nicolas sorri para Laura.
— Meus parabéns, mesmo já sendo previsto, como é que está escrito no contrato. Depois que vocês se formarem se casam, e vivem felizes para sempre. —Thomas zomba e também nos abraça.
— Não fale assim com seu irmão.
— Tudo bem pai. Não vou negar está escrito isso mesmo.
— Calma estou apenas brincando.
— Filha estou muito feliz por vocês, já pensaram em algo, ou na data?
— Na verdade, sabemos como são a mamãe e Laura, então deixaremos vocês que cuidem de tudo, e a data pode ser qualquer dia depois que me formar daqui a 2 messes.
— Sim, e se quiser Erica pode ajudar.
— Será um prazer, mesmo sabendo que as duas não vão precisar da minha ajuda.
—Queria também saber se você Thomas aceitaria ser meu Padrinho, o que me diz?
— Eu, tem certeza? —Thomas olha para Nicolas surpreso com o convite.
Na verdade, até eu estou surpreso com o convite, ele deveria ter me falado antes sobre isso.
— Você é um chato, mas ainda é meu irmão ficaríamos muito feliz se aceitasse.
— Bem então seria uma honra.
— Você pode levar a sua namorada junto. —Eu tento disfarçar que não sabia do convite.
— Já pensou na decoração, ficaria lindo com flores, e o vestido vai ser estilo sereia, ou princesa? —Minha pergunta.
— E o lugar, lembra daquela chácara com aquela cachoeira ficaria lindo. Mas também tem aquele salão de festa de vidro ficaria muito chique. —Laura fala empolgada.
—Calma vocês duas, o Nicolas me pediu em casamento faz só quatro dias. —Eu sorrio. —Podemos marcar um dia para conversarmos, mas deixarei vocês montarem tudo. Só quero escolher mesmo o vestido o resto entrego nas mãos de vocês.
— Vamos fazer mais um brinde, ao casal que sejam muito felizes, e virão casamento arranjado nem é tão ruim assim. Hoje vocês estão muito felizes e agradeço a você Emma por endireitar meu filho. —Luiz me abraça.
— Fiz um bom trabalho não é, hoje ele não é mais o príncipe do colégio. —Eu olho para Nicolas rindo.
— Ei não é para tanto, sou o mesmo, porém apenas de uma agora. Encontrei a minha princesa, não é Rapunzel? —Ele se levanta. —Já volto, vou ao banheiro.
Em quanto Nicolas vai ao banheiro, Thomas discretamente se aproxima de mim. — Posso fazer uma pergunta?
— Claro.
— Você é feliz?
— Bem estou me formando em algo que gosto, e vou me casar. Posso dizer que minha vida é o que qualquer um desejaria.
— Isso não me parece um sim, se ajuda sabe eu ainda estou mantendo minha última promessa, se lembra?
—Que promessa?
— Pode passar anos, mas estarei lhe esperando.
— Para de falar isso, você tem namorada e eu estou noiva. Não tem como manter essa promessa, ela foi quebrada há anos.
— Tenho namorada porque pensei que nunca iria vela novamente, mas o nosso amor ainda está vivo em meu coração.
— Está tudo bem? —Nicolas volta.
— Amor acho melhor irmos, pois amanhã terei uma prova, e quero estar descansada ainda mais que o voo de volta é longo. —Me levanto. —Boa noite Thomas.
Thomas se levanta para se despedir. —Por favor me liga para conversarmos, meu número está aqui.
— Não acredito que seja uma boa ideia. —Eu sussurro enquanto coloco o número no meu bolso.
—Boa noite pessoal.
—Boa noite filho.
—Boa noite para todos, a e quando quiserem falar sobre o casamento é só me ligarem.
—Pode deixar senhora Laura, eu irei ligar sim.
—Posso fazer a mesma pergunta, que você fez para mim? —Assim que entramos no quarto ele já fala.
—Pode.
—Como se centil revendo o Thomas depois de 4 anos?
Me senti como se tivesse voltado no passado, como se nada tivesse mudado. Como se lá no fundo do fundo, uma pequena faísca do meu amor estivesse querendo renascer. —No começo foi estranho, mas logo melhorou.
—Como assim melhorou?
—Não ficou um clima pesado, conseguimos ter uma conversa civilizada.
—Isso é verdade. Já agradeci por você ter aceitado vir junto?
—Já.
—Mas mesmo assim, vou agradecer novamente. Minha Rapunzel, muito obrigada por ter aceitado vir junto. —Ele pressiona os seus lábios nos meus, e docemente me beija. Explorando minha boca, quase me deixando sem ar.
—Vamos para o seu apartamento?
—Você não tem que pegar o avião hoje?
—Eu menti não tenho uma prova amanhã. —Eu sorrio...
Algumas semanas se passaram desde o jantar e falta apenas dois dias para a minha formatura, mas nesse meio tempo algo mudou o buraco em meu peito reabriu novamente. Eu não sei mais se realmente amo o Nicolas, ou apenas estou acostumada com meu destino. Pois, ver Thomas fez-me lembrar qual é a verdadeira sensação do amor, aquele frio na barriga e uma alegria sem igual. —Rapunzel preciso dizer algo que me deixa muito triste, não vou poder ir na sua formatura.
— A, por que não? —Eu o olho com tristeza.
— Tenho uma reunião muito importante, que foi marcada há um mês, não me olhe com essa carinha, pois não aguento.
—Seu pai não pode ir no seu lugar?
—Bem que eu queria, mas ele tem outra reunião no mesmo dia. Eu prometo que vamos fazer uma linda viagem de comemoração assim que voltar, e a festa você pode aproveitar com suas amigas.
— Não precisamos viajar agora, deixe para irmos depois do casamento, como lua de mel. Já que vamos marcar o casamento para daqui a três meses.
— Se prefere, mas vou fazer uma surpresa pelo menos, a já ia esquecendo o Thomas vai estar em sua formatura. Um amigo dele é da sua turma e o convidou para ir.
— Qual é o nome dele?
— Ele não me disse, só pediu pra avisa-la para você não achar que ele está te seguindo.
— Cada uma, mas em fim. Pelo menos pode passar aqui antes de ir para a reunião? Quero que pelo menos me veja vestida com aquele vestido que você escolheu.
— Isso eu posso tentar fazer, a reunião é só a noite mesmo.
Eu me aproximo e dou um beijo nele, nesse momento meu telefone toca. —Oi Laura.
— Oi querida, eu e sua mãe viemos aqui ver as flores, mas não tem orquídeas para o dia, agora qual você prefere lilios, rosas ou Jasmim?
— Pode ser Jasmim.
— Espere aqui já volto, Luna que cor são as Jasmim? — Querida as Jasmim são amarelas, não vai combinar.
— Faça assim, escolham a que vocês preferirem, preciso ir agora.
— Obrigada. Se acharmos jasmim de outra cor encomendamos, se não escolhemos outra.
— Quem era?
— Quem você acha que estão me ligando a semana inteira?
— O que elas queriam dessa vez?
— Dizer que as flores que escolheram não tinham, e que era para escolher outra. Aí escolhi e disseram que a cor não ia combinar, então falei que elas podiam escolher a que preferirem.
— Elas estão mais empolgadas que nós.
Depois daquele jantar pode ser que algo mudou, porém, ninguém precisa saber não vai fazer diferença. — Isso não é verdade, venha aqui. —Ele se aproxima e eu o encho de beijo.