- Capim?
O guarda foi até o dono da carroça. Ele estava dando um pequeno sorrisinho liso em sua cara e o guarda estava com uma cara de espanto. Não era de se estranhar. Para ir para o interior do país, ele teria que ter algum tipo de mercadoria relevante. Estava levando capim para alguma cidade. Em qual vilarejo ele poderia querer levar esse capim?
- Para onde você está levando esse capim?
- Para o próximo vilarejo.
- Quem que pediu?
- Vou levar para os aldeões de lá. Quando chegar lá irei negociar ainda.
O guarda nao acreditou muito na história. Negociar com quem? Para que levar capim? Os vilarejos tem a sua própria capacidade de produzir capim. Seria dificil de acreditar naquilo. Provavelmente o gado de lá, se ainda tiver algum, terá um preço muito caro para esse capim. O ataque de monstros fez com que os preços das mercadorias em geral aumentasse nas cidades do reino. Mas desde que os ataques dos monstros iniciaram, não se dá para duvidar muito em qualquer tipo de demanda vinda de outras cidades. Talvez os monstros de alguma dessas cidadelas estivessem acabado com as provisões e estivessem precisando para o gado. Isso se sobrou algum depois dos ataques. E como ou com o que eles iriam negociar?
- As coisas indo nessa direção estão complicadas. Tem aparecido monstros na região.
- Eu sei. Me falaram! Mas eu tenho que sobreviver de alguma forma.
- Certo. Pode partir. Boa viagem!
- Obrigado!
Marcondes passava pela muralha e saiu da capital. Os guardas olhavam de longe. Ele saiu com a sua carruagem bem devagar para não levantar suspeitas. O cavalo ia andando bem devagar como se não fosse nada. Foi se afastando das muralhas e logo estava em uma estrada já um pouco longe da capital. Deu um calafrio na espinha no momento em que passaram e que poderiam ser descobertos. Deu um suspiro de alívio. Estavam indo em uma carruagem que não era a melhor, mas era o que tinha para sair dali.
- Deu certo?
- Sim. Estamos longe.
- Que bom! Achei que ele nao fosse mais embora!
- O que é aquilo?
- Aonde?
(...)
- Isso aqui é...
- Isso.
Sariel estava contente do achado. Após demonstrar o seu documento a seu chefe dava para ver o orgulho de ter encontrado algo tão valioso. O chefe dele estava desconcertado após o que ele viu no que estava escrito naquele documento. Embolo viu também a surpresa do chefe. O que deveria acontecer agora?
- Irei levar isso ao conselheiro real. Não conte a ninguém.
- Sim. Senhor!
Sariel saiu de cena e o conselheiro chefe foi até o conselheiro real. Ele via que tinha que dar ele mesmo aquele tipo de notícia. Aquilo poderia surpreender a qualquer um e tinha que ser dito de sua propria boca. Quem iria acreditar naquilo?
- Senhor!
- Sim. O que desejas?
- Encontramos algo que o senhor procurava.
- E o que seria?
- Veja.
O conselheiro chefe mostrou o documento. O conselheiro real pegou aquilo em suas mãos. O que poderia ser tão importante?
- Não me diga que...