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Chapter 7 - Capítulo 2 – Carol: E agora, o que houve?

Voltamos do nosso café da manhã, e sentimos o clima pesado, e Weenny passa correndo por nós, tão rápido que nem dá tempo de balbuciar qualquer palavra.

Entramos na antessala e o cenário em que nos deparamos assim que chegamos pode se resumir em caos. Realmente de cortar o coração.

Eros está ajoelhado na porta em prantos, e atônito, com as joias que ele tinha dado para a Weenny em suas mãos trêmulas.

Todos correm ao seu encontro para saber o que aconteceu. Porém ele não consegue falar algo que possamos entender, ele fala em uma linguagem estranha. Pois está ajoelhado no chão e sempre encosta a cabeça no chão e faz como se fosse uma oração, quer dizer, uma súplica.

Os meninos tentam o levantar com a ajuda da Andrea que acaba de chegar e o levam até a sala, eu pego e ligo na recepção para saber se Weenny passou por ali ou não, dependendo do que o Rodrigo me falar conseguimos ter um ponto de onde começar a entender o que está acontecendo, enquanto as meninas foram até o frigobar pegar uma água para o Eros tentar se acalmar e nos contar o que houve.

― Recepção, Rodrigo.

―Oi Rodrigo, aqui é a Carol. Uma pergunta, a Weenny está por aí?

― Passou muito rápido, parecia estar chorando, tentamos oferecer ajuda, mas pela velocidade que ela passou por aqui nem nos escutou.

― Ok Rodrigo, muito obrigada, se ela voltar e não subir, me liga imediatamente, por favor.

Dani se aproxima de mim e pergunta se tenho alguma notícia, e falo exatamente o que Rodrigo me contou. Então resolvemos ficar todos por ali.

Até que Eros se acalma e nos conta muito por cima o que houve.

Eles tiveram uma divergência muito séria, achamos melhor não insistir em perguntar que divergência foi essa, o que deduzo que deve ter sido coisa de casal.

Ele demonstra uma preocupação gigantesca, pois está anoitecendo e ela está sozinha, sem nenhum documento e pra ajudar sem atender o celular.

Mostramos todo nosso amor e dedicação a eles, e falamos que não sairemos do lado dele.

Já se passaram mais de três horas e até agora nada da Weenny aparecer, estamos todos agoniados, mas o desespero do Eros é avassalador.

Samara furtivamente se aproxima de mim e pergunta qual teria sido o teor da conversa deles para a Weenny surtar dessa forma

― Não sei, a única coisa nesse momento que estou é preocupada com ela a noite sozinha nessa cidade que mal conhecemos e ainda mais sendo uma atriz em evidência no momento. Pode ser muito perigoso pra ela.

― Então acho muito bom então montarmos duas equipes de busca para ir atrás dela. O que vocês acham? - pergunta May se aproximando de vagar.

― Acho uma ótima ideia, vou falar com os meninos. - falo ja saindo em direção aos meninos apressadamente.

Chamo a atenção do Cláudio chamando ele de canto e explico rapidamente o plano e falo para ele falar com os meninos, deixando somente o Ricardo e a Michele ao lado do Eros.

Assim que todos chegam, começo a falar.

― Gente é o seguinte, sei que não vamos conseguir ficar parados aqui, a May deu uma ótima ideia, montar duas equipes de busca indo atrás dela na rua, e uma outra equipe fica aqui comigo acompanhando todos os jornais e rádio e dando apoio ao Eros.

Todos concordam e sei que comigo fica além de Ricardo e Mih, também a May, a Dani e o Guilherme decidem me acompanhar na busca por qualquer notícia na tv e rádio.

O restante é dividido igualmente, uns vão com o Cláudio e outros com Igor. Peço que sempre me mantenha informada do andamento das buscas.

De meia em meia hora Cláudio me deixava a par de onde eles estavam e se tiveram sucesso.

Eu, Dani e May, ficamos em frente a tv para ver se passava alguma notícia, mas o mundo estava totalmente alheio ao que estava acontecendo, muitas notícias ainda rolam sobre o casamentos do Eros e da Weenny e sobre o sucesso do filme, mas nada sobre alguém tê-la visto na praia ou em algum lugar sozinha.

Depois de aproximadamente três horas a turma que estava com Igor chegou, todos desanimamos por não terem encontrado nada.

Ao ver a turma que estava com o Cláudio entra sem nenhuma notícia e lágrimas de tristeza nos olhos, um movimento do Eros me chama a atenção. Ele se ajoelha e curva sua cabeça até o chão e começa uma oração que pela entonação e pelo idioma pronunciado reconheci de olhos fechados sendo islâmica.

Não sabia que Eros fosse realmente adepto a cultura e a religião muçulmana.

Claudio se aproxima de mim e senta ao meu lado, ele está desolado, eu o abraço com todo amor que sinto por ele e digo.

— Calma, vai dar tudo certo. Pensa pelo lado positivo, se tivesse acontecido algo grave com ela, nós ja saberíamos. Minha mãe sempre disse que notícia ruim sempre chega primeiro. Então está tudo bem de certa forma. Estou aqui do seu lado.

Ele pega na minha mão e a beija e balbucia "obrigado".

Olhamos no relógio e já se passava da meia noite, quando ouvimos um barulho na porta e a vemos entrar triste e cansada.

Eros é o primeiro a chegar até ela e nós respeitamos mantendo distância só observando o desenrolar dessa cena que não foi tão rápida, nós ouvimos as declarações de amor e pedidos de desculpas, que foi o máximo que conseguimos escutar.

Eles nem perceberam que estávamos todos ali, olhando para eles.

Ela é pega no colo e levada para o quarto.

Ficamos mais aliviados por ela ter voltado, porém quase ninguém tirando a Samara que já está dormindo, que não está conseguindo dormir querendo saber o que está acontecendo, mas também ninguém está no clima para ficar conversando.

Olho para a paisagem lá fora, a noite escura e fria que tanto amo, hoje está com um sabor digamos que diferente. Não sei se é por conta do que passamos pelo dia de hoje, ou pela decisão que tomei, mas sinto que está diferente ao ponto de ser um marco.

Mas esse clima de silêncio está prestes a mudar quando a Gi puxa uma conversa.