Alex
Olho para ela atônito, chocado, ainda tentando entender o porquê de sua atitude. — Pelo amor de Deus, mulher! Por que vai se demitir? — pergunto ainda sem entender nada.— Alex, como acabei te dizer, tenho que me demitir, não posso proteger alguém por quem me sinto atraída. — ela confessa.— Que bom que você confessou que gosta de mim. — Bom, disse que estou atraída por você! Então, é melhor ir embora, preciso ligar para o Rafa — ela fala sério, e eu retruco rápido:— Jackeline, por favor! O que você quer conversar com o Rafa? — pergunto sem entender nada.— Alex, vou pedir para ele ver outro segurança para você. — comenta, e logo falo:— Eu não quero ninguém! — respondo com firmeza.— Ok. Eu digo para ele. — ela simplesmente abre a porta e vai saindo, eu a alcanço e digo: — Acho que você não me entendeu? — comento.— Claro que entendi! — responde.— Não, você não me entendeu! — repito. — Quando digo que não preciso de segurança é porque não quero outra pessoa fazendo seu trabalho. Ela olha para mim, desvia o olhar e não fala nada. Quando tenta ir embora novamente, não deixo e fico contra a porta. Jackeline volta a me olhar e fica em silêncio. Aquele silêncio estava me irritando muito. Oh, mulher teimosa, meu Deus!— Você não vai me falar nada? — pergunto olhando para ela, que permanece ainda em silêncio. — Alex, como eu já te disse, não posso ser sua segurança! — fala frustrada. — Você tem que entender isso!— Vamos lá, Jackeline — imploro. — Olha, vamos fazer um acordo. Se você não quiser, não vai rolar mais nada entre a gente, ok? — minto. Não vou desistir dela. — Então eu fico — ela diz finalmente e fico feliz.— Então você vai trabalhar comigo sendo a minha segurança, não? — pergunto com cautela.— Sim, agora que fizemos um acordo! — ela diz.— Como você sabe, eu tenho uma agência de modelos, não quero que as pessoas saibam que tenho uma segurança! — minto na maior cara lavada.— Como assim? Você não vai dizer que eu sou a sua segurança? — Jackeline me olha surpresa. — Alex, esqueceu que eu estou sendo contratada para proteger você e seus filhos?— Jackeline, pensa na impressa, ou mesmo naquela vadia sabendo que eu tenho uma segurança. — respondo rápido.— Hum... E o que você vai dizer? Que eu sou a sua namorada? — ela brinca. — Sim! — declaro. — Não mesmo! — ela diz enérgica.— Jackeline, é o único modo, pensa nisso, por favor? — peço já rezando para que essa mulher aceite. — Você sabe que não posso ser a sua namorada, certo? — comenta com cautela.— Jackeline, eu quero ser o seu namorado. Como você não me quer, contento-me em ser só seu amigo e cliente, pode ser? — digo a meio contragosto. Ela fica em silêncio e aguardo sua resposta por alguns minutos. — Ok! Aceito! — cede.— Ótimo, então somos namorados? — questiono.
— Sim, somos namorados — ela confirma. — Que fique claro, nada vai rolar entre nós! — declara.— Jackeline, você sabe que como minha namorada vai ter que me beijar e me abraçar! — eu lembro e não vejo a hora de isso acontecer. — Não podemos pular essa parte? — ela pergunta sem me olhar, percebo que seu rosto está vermelho e tenho certeza de que ela está se lembrando de nossos beijos. — Não podemos! — respondo rápido. — Agora temos que fingir para todos, até mesmo para minha empregada.— Tudo bem! — ela responde. — Como todos vão saber que sou a sua namorada? — Jackeline pergunta fazendo o gesto entre aspas com as mãos. — Amanhã você aparece na agência e age como uma namorada — peço. —Você deve agir como uma mulher apaixonada e tenho certeza de que o nosso plano vai dar certo, todos vão acreditar que estamos realmente juntos — afirmo com convicção. E de uma coisa eu tinha certeza: "Eu já me encontrava apaixonado por aquela pequena, linda e deliciosa marrentinha."— Acho que já estou apaixonada por você? — Eu a ouço confessando baixinho, fico feliz.
E faço uma promessa a mim mesmo: "Eu vou fazer de tudo para essa mulher me falar isso em voz alta."