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Chapter 5 - Objetivo

"À quanto tempo, Mari." Disse o rapaz de cabelo azul sentado num trono com duas caveiras ao seu lado.

A Marianne e o Rise estavam ajoelhados à frente dele, ela olhou para o rapaz e disse "À quanto tempo Juli. Como é que estás?" O rapaz levantou-se e estava a andar em direção aos dois, e quando chegou o perto o suficiente, parou à frente da Marianne e abraçou-lhe "Mari.~ Porque é que não vieste mais cedo? Fiquei solitário sem ti.~" Disse o rapaz enquanto chorava nos braços dela. A Marianne enquanto lhe acariciava o cabelo disse com uma voz suave "Eu sei, desculpa. Mas tu sabes que eu estou ocupada." Ele afastou a Marianne "Outra vez essa conversa..." Disse ele enquanto voltava para o seu trono.

O rapaz sentou-se com as pernas cruzadas e disse "Já não está na hora de desistires? Já estás à procura disso desde que..." A Marianne levantou-se e disse por impulso "Eu sei! Eu sei..." Ela olhou para baixo e disse com um tom de voz triste "Eu sei que talvez não exista, mas, tenho medo... Medo que este tempo todo eu tenho estado à procura de um coisa que nem sequer existe." O Rise estava a olhar para ela, mas continuou ajoelhado.

O rapaz estava com um olhar ignorante, ele olhou-lhe com superioridade e disse com um tom de desprezo "Não quero saber disso." A Marianne olhou para ele com medo e disse "D-dá-me até o inverno! Se até ai eu não encontrar vou desistir, e quando isso acontecer, vou ficar contigo para sempre. T-tudo bem assim?" O rapaz pensou um bocado, suspirou e disse "Ahh, ok. Dou-te até ao inverno."

Ela ficou aliviada e disse com um sorriso "Obrigada, Juli!" O Juli ficou corado e escondeu a cara.

A Marianne e o Rise estavam a sair e o Juli percebeu alguma coisa "Hm? Mari, quem é esse?" Ela olhou para trás com um sorriso e disse "Não é ninguém de especial. Não te preocupes Juli."

Eles sairam dali e parecia que o Rise tinha um monte de perguntas. Quando eles chegaram a casa a Marianne olhou para ele com um sorriso triste e disse "Desculpa por te ter feito ficar ajoelhado por tanto tempo, deve estar a doer não é?" Ela parecia sentir-se culpada.

Enquanto a Marianne ia buscar os curativos disse "Senta-te, eu volto já." O Rise ia atrás dela "Não é..." Ela interrompeu-lhe "Senta-te! Deixa-me cuidar de ti." Disse ela virada de costas para ele.

Ele acabou por se sentar e passado pouco tempo ela voltou com uma caixa. "Posso ver o teu pé?" Perguntou ela com um sorriso ainda triste. Ele acenou a cabeça. A Marianne tirou-lhe o sapato e o pé dele estava dorido, ela sentiu-se culpada enquanto olhava para o pé dele, e começou a trata-lo.

O Rise não disse nada e deixou-a fazer o que queria. A Marianne finalmente tinha acabado e com um sorriso disse "Já está! O que é que achas?" Ele pôs o sapato e disse "Não está a doer nada."

Ela levantou-se e sentou-se ao lado dele "Ainda bem..." disse ela aliviada.

O Rise olhou para ela e perguntou "Posso fazer uma pergunta?" Ela parecia mais animada e com o sorriso de sempre disse "Claro!"

Ele respirou fundo "O que é que é aquele objectivo que vocês estavam a falar?" A Marianne sorriu, parecia que se lembrava de alguma coisa. Ela, com um sorriso sereno perguntou "Já ouviste falar da Sakura do outono?" Ele confuso disse "Não conheço..." Ela fechou os olhos como se estivesse a imaginar alguma coisa "A Sakura do outono é uma lenda do império da bruxas. Ela diz que em algum lugar do mundo, no outono, elas aparecem. Essas Sakuras são brancas como a neve e a árvore delas é azul como o céu." Ela olhou para ele com um sorriso triste e disse "Eu estou à procura delas."

O Rise não mudou de expressão, ele só perguntou "Porque é que estás com essa cara?" A Marianne continuou a sorrir "Isso é porque, eu sei que não as vou encontrar. É só uma lenda que a minha mãe me contou, nem sei se é mesmo verdade..." Ele levantou-se por impulso e disse desesperado "Tu não sabes isso! Pode ser que exista mesmo, então porque é que estás a desistir? Isso não combina contigo!" Ele apercebeu-se que estava a falar muito alto e voltou-se a sentar. A Marianne ficou surpreendida e disse "Desculpa..." Ela voltou a sorrir "Tens razão." Disse ela. O Rise teve esperanças de que ela tinha desistido de desistir, mas ela disse "Mas não vou conseguir. Eu prometi ao Juli que ia desistir quando o inverno começasse, e se eu ficar a minha vida toda á procura disso, vou estar a desperdiçar a minha vida."

Ele sentiu-se mal por ela e foi aí que teve uma ideia. "Se é assim, então que seja! Até o inverno chegar, vamos encontrar essas Sakuras!" Disse ele. O Rise ficou envergonhado e disse "E-eu vou procurar contigo..." A Marianne ficou sem palavras "D-de verdade?" Perguntou ela com os olhos a brilhar. O Rise escondeu a cara e disse "Sim..."

A Marianne ficou tão feliz que se atirou para ele e abraçou-o. Ele estava demasiado envergonhado para dizer alguma coisa e ela só dizia a mesma coisa "Obrigada!"

A lenda das Sakuras do outono é uma lenda que diz que se encontrares essas Sakuras poderás pedir qualquer desejo, mas em troca tens de dar alguma coisa de mesmo valor.

Continua

Curiosidade: Os humanos também têm magia, não a conseguem usar directamente. Têm de a usar em uma arma ou outro objeto qualquer.