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Chapter 6 - O poder de um vampiro

Passou-se uma semana desde que o Rise decidiu ajudar a Marianne a procurar as Sakuras, durante esse tempo eles fizeram compras pela cidade azul e inesperadamente nenhuma lobisomem os atacou.

Eles estavam a preparar-se para continuar a viajar. O Rise a olhar para uma faca perguntou "Isto vai mesmo servir de alguma coisa?" A Marianne que estava a escovar o cabelo, olhou para ele "Claro que vai! Mesmo que sejas um humano ainda tens magia, não é?" Ele pôs a faca em cima de uma mesa e a Marianne olhou para ele com um sorriso e perguntou "Podes me ajudar?" Ele ficou confuso "Hm? Com o que?" A Marianne tocou no seu cabelo "Com o meu cabelo. Quero que faças um rabo de cavalo." O Rise ficou constrangido e perguntou corado "N-não consegues fazer isso sozinha?!" Ela olhou para ele como se estivesse a analisa-lo "Será que não sabes fazer um rabo de cavalo?" Ele ficou frustrado "Claro que sei!" Disse ele enquanto andava em direção a ela.

Ele agarrava no cabelo dela com delicadeza, a Marianne ficou espantada "És bem experiente a fazer isto. Já fizeste isto a outra pessoa?" O Rise estava concentrado no que estava a fazer "Sim, algumas vezes à minha irmã." A Marianne não ficou surpreendida "Hmm, tens uma irmã? Que inesperado." Disse ela.

Ele não pensou duas vezes e disse "Ela morreu. Já à algum tempo que ela morreu."

A Marianne não disse nada e ele acabou de a pentear. "Então, acho que está mais do que na hora de irmos andando." Disse a Marianne com um sorriso. A casa começou a voar e o Rise perguntou "Onde é que nós vamos desta vez?" Ela apontou para um sítio em que as nuvens estavam vermelhas e disse com um sorriso confiante "Para ali. O império dos vampiros." O Rise desesperado perguntou "Porque é que vamos para ali? Os vampiros são a raça mais perigosa para os humanos!" O sorriso da Marianne desapareceu e ela disse "Porque é que estás com tanto medo Rise? Eu prometi que te vou proteger." Ele estava desesperado e perguntou "Vais mesmo cumprir essa promessa? Tenho a certeza de que quando estivermos em perigo vais-me deixar sozinho!"

A Marianne estava chateada e disse "Achas que eu te vou deixar morrer? Como uma bruxa eu não me posso não cumprir uma promessa."

As bruxas têm uma regra que diz que se fizeres uma promessa tens que a cumprir não importa o que aconteça, por isso é muito raro as bruxas fazerem promessas.

"Eu não sou fraca! Posso dar conta de alguns vampiros." Disse a Marianne com os braços cruzados. Era a primeira vez que o Rise via a Marianne chateada, por isso ele pensou que talvez tivesse dito alguma coisa que não devia "Desculpa... Sou um homem e mesmo assim estou a ser infantil."

Ela deu uma pequena gargalhada e o Rise preocupado perguntou "O que é que foi?" A Marianne virou-se de costas e disse "Nada, não te preocupes."

Ela não queria rir enquanto ele estava tão sério, por isso foi-se acalmar. "S-será que ela... Estava a chorar?"

Eles tinham finalmente chegado ao império dos vampiros, e quando chegaram ao portão principal um guarda que lá estava perguntou "Vocês não são vampiros, pois não?" A Marianne sorriu e disse "isso mesmo." O guarda chegou mais perto deles e perguntou com um olhar assassino "Então, vocês são o que?" A Marianne ainda a sorrir respondeu calmamente "Eu sou uma bruxa e ele é um humano. Há algum problema?" O guarda olhou para o Rise "Um... Humano?" Ela fez um sorriso maldoso e perguntou "Queres? O sangue dele."

O Rise olhou para a Marianne assustado e sussurrou-lhe ao ouvido "Do que é que tu estás a falar? Não disseste que me ias proteger?!" Ela estava a sorrir e disse baixinho "Não te preocupes."

"O-o sangue de um h-humano?" Perguntou o guarda quase a babar-se. "Sim, o sangue que sempre quiseste provar." Disse a Marianne com um sorriso manipulador. O guarda foi rapidamente a correr ter com o Rise, já preparado para sugar-lhe o sangue. O nem teve tempo para se mexer, ele ia acabar por ter o seu sangue chupado por um vampiro qualquer, mas do nada as pernas do vampiro congelaram. "O-oque é que é isto?" Perguntou o guarda sem saber o que é que tinha acontecido. A Marianne foi para a frente dele e disse "Tem calma. Eu ainda tenho as minhas condições."

O Rise estava a olhar para a Marianne surpreendido, pois ele tinha percebido que ela é que congelou os pés do guarda. O guarda olhou impaciente para ela "Q-quais condições?" Perguntou o guarda. A Marianne apontou para o portão de entrada e disse "Antes da tua refeição quero que abras o portão."

"Isso é impossível! Se o imperador descobrir eu vou ser morto de certeza!" Disse o guarda a suar e em pânico. A Marianne cruzou os braços "Mesmo que não abras o portão é só uma questão de tempo até nós conseguirmos entrar. E quando descobrirem que entrámos quem é que achas que o imperador vai culpar?" Disse a Marianne com um sorriso manipulador. O guarda ficou com medo e não disse nada, ele conseguia sentir o poder da Marianne por isso ele sabia que não iria conseguir ganhar se eles lutassem. O guarda não disse nada e a Marianne ainda a sorrir disse "De qualquer forma vais morrer, por isso não gostavas de beber pelo menos uma vez na vida o sangue de um humano?"

O Rise percebeu que ela estava a enganar o guarda e disse com um sorriso malicioso "É verdade. Eu não me importo que bebas o meu sangue, de qualquer maneira vou acabar por morrer." A Marianne ficou orgulhosa por ele ter percebido o que é que ela estava a tentar fazer. O guarda estava nervoso e suava tanto que lhe caiam pingas pelo pescoço. "O-ok! Eu abro o portão." Disse o guarda desesperado. Enquanto descongelava o gelo com fogo a Marianne disse com um sorriso mais feliz "Fizeste a escolha certa!"

Quando o gelo desapareceu completamente o guarda foi a correr abrir o portão. A Marianne reparou que o Rise estava a olhar para ela, ela foi ter com ele e disse com o seu sorriso de sempre " Não te preocupes com nada, está tudo a ir como planeado." Ele com uma expressão mais séria disse "Vou acreditar em ti." Ela acenou a cabeça com um sorriso confiante.

A Marianne viu que o guarda estava a demorar muito, então foi ter com ele "Passa-se alguma coisa?" O guarda estava aterrorizado e disse com um olhar também aterrorizado "N-na verdade é melhor vocês saírem daqui..." A Marianne não tinha percebido porque é que ele estava com tanto medo e perguntou com um olhar sério "Porque? Aconteceu alguma coisa?" O guarda subitamente agarrou-lhe os ombros e disse "Ele está a chegar! Se vocês não saírem daqui de certeza que vão morrer, todos nós vamos!"

"Quem é que vem aí?" Perguntou a Marianne enquanto o afastava.

E logo que ela perguntou aquilo o portão começou a abrir "Ahhhhh!!! Acabou! Ele já chegou, é o nosso fim." Dizia o guarda já sem esperança. A Marianne foi para perto do Rise e ele perguntou "Foi ele que abriu o portão?" A Marianne estava mais séria do que o normal e respondeu "Não, alguém vem aí. Alguém muito forte."

O portão finalmente tinha aberto, e quem estava lá era um homem de cabelo vermelho comprido e um monte de guardas atrás dele. O guarda que estava a guardar o portão imediatamente curvou-se. A Marianne ficou com arrepios e o Rise nem conseguiu ficar de pé, tudo por causa da presença daquele vampiro.

"Tu! Quem são estes dois?" Perguntou o homem a olhar para o guarda do portão. O guarda estava aterrorizado e respondeu "S-são intrusos! O rapaz é humano e a rapariga é uma bruxa." O homem olhou-lhe com desprezo e perguntou "Então, porque é que ainda não os expulsaste?"

Aquele era o olhar mais arrepiante que a Marianne tinha visto na sua vida inteira, o Rise estava ajoelhado no chão "Ah... Estás bem? Perguntou ela ao Rise enquanto lhe dava a mão para ele se levantar. O Rise agarrou a mão dela e respondeu "Sim...".

A Marianne respirou fundo e deu um paço em ferente, sorriu e perguntou com confiança "Desculpa, mas podes deixar-nos passar?" O homem olhou para a Marianne com desprezo "E tu és?" Perguntou o homem.

A Marianne continuou a andar em direção a ele "Queres saber o meu nome?" perguntou ela com um sorriso nervoso. O homem fez um sorriso malicioso "Estás a gozar comigo rapariga?" Ela parou mesmo á frente dele e perguntou a olhar para ele de baixo "Gozar? Do que é que estás a falar?"

"Tu és uma bruxa não és? Tenho a certeza que consegues sentir o meu poder, então porque é que estás tão despreocupada?" Perguntou o homem com o mesmo sorriso. A Marianne não disse nada e ele tirou a espada e com um olhar de superioridade disse "Deixa-me dizer-te o meu nome. Eu sou o príncipe deste império, o meu nome é Rui." Ele abanou a espada e só com o vento dela, duas montanhas que estavam ao lado da Marianne partiram-se ao meio.

Todos ficaram sem palavras "Se não queres ser a próxima acho melhor sairés daqui." Disse o Rui com um olhar maldoso. A Marianne começou a voltar para trás e enquanto dava uma risada nervosa disse "É isso mesmo que vamos fazer." Ela chegou até ao Rise e sussurrou-lhe no ouvido "Vamos!" Ela agarrou na mão dele e começou a puxa-lo. A Marianne virou-se para o príncipe e com um sorriso disse enquanto acenava "Espero que nos encontre-mos outra vez!"

Quando a Marianne e o Rise se foram embora um guarda perguntou ao príncipe "Está mesmo tudo bem em deixá-los ir, vossa alteza?" O Rui sorriu e respondeu "Não faz mal. Tenho o pressentimento que nos vamos encontrar muito brevemente."

"Marianne, não faz mal termos saído assim?" Perguntou o Rise preocupado. A Marianne estava mais séria do que o normal e respondeu enquanto andavam "É melhor assim. Se tivéssemos ficado provavelmente já estaríamos mortos."

O Rise ficou preocupado por lhe ver tão séria, mas não disse nada sobre isso e perguntou "Os vampiros são todos fortes como ele?" Ela com um sorriso mais tranquilo respondeu "Claro que não. Aquele é um caso especial, já que ele é o príncipe."

Eles ficaram caldos por um tempo e a Marianne disse-lhe preocupada "Rise, nunca te aproximes de um vampiro se eu não estiver por perto. O verdadeiro poder de um vampiro pode ser mais poderoso do que o de um anjo. Percebeste?" O Rise só abanou a cabeça para cima e para baixo e disse "Percebi, Marianne."

Anjos e demónios são as raças mais poderosas de todo o universo. Vampiros só são permitidos a usar metade do seu poder, porque se eles usarem-no todo vão acabar por superar os anjos.

Continua

Curiosidade: A irmã do Rise chamava-se Yuna.