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Chapter 5 - Restaurante - Parte 2

[27/03/2018] - [12:45:57]

[Área de Comércio e Serviços Terreno-Celestial - Praça Latina - Restaurante ???]

[Lúcio POV]

O senhor que chutou um dos arruaceiros não era ninguém menos que Seu Tião. 1,75 m, cabelo curto e preto com fios grisalhos, barba por fazer, nariz largo, cara redonda, pele bronzeada e o físico de um senhor gordinho cachaceiro...

Um senhor gordinho cachaceiro que acertou um chute nas costelas de cara acostumado com briga de rua...

Todos: "DESDE QUANDO SEU TIÃO É BOM DE BRIGA???"

Não teve jeito. Se você vê um senhor, que sempre reclamou de dores de coluna, e queixava-se dizendo que não pode fazer isso e aquilo por causa da idade, aplicar um golpe desses, essa seria a reação esperada.

Seu Tião não ficou parado. Ele correu em direção ao Roberto, que foi atingido com um soco no maxilar direito, nocauteando-o.

No total haviam 14 baderneiros. Roberto e o sujeito que sacou o revólver já estavam fora de combate. Restavam 12.

Aquele que parecia ser o líder deu uma gargalhada e puxou conversa com Seu Tião.

Arruaceiro: "Até que enfim apareceu, velho! Entregue o produto para mim e o chefe vai perdoá-lo."

Nosso mestre de artes marciais não é besta para ficar parado de papinho, pegou uma cadeira e a jogou em direção ao baderneiro, que foi facilmente desviada. Mas isso foi só uma distração, para Seu Tião diminuir a distância e pegar um porrete metálico, provavelmente de algum item de armazenamento espacial.

Seu Tião: "Vá se lascar, Naldo!"

O tal líder do bando, Naldo, nem mesmo percebeu quando levou um ataque na boca do estômago, fazendo-o voar como uma boneca de trapos por uns 6 metros. Quando ele caiu, ainda tentou se levantar, mas do nada seu corpo ficou paralisado e ele caiu novamente.

'Esse provavelmente é um artefato com poderes que afetam o sistema nervoso, então deve ser relacionado a eletricidade, mas eu não vi nenhuma centelha ou coisa do tipo...'

Depois eu reparei que a cabeça do porrete estava cravavejada com pequenas agulhas.

'Veneno paralisante, é claro! Então a gangue vai apanhar de um cacto de metal venenoso. Eu que não queria estar na pele de vocês, rapazes!'

A luta continuou enquanto minha mente imaginava as possibilidades. O barman balançou seu porrete como um taco de golfe e atingiu a coxa de um, depois fez o movimento inverso e arrebentou o nariz de outro.

5 já foram, faltam 9.

O próximo alvo já estava na mira de Seu Tião, mas um deles sacou um revólver parecido com o primeiro e preparou para disparar...

PAAAA!

Antes que pudesse fazer algo, uma bala perfurou o ombro do braço que segurava a arma. Logo depois ele gritou em agonia e desmaiou.

Quem disparou foi ninguém menos que Hugo. Nesse momento, chegaram Sávio e Renata armados, trazendo uma arma para Larissa. A chave-mestra finalmente fez seu trabalho, então Ricardo, Romário, Lídia e eu estávamos livres para entrar na briga.

Se antes Seu Tião tinha apenas uma desvantagem minúscula, mesmo numa luta de 1 vs 14, com o os reforços e as baixas, virou uma pancadaria de 9 vs 7.

O resultado era o esperado: a gangue levou uma surra e tudo acabou.

Exceto pelo fato que um décimo quinto apareceu do nada e tentou me fazer de refém.

AI MEU PAI! SOCORRO!!!!!

... Brincadeira!

Ele não contava com meu presentinho!

Tudo que ele pode fazer era gritar em agonia.

CONTEMPLEM!

NÚMERO CAÓTICO 69: BRASÃO HERÁLDICO DO HORROR!

Sim, bem chuuni, além do mais esse é o nome em português, em inglês talvez alguém irá entender a referência...

Mas o que é isso?

É só um artefato que parece um pequeno colete que uso para me proteger. Ele então agarra o infeliz, o imobilizando, depois libera vários talismãs que enfraquecem o alvo, então injeta uma mistura de venenos, alucinógenos e outras drogas que provocam o pior dos pesadelos. Por fim, ele ativa uma matriz que gera uma formação que impede influências externas; se quebrada, o alvo é esmagado.

Posso também ajustá-lo para ser usado como torturador, mas ainda não tive a oportuni- quer dizer... Não precisei fazer isso...

Seu Tião: "Mais uma vez eu peço desculpas. Eu tentei esconder meus problemas, porque eu não queria preocupar ninguém, mas acabei prejudicando todo mundo."

Hugo: "Tudo bem, Seu Tião. Nós sabemos que o senhor não fez por mal."

Sávio: "É, mas ainda precisamos conversar sobre isso."

Hugo: "Realmente. Mas deixa isso pra depois. Agora temos que arrumar o restaurante. A matriz de reparo deve ativar logo, mas ainda temos que limpar a bagunça e cuidar desses caras."

Lúcio: "Há algo que podemos fazer?"

Sávio: "Não se preocupe, cara. Mas depois você podia dar uma olhada nos artefatos daqui."

Lúcio: "Também pensei nisso. Bom, nesse caso, tenho que abrir a loja, então até depois!"

Após o almoço animado, voltamos para abrir a loja às 13:00.

Algum tempo depois uma moça parou na frente da loja. Alta, magra, cabelo preso formando um rabo de cavalo. Parece uma versão atleta da Ana.

Lúcio : "Hei Sofia! Não pude te encontrar de manhã. Por favor entre."

Sofia: "Oi Lúcio! Queria conversar com você, sem falar do que aconteceu no restaurante Magnoli."

Lúcio: "As notícias correm rápido, felizmente todos estão bem, é o que importa. Aliás, obrigado pelo Pó de Morto Exorcizado!"

Sofia: "Que isso! Aliás fiquei sabendo que você usou até o N.C. 69! Tenho até pena do coitado. Mas é isso que acontece quando alguém mexe com a minha família."

Sim, Sofia é minha prima, irmã de Ana. Ela trabalha como aventureira, mas seus serviços são focados em ajudar os outros. Ainda assim, recebe boas quantias devido a gratidão dessas pessoas. Falando assim, Sofia parece a heroína que defende o povo nas histórias de fantasia. Mas também sabe quando não pode fazer nada e parar. Além disso, ela trabalha com um grupo que ajuda pessoas perdidas, como crianças e escravos fugitivos. Isso atrai o rancor de alguns grupos, mas eles são incapazes de impedi-la.

Sofia: "Fiquei sabendo que algumas pessoas têm desaparecido no México nos últimos dias. Todos envolvidos de alguma forma com a família Izel ou seus negócios, sejam serviços lícitos ou não, ou simplesmente clientes que contrataram os serviços de turismo da família."

'De novo a família Izel...'

Contei para Sofia sobre a encomenda de Dona Catarina.

Sofia: "Eles são uma família poderosa. Seus antepassados eram descendentes dos líderes Astecas. Realmente é muito suspeito."

Lúcio: "Estou sem ideias do que fazer. Se cancelar o pedido, com certeza vão desconfiar, se eu entregar o produto, vou estar colaborando com algo provavelmente muito ruim."

Sofia: "Acho que o melhor seria atrasar a entrega do artefato."

Lúcio: "Sim, também acho que é o melhor a se fazer. Bom, depois eu cuido disso. A loja já vai fechar e eu tenho que conversar com Hugo e Sávio sobre os artefatos. Talvez até consiga entender o que está acontecendo."

Sofia: "Então até depois primo, e boa sorte!"

Lúcio: "Ha, vou precisar mesmo. Até mais!"

Depois de nos despedir, fechei a loja às 17:30. Finalmente, hora da tão aguardada conversa.

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{Notas do Autor}

No fim das contas, o velho cachaceiro nas novels sempre é um mestre de artes marciais...

O arco do restaurante saiu maior do que eu imaginava. Ainda teremos mais um capítulo, no máximo dois.

Muito obrigado a todos que estão acompanhando a novel. Até o próximo capítulo, galera!

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