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Chapter 6 - Restaurante - Parte 3

[27/03/2018] - [17:37:23]

[Área de Comércio e Serviços Terreno-Celestial - Praça Latina - Restaurante Magnoli]

[Lúcio POV]

Chegando no restaurante, percebi que tudo já estava arrumado. Ainda era possível ver algumas rachaduras na parede. Na entrada, havia um policial pegando o depoimento de um garçom. Os policiais daqui também usam uniforme mas, é claro, são melhores que qualquer escudo balístico da Terra. Como? Já sabe: mágica!

Garçom: "Olá Lúcio, todos estão lhe esperando no quarto andar."

Lúcio: "Ok, obrigado!"

Segui, até o quarto andar, onde estavam Hugo, Sávio, Larissa, Renata e Seu Tião. Havia um policial, era o delegado, Sr. Silva. Antes de entrar, bati palmas para avisar a minha chegada.

Sávio: "Por favor, entre Lúcio."

Todos estavam muito sérios. Meu detector de problemas estava já estava apitando...

Sr. Silva: "Lúcio, imagino que já sabe do que se trata, afinal você estava aqui no local."

Lúcio: "Se for sobre os artefatos, peço que mantenha o sigilo sobre o funcionamento deles. Mas sim, estou disposto a colaborar com tudo."

O sigilo sobre os artefatos é importante. Se vazasse alguma informação, isso seria um GRANDE problema.

Sr. Silva sorriu, percebendo minhas intenções, e me perguntou porque a dorna metálica não afetou a gangue.

Lúcio: "Só consigo pensar em dias coisas: os caras eram deuses disfarçados, o que eu duvido muito, ou estavam usando algum tipo de proteção poderosa."

Havia uma terceira opção, mas fiquei com receio em falar.

Sr. Silva: "Lúcio, te conheço desde pequeno e sei quando tá escondendo algo. Tem mais alguma coisa, né?"

Droga, ele me conhece bem até demais. Eu admito a derrota!

Lúcio: "*fiz um sorriso amarelo* Na verdade, a segunda opção está relacionada com a terceira opção: alguém vazou informações sobre os artefatos."

Todos ficaram espantados. Afinal, traição é algo bem sério.

Sr. Silva: "Poderia explicar como chegou a essa conclusão?"

Lúcio: "A dorna é um artefato de proteção carinhosamente chamado Zap. Quando é ativado ele libera um choque muito forte. Ele só não afeta seres poderosos como os Grandes Deuses, ou quem usa uma proteção contra eletricidade muito poderosa. Eu só consegui desarmá-lo e ativar o sistema de escape porque tenho uma chave-mestra, já que sou seu criador.

Mas voltando às hipóteses, para os meliantes usarem qualquer proteção do tipo, era preciso ter uma das relíquias de Classe Mundial, o que é pouco provavelmente, devido a raridade dessas relíquias, ou já terem conhecimento sobre o artefato. Então, desenvolver uma proteção contra o Zap seria fácil.

A terceira opção é que alguém mexeu na matriz do Zap, mudando suas configurações. Mas novamente, isso só seria possível com a ajuda de relíquias de Classe Mundial, ou já terem conhecimento sobre o artefato.

No fim das contas, acredito que tudo leva a crer que alguém de dentro vazou essas informações."

Sr. Silva ficou quieto, processando as informações. Os outros ficaram espantados. Por um momento a expressão de Seu Tião mudou, mas rapidamente voltou ao normal. Mais ninguém percebeu isso.

Hugo: "Lúcio, isso é muito sério. Os únicos que tinham conhecimento sobre o Zap somos nós, além da sua equipe. Tem certeza disso?"

Lúcio: "Desculpa, você tem razão. Não faria sentido se fosse um de vocês. Mas não quero acreditar que tenha sido alguém da minha equipe."

Sr. Silva: "De qualquer forma, não posso tirar conclusões precipitadas sobre o assunto. As investigações vão continuar enquanto não resolvermos este caso. Lúcio, preciso que vá à delegacia para prestar um depoimento. É isso. Tenho que ir, até mais a todos."

Sr. Silva despediu-se de todo mundo e foi embora.

Esperei até o Sr. Silva sair para fechar a porta. Ativei um artefato que cria uma barreira à prova de som.

Lúcio: "Pronto, agora vamos conversar sobre aquilo. Seu Tião já contou sobre aquilo para o delegado?"

Todos ficaram um pouco relaxados mas ainda assim o clima estava bem pesado.

Renata: "Ainda não. Achamos que você deveria saber primeiro, caso o delegado não nos deixe te contar sobre aquilo."

Lúcio: "Então obrigado pela confiança. Agora me contem. Sou todo ouvidos!"

Seu Tião tirou uma caixa de um aliança no seu dedo indicador, provavelmente um artefato de armazenamento espacial. Ele abriu a caixa e dentro tinha uma escultura feita a partir de vários pedaços cinza escuros, com contornos vermelhos. A escultura parecia um coração humano, um pouco maior.

Lúcio: "Calma, os bandidos estavam atrás disso? Isso não é um Coração de Pedra? Os Astecas não usavam isso como método de tortura?"

Sr. Tião: "Sim, verdade. Fazendo um ritual, o Coração era absorvido pelo corpo da pobre alma e então ele se desmontava e remotava-se sobre o coração humano. Depois o coração era apertado e a pessoa morria.

Acontece que este não é um Coração de Pedra comum. Vê essas linhas vermelhas? O único artefato com essa aparência é a Faixa Vermelha de Quetzalcoatl."

Lúcio: "HEIN?!!? ISSO NÃO ERA UMA LENDA???? Esse artefato foi criado para dar um corpo para Quetzalcoatl, mas a Serpente Emplumada tem um corpo bem real!"

Seu Tião: "Exato. Do pouco que se sabe, as Faixas do Coração de Quetzalcoatl nunca conseguiram cumprir seu propósito, afinal Quetzalcoatl já tinha um corpo. Acontece que na verdade esse ritual foi criado pelos inimigos da Serpente para aprisiona-la em um corpo humano."

Lúcio: "Calma, tá querendo dizer que o tal chefe do Naldo é um desses inimigos? Mas isso significa que estão conspirando contra um dos Grandes Deuses. Como que você se envolveu nisso, Seu Tião?"

Seu Tião: "Alguns dias atrás, meu filho encontrou a Faixa Vermelha em uma de suas aventuras e o mandou para mim, pedindo que eu o escondesse. Na manhã seguinte, ele desapareceu. O chefe de Naldo descobriu que eu estava com a Faixa e me ameaçou. Isso aconteceu ontem. Hoje, quando estava indo embora para me esconder, descobri os planos de Naldo sobre invadir o restaurante para me ameaçar. Corri em direção ao restaurante e bem, nós já sabemos o resto da história."

Lúcio: "Isso é loucura. Esses caras estão mexendo com Quetzalcoatl. Vai ser a maior confusão. Tem mais alguma coisa?"

Seu Tião: "Sim. Descobri que um dos cabeças desse grupo é Catarina Izel."

Aquilo foi uma bomba para mim. Fiquei completamente pálido, enquanto eu juntava as peças desse mistério. Minha expressão foi piorando a ponto de deixar todos preocupados. Decidi contar sobre a encomenda de Dona Catarina e meus planos para atrasar a entrega.

Lúcio: "Algo não faz sentido: a família Izel é descendente dos líderes Astecas. Quetzalcoatl é seu deus. Por que iriam prejudicar seu protetor? A menos..."

Seu Tião: "A menos que eles queiram escravizar a Serpente e aumentar seu poder."

Lúcio: "Isso explicaria porque querem que eu faça o artefato. Mas, mesmo com as minhas habilidades, eu não sou capaz de criar um artefato capaz de selar um deus, mesmo que aprisionado. Por exemplo, o Caixão de Cronos. Ele só poderia se recuperar usando o Velocino de Ouro ou Elixir de Yggdrasil."

Seu Tião: "Não tenho idéia, mas também acho que é melhor atrasar a entrega do artefato."

Lúcio: "Sim. Bom, tenho que ir, preciso passar na delegacia. Até mais!"

Saí do restaurante e fui para a delegacia para prestar meu depoimento. Depois voltei para casa, às 20:00.

Quando cheguei na porta do meu apartamento, tinha uma caixa cúbica, de aproximadamente 1m de altura.

Lúcio: "De onde veio isso?"

Não havia remetente na caixa. Apenas meu endereço. Antes de tocar na caixa, usei um artefato para ver o que tinha dentro. Não era uma bomba, felizmente.

Mas era algo muito mais importante...

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{Notas do Autor}

TAN... TAN... TAAAAAAAAN!

*voz do narrador doas séries antigas* E AGORA? O QUE SERÁ QUE ESTÁ DENTRO DA CAIXA? SERÁ ALGO QUE MUDARÁ A VIDA DO NOSSO HERÓI LÚCIO? DESCUBRAM NO PRÓXIMO CAPÍTULO DE AUKHEMYA - DEUSES E ALQUIMIA!"

Obrigado a todos que estão acompanhando a novel. Até depois, galera!