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[ Nome: Cristal do Potencial ]
[Descrição:]
「 Material criado pela Deusa do Conhecimento e abençoado pelo Deus Supremo, capaz de reagir com as nuances da alma dos seres vivos sencientes, liberando a Luz do Potencial Oculto, que revela o ápice da capacidade de um ser. 」
[Raridade: SS]
[Resistência Mágica: ???]
[Resistência Física: ???]
[Capacidade Máxima Reação: ???/???]
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Essas haviam sido as informações vistas por Ben-Hur, instantes antes do Cristal explodir para todos os lados.
Pelo que ele havia visto, ficava bem claro que o Cristal explodiu por ter atingido um valor além da capacidade máxima de reação, o que basicamente significava o quão poderosa seria a reação com a Alma de um Ser.
Alguns poderiam não entender o que isso significava, nem Ben-Hur compreendia completamente, mas era bem simples, o Cristal reagia sempre com a mesma quantidade de Alma de cada pessoa, a questão era que algumas Almas eram como jogar água no fogo, outras como madeira seca e outras como palha seca.
No entanto, no caso de Ben-Hur, era como jogar palha embebida em puro álcool, criando uma explosão colossal de poder.
Em suma, seu potencial em muito superava todos os seres vivos até então.
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No outro dia, logo pela manhã, Ben-Hur saiu de seu quarto com um rosto de quem claramente não havia dormido muito tempo.
"Você está nervoso?..." Perguntou sua mãe, meio preocupada.
"Eu estou bem mãe, eu só estou animado para o primeiro dia de aula..." Disse Ben-Hur sorridente.
Sua irmã Lily o olhava com carinho, ela tinha apenas oito anos, mas ela agia como uma boa irmã mais velha, sempre cuidando de seu irmãozinho.
Adam entrou na cozinha correndo, claramente atrasado para o seu primeiro dia de trabalho.
"Amor eu estou indo! Crianças eu amo vocês!" Ele só pegou um pedaço de pão, beijou sua esposa e saiu correndo mordendo o pão desajeitadamente.
Sophie e as crianças riram, Adam sempre foi assim, perdido e imaturo.
O povo da aldeia até incomodava ele que só existia dois momentos na Vida de Adam que ele ficava sério, quando precisava proteger sua família ou quando estava caçando.
Em qualquer outro momento, ele claramente não tinha amadurecido muito.
Sophie o amava por causa desse jeito desastrado e brincalhão que ele possuía, mas também por ela saber que ele moveria céus e terra por ela e pelas crianças.
Adam tinha uns parafusos soltos, mas ele, com absoluta certeza, era um excelente pai e marido.
Sophie ainda se lembra do dia em que ele a ajudou.
Apesar de ela ainda achar que não era preciso.
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Era uma noite chuvosa, no centro de uma grande cidade, próxima dos territórios da Academia Continental.
O local era frequentado pela maioria dos estudantes quando tinham folga de suas atividades na Academia.
Sophie andava com um grande manto tentando escapar da pesada chuva que caia.
Ela então viu um pequeno restaurante e não pestanejou em entrar no local para comer algo quente e escapar dos fortes ventos e da chuva torrencial que caía do lado de fora.
Dentro do restaurante, não haviam muitas pessoas, mas o local era seco e quente.
No entanto, assim que ela sentou-se em sua cadeira, conseguiu apenas mover sua cabeça para o lado a tempo de desviar de uma faca que a ia atingir entre as sobrancelhas.
Ela rapidamente pegou seu cajado e entrou em posição de defesa.
"Eu devo dizer que a nossa sorte é colossal..." Disse o barman com um sorriso animado no rosto.
"Quem diria que o nosso alvo, entraria dentro de uma de nossos esconderijos no meio da noite..." Riu um outro homem.
Ela então viu uma pequena tatuagem nos pulsos de todos os que ali estavam, eles eram assassinos das Presas da Morte, um grupo conhecido por realizar assassinatos entre todos os níveis sociais.
"Nós estávamos planejando lhe matar amanhã, mas já que você teve a gentileza de vir até aqui, vamos lhe matar agora..." Todos rapidamente a atacaram, tentando a matar rapidamente.
Sophie já estava pensando em como reagir, ela era uma Maga, seus ataques eram poderosos, mas normalmente feitos em larga escala, lutar dentro de um restaurante fechado, claramente não estava em sua vantagem, já que ela seria atingida por seus próprios ataques.
Não era apenas isso, o restaurante ficava em uma área residencial, se ela lutasse, ela mataria diversas pessoas inocentes.
"Sinceramente, que tipo de homem ataca uma garota indefesa..." A voz de um rapaz soou nos ouvidos de todos os presentes.
Era Adam entrando pela porta da frente, com um olhar extremamente triunfante, o que deixava Sophie com uma vontade imensa de lhe dar um soco.
"Eu prefiro morrer, vai embora..." Disse Sophie, claramente indignada.
"Eu falei a mesma coisa quando você salvou Merlin e eu! Acha mesmo que vou te deixar morrer aqui e perder a chance de dizer para todo mundo que eu te salvei?! Hahahahaha!" Riu Adam de maneira triunfante.
Os assassinos se entreolharam, meio pasmos.
No entanto, eles rapidamente reagiram e dispararam contra os dois para os matar.
"Slash!"
Adam desapareceu e surgiu novamente ao lado de Sophie, sua espada lentamente voltada para dentro da bainha.
E então, dezenas de cabeças caíram no chão.
"Você sabe muito bem que eu não vou deixar você esquecer disso, né?..." Adam tinha um sorriso imenso em seu rosto.
"Hmpf... Eu te salvei primeiro e vocês estavam em dois, então eu que ganho..." Sophie pegou seu imenso manto e saiu, deixando Adam com as dezenas de cadáveres para trás.
Ele saiu correndo atrás dela.
"Espera aí, você vai me deixar limpar aquela bagunça sozinho..." – Adam.
"Ué, foi você que fez, sua mãe não lhe ensinou a limpar suas próprias bagunças?..." – Sophie.
"Quem falando, quando você teve que limpar alguma coisa?!" – Adam.
"E... Eu... Eu! Ahhhhhhh! Me deixa em paz!" Disse ela e saiu bufando indignada.
Adam riu e a alcançou no meio da chuva.
"O que você estava fazendo no meio da noite por esses lados?..." Adam perguntou curioso, como se a um instante atrás não tivesse enfurecido Sophie.
"E... Eu..." Ela falou algo, mas Adam claramente não entendeu.
"Fala mais alto..." – Adam.
"Eu...." Ele novamente não entendeu.
"Mais alto!" Gritou Adam.
"EU DORMI LENDO NA LIVRARIA!" Disse ela com todas as forças de seus pulmões.
"Hahahahahahahah!" Adam chorava de rir.
Sophie apressou o passo, mas Adam também o fez.
Ele claramente não a deixaria fugir sem a incomodar um pouco mais.
Enquanto isso, ao longe, um grande incêndio acontecia.
Adam, antes de sair, ateou fogo no restaurante, a chuva era forte e impediria que as chamas se espalhassem para as casas ao derredor e quando eles apagassem, os corpos provavelmente já estariam destruídos o suficiente para esconder qualquer evidência.
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Adam chegou no escritório de Merlin, ele começava hoje o seu trabalho como Guarda dentro da Academia Real.
"Atrasado como sempre..." Disse Merlin com um sorriso de derrota em direção ao seu amigo.
"Eu tentei..." Disse Adam com um olhar de derrota, como se tivesse travado uma gloriosa batalha contra o sono, mas perdido.
"Imagino..." Merlin disse com uma expressão debochada.
Adam apenas deu outra mordida no último pedaço do seu pão.
"A ideia é simples, você vai ficar de guarda no Portão de Entrada..." – Merlin.
"Certo, sem problemas… Estou indo!" – Adam.
Merlin nem teve tempo de falar qualquer outra coisa e Adam já tinha saído pela janela.
Ele então se dirigiu até o local, onde já havia um outro guarda o esperando.
E assim Adam começou seu primeiro e também último dia como guarda da Academia Real.