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Chapter 7 - Pelo Ódio: Tomei Uma Decisão

(Hospital Nova vida)

O dia amanheceu lentamente quando o canto dos pássaros começou a ser ouvido naquele dia frio de outono.

Ao redor do hospital, uma neblina densa era visível, uma vez que estava localizado em terreno elevado.

O som humano era quase inexistente.

Enquanto silhuetas distantes eram vistas no interior da neblina branca por todos os lados.

Mas mais especificamente em um dos inúmeros edifícios, em um dos inúmeros quartos, uma janela voltada para a névoa, inúmeras sombras negras eram visíveis ao redor daquele lugar.

O local estava completamente estático.

....

'' Uhn ... '' despertando gradualmente do mundo dos sonhos que existia por alguns momentos, meus olhos se fixam instantaneamente em Yuna, que estava dormindo enrolada em cima de mim.

Sentia seu calor através dos nossos corpos colados e de sua respiração calma em meu peito.

O seu calor aquecia-me...

Fui lentamente a retirando de cima de mim e a deixo em uma posição confortável ao meu lado..

Após isso, começo a esticar meus braços que estavam doloridos.

Inclinando-me contra a cabeceira da cama, descanso minha cabeça em cima de meus braços apoiados sob o joelho.

''Aah... Estou cansado...''

Viver se tornou tão estranho, o corpo não parece ser mais meu...

Os minutos foram passando enquanto eu apenas observava Yuna dormir...

Sua respiração suave... Seu longo cabelo bagunçado cobria seu rosto.

Naquele momento nenhum som saiu da minha boca ou qualquer movimento do meu corpo, eu apenas fiquei observando-a enquanto... relembrava...

Havia muito em que pensar, em minhas memórias existia uma vida inteira de lembranças para digerir...

É esse o preço de conhecer o futuro? Saber o que vou sofrer no futuro é amargo... Amargo saber que o que vivo é simplesmente uma ilusão e que um dia será destruído...

Amargo saber que fui fraco até a morte...

Amargo saber... Tantas coisas...

Tantos; arrependimentos.

'Difícil não se matar.'

''Haha....'' Uma fraca risada autodepreciativa acaba escapando...

'Já me arrependo de tantas coisas.'

'Mas...'

'Yuna não está morta.'

'Ainda não morta...'

'Ainda...' Minhas mãos se apertam inconscientemente com a lembrança tenebrosa.

'Yuna morrer...'

''....'' Minha respiração fica presa por um momento, meu dedo se enrola em uma mecha de seu cabelo enquanto meus olhos brilhavam com uma determinação formidável.

'Mas não dessa vez...! Vai ser diferente, eu juro não deixarei com que aquilo aconteça novamente!'

'Isso eu não vou deixar acontecer de novo.'

'Esse tipo de arrependimento...'

''E-eu... Não quero sofrer mais esse tipo de dor...''

'Não há...!'

'Não há possibilidade de eu aceitar esse tipo de futuro!'

.....

"Parabéns, você finalmente está livre para ir para casa." Em um consultório médico, a voz de um homem era dirigida às outras duas pessoas que o ouvia.

''Obrigado Daniel por cuidar do meu filho enquanto ele esteve aqui.'' A voz do homem que esteve ouvindo em silêncio até agora foi ouvida quando ele se levantou e estendeu a mão para um aperto de mão.

''Oh! nada, realmente agradeça a nossa equipe.'' Com sorrisos nos rostos, os dois se cumprimentam.

''Sim... Então vamos indo, Ren? Vamos?" O homem chama o filho que estava sentado ao seu lado com a cabeça abaixada e quando o menino ouve o pai chamá-lo, ele ergue a cabeça e olha diretamente para o pai com um sorriso no rosto.

''Claro pai, vamos para casa.'' O menino responde enquanto se levantava de seu assento.

''Vamos indo Daniel, passe lá em casa da próxima vez.'' Os dois, pai e filho, saíram do escritório, atravessaram os largos corredores, passaram pela recepção, entraram no amplo estacionamento e entraram no carro.

"Então filho, ansioso para voltar para casa?" O homem barbeado pergunta calmamente ao filho enquanto manobra o carro para sair do estacionamento.

''Claro, é a única coisa que eu mais quero agora.'' Diz o menino olhando pela janela as árvores que passavam.

''Sabe, filho...''

Após alguns minutos de viagem, o homem quebra repentinamente o silêncio que se forma.

''Quando soube por sua mãe que você tinha desmaiado naquele dia, fiquei louco de preocupação.'' Ele diz com olhos fixos na estrada.

''Todos estávamos... '' Seu aperto trêmulo no volante contradizia sua voz calma.

''Então você teve que ir para o hospital e depois então soubemos que você tem essa doença...'' Sua voz ia revelando lentamente suas verdadeiras emoções.

''Sabe, sua mãe não tem conseguido dormir bem desde o dia que você entrou na UTI...''

''Suas duas irmãs ficaram ainda piores'' Ele diz enquanto rapidamente passa a mão pelo rosto.

''Todos te amamos tanto...'' O carro estava cada vez indo mais rápido.

''Então no dia em que fomos visitá-lo e no momento em que sua mãe e eu soubemos por sua irmã que você havia acordado, um sentimento de pura alegria tomou conta de nós.''

''Mas... No momento em que percebemos que você não queria que a gente chegasse perto, meu peito ardeu. C-como se fôssemos uma praga...''

"F-filho..." Já não conseguia mais pronunciar suas palavras com clareza, as lágrimas mancharam o rosto do homem de aparência impressionante.

''E-e então suas próximas palavras, seus olhos me disseram, elas me apavoraram filho...''

''Naquela noite, um arrependimento me afogou... Condenei-me por não ter passado tempo suficiente com vocês, com você...''

''Mesmo com Daniel depois me dizendo que era possível acontecer, que tudo voltaria ao normal depois de alguns dias de convivência juntos, eu... ''

''Eu estava com medo que fosse tarde demais...''

"E-eu estava com medo de perder você, meu filho."

''Então naquele dia em que fomos visitá-lo e entramos em seu quarto e você correu para nos abraçar... N-naquele momento eu só...'''

''Ahh...'' Um suspiro escapa da boca do homem que parecia cansado.

''Eu só queria dizer que estamos felizes por você estar voltar para casa."

''Eu te amo filho.'' O homem parecia ter acabado de tirar um peso do coração e quando olha para o filho, o que vê o surpreende profundamente.

''....''

'Não...!'

'Não...!'

'É tarde demais...'

'Tarde demais...!'

'É tarde demais para você pensar em se desculpar...!'

'É tarde demais... Você deveria ter se desculpado antes de eu ter que cometer suicídio...! E mesmo se você tivesse se desculpado eu não teria aceitado!! Por que...!? V-você não tem mais esse direito de ser perdoado ...! Não existe mais perdão! É tarde demais...!!'

As lágrimas mancharam seu rosto enquanto seus soluços eram ouvidos pelo carro.

...

O carro parou em frente ao portão de uma casa de dois andares. Assim que o portão se abriu, o carro entrou na garagem.

*Crash!

O som de batida que o homem faz ao fechar a porta do carro reverte pela garagem enquanto ele caminha até a outra porta e a abre, revelando um menino de cabelos negros.

''Vamos, filho?'' Ele pergunta com um sorriso.

''....''

Quando ouço sua voz me chamando, saio de meu devaneio instantaneamente.

Saio do carro e começo a olhar para o lugar que parecia não ter estado há anos.

''Filho...!'' Minha mãe surge na entrada da garagem e vem me abraçar.

''Estou tão aliviada que você tenha finalmente voltado para casa...''

''....'' Enquanto minha mãe me abraçava, continuava a olhar para Olivia, que havia aparecido depois de minha mãe.

''Irmã, estou de volta.'' Digo enquanto me separava de minha mãe e caminhava em sua direção

''Sim... Bem-vindo de volta...'' Sua irmã seguiu seus movimentos e o abraçou e quando sentiu suas mãos em suas costas seu corpo estremeceu instantaneamente.

''Mãe... estou cansado, então agora estou indo tomar um banho.'' Digo para minha mãe ao soltar Olivia.

''Claro, filho.'' Diz meu pai enquanto tirava as malas do porta-malas do carro.

''Hum... Filho, você terá que usar o segundo banheiro porque sua irmã já está tomando banho no outro.

''Entendo... bem, sem problemas'' Digo ao entrar na casa que não entro há muito tempo

Caminhando pelo corredor, meu olhar pousa em um retrato em cima da estante com a foto de uma família sorrindo felizes.

''Hahaha...'' Olhando para o teto, seguro minha testa com as mãos para não rir.

''....''

.

Família é o caralho.

...

Eae pessoal ... Depois de dois dias escrevendo sem parar (com apenas uma mão), terminei este capítulo.

Sinceramente, em algumas partes deste capítulo houve picos de emoções e espero ter conseguido passar isso para vocês da mesma forma que imaginei... Bom ... ainda não espero muito, visto que sou iniciante nesse tipo de coisa

E com este capítulo finalmente poderei começar a passar os anos... (Até porque ninguém merece ler com um MC de 13 anos, certo?)

Também notei que há algumas pessoas enviando pedras de poder, embora eu não tenha enviado capítulos, para essas pessoas, só agradeço!