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Chapter 3 - Antes do começo, a raiva (parte 1)

— HAhaha!! — comecei a rir.

Haha! Como se alguém como eu tivesse direito à esperança, como se alguém como eu tivesse qualidades, como se alguém como eu tivesse porque viver, como se alguém como eu tivesse qualquer poder, como se, com se….

Você quer se vingar?

Essa mensagem aparece na minha frente, mas eu já não quero mais nada, eu apenas queria…

— Parece que seu olhar finalmente perdeu a cor completamente, para de querer ser forte e aguentar, aceite seu destino, irritante! Realmente me irrita quando insetos tentam fazer algo, seu esforço é inútil, aceite seu lugar, desista.

Dino me chuta muito forte, minha visão se embaça, sangue cobre minha visão, que fica vermelha, dor intensa, e a mensagem continua lá.

Você quer se vingar?

Eu posso te dar poder.

Apenas aceite.

Você quer poder não importa o preço?

— Como é o sentimento de perder sua esperança, nojento. — Nozomi diz.

Se vingue.

Me vingar, por que? O sentimento de ser traído, não o sentimento de ter suas esperanças traindo, isso é…

— Nozomi, você em algum momento me prometeu que me ajudaria? Não, né. Acho que eu criei expectativas idiotas, bem, só por curiosidade tudo que você disse era apenas atuação, né?

— Claro.

— Entendo, posso ir?

Me movo na direção da porta, enquanto ainda buscava uma forma de sobreviver sem grandes problemas, não tinha mais nada para fazer naquele lugar, não tinha mais nada…

— Claro que não!

Sou atingido novamente por um golpe forte, dessa vez não tem como, eu simplesmente não consigo mover nenhum músculo.

Você quer se vingar?

Eu posso te dar poder.

De novo essa oferta, que mensagem do além mais insistente, mas sabe por que eu me vingaria? Que valor ainda tem para continuar vivendo, a esse ponto eu já não tenho mais ao que me agarrar. Além do mais, não confio em menssagens sem precedentes, se quer negociar, então comce aparecendo maldito espirito!

Não, na verdade eu queria poder e vingança, mas o que mais me irritava sobre essa mensagem era o seu timing, agora! Você espera que eu aceite isso agora, além de me torturar por tanto tempo, o destino, o mundo das pessoas, só depois de já ter chegado ao fundo do poço você vai me oferecer poder? Não ria de mim, porra! Isso me irrita, mesmo assim...

— Você, por que protegeu esse broche? -- Dino perguntou

— Protegi?

Então eu notei, mesmo agora, ainda estava protegendo aquele precioso presente, meu corpo sem forças, ainda conseguia se mover de uma forma ou de outra, para o manter seguro, claro nada disso mudaria minha situação, eu apena agia assim por uma memória muscular, afinal sempre protegi muito essa pequena lembrança.

Felicidade, parece que nunca foi algo que eu fui permitido a ter, haha! Enquanto pensava naquilo, vi um longo cabelo preto parecer. Estava em uma sala com Dino e Nozomi, a porta dela estava entreaberta, me permitindo ver um pouco do corredor.

Uma garota de longos cabelos negors para para olhar por uns instantes, mas o ângulo não me permitia ver seu rosto, por isso em uma ilusão imaginei que fosse minha irmã, senti um minúsculo alívio… A garota fugiu o mais rápido possível, provavelmente não querendo se envolver, não era minha irmã obviamente, mesmo assim ver alguém tão parecido indo embora doia muito, por que ela tinha que passar pelo corredor bem agora? Por que tinha que...

— Me dê isso, me entregue esse broche e eu te deixo ir por hoje.

— ! — Me surpreendi quando Dino propôs isso do nada, cortando meus pensamentos.

— O que foi, não vai me dar? Irritante.

Outro chute, cuspo sangue, se já não conseguia reagir antes, agora não tinha mais o que eu pudesse fazer, nem sequer conseguia mais mover meus braços, eles estavam completamente quebrados.

Está com raiva?

Quanto mais vai conseguir aguentar essa dor

Haha!

Voz irritante, cale a boca! Estou tentando pensar! Claro, não havia solução, me sentia na beira, de … Dino arranca o broche de mim.

— Me dê logo essa merda!

— Não toque nisso! — gritei.

— Nossa que medo, estou sendo ameaçado por um fracote, conheça seu lugar.

— Me devolva isso, porra!

Pela primeira vez a raiva surge em mim com tanta força, existem coisas que eu não posso permitir, minha vida não tem qualquer valor, mas esse broche, aquelas palavras, não vou deixar ele simplesmente rir disso, não vou…

— Ouch!

— Fique no chão logo, lixo, por que você insiste em se agarrar a esse fio de esperança? Não entendo, não entendo, não entendo, a pena aceito seu lugar, apenas morra, morra, morra, MORRA.

— Por que minha existência te irrita tanto? -- perguntei;

— Porque eu te responderia, vou apenas quebrar essa sua última esperança, apenas…

— Pare!!!!

Se vingue

Tome do cálice da loucura

-- Você sabe, espirito irritante, aceitarei suas palavras, por isso fique a vontade para observar meu último ato. -- Disse apontando para um canto da sala, não tinha como eu conseguir localizar um espírito que nem Dino conseguia perceber, apenas chutei que aquele seria o melhor lugar para observar tudo e apostei, nesse caso a sorte pareceu me favorecer, pois...

-- Como você me encontrou? -- não é que ela se entregou por causa de um mero blefe.

-- Obrigado por aparecer, e tenha certeza de uma coisa, não vou te dar minha alma.

Nem olhei de novo para o rosto do espírito, não me importava nem um pouco mais, mas sabe, MAS SABE, já não conseguia ser racional, sentia a insanidade e raiva me corroer. Sou fraco, muito fraco, mas mesmo alguém como eu, pode lutar se estiver disposto a sacrificar sua vida.

Plantas azuis, similares a cipós começam a sair do meu corpo, isso é parte do meu poder como controlador, basicamente essa é a função da minha classe, criar tentáculos, cordas, ou algo do tipo que te permite… Na verdade não permitem nada, afinal essa é uma classe inútil, um lixo completo.

— Você está louco, lixo!

Fogo começa a sair do corpo de Dino, ele concentra isso na mão com o broche, o queimando completamente, nesse momento as mensagens na minha cabeça, ficam mais fortes.

Se vingue

Vai deixar as coisas assim?

Mesmo que tenha que sacrificar sua vida…

Sua vida nem importa

Mate eles

Mate eles

Cale a boca espírito irritante, eu não quero sua ajuda, pelo menos eu preciso lidar com essa última coisa sozinho, nessa minha vida inútil.

— Ahhhh! — grito do fundo da minha alma.

— O que está fazendo, louco! Ouch!

Chuto dino com todas as minhas forças para longe, usei magia para reforçar minhas pele e músculos ao máximo, por causa disso o impacto foi enorme. Minha perna foi destruída por dentro, ao ponto de se tornar um líquido, preso dentro da minha pele, a qual tinha reforçado com magia, um grande saco de sangue, ossos e músculos destruídos.

Logo em seguida o lugar ficou cheio das minhas vinhas, não me importava com e continuava fazendo o possível. Dinotebta queimar todas as vinhas, mas elas enchem tanto o quarto, que pode ser perigoso que ele se machuque, ou machuque a Nozomi ao fazer isso. Claro, isso ainda não é o suficiente para o derrotar, mas é tudo que eu posso fazer.

— Esse bastando, essa transformando a propria energia vital em mana, idiota inútil, apenas morra. — Dino grita.

— Cala a boca, você fala demais, não era você que queria que meu olhar perdesse completamente a cor, eu vou te mostrar como é um humano que não sonha mais.

— Saia!

Mesmo que eu não representasse uma ameaça real, por algum motivo nosso principezinho de merda começa a se afobar, o mesmo vale para Nozomi, que agora se esconde atrás dele. Vendo isso, tudo que eu sinto é um vazio, mas não importa, apenas sigo queimando minha energia vital.

Uma passo de cada vez, me aproximo daqueles dois, aquele ponto nada mais importava, meu corpo doía mais do que nunca, mas eu usava as vinhas, para mexer o meu corpo, como uma marionete.

Era um pouco engraçado, as minhas opções estavam completamente quebradas, de fato parecia uma marionete se movendo, afinal meu corpo estava completamente mole.

— Está na hora de acabar com as coisas para sempre loirinho, hoje será lembrado como o dia em que um prodígio foi infelizmente assassinado por um fracassado louco, haha! Até o fim serei odiado, até o fim ficarei no escuro, merda!

Raiva enchia meu peito, pensando que até o fim eu nunca poderia ver a luz, não é justo, não é justo, não é...