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Chapter 131 - A Guerra Pelo Sistema Vega (1/7).

(falar das roupas da Kori e dos outros.)

Assim como qualquer coisa conquistada e assimilada ao seu Império, o Mundo Natal da Cidadela, também não tinha um nome próprio, apenas uma denominação numérica, 00, mas no decorrer dos anos, esse planeta ganhou muitos nomes diferentes entre a maioria das raças desse setor, o mais conhecido e Mundo Fortaleza.

Esse foi um nome conquistado com louvor pela Cidadela, afinal, o planeta imenso de cor laranja graças as suas nuvens, parecia com certeza, uma fortaleza, afinal, todo o planeta é uma enorme fábrica que alimenta a máquina de guerra imperial, e não estou falando aqui apenas de equipamento, armas, transportes e qualquer outro tipo de produto semelhante, esse mundo também dá à luz aos soldados de todo o império, é aqui que eles são criados em laboratório e depois são treinados para em seguida entrar numa nave e espalhar o caos pelo Setor Vega.

Devido a sua importante, todo o planeta é muito bem defendido, mas não é só isso, antes havia duas luas na orbitando esse planeta, mas uma delas, a maior, foi destruída pela própria Cidadela, explodida de dentro para fora criando pedaços enormes de pedra que estão flutuando ao redor do planeta, em seguida, cada um desses pedaços foi escavado e transformado em bases espaciais, construções prateadas enormes e muito bem armadas.

Depois dessas construções a mais alguns satélites de tamanhos variados, tudo isso foi cercado por alguns planetas anões que também foram armados e estão presos artificialmente à gravidade do planeta o orbitando. O controle da Cidadela sobre esse mundo era tão grande, que eles poderiam escolher se a luz do único sol nesse sistema solar poderia tocar seu mundo, se eles não quisessem, só era mover um dos planetas anões o colocando na frente do sol.

Quanto ao sistema solar em que eles estão, não havia mais nenhum planeta, os que existiam antes foram destruídos criando um cinturão de asteroides gigantesco cercando o planeta a uma distância considerável, no meio desses cinturões de asteroides, que são a primeira linha de defesa, bombas, minas, naves não tripuladas e outras medidas não agradáveis para lidar com o inimigo, que graças aos satélites perturbadores de sinal, o inimigo não podia sair do hiperespaço depois do cinturão de asteroides.

Havia outras medidas defensivas que são um mistério para todos os outros que não fazem parte do Império, na verdade, apenas a AI líder desse povo e mundo, o Complexo-Complexo, tem todos os detalhes e controle.

Então, os inimigos chegaram.

Os Psions, junto dos traidores Gordanianos, Branx, que escolheram também trair a Cidadela e se juntar aos Psions, junto de outros pequenos aliados e algumas organizações criminosas, apareceram saindo de dez gigantescos túneis do hiperespaço próximos do sistema solar, eles eram milhares de frotas reunidas somando quase meio milhão de naves pequenas e grandes, era uma força considerável que colocaria muitos outros sistemas solares e setores desse universo de joelhos.

A batalha começou antes mesmo deles conseguirem entrar no sistema solar pelos sistemas automáticos escondidos dentro do cinturão de asteroides, mas eles tinham uma força imensa, e não demoraram mais do que algumas horas, no tempo terrestre, para limpar sua passagem e entrar no sistema solar com poucas baixas, só para serem atingidos por outra linha de defesa, e mais outra, e mais outra.

No final, demorou cinco dias terrestres para eles finalmente terem a chance de atacar o planeta natal da Cidadela, que estava mais do que prontos para isso, cercados não apenas pelas defesas, como também pelo poderio militar de trezentas mil naves.

A Cidadela, não aguardou atrás de suas defesas, em vez disso, avançou colocando exército contra exército, recebendo o primeiro grande ataque em vez dos seus inimigos ao fazer isso, deveria ter sido uma estratégia ruim, um erro grave, mas esses danos abriram espaço para os aliados, que começaram a surgir dos dois lados onde a batalha estava acontecendo entre o cinturão de asteroides e o planeta em si.

Assim que a batalha começou os bloqueadores foram cancelados, permitindo a chegada dos aliados nesse ponto, uma estrategia que já estava sendo esperado pelos Psions, que agiram com agilidade colocando seus aliados contra a Aliança e focando seu capacidade ofensiva apenas na Cidadela na sua frente.

Em segundos, a dimensão da batalha cresceu ao ponto de ser impossível diferenciar quem é aliado ou inimigo, Havia tantas naves pequenas voando para todas as direções possíveis, que vistas de longe, pareciam até formigas.

O General Ph'yzzon, líder supremo de todos os exércitos da Aliança, demostrou um controle do campo de batalha genial nos primeiros momentos, e com isso, conseguiu montar sua formação que se manteve contra o inimigo e também abria espaço para um contra-ataque, em poucos segundos desde o início da batalha em si, ele já tinha dado centenas de ordens diferentes movendo seus tropas de forma brilhante, claro, ele não estava sozinho, era impossível mover tantos sozinhos, por isso metade do seu contingente está sendo controlado diretamente pelo Senhor da Guerra de Okaara.

Os outros líderes da aliança também tinham seus próprios papéis, e estavam se movendo perfeitamente como uma máquina bem lubrificada.

Desde o início não houve espaço para grandes estratégias ou truques, uma batalha relativamente direta, o que deixou tudo no mesmo nível, com o lado da Aliança e da Cidadela, agora com a vantagem numérica, mas os Psions, e seus aliados, tinham o poder de fogo superior e começaram a usar suas armas de grande poder não ligando para o fogo amigo.

Agora todo o sistema solar vazio estava muito bem iluminado, e não apenas por conta das explosões das naves, mas sim do brilho das armas que tinham poder para destruir continentes sendo usadas casualmente, era uma visão tão terrível quanto bela se vista de longe.

Dezenas de vidas dos dois lados estavam sendo tiradas a cada segundo, pelo menos se parecia assim, e tudo isso em apenas vinte minutos terrestres de batalha, que de acordo as projeções dos dois lados, vai dura dias, mas havia outra forma de acabar com essa guerra, e essa missão estava nas mãos dos heróis.

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"Acho melhor mudar o local do segundo grupo." Comentou Kalista, bem do meu lado, olhando para minha obra.

Kalista e a Ravena, estão comigo dando uma última verificada na minha ideia, junto com todos os Ômega Man e meus amigos já prontos em posição na minha frente. Kalista, não entendeu muito bem meu feitiço, a magia que temos na Terra é muito diferente do planeta dela, que na minha opinião constitui na manipulação bruta da mana e suas propriedades mais básicas não manipuladas pelos feitiços, é de certa forma simples, mas muito poderoso se utilizado com maestria, mesmo não entendendo o quadro geral, Kalista, nos deu uma visão diferente o que ajudou bastante.

"Um ataque surpresa é sempre a melhor opção, se eles aparecerem muito distante do alvo, ele vai ter tempo para se preparar." Comentei sem tirar os olhos dos dois livros abertos flutuando na altura dos meus olhos.

"Sim, mas ela tem metal enésimo." Lembrou Kalista.

Eu tinha esquecido daquele machado ridículo.

Normalmente seria difícil colocar as mãos em tal metal com facilidade, os Thanagarianos e seu império tem um controle obsessivo com o metal, ao ponto de declarar guerra a planetas que adquiriram, seja de qualquer modo, uma certa quantidade do metal, mas estamos no Sistema Vega, lar dos sem lei de todo universo, é muito provável que a arma tenha vindo de algum contrabandista ou bandido Thanagariano que fugiu e se escondeu aqui, ou tenha vindo do tesouro de Tamaran, não importa, o metal tem a habilidade de negar magia, entre muitas outras.

"Ela está certa, seu feitiço tem uma ampla zona de influência, se de alguma forma ele for desequilibrado, mesmo que só um pouco, pode causar problemas." Comentou Ravena, flutuando no ar com os joelhos dobrados também olhando para os livros na minha frente. Segundos depois, sem dizer nada, ela levita uma caneta e altera uma palavra do meu feitiço.

"Tudo bem, então eles não vão aparecer na sala de controle, e sim na sala anterior a ela, mas sem eu lá, eles vão ter problemas para passar da porta."

Esse não é o momento para decidir o plano, isso já deveria ter sido feito há muito tempo, mas fiquei tanto tempo preso no meu quarto, mesmo tendo ajuda dessas duas, que deixei todo o planejamento para o Dick e o Primus, só que nenhum dos dois deve ter lembrado do machado da Blackfire, porque eles lembrariam? Magia é nosso assunto e não deles.

"Você lembra de como funciona a porta, a Starfire, pode derreter o mecanismo e a Kalista, abri a porta." Ravena, deu a ideia.

O metal daquela porta não vai derreter facilmente, mas tudo que a Starfire, precisa fazer é chegar ao mecanismo no centro dela, só alguns centímetros de metal vai ser fácil derreter, isso não é uma fraqueza, se ela tenta-se destruir o mecanismo, toda a porta travaria, depois disso, Kalista, vai ter que saber como o mecanismo funciona, e com minha ajuda, eles não vão demorar mais do que alguns minutos fazendo isso.

"Faça isso logo."

Virei minha cabeça para a Kalista, que está olhando para meus olhos, foi fácil então enviar para ela algo bem detalhado com minhas lembranças devido a minha memória perfeita, também enviei para ela tudo que o Dick, conseguiu me ensinar sobre abrir fechaduras naquele momento, tudo isso num segundo, depois disso, ela fechou os olhos digerindo essa informação enquanto a Ravena, avançou após voltar ao chão indo na direção dos nossos amigos e companheiros.

"Está tudo pronto, está na hora."

Ela estava certa, então dei mais uma olhada nos livros para em seguida os fazer desaparecer da minha frente revelando a visão de todos meus amigos e do resto dos Ômega Man, deitados no chão frio e vazio desse pequeno hangar, postos em posição que parecia uma bagunça vistos do ponto de vista que estou agora, mas se olhar de cima para baixo, vai perceber que eles formaram um símbolo ritualístico usando seus braços, pernas e corpos, mas o círculo ainda não está completo.

Kalista e Ravena, ficam em suas posições na ponta e depois olham para mim. Conjurei duas poções verdes e as fiz flutuar até as duas, que pegaram e beberem todo conteúdo num só gole, para em seguida, se abaixarem e moverem seus braços e pernas até ficarem em posição, completando assim o desenho.

"Boa sorte!" "Não faça besteira!"

As duas se despediram cada uma na sua forma única, caindo em sono logo em seguida.

Eles não estavam dormindo e nem em coma, seria melhor dizer que todos eles estão num estado de falsa morte graças à poção voodoo que preparei. Não é um veneno, mas deixa o corpo a um passo da real morte por alguns minutos, seu uso original é bastante ritualístico e bem amplo, usada para levar uma pessoa até o reino do Barão Samedi, o Loá dos Mortos.

Não sou idiota de mexer com um Loá, o poder deles pode ser muito menor do que um Deus Antigo, mas está muito acima de mim, não, o que quero é andar pelas dimensões até chegar no meu destino, e só a Morte, pode ir para qualquer lugar não importando a barreira, encantamento, magia ou poder que tem a coragem ou estupidez para tenta a impedir.

Só os mortos podem andar por esse caminho, mas toda regra tem sua exceção, e eu sou uma delas, por isso, esse plano pode dar certo, ou matar todo mundo, sem pressão.

Andei até ficar com meus pés quase tocando o meus amigos, e com um movimento do meu pulso, meu Ectoplasma cinza voou da minha mão na forma de uma corda em direção ao chão completando um círculo completo ao redor de todos aqueles quase mortos.

"Zagreu, acho que estamos prontos." Falei em voz alta enquanto olhava cada detalhe de novo para ter certeza.

{Estamos prontos.} Confirmou meu irmão, preso dentro da minha espada.

Só os mortos podem andar pelos caminhos da Morte, mas eles não estão tecnicamente mortos, por isso, tenho que abrir a porta a força. Tem o pequeno problema também deles estarem em seus corpos, mas isso é mais fácil de resolver.

Andei com cuidado para não pisar em ninguém até ficar no centro exato do desenho feito com partes dos corpos vivos, assim que fiquei em posição vestido como todo mundo pronto para batalha, as roupas não variaram muito, a Kori, conseguiu outra armadura com um núcleo de energia no centro do seu tronco, Ravena, está usando sua roupa antiga sem a penas, já que sua outra roupa queimou na missão passada, Dick, está vestido todo de preto e eu, estou com minha armadura recuperada da batalha anterior.

Antes de fazer qualquer coisa, deixo uma mensagem mental para a Kori, ela vai saber que deve abrir um buraco na porta de metal assim que acordar, também aviso da mudança de planos e do por que disso para a equipe que vai com ela.

Fecho meus olhos e me preparo mentalmente.

Depois de conversa com o Zagreu, chegamos à decisão que sou mais do que o suficiente para fazer a travesseia com meus amigos, por isso, não vamos fazer a união, em vez disso, meu meio-irmão divino vai ficar de olho em qualquer erro, o pouco de poder que ele tem, é mais do que o suficiente para cancelar tudo e nos salvar, afinal, ele também é filho do Submundo.

Sem hesitar, começo a falar o encantamento em voz baixa, e fios de ectoplasma finos cinza saem das minhas costas se conectando a cada um dos meus amigos no chão, a conexão e controle vieram imediatamente, em seguida, vem o preço.

Toda magia tem seu custo, seja pequeno ou grande, mas é sempre um custo justo. Na maioria dos meus feitiços, gasto minha mana, resistência ou até mesmo materiais raros, em alguns mais avançados, pago com dor física, esse feitiço vai ter um custo parecido, que só vai ser pago mais tarde.

E assim, com uma última frase do meu encantamento, lutando para ignorar a luz cinza emanando do chão que é visível até mesmo com meus olhos fechados, desaparecemos do hangar vazio do K'Norfka, que nesse momento está no meio da maior batalha desde sua criação.

Quando dou por mim, estou num lugar familiar, o mesmo lugar que não se parece com nada, ou melhor dizendo, um lugar sem nada, a Estrada Do Nada, o lugar entre a Vida e a Morte, o mesmo lugar que caminhei junto do Constantine e a Madame Xanadu, dessa vez, vim aqui com meu próprio poder, me deixo sentir orgulho disso.

Dei alguns passos pelo vazio e olhei para trás, havia algumas bolas de luz pequenas do tamanho de bolas de tênis, flutuando como orbes de luz ligados a fios de ectoplasma cinza seguradas por minha mão, eram meus amigos.

Assim que confiei que eles estavam bem, dei uma olhada na minha forma atual, um humanoide feito de pura escuridão iluminada por pequenos pontos dançando pelo meu corpo, estrelas, percebo, apenas uma forma conceitual de mim mesmo. Após ficar me admirando por algum tempo, num lugar que percebo não haver tempo, dei um passo à frente, chegando ao meu destino.

Diferente da minha primeira vez aqui, não precisei de um Fantasma para me guiar, e graças ao feitiço que usei, posso acessar alguns aspectos desse lugar para me ajudar, e os poderes únicos dos meus olhos, me permitiu chegar aqui tão facilmente sem cair em nenhuma armadilha ou dificuldade.

A Morte, está em todo lugar, ela é a mais rápida, vamos assim dizer, no seu reino não há distância. Meu passo, só foi um reflexo do costume de andar, um gatilho. De qualquer forma, separei alguns fios da minha mão, o primeiro grupo, e os soltei num lugar na minha frente, os fazendo voltar para o mundo real no local exato.

Dei mais um passo e já estava no segundo lugar, e sem precisar soltar meus amigos, voltei para o mundo real com eles.

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Diferente do esperado, eles não acordaram no meio dos inimigos completamente surpreendidos, zonzos ou lentos, como é comum acontecer logo após se acordar, não, eles não acordaram, em vez disso, seria melhor dizer que eles ressuscitaram, seus corpos estavam tomados de energia e quase até mesmo eufóricos, mesmo assim, faria sentido eles estarem em desvantagem aparecendo bem no meio do seu inimigo, mesmo com o elemento surpresa do seu lado, mas é claro que seu companheiro, também pensou nisso e tomou providências.

Esse grupo apareceu no meio de um corredor enorme e familiar, o mesmo corredor que eles atravessaram sobre fogo para chegar à sala de comando da nave mãe da Cidadela, onde caíram numa bela armadilha. Todos já estavam em pé e armados, e para sua surpresa, o tempo ao seu redor estava, lento, quase parado, o motivo disso, é que por que assim que eles voltaram para o mundo normal, uma pequena brecha ficou aberta, deixando um pouco da dimensão da Morte vazar para a real, e o que é o tempo, diante da Morte?

Claro que eles não podiam se mover também, mas sua percepção não estava lenta como tudo ao seu redor, por isso eles tiveram alguns segundos para se acalmarem e pensarem na sua próxima ação os permitindo agir assim que o efeito acabou de forma bem organizada.

Assim que o tempo voltou ao seu normal, Starfire, abriu os braços disparando dois Starbolts contra os guardas Gordanianos no local, que foram jogados na direção da parede enquanto ela movia seus braços para frente, criando duas linhas de fogo com seus feixes cortando a parede na sua frente até os dois se juntarem, ficando assim concentrados no centro da porta imensa que leva ao seu destino e objetivo.

As rajadas estavam em tal intensidade, que o ar ficou quente e as faíscas voaram para todo lado iluminando a sala, Starfire, estava dando tudo de si com seus cabelos brilhando e uma fúria anormal no olhar luminoso gritando, enquanto colocava mais e mais força nos seus disparos.

"Primus, a esquerda!" Avisou Alisand'r, armada com uma espada e pistola de energia atirando para esquerda e direita matando os poucos guardas Gordanianos no local.

Como as defesas do local ainda não foram totalmente consertadas, e eles simplesmente, do ponto de vista inimigo, apareceram na sua nave mais do que fortificada no meio de um campo de batalha espacial, o inimigo não estava pronto para nada, e acabaram tendo uma força decorativa de defesa nesse local que foi facilmente derrotada.

"Starfire, já está bom!" Gritou Dick, colocando o braço em cima do ombro da sua amante, a fazendo finalmente parar seu ataque.

Não houve problemas em separar os dois grupos, mas o Primus, levantou um bom ponto, afinal, eles teriam dois líderes num mesmo grupo, mas Dick, ouviu seu coração em vez de sua cabeça, e acabou escolhendo ir com a Kori.

Como dito, não houve problemas, na mente de todos, Kírix, é mais do que competente para comandar, e mesmo o seu grupo estando com menos um, sua força bruta era maior do que o primeiro grupo.

"Eu já posso ver o mecanismo." Avisou Kalista, se aproximando um pouco da porta, mas ela não conseguiu chegar perto dos últimos três metros de distância, já que agora a um buraco circula no centro da porta com metal derretido, que continua caindo no chão e escorrendo pela porta.

Mesmo longe, Kalista, levantou sua mão criando alguns fios azuis com sua mana, fios que voaram dos seus dedos até o mecanismo.

"Clak!"

A porta estalou e começou a abrir lentamente.

Trinta segundos, foi o tempo que eles aparecerem, lidaram com os guarda e abrirem as portas, até agora, tudo está acontecendo perfeitamente.

Antes mesmo da porta abrir completamente, eles entraram passando pela pequena abertura dando de cara com a sala de comando restaurada, muito semelhante a que eles destruíram na sua última missão, só que agora, havia uma cabeça presa em cima do trono na plataforma onde a Starfire, está sentada.

A visão da cabeça parcialmente destruída da Galateia, deixou todos enfurecidos, e o ar ficou mais quente com a fúria da Starfire, saindo de controle mais uma vez.

"Não." Pediu Dick, colocando sua mão mais uma vez em cima do ombro dela, ignorando a queimadura que isso causou na sua palma.

"E mais uma vez um bando de tolos vem para me matar." Comentou Blackfire, se levantando do seu trono vestida dessa vez para batalha, com um traje colado ao seu corpo negro sem quase nenhum detalhe, a única coisa vistosa na Princesa Komand'r agora, é uma tiara prateada com uma joia vermelha no seu centro, uma coroa que ela fez para si mesma.

"Realmente irmã, isso está ficando ridículo." Komand'r, voltou a falar pegando agora um machado do lado do seu trono o segurando com apenas uma mão.

"Komand'r, isso tem que acabar, e eu vou fazer isso acabar!" Gritou Starfire.

{Tem algo errado, não sinto nenhuma mente Gordaniana ao nosso redor, e a Princesa Komand'r, está como sempre protegida.} Primus, usou sua telepatia para avisar a todos.

"Verdade, isso vai acabar, minha Irmã Usurpadora, vai acabar com minha vitória, como sempre."

Komand'r, começou a descer lentamente pelos degraus, sem nenhum medo ou surpresa, o que os deixou um pouco mais apreensivos.

"Não deixem ela os enganar, a pegamos de surpresa dessa vez!" Avisou Dick, ele analisou os sinais, Blackfire, estava surpresa, apenas escondendo isso muito bem.

"Sim, é claro que eu sabia que vocês iriam tentar algo idiota assim mais uma vez, mas devo os parabenizar, não faço ideia do método que vocês usaram para atravessar minhas novas surpresas e chegar aqui tão rápido, mas bem, não importa, vou matar minha curiosidade assim que essa confusão acabar."

Todos começaram a se afastar um pouco para os lados, sua intenção é simples, atacar ao mesmo tempo a Blackfire, deixando a Starfire, no centro, flutuando alguns centímetros no ar com seus cabelos em chamas flutuando ao vento parecendo agora uma divindade furiosa.

Só que essa fúria toda também é parte do show, um espetáculo que Starfire, não está se esforçando muito para atuar, chamar atenção para ela é seu objetivo, que estava sendo muito bem utilizado enquanto Dick, fazia o que foi treinado a fazer, ficando invisível em plena vista e lentamente se aproximando de outro local para realizar outra parte do plano.

Enquanto isso, a Princesa Komand'r, desceu finalmente o último degrau, ficando apenas quatro metros de distância da sua irmã furiosa ainda sorrindo.

"Você é uma estraga prazeres como sempre irmã, pulou todas minhas surpresas para você e chegou aqui, com certeza, animada para ter a maior delas primeiro!"

Esperando sua deixa, a sala de comando mudou, mas dessa vez não foram Gordanianos que entraram para lutar contra eles, e sim capsulas que se ergueram do chão lentamente ao redor deles, eram oito no total, prateadas, brilhantes e lisas do mesmo tamanho, esse é o trunfo da Princesa Komand'r, e como sempre, ela não decepcionou.

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Diferente da nave mãe da Cidadela que invadimos da última vez, não conheço nada sobre a organização da nave Arca dos Psions, ainda bem que meu estado anterior também meu deu um certo tipo de GPS instintivo, e foi graças a isso que consegui encontrar tão facilmente meu alvo, mas mesmo o encontrando, ainda tive que decidir onde aparecer, o local que escolhi pareci ser um dos uniremos laboratórios que essa Arca tem.

O que chamou atenção primeiro, assim que surgimos num tempo alterado para todos menos para nossa percepção, foi o cheiro forte de álcool e produtos de limpeza, parecia até mesmo que alguém deu banho nas paredes com isso, ainda bem que estava com meus sentidos controlados, mesmo assim, me deixou desconfortável, mas o cheiro não era a cereja do bolo, a cereja são as partes de corpos postas em todo lugar ao nosso redor dentro de jarros sofisticados, cheios de um líquido transparente, e não estou falando apenas de órgãos, havia também membros, troncos e cabeças de pelo menos dez raças diferentes, tive que parar de contar, fiquei enojado.

Não estávamos sozinhos, havia Psions no lugar, eles foram a primeira raça alien que encontrei, lagartos pequenos, curvados vestidos com roupas que pareciam jalecos medidos segurando aparelhos ou realizando um tipo de pesquisa sentados em cadeiras de frente para aparelhos, ou telas holográficas, esse é um laboratório de pesquisa estéril, então não havia armas ou guardas no local.

Assim que o tempo voltou ao seu normal, Raven, foi quem atacou primeiro, flutuando um metro acima do chão e abrindo seus braços usando sua telecinese como uma onda de choque explodindo no centro da sala.

"VRUUMUMUMU!"

Mesas, aparelhos variados, jarras cheias de partes de corpos e os Psions, foram jogados violentamente contra as paredes, criando uma bagunça imensa, mas deixando o caminho livre no centro, foi tão rápido, que eles nem conseguiram gritar de susto.

"Eles continuam tão desagradáveis quanto me lembro!" Rugiu Charis-Nar, se levantando atrás de nós como uma pequena montanha de músculos, olhando com nojo para o conteúdo dos fracos quebrados no chão.

"Experimente ter meu nariz!" Rugiu Felicity, cobrindo seu rosto com a mão, de todos aqui, ela é a única que entende o que posso também estar passando, mas diferente dela, tenho controle sobre meus sentidos.

"Raven, o que você acha?" Perguntei retirando minha espada e escudo das costas.

A Arca é uma nave enorme, felizmente, conseguimos graças aos cientistas, saber qual é a chefe entre as três, porque se tivéssemos que procurar uma por uma, levaríamos dias para destruir as três. De qualquer forma, mirei nossa chegada na parte de baixo dela, nosso objetivo é explodir tudo e também desativar completamente as Quimeras, então deveria ser um caminho reto até o núcleo de energia da nave e subindo até onde fica a "antena biológica".

Minha amiga, com o rosto quase que coberto por seu capuz, fechou os olhos e levantou a cabeça, olhando para o teto em silêncio por alguns segundos, até fazer uma careta de desgosto, o que me pegou de surpresa. É muito raro ela demonstrar emoções fortes, mais raro ainda é seu rosto demonstrar o que ela está sentido tão claramente.

"Sei onde podemos encontrar o que procuramos, mas você não vai gostar." Ela me avisou, abaixando a cabeça e abrindo os olhos.

"Não estou gostando de nada dessa aventura desde que entramos nesse setor, para onde temos que ir?" Perguntei.

"Em frente." Respondeu minha amiga.

"Então, deixem que eu faço minha parte!" Gritou Charis-Nar, tomando a frente do grupo, e já que não adianta ir com calma, não temos tempo para isso, ele realmente fez seu trabalho.

"Haaaa!"

Com um grito, Charis-Nar, se projetou para frente com o corpo abaixado, atingindo a porta dupla do laboratório a arrancando da parede e jogando suas duas metades na outra sala, mas ele não parou seu avanço, como uma força imparável, ele continuou abrindo caminho até sair da nossa visão.

Um segundo depois, avançamos o seguindo por salas e outros laboratórios, não havia guardas, mas muitos Psions, foram atingidos e estavam gritando de dor, espalhados no chão com membros quebrados ou presos debaixo de alguns escombros.

Passamos duas salas até chegar numa sala esférica enorme com uma ponte suspensa ligando os dois lados, havia várias capsulas prateadas ao nosso redor, uma abaixo da outra, e no teto, bocas de túneis gigantes abaixo das capsulas, pareciam silos de mísseis, as capsulas são Quimeras dormentes.

"Devem ter milhares aqui!" Gritou Felicity, correndo atrás nós.

Só algumas delas são o bastante para dizimar um mundo, o que milhares podem fazer?

Não tive tempo de pensar nessa questão, Raven, gritou uima direção fazendo nosso amigo Charis-Nar, tomar outro caminho.

Finalmente encontramos um Psion armado com apenas uma pistola que ele apontou para o lado do Charis-Nar, que acabou de virar para direita, antes dele disparar, Raven, o acertou de longe com um pedaço de metal na cabeça o derrubando, atrás dele outro guarda apareceu, esse foi atingido pela Felicity, que atirou uma pequena adaga atingido o seu ombro no braço que ele estava segurando a arma, não era uma adaga comum, o guarda caio de costas só por isso, veneno talvez.

"Só mais uma vez para esquerda!" Ordenou Raven, flutuando atrás de nós.

Charis-Nar, foi para esquerda, derrubando outras portas dupla parando no meio de outra sala. Dois Psions, não deram sorte, eles estavam bem atrás das portas quando elas caíram sobre eles, pelo menos eles continuam vivos.

"É aqui?" Perguntou nosso tanque.

"Mais à frente." Falou Raven, entrando na sala que estava vazia no guiando para uma pequena porta a direita.

Raven, abriu essa ultima porta com um movimento de sua mão, a sala de inicio estava escura, mas as luzes se acenderam assim que ela deu o primeiro passo para dentro, entrei em seguida, e quando ela saio da minha frente, dei uma boa olhada no que viemos buscar.

"Não gosto desse plano!" Falei rispidamente olhando para o Lobo, preso contra a parede.

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