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Chapter 83 - Paraiso Perdido (6/7).

"TRUMMMMM!"

A Casa tremeu e chacoalhou enquanto dava algo parecido com um grito de dor usando sua linguagem única.

"O que está acontecendo?" Perguntou Zatanna, a única com força o bastante além de mim para se levantar do chão na frente da entrada da casa.

Antes de responder, fiz a Casa mudar de lugar de novo, dessa vez para o outro lado do mundo.

"TRUMMMMM!"

Mais um ataque, dessa vez foi pior, o grito de dor mais alto é prova disso.

"DIO!?" Gritou Zatanna.

"É o Ares, ele está nos seguindo e atacando a casa!" Gritei para ela, concentrado apenas na conexão que tenho com a Casa, mas sendo completamente inútil para dar a ela uma ajuda seria.

"TRUMMMMM!"

Outro destino, outro golpe e logo em seguida um grito de dor, dessa vez movi a Casa para o meio do deserto, não importa, Ares parece um cão de caça depois de pegar um cheiro.

Mais um destino.

"TRUMMMMM!"

O ataque dessa vez rompeu as defesas da casa, um buraco foi aberto no telhado na nossa frente, e dessa pequena frecha, um feixe de energia vermelho como fogo do tamanho de uma moeda atravessou atingindo o ombro da Zatanna, que estava do meu lado.

"HAAAAAAAAAA!"

Ela gritou e caio no chão se contorcendo de dor, enquanto a Casa se movia mais uma vez.

"Dio, leve a Casa para um local segurou, agora!" Falou Raven, já um pouco melhor, mas ainda no chão.

Falar é fácil, nenhum lugar no mundo é seguro.

Sim, então vamos para outro lugar.

A Casa se moveu mais uma vez, e pelos segundos que se passaram depois disso esperei mais um ataque junto do grito de dor, um minuto depois, ainda fiquei esperando.

Demorou um pouco para a adrenalina baixar e eu finalmente voltar ao meu controle habitual, agora tenho certeza que finalmente escapamos.

"Estamos bem." Falei as boas notícias, deixando todo o cansaço tomar finalmente o meu corpo caindo de bunda no chão do lado da Raven.

Eu gostaria de ficar mais algum tempo assim, apenas descansado, talvez tomar um banho e depois comer algo bem gorduroso até cair de sono na frente da TV, mas não, temos feridos para cuidar.

"Ravena, você pode cuidar das duas? Vou cuidar da Zatanna." Falei para ela fazendo força para levantar, quase que me arrastando até a Zatanna, que está segurando seu ombro sangrando se debatendo no chão.

"Como você está?" Fiz essa pergunta idiota para ela virando seu corpo a deixando parada com as costas no chão.

"Como você acha?" Perguntou Zatanna sarcasticamente, não me incomodei, ter um buraco no seu ombro dá uma certa liberdade para ser grosso.

"Pode usar sua magia para se curar?" Perguntei para ela.

"Não, estou esgotada." Bem, isso também não é inesperado.

Sem dizer mais nada, usei um pouco do que restou da minha mana para conjurar minha velha caixa de remédios. Rapidamente, peguei dentro dela um pequeno frasco vermelho, o dando para Zatanna, que o bebeu sem fazer nenhuma cerimônia.

"Shiffff!"

A poção teve efeito imediato, o local do ferimento está agora soltando fumaça e fazendo um barulho estranho, bons sinais ao se usar poções mágicas de cura.

"Tome mais dois, seu ferimento é grave." Segurei mais dois fracos os dando para ela.

"Não, preciso ficar acordada, isso ainda não acabou."

Tomar muitas poções medicinais faz com que seu corpo entre em sono profundo, esse é um efeito comum para recarregar as energias gastas durante a cura.

"Zé, você não vai ajudar em nada do jeito que está, tome as poções." Dei mais uma vez para ela, que finalmente aceitou as bebendo e jogando os frascos vazios no chão, segundos depois, ela fechou os olhos no chão caindo em sono profundo.

Depois a levo para cama, agora tenho mais duas para cuidar.

"Diana, você está bem?" Perguntei para Diana, que está no chão do lado do corpo da sua mãe, ainda inconsciente, Ravena está do seu lado, ajudando ela a se sentar no chão.

"Estou Dio, só preciso de mais alguns minutos." Falou ela sem tirar os olhos da mãe.

A espada foi arrancada do corpo dela pela Ravena, e está agora manchada de sangue no chão do lado delas, a armadura da Diana também está manchada com seu próprio sangue, mas a cura natural dela é bastante poderosa, tenho certeza que o ferimento já se fechou.

Com mais um feitiço simples, limpei todo o sangue do corpo dela, da espada e do chão também, só que sua preocupação com a mãe é tão grande, que ela nem mesmo percebeu.

"Dio, onde estamos?" Perguntou Ravena.

Abaixei-me e segurei seu braço gentilmente ajudando-a levantar.

"Parecia que ele ir nos seguir pelo planeta inteiro e fora dele também, então escolhi o único lugar aonde eu já estive que ele não teria coragem de entrar." Contei para ela a guiando até a entrada.

A porta se abriu sozinha, revelando uma planície tomada vegetação selvagem na altura da minha cintura, mas essa não era a Terra, para perceber, isso tudo que precisamos fazer é olhar para o céu escuro e os três planetas próximos um do outro quase que se tocando, tão próximos, que seria impossível isso acontecer na realidade em que a Terra está.

"Ravena, bem-vinda ao Sonhar."

Sim, o Sonhar, o lugar guardado pelo um dos Endless, uma entidade acima dos deuses em poder, ainda mais nos seus próprios reinos, não, nem mesmo o Ares é idiota o bastante para tentar nos seguir até aqui.

"Você já me falou desse lugar, mas ele parece tão, real." Comentou ela.

"É por que viemos com nossos corpos físicos, esse reino está compensando esse fato para nós, se alterando e mudando a nossa percepção para algo parecido com a realidade, mas não se engane, estamos no Sonhar."

Para provar esse ponto, levantei minha mão e dobrei o Sonhar para criar uma pequena maçã vermelha em cima da minha palma, Ravena, curiosa com isso a pegou e passou analisar a simples maça vermelha brilhante.

Depois da minha pequena aventura aqui, sempre que tive algum tempo vim visitar o local com a Casa, a ideia de usar o Sonhar como um Laboratório para testar minhas ideias mais loucas sem precisar gastar uma quantidade ridícula de materiais ainda é bastante atraente para mim, mas depois do tempo que passei aqui, tudo que consegui até agora foi recriar pequenas coisas manipulando esse reino, nada muito complicado, mas ainda não desisti.

"Vou dar uma olhada nos danos que a Casa sofreu." A deixei com sua maça, e fui ver o dano sofrido pela casa me afastando um pouco dela para ter uma visão mais ampla.

"Não está tão ruim." Falei em voz alta, mas não para mim, e sim para a Casa, que está enviando mensagens bem preocupada com seus ferimentos, acho que faz muito, muito tempo desde que ela foi ferida.

Toda lateral esquerda da casa está manchada de cinzas negras, várias telhas foram quebradas e a madeira em vários pontos está rachadas, haviam também algumas quebradas, mas nenhuma ao ponto de cair para fora, também temos pequenos buracos do tamanho de moedas espalhados aqui e a ali, foi por um deles que a Zatanna, foi ferida.

"Eu realmente sinto muito, isso foi minha culpa." Peço sinceramente desculpas para a Casa.

No momento em que o Ares, começou atacar a Casa, eu deveria a mover para o chão e a deixar lá, subindo todas as defesas, com isso, duvido que ele conseguiria a deixar nesse estado se o fizesse, mas naquele momento, com meu coração batendo e totalmente louco com a adrenalina, tudo que pensei foi em fugir movendo a casa, foi durante esse movimento que ela se tornou mais vulnerável.

Ela vai se reparar sozinha é claro, mas a Casa, é um ser vivo, e não posso a tratar como um simples objeto.

Para minhas desculpas, a Casa se comunicou comigo mais uma vez, no mesmo idioma único dela, que não usa palavras, mas que não deixa de ser infinitamente complexo, depois de tantos tempos juntos, a mensagem vem bem claramente para mim.

Ela aceitou minhas desculpas, e até garantiu que era o dever dela proteger seu ocupante.

"Obrigado, mas garanto a você, vou dar o troco no idiota do Ares." Falei para ela com certeza na minha voz.

Não só pela Casa, mas também pela surra que levei nas suas mãos.

Quando essa conversa acabou, Ravena finalmente cansou de olhar para a maça, e saio para olhar o mundo ao seu redor, passando a mãos pela vegetação alta as sentindo, talvez ainda tentando diferenciar se isso era real ou não.

"Oh, você voltou, já faz um tempo!" Um corvo falante de olhos vermelhos voando sozinho no céu desceu batendo suas asas até pousar no meu ombro.

"Matthew, já faz um tempo." Cumprimentei meu amigo do Sonhar.

"Você parece está se divertindo como sempre." Falou ele olhando para o estado da minha Casa.

"Dio?" Ravena, olhou confusa para o corvo.

"Raven, e esse é o Matthew, já falei sobre ele para você, o companheiro viajante do próprio Morfeu."

Com o poder de voar para qualquer lugar do Sonhar e senti suas mudanças, Matthew sempre me encontra assim que entro nessa realidade na forma física, acabamos virando amigos durante esses encontros.

"Prazer em conhecê-la, Raven!" Cumprimentou ele batendo as assas animadamente.

Ravena, também fez um pequeno sinal com a cabeça, olhando ainda surpresa para o corvo no meu ombro.

"Como vão às coisas aqui Matthew?" Perguntei olhando ao redor.

Nunca tive muito controle onde a Casa aparecia no Sonhar, já que esse reino não tem uma forma sólida, uma vez acabei caindo bem no meio de um pesadelo estilo apocalipse zumbi, não foi nada agradável.

"Você deu sorte dessa vez Dio, acabou pousando num bom e tranquilo sonho, acho que sua pequena fuga não deixou o Senhor com raiva."

"Ares realmente tentou vir até nós aqui?" Perguntei surpreso.

Achei que ele nem mesmo tentaria.

"Vamos dizer que ele colocou apenas um pé aqui antes de receber um pequeno aviso do Senhor."

"Peça desculpa assim que puder em meu nome para ele por favor, eu estava realmente desesperado no momento."

"Não fique preocupado, ninguém gostado do Ares, e quando eu digo ninguém, estou dizendo literalmente ninguém, aquele idiota também tentou se aproveitar de um dos irmãos do Senhor antes, não deu muito certo."

Agradeço imensamente aos deuses pela incrível habilidade do Ares, de fazer inimigos.

"Dio, Raven!" Diana grita dentro da Casa nos chamando.

Com o corvo ainda no meu ombro, entramos mais uma vez na casa só para ver a Diana, ainda no mesmo lugar na frente, agora com a Rainha acordada sentada do seu lado com a mão na cabeça parecendo meio confusa.

"O sangue, o sangue…" Murmurou ela para Diana.

"Lamento mãe, falhei com nossa casa, agora todas nossas irmãs estão em perigo." Falou Diana, abaixando sua cabeça em desculpas, não para sua mãe, e sim para sua rainha.

"Aviso, aviso…!" Falou a Rainha mais uma vez, agora com mais presa e medo em sua voz.

"Dio, temos que avisar nossas irmãs, mova a casa!" Gritou ela olhando para mim.

Sim, ótima hora para as notícias ruins.

"Não posso Diana, a Casa não vai se mover por, pelo menos, duas horas."

O autocontrole da Diana se ativou mais uma vez, qualquer receberia gritos e mais gritos por conta dessa notícia e do medo da sua casa ser atacada, mas ela não, o máximo de falta de controle que ela se permitiu foi morder seu lábio.

"A Casa entrou no modo de reparo e está quase dormente, e a outra que poderia criar um portal para fora desse reino é a Zatanna, está desacordada e quase completamente esgotada." Expliquei melhor uma das desvantagens de entrar nesse reino num corpo físico.

"Eu posso tentar abrir um portal." Ravena falou.

"Não, você está também esgotada Raven, mesmo que você consiga, não vai ser de ajuda nenhuma na próxima batalha, e todos os deuses sabem que vamos precisar de muito ajuda."

"Temos que as avisar de alguma forma!" Pediu Diana.

"Eu posso fazer isso." Falou o corvo no meu ombro.

"Os sonhos?" Perguntei olhando para ele já entendendo aonde isso vai dar.

"Sim, tudo que tenho que fazer é visitar os sonhos do máximo de amazonas que eu encontrar e contar para elas, isso vai dar certo?"

"Temos tempo para isso? Ares agora correndo na direção da Ilha." Perguntou Ravena.

"O tempo aqui corre de forma diferente, quando falei duas horas, quis dizer no tempo da Terra, aqui vai se passar seis ou oito horas, Matthew é ótimo no que faz, e o Ares pode demorar um pouco para derrubar as defesas da Ilha, dando tempo para as Amazonas montarem uma defesa." Contei as boas notícias.

"Isso é bom, mas nenhuma defesa montada pelas minhas irmãs vai durar contra o Deus da Guerra."

"Elas só precisam se manter até nos chegarmos, sei que isso não vai ser fácil ou bonito, mas é que temos por enquanto." Mais notícias ruins.

"As amazonas vão aceitar as palavras de um Corvo? Sem ofensa, mas as amazonas são muito desconfiadas com tudo que a do lado de fora do mundo delas." Lembrou Ravena.

"Matthew, você pode assumir a forma da Rainha para fazer isso?" Perguntei esperançoso.

"Isso é fácil." Falou ele no meu ombro.

"Diana, você agora tem que dizer uma mensagem para Matthew repassar, tem que ser algo que apenas sua Rainha e mãe falaria, algo que eles não poderiam negar ou desconfiar." Falei com ela.

"Eu tenho uma ideia." Falou ela para mim e depois olhou para o corvo negro.

"Eu vou fazer isso agora!" Matthew, entendendo a urgência da situação depois de escutar a mensagem, que era apenas alguns códigos colocados numa frase simples, voou do meu ombro até a porta aberta desaparecendo no ar logo depois.

"Ravena, leve a Rainha Hipólita para uma das camas lá em cima, vou fazer o mesmo com a Zatanna, sei que isso não vai ajudar em anda acalmar seus nervos, mas, pelo menos, elas vão ficar mais confortáveis."

Ravena e eu movemos as duas para os quartos aonde ela e a Kori ficaram durante sua curta estadia na minha casa durante nossa viagem ao Submundo, depois disso voltamos para a sala, aonde encontramos Diana, sentada próxima da fogueira agora apagada no centro da minha sala.

Não preciso ser um empata para saber o que ela está sentindo agora, por isso sem dizer uma palavra, me sentei do seu lado e a Ravena na nossa frente.

Conjurei uma garrafa de vinho mágico com três taças, a mais forte que eu tinha. Abri o vinho e o servi para nós três, Diana pegou sua taça a bebendo num só gole para depois pegar a garrafa.

Peguei mais duas garrafas de vinho as colocando do meu lado.

Vão ser longas, longas, duas horas de espera.

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O iate de luxo estava parado, e próximo da sua proa, duas pessoas estão olhando para oceano azul na sua frente com emoções muito diferentes, mas com apenas um objetivo para realizar as duas.

"Por que você a deixou vida?" Perguntou Verônica Cale, olhando para a Starfire, deitada no chão não muito longe dela.

Verônica, mudou suas roupas e agora está vestindo um terno feminino branco com pérolas brancas e brincos de diamante, do seu lado estava o imponente Ares, usando sua armadura com os dois braços cruzados.

{Quero que um dos meus inimigos testemunhe esse momento.} Falou Ares, olhando para a Starfire.

Ela foi pega logo após ter cuidado das embarcações, quando estava fazendo sua volta para se juntar a força de ataque ao iate, Ares apareceu e a deixou nesse estado, acorrentada por correntes de energia negra e um ferimento muito feio na lateral esquerda do seu rosto causada pelo soco poderoso que a deixou quase inconsciente, mesmo agora ela ainda não consegui abrir seu olho esquerdo.

"Acho que também estou fazendo o mesmo com os meus convidados, quando você vai começar?" Perguntou ela de novo, querendo imediatamente seu prémio, quase tanto quanto o deus.

{Agora!}

Ares levantou sua mão aberta na altura do seu peito, e duas gotas de sangue flutuando em cima dela começaram a girar uma em volta da outra, nunca se tocando. Nada estava acontecendo próximo a eles, mas o céu, pareceu sentir o que vai acontecer e reagiu a isso, logo nuvens negras cobriram completamente o sol que antes brilhava fortemente.

Imperturbável com essas pequenas mudanças, o Deus da Guerra fecha sua mão com as pequenas gotas de sangue no centro dela.

"CHII!"

O barulho de eletricidade começou a soar de dentro da sua mão, e pequenas fagulhas azuis saindo dos espaços entre seus dedos

"CHII!" "CHII!" "CHII!" "CHII!"

Os ventos começaram a soprar com violência, o prelúdio de uma tempestade no meio do oceano, as ondas acertaram a lateral do iate tentando o tirar do seu lugar, mas ele aguentou, até que o Deus da Guerra abriu sua mão e a apontou para frente do seu corpo.

"CHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!"

Um raio da espessura de uma casa saio das mãos do Ares, se ramificando como pequenas raízes por onde passava queimando o chão do iate também esse raio voou pelo ar até atingir algo sólido um quilômetro de distância do iate.

"TRUMMM!"

A barreira invisível vibrou e tremeu ondulando tentando resistir, e o clima finalmente se transformou numa tempestade, ventos, chuva, raio e ondas, tudo estava acertando o iate onde eles estão, que ficou inteiro apenas pelo poder do Deus da Guerra o protegendo.

"RAHJAHRAHRHA!"

Com um rugido nada humano, o raio aumentou seu poder, e a barreira finalmente não aguentou.

"TRIIN!"

Como vidro quebrado, o raio passou e logo desapareceu.

O clima anormal seguiu o mesmo padrão, também desaparecendo.

No final, eles tinham uma abertura na vertical na sua frente, o espaço tinha sido quebrado, mas a barreira ainda estava em pé, então as laterais da abertura pareciam uma rachadura num objeto de vidro, e no centro, uma visão única, uma praia com areais brancas e uma floresta no fundo.

{Vamos!}

Ares ordenou, e o iate se moveu sozinho a frente apenas pela sua vontade atravessando a abertura entrando nas águas de Themyscira, deixando toda sua glória ser revelada.

Themyscira ou Ilha Paraíso não é um local muito vasto, sua praia com uma areia intocada branca ia até o início da floreta, depois disso da floresta que parece um mar de árvores do tamanho de prédios havia a primeira estrada que atravessava todo o reino, a ilha em si é quase uma montanha, por isso toda a cidade foi construindo de baixo para cima, sendo no seu topo o castelo da Rainha, todas as construções no estilo grego foram postas próximas da vegetação natural da ilha, belas arvores que junto da arquitetura grega deu um ar mais natural e mistico para o local.

Templos, cachoeiras, um coliseu, colégios, um senado, estátuas e até mesmo um farol no pico adjacente próximo do topo.

O sol está brilhando sem nuvens e os pégasos e outros tipos de pássaro voavam pela ilha despreocupadamente.

Era um pequeno e tranquilo pedaço do paraíso.

O iate se moveu lentamente, até finalmente parar próximo da areia, quase que saindo da água.

"TRUMMM!"

Sem cerimônia, Ares pulou para fora iate, caindo na água do mar a fazendo expirar por todo seu corpo, ele não ligou, estava feliz demais para isso.

Ele se abaixou e colocando sua mão abaixo de água pegando um punhado de areia molhada.

{Finalmente!} Falou ele deixando a areia molhada escorrer pela sua mão.

"Seja rápido, os outros não vão demorar para chegar." Verônica, chamou sua atenção.

{Você não sente?} Perguntou ele sem ligar.

"O quê?"

{As Amazonas estão prontas para a guerra, posso sentir isso daqui, não vou lutar contra uma ilha pega de surpresa, alguém os avisou, ótimo!}

"Achei que não havia como a Mulher-Maravilha e a Rainha, avisarem sobre nossa pequena invasão do lado de fora, mas eles são ótimos no que fazem, não se preocupe, minha outra associada vai ser mais útil ainda agora."

{Não seja tola, esse sacrifício será apenas meu e de mais ninguém, mantenha aquela abominação longe, ou eu mesmo vou a cortar!} Avisou ele antes de começar andar na direção da floresta.

Lentamente, o Deus da Guerra se movia, se deleitando com a sensação familiar que ele tem toda vez antes de uma guerra começar, lentamente, um passo de cada vez, e a cada metro que ele se aproximava do destino a sensação se fortalecia, era como uma droga incrível correndo pelas suas veias fazendo seu sangue ferver.

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No fim da pequena floresta fica a entrada para a cidade, um enorme arco bem trabalhado com duas esculturas gregas do Zeus e da Hera em cada ponta, todo esse arco tem dez metros de cumprimento, e com a cidade magnifica atrás, o exército de Themyscira está pronto para guerra em formação falange.

Mais de mil soldados, um do lado do outro usando armaduras gregas cinzas completas portando lanças gigantes a frente, suas vestes cobrem quase que todo seu corpo, mas da para sentir que todas elas são bem treinadas, lutadoras natas, na parte de trás estavam aquelas usando escudos, e sendo esse o paraíso para as amazonas, noventa e nove por cento desse exercito é do sexo feminino, o resto é composto por sátiros da floresta encantada que fica na parte sul da ilha, também haviam ninfas da floresta, belas mulheres usando nada mais do que folhas para cobrir as partes dos seus corpos, tirando os animais inteligentes, essas duas raças são as que mais são presentes na ilha fora as amazonas.

As amazonas são compostas por mulheres de todas as etnias do mundo, mas mesmo com todas suas diferenças, todas elas usam dois braceletes prateados nos seus pulsos, um lembrete constante da época aonde as primeiras amazonas foram subjugadas pelo Herácles, e de tudo que elas sofreram a partir daquilo.

Na frente desse belo exército já esperando seu inimigo, estão duas amazonas, as duas montadas, uma num belo cabelo negro e a outro num unicórnio branco que parecia brilhar naturalmente dando a impressão de ser um animal sagrado.

A mulher que estava montada num belo cavalo negro não estava usando uma armadura igual as outras, a sua era azul e muito mais trabalhada nos detalhes, seu rosto também está amostra, uma bela mulher caucasiana de olhos azuis com longos cabelos loiros soltos, ela também usa uma coroa dourada presa a sua testa que desce pelas duas laterais do seu rosto como um capacete.

Ela é a General Antíope, irmã da Rainha Hipólita, tia da Diana.

"General Antíope, será que aquela mensagem foi uma armadilha?" Perguntou a mulher montada no unicórnio do lado dela.

Pouco tempo atrás, todas as amazonas que estavam dormindo subitamente acordaram, todas elas tiveram o mesmo sonho, o mesmo aviso, Ares estava chegando.

A mulher que perguntou isso também está usando uma armadura diferente das outras, mas simples, preta sem detalhes e sem coroa, de pele negra, olhos negros com cabelos crespos um pouco altos, o único enfeite no seu corpo eram seus brincos prateados e seu corpo, parecia ser duro como rocha.

General Philippus, amante e conselheira da Rainha, madrasta da Diana.

"Não Philippus, você consegui sentir também, a tensão no ar, o medo que as árvores estão sentindo, ele está aqui, só ele consegui fazer até mesmo o ambiente tremer de medo."

Algo estava vindo lentamente até elas, todas podem sentir isso, é por esse mesmo motivo que nenhuma delas consegui tirar os olhos da floresta a sua frente, seus corações batendo descontrolados e o suor anormal, qualquer exército bem treinado do mundo dos homens, tremeria e até mesmo alguns desertariam com tal pressão, mas as Amazonas treinam a muito, muito tempo, algumas delas estão vivas desde a Grécia antiga, e nenhuma delas virou e fugiu.

"Alguma novidade vinda dos deuses?" Perguntou Antíope, para sua amiga general.

Hera, Afrodite e Ártemis, são as deusas guardiãs da ilha, sendo as mais cultuadas, claro que a lugar para os outros deuses e um grande respeito para eles, mas são essas três que mais estão próximas das Amazonas.

"Nada, eles não se manifestam a um bom tempo, por que você esperaria algo diferente agora?" Perguntou Philippus.

"Ares, está andando num local que ele foi expulso, Lorde Zeus, não poderia permitir tal desrespeito."

"Philippus, talvez eles não possam nos ajudar exatamente por esse motivo, Ares não existe mais para eles."

"Isso não faz o menor sentido."

"Eles são deuses, o sentido acontece por que eles desejam."

Faz algum tempo desde que os deuses falaram com elas ou as deram alguma missão, mas faz apenas algumas décadas, nada muito alarmante para as Amazonas que são imortais, e já acostumadas a isso, vem o tempo de uma forma bem diferente dos outros.

"Ele chegou." Avisou Philippus, algo desnecessário, a entrada do deus não foi nada sutil.

Não havia um caminho atravessando a floresta até a entrada do reino, isso foi criado assim propositalmente, tornando um terreno mais instável, assim separando as tropas invasoras ao atravessar o caminho, só que não estamos falando de um exército aqui, e sim de apenas um ser, que agora se tornou visível no horizonte.

Ele ainda está usando sua armadura negra cheia de detalhes cobrindo todo seu corpo, sem capa dessa vez, segurando sua enorme Labrys no fim do seu cabo com uma só mão a deixando ser arrastada pelo chão criando um pequeno caminho por onde passava.

Era estranho, como se as árvores na sua frente estivessem se afastando dele abrindo caminho, e a cada passo dado, criava uma sensação que toda a ilha estava tremendo. O ar ao redor dele era o pior, parecia distorcido por uma alta temperatura, ondulando ao seu redor como num deserto.

Finalmente, ele parou a quarenta metros de distância do exército das Amazonas.

A General Antíope, deu um pequeno toque com sua perna na barriga do seu belo cavalo negro, o fazendo andar apenas alguns metros a frente, ela parecia segura de si, não demostrando nenhum medo, mesmo sabendo muito bem o que vai acontecer agora.

"Irmãs, hoje nos lutamos por nossa casa!" Falou ela em voz alta puxando a espada da sua cintura e a levantando acima da sua cabeça.

Não houve resposta das suas irmas, elas estão concentradas demais, e uma demostração emocional numa formação de batalha é contra seu treinamento.

{Vamos, vamos, vamos….} Murmurou Ares do outro lado em voz baixa, mas todas escutaram sua voz perdida em êxtase, como se estivesse diante um balde de água depois de ficar duas semanas andando pelo deserto.

"Hoje nos lutamos pelo nosso modo de vida!" Continuou a General Antíope, fazendo força para ignorar seu inimigo.

{Vamos, vamos, dê a ordem, dê a ordem!} Ele mudou o aperto na sua arma, a segurando agora com as duas mãos de lado do seu corpo.

"Por Themyscira!" Gritou por fim a General, abaixando espada apontando diretamente para o peito do seu inimigo.

Foi isso que ele estava esperando, o sinal para começar qualquer guerra, uma declaração, um chamado, e sem poder se conter mais, Ares avançou.