"Eu preciso de ajuda aqui!"
Gritei para os socorristas que estavam atrás de mim enquanto me aproximava de uma construção que desabou numa das ruas atingidas pelas bombas.
Já faz quase três horas desde o ataque e o vídeo postado na internet, eu o vi logo após acordar, a mulher que apareceu nele, é a mesma que vi nas memórias da alma no Japão, já passei isso para o Batmam.
Enquanto isso, depois de um pequeno cochilo de meia hora exatas, acordei mais disposto, não cem por cento, a sensação que tenho agora é como se meu corpo fosse humano de novo e ele passou horas e mais horas fazendo uma tarefa física cansativa só para descansar um pouco logo depois, meu corpo está dolorido, só que não tanto ao ponto de impedir meus movimentos, e meus poderes estavam no máximo.
Sendo sincero, antes de beber aquela poção, parte de mim esperava que por ser um semideus, meus dons anulassem os efeitos colaterais, mas não foi o que aconteceu.
Malditas são as drogas!
Perdi para elas, mesmo sendo um ser quase divino.
Andando sobre a neve, abaixei meu corpo segurando um grande pedaço do que antes deve ter sido uma parede, o levantando com facilidade, revelando abaixo duas pessoas, um homem já morto pela explosão, e uma mulher inconsciente respirando com dificuldade.
"TROMM!"
Joguei o pedaço da parede para minha esquerda, e depois sai da frente deixando duas socorristas passarem.
"O homem já está morto." Aviso elas, as fazendo focar sua atenção na viva.
Inicialmente, os socorristas não acreditavam tanto em mim, mas depois da quarta vez avisando o que só alguém com super sentidos pode saber, isso mudou.
Com minha audição e magia, encontrar aqueles que estavam abaixo das construções é uma tarefa fácil, e isso agilizou e muito o trabalho dos bombeiros e socorristas.
"Kírix, você acabou?" Perguntou Starfire, pousando do meu lado.
Minha amiga, também estava trabalhando, seu corpo coberto de cinzas é prova disso.
"Sim, mas vou dar mais uma olhada para ter certeza." Conto para ela, movendo minha mão na frente do seu corpo usando um feitiço simples de limpeza.
As cinzas cobrindo o corpo dela desapareceram, a deixando intocada.
"Obrigado." Agradeceu ela feliz.
"Está quase na hora!" Avisou Robin, pulando de um telhado próximo e pousando do nosso lado.
Robin, está tão sujo quanto Starfire, estava, e sua capa desapareceu.
"O que aconteceu com sua capa?" Perguntou Starfire.
"Destruída por uma bomba, vou ter que pegar uma das minhas roupas reservas no caminho." Contou ele.
Usei nele também o feitiço de limpeza.
"Quantos?" Perguntei depois, bem sério.
Robin, sério como sempre respondeu.
"Quarenta mortos, cem feridos, com vinte em estado crítico, isso na minha última contagem, nem todos os corpos foram removidos ainda."
Nossa primeira preocupação foi socorrer os vivos, por isso ignoramos os mortos, esse número ainda vai aumentar.
"Raven?" Chamei pelo comunicador.
{Estou aqui.} Respondeu ela.
Raven, finalmente chegou no seu limite emocional após tanto tempo, tendo que se afastar.
"Você pode levar os dois? Vou me juntar a vocês depois, quero dar mais uma volta pela cidade."
Dos pés do Robin e Starfire, sombras surgiram, e o corpo dos dois começou a descer por elas desaparecendo.
Com certeza, o teleporte da Raven, é um dos mais práticos que já encontrei, e sua habilidade também está crescendo, mesmo a quilômetros de distância, ela conseguiu conjurar sua magia aqui.
Raven, até hoje nunca precisou ir com tudo contra um inimigo, mas eu sei muito bem o quão poderosa ela se tornou no decorrer dos anos. Trabalho duro e sua linhagem estão a transformando na maga mais poderosa da Terra, e não vai demorar muito para ela chegar nesse nível, não na velocidade que ela está indo.
É engraçado saber que aqueles nascidos híbridos do sangue demoníaco são realmente perfeitos para artes míticas, Merlim, foi o exemplo perfeito disso antes, agora é a Ravena.
Com eles já a caminho, flutuo lentamente olhando para tudo ao meu redor com meus sentidos abertos ao máximo focados em sons específicos, ainda não sou tão habilidoso nisso quanto o Superman, mas dou para o gasto.
Passo meus olhos por cada lugar que aconteceu uma explosão e seus arredores bem acima da cidade, ignorando toda a confusão que está acontecendo no chão.
Sim, o ataque acabou, mas a cidade vai demorar para recuperar sua paz.
Com o fim do ataque, as ruas foram tomadas de polícias, socorristas, bombeiros, curiosos e reportes, todos fazendo seus receptivos serviços.
Não foi apenas as bombas que causaram dano, houve roubos e pessoas que se machucaram na fuga por toda a cidade, por isso a confusão não está focada apenas num só lugar.
Foi como a mulher do vídeo falou, ela quer fazer todos sentirem medo, a responsável por isso, começou fazendo um belo trabalho para realizar seu objetivo.
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Quase que estourando o tempo, voei rapidamente para o Hall of Justice, aonde a reunião vai acontecer.
Diferente da minha primeira vez aqui, o lugar parecia uma cidade fantasma, sem turista ou qualquer ser vivo andando pelos lugares públicos do Hall. Isso foi inteligente, todos entendem que esse lugar, também pode ser um alvo.
"O último membro chegou, podemos começar."
Ouso uma voz antes de sair pela porta do elevador.
Quem falou comigo, foi o Lanterna Verde, um homem afro-americano usando o traje verde das lanternas sem máscara com olhos da mesma cor do seu traje.
"Desculpe o atraso." Digo para todos me aproximando da mesa.
O local está bem lotado.
Do lado da Liga, temos: Batman, Superman, Mulher-Maravilha e Flash.
Todos menos o Batman estão sentando na mesa.
Se não fosse pela falta do Aquaman e Caçador Marciano, eu teria uma reunião completa com a formação mais conhecida da Liga.
Eu já havia encontrado eles separadamente uma vez aqui e ali fazendo meu trabalho e nas minhas aventuras anteriores, então não estou tão travado agora.
Do outro lado da mesa, meus amigos e companheiros, todos parecendo bastantes intimidados, nervosos, com medo ou como Roy, mostrando um rosto de claro desafio para os membros da Liga, demostrado não apenas pelo seu olhar, como também seus braços cruzados.
Todos aparentam estar bem, ninguém parecia ferido, fora seus uniformes maltratados, ninguém aqui é tão paranoico quanto o Batman e Robin, para esconder um traje de emergência em cada grande metrópole.
"Sente, temos muito o que conversar." Falou o Batman.
Havia uma cadeira vaga, uma que ninguém do meu grupo quis sentar, porque ela fica de frente para o Superman.
Assim que sentei, olhei diretamente para o homem de cabelo curto preto e olhos azuis gentis me dando um grande sorriso de escoteiro, esse é o homem mais poderoso fisicamente da Terra.
Ele pode ser conhecido como o mais poderoso por todos, mas todos aqui sabem que a Terra, é muito mais complicada que isso, a literalmente deuses, demônios e entidades mais antigas que o universo andando por aí.
"Já que todos estão aqui, vamos repassar o que aconteceu pessoalmente." Guiou Batman, a reunião.
Como dito, foi uma reunião de revisão de tudo que sabíamos do caso e do inimigo, todos relataram o que aconteceu em cada ataque que eles cuidaram.
Superman, agindo sozinho, lidou com ataques em seis cidades grandes no país, normalmente, fazer isso seria algo fácil, mas como o vírus foi usado, ele teve que ter mais cuidado com a vítimas, não só salvando os que estavam próximos evitando uma infecção, como também evitando que os infectados matassem os que não estavam, foi uma bagunça.
De todos nós, ele foi quem teve segundo menor número de vítimas, sendo a terceira a Mulher-Maravilha, que usando seu laço, a única coisa que sabemos poder curar o vírus, salvou muitos infectados, mas como sua velocidade não é nada comparada ao do Superman, ela não foi tão eficiente.
O primeiro que evitou mais mortes, foi o Flash, junto do seu pupilo, ele cobriu o lado oeste quase inteiro do país.
Por isso mesmo, a uma pilha de embalagens de plástico no chão do lado deles, pacotes de barras de proteína criadas especificamente para seus organismos acelerados, contendo uma quantidade ridícula de calorias e outros elementos para suprir o seu gasto absurdo.
O maior ponto de dúvida para todos, foi o porquê a responsável pelos ataques não usou sua maior arma na capital, ninguém conseguiu entender isso, talvez o Batman, já tenha suas teorias, mas ele não vai falar nada sem ter total certeza.
Após contar o que aconteceu, passamos a falar sobre o que descobrimos.
Batman, usou o telão para mostrar um flame do vídeo enviado para a internet, mostrando o rosto da asiática que proclamou guerra aos Estados Unidos.
"Não encontrei nada sobre ela em nenhum dos bancos de dados, mas consegui comparar seu rosto com os arquivos, uma tentativa de encontrar algum parentesco, e a resposta foi essa."
Do lado da foto da asiática, outra foto em preto e branco apareceu, uma mulher, também asiática, usando um uniforme masculino nazista e segurando uma máscara preta, igual a foto atual, essa mulher também tinha cicatrizes no rosto, só que mais terrível.
Ninguém aqui reconheceu ela, a não ser Diana, pela cara que ela está fazendo agora.
"Princess Maru, uma toxicologista genial e criadora do vírus Maru, que ficou perdido no tempo até ser encontrando pelo culto dos filhos de Ares, parado pela Mulher-Maravilha e Steve Trevor." Explicou Batman.
"Uma descendente?" Perguntou o Superman.
"Sim, provavelmente sua neta." Respondeu Batman.
"Princess, se chamava Doutora Veneno, durante a segunda guerra, o vírus Maru foi sua última criação, naquele tempo, e eu ia a Liga da Justiça da América, pensamos que todo seu trabalho e amostra tivessem sido destruídas antes do ataque planejado." Diana, explicou, com um rosto nada feliz ao alegre.
"Ela é tão ruim assim?" Perguntei para ela.
"Pior, ela é insana ao ponto de sacrificar uma cidade inteira apenas para testar suas invenções, muitos daqueles nos campos de concentração foram mortos por sua ciência, não foi uma visão agradável."
"O vírus Maru, ficou perdido no tempo até ser achado recentemente, e depois disso, ele se mostrou ter sido aprimorado no ataque a A.R.G.U.S alguns anos atrás, isso quer dizer que a fórmula passou de mãe para filha, até chegar nela, a terceira Doutora Veneno!" Acabou Batman, deixando só a foto da atual Doutora na tela.
"Temos que encontrar ela, é rápido!" Disse Superman, se levantando da cadeira.
"Estou trabalhando nisso." Respondeu Batman, simplesmente.
Do meu lado, Robin, mais comunicativo, explicou melhor.
"Essa Maru, realmente esteve presente no ataque a embaixada que Kírix foi, então agora com uma foto do rosto dela, deveria ser fácil seguir seus passos pelas câmeras, mas ela é boa, incrivelmente boa, só pegamos vislumbres de longe pelas câmeras até ela desaparecer numa zona sem vigilância."
"Ela provavelmente tem alguns subordinados que mapiaram uma rota segura, isso não vai dar em nada, talvez eu deva dar uma passada no Japão, ver se encontro alguma coisa." Sugeriu, Flash.
Flash, está usando um terno igual do seu pupilo, só que em vez de dourado brilhante, sua cor é vermelho sangue com duas orelhas douradas do lado da sua máscara e seu sinal no centro do seu peito, um raio dourado num fundo branco.
E maior diferença entre ele e o Kid, é a velocidade.
"Eu já gravei a voz dela, também posso a procurar do alto." Superman, também faz sua sugestão.
"Não, para os dois, primeiro, ela já deixou o Japão, segundo, esse vídeo está sendo reproduzido por todo mundo, tudo que você vai escutar hoje, é a voz dela." Batman, negou os dois.
"Temos que fazer alguma coisa Batman, não é do meu feitiou ou de ninguém aqui ficar esperando o próximo ataque." Falou Diana.
"Também não gosto nada disso, mas agora estamos lutando numa guerra defensiva sem nenhuma informação onde está o inimigo, o melhor que podemos fazer, é ficar em nossas posições, na defensiva."
Isso com certeza, deixou o clima dez vezes pior, já que todos aqui sabem, que o Batman, é mais ativo que a Mulher-Maravilha.
{Então, venho trazendo uma boa notícia!}
A imagem da TV mudou subitamente, da foto da Maru, para uma mulher negra gorda sentada na sua cadeira de escritório usando um terno feminino rosa com pérolas e brincos dourados.
"Amanda Waller, invadir essa reunião foi um erro!" Falou Batman, usando um tom nada gentil ou feliz, um tom de voz que faz um frio percorrer a espinha daquele que escuta.
{Não tenho tempo para gentilizas ou pedir perdão, uma louca acabou de atacar meu país!}
"Uau, eu não sabia que você ganhou a eleição." Zombou Flash, revelando aonde o Kid, ganhou sua habilidade de falar besteira.
{Fique calado, os adultos têm assuntos sérios para conversar!} Gritou ela.
"Senhorita Waller, qual o motivo da sua visita supressa?"
Sério?
Superman, é educado até numa situação dessas?
Acho que finalmente estou começando a entender por que o chamam de escoteiro.
{Estou aqui para dar um alvo para a Liga, consegui a localização de uma provável base inimiga.}
"E como você colocou as mãos nesse tipo de informação?" Perguntou Batman, já estranhando, com razão.
{Tenho minhas fontes Detetive, assim como você.}
"Isso cheira a armadilha, se ela tivesse realmente um alvo, ela já teria enviado o exército atrás dele." Falou Diana, cruzando os braços.
"Talvez ela não possa, talvez demore demais, ou a algum assunto político sensível em questão que ela não quer arriscar ofender." Comentou Robin, acertando em tudo na minha opinião.
{Seja o que for, vocês não podem fazer nada contra isso, e vão acabar concordando no final, então por que não agilizamos um pouco essa conversa banal.}
"Ela está certa." Concordou Batman.
{Bom, estou enviando a localização para vocês.}
Do lado da tela, um pequeno mapa aparece com um ponto vermelho.
"Recebido." Diz o Batman, ainda olhando para o rosto da Waller.
{Só avisando, uma de minhas agentes já indo para o local, o aprendiz da Mulher-Maravilha, já encontrou com ela. Estou esperando boas notícias do seu ataque!}
Com isso, a imagem dela desapareceu da tela.
"Suponho que essa agente é a Katana, que Kírix, encontrou no Japão, ela é de confiança?" Perguntou Aqualad, olhando para mim.
"Ela trabalha para o demônio, é você ainda pergunta de confiança?" Interrompeu Kid.
"É verdade sobre o demônio, mas eu confio na Katana." Digo para todos.
"Se Kírix, confia nela, eu também." Falou Starfire, pela primeira vez.
Ela pode ser sempre falante e animada, mas em reuniões como essa, sua personalidade fica mais calma e seria, como se um interruptor fosse desligado.
Superman, na minha frente, se levantou.
"Eu vou dar uma olhada, com meus sentidos, vou poder descobrir se isso for alguma armadilha."
"Eu sou o mais rápido!" Flash, também se levantou.
"Não recomendo isso." Batman, os parou.
"Como assim?" Perguntou Flash.
"Você é o mais rápido Flash, e os sentidos Superman, com certeza, são os melhores do mundo, isso torna os dois um grande trunfo, sem dúvidas os nossos coringas para ligar com qualquer situação, por isso, os coringas têm que ficar em casa, prontos para salvar as outras cartas se preciso."
"Então, eu vou." Diana, se levantou logo em seguida.
Batman, acenou com a cabeça e falou em seguida.
"Sim, mas não sozinha, leve Kírix, os dois são nossos melhores caçadores."
"Uma equipe para defender, encontro a outro caça o inimigo, faz sentido para mim." Comentou Robin.
Sem nada mais a dizer, e ainda estranhando muito o comportamento da Amanda, nos dois voamos rápido para fora do Hall, já possuindo o endereço do inimigo.
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Eu estava orgulhoso demais da minha velocidade de voo aprimorada pelo meu feitiço original, mas Diana, me mostrou o que era realmente ser rápido.
Sem pegar o atalho voando para fora do planeta e descendo num arco acima do destino, Diana, conseguiu chegar no local quase no mesmo segundo que eu voando em linha reta, parece, que vou ter que melhorar ainda mais meu feitiço de voo quando tiver tempo.
"É aqui." Falou ela, olhando para ilha tropical abaixo.
Estávamos no Arquipélago Malaio, um conjunto de ilhas entre o sudeste Asiático e a Austrália, são mais de vinte mil ilhas nesse pequeno lugar, algumas ocupadas, mas a maioria é tomada de apenas vegetação e pequenos animais.
A ilha abaixo não era muito grande, uns quarenta quilômetros talvez, e diferente de um lugar deserto, havia um pequeno porto com alguns pequenos barcos escondido no leste, coberto por vegetação entre dois rochedos, localização perfeita para esconder sua existência dos curiosos, mas não dos sentidos de dois semideuses.
"É uma ilha bem animada." Comento.
O terreno da ilha não era reto, a vários montes, colinas e planaltos cobertos de vegetação com algumas cachoeiras de água doce, não escutei nenhum animal de grande porte, mas a muitos humanos, não no exterior, e sim no interior, uma base subterrânea.
"A agente da Waller, já se adiantou e foi na frente." Falou Diana.
"Eu vou à frente ou você vai?" Pergunto um pouco animado.
Faz muito tempo desde que nos dois lutamos juntos, mesmo com a situação como está, não posso conter esse sentimento.
"Juntos!" Gritou Diana, mergulhando logo em seguida.
Junto-me a ela, caindo em alta velocidade com o braço estendido na frente do meu corpo cortando o ar como um míssil balístico caindo sobre seu alvo preciso.
"BLOMMMMMMM!" "BLOMMMMMMM!"
Não houve sutiliza, apenas acertamos o chão de frente o perfurando para acertar o teto da base, o quebrando facilmente. No local, torce meu corpo, ignorando e lutando contra a força para cair de pé no chão enquanto terra, pedra e poeira caiam ao meu redor do buraco que abri.
Diana, caio não muito distante de mim, só que com mais graça.
A primeira coisa que vi, foram corpos usando roupas táticas pretas espalhados por todo corredor, a maioria deles desmembrados.
O corredor era bem amplo, com dez metros de largura e quase o mesmo de altura, construído de tijolos antigos de barro, grande e robustos, a iluminação era feita de luminárias, também bem antigas espalhadas pelo teto, o lugar é bem-parecido com os bankers que os exércitos construíam na Segunda Guerra Mundial, julgando pelo material usado na sua construção.
Nossa mira foi precisa, acabamos de entrar a poucos metros de distância dela. Katana, não ficou tanto tempo surpresa quanto seus inimigos, e os pegando de surpresa, com grande habilidade, ela atacou acertando os pulsos de um soldado no final do corredor que estava segurando uma pistola os decepando, e com a mesma facilidade, cortou o colete de outro que estava do lado dele assim como sua arma.
O terceiro, saio pela esquerda já disparando com seu fuzil contra ela, Katana, mostrando movimentos fora do alcance humano, correu até a parede do corredor fugindo das balas e a usando como alavanca para seu salto, no ar, ela girou seu corpo cortando um braço, já no chão, ela girou seu corpo agora mirando o pescoço do soldado, que ainda não percebeu que perdeu o braço.
"Tink!"
A soultake, acertou em vez de carne, o bracelete da Diana.
"Sem mortes desnecessárias!" Falou ela, dando um soco fraco na cabeça do soldado que perdeu o braço o fazendo desmaiar.
Com o braço levantando e a espada parada nela, às duas ficaram se olhando por alguns segundos, um pequeno concurso.
"Katana, os mortos não contam histórias, precisamos de informação." Disse para ela me aproximando.
Na verdade, os mortos contam histórias para mim, mas não tem como saber se almas dos mortos vão ficar nesse plano depois de sua morte ou vão partir, e eu também não tenho os materiais para fazer uma invocação comigo, talvez se eu chamar a casa para a ilha, só que isso é muito trabalhoso.
Katana, puxou a espada e a colocou do lado do seu corpo, virou seu corpo para mim e fez uma pequena revência, que respondo da mesma forma.
"Cuidado!" Aviso.
"BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!"
Outro soldado de preto veio pelo corredor e atirou contra elas, que estavam na frente, Diana, agiu rápido ficando entre as balas e Katana, facilmente, ela moveu seus pulsos defendendo as balas com seus braceletes movendo seus braços numa velocidade desumana.
As balas ricochetearam ao entrar em contato com os braceletes prateados, acertando as paredes ao redor, isso não foi por acaso, e sim habilidade, como um jedi, Diana, tem habilidade necessária para provavelmente jogar essas balas de volta para o homem.
Katana, sai de trás da Diana, ainda defendendo, e lança uma pequena faca que ela tirou do seu cinto acertando a mão do soldado de preto.
"Haaaaaaaaaaa!"
Com uma arrancada, Diana, surgiu na frente do homem arrancando a arma da mão dele e acertando a parte de baixo dela na parte de cima do seu capacete, o fazendo cair lentamente no chão.
"Eu realmente odeio armas de fogo, são tão barulhentas." Comentou ela, jogando a arma no chão.
"Tem menos soldados aqui do que esperado, ao essa base é apenas uma subsidiária, mesmo sendo tão grande?" Pergunto, escutando só mais vinte batimentos cardíacos a nossa frente.
"Não, a doca está quase vazia, havia lugar para outras embarcações." Falou Katana.
"Perdemos eles por pouco." Digo.
"Ainda podemos descobrir muito, vamos indo, não podemos dar tempo, ao eles vão começar a destruir a informação guardada aqui!" Avisou Diana, tomando a frente.
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Mesmo com a Diana, na frente, ela correu pelos corredores na sua velocidade normal, não por queria, e sim por que eles estão infestados de armadilhas, encontramos quatro a cinco deles em cada curva, fora os inimigos é claro, a boa notícia disso, é que ficou fácil chegar ao centro de comando deles.
A uma porta no fim do corredor, mas não uma porta qualquer, e sim uma daqueles portas de cofres de banco, que sempre aparecem nos filmes dando uma forte impressão de segurança para o que está guardado, essa tinha até mesmo a maçanete na forma de timão de navio, redonda com hastes prateadas.
Tirando isso, ela é bem moderna, com um aparelho de reconhecimento facial, senha e reconhecimento ocular, bem do lado preso a parede.
Ando até a porta, indo para a esquerda e direita, evitando o sangue dos homens desacordados no chão. Katana, cumpriu sua palavra, ela não matou mais ninguém, só que tenho certeza, que muitos dos que ela derrubou até aqui, gostariam de ter morrido.
Uma katana, é uma arma para cortar, diferente da maioria das espadas ocidentais, feitas em sua maioria para perfurar, e a soultaker, com certeza, é uma das mais afiadas espadas já feitas, por isso foi um belo banho de sangue.
Toco então na porta, e olho para esquerda, para a câmera.
"Ela é bem resistente para conseguir abafar o som de dentro." Digo recuando.
Passo pela Katana, que está limpando a lâmina da sua espada no seu cassaco preto, mesmo após corta tantos, rua roupa está quase que toda intocada, fora algumas gotas de sangue que mancharam sua máscara branca e bochecha.
"Vamos juntos!" Falou Diana, colocando seu escudo na frente do seu corpo.
Ao seu lado, faço a mesma postura, e sem precisar dizer nada, arrancamos ao mesmo tempo acertando nossos escudos na porta.
"TONNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN!"
"TONNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN!"
As duas explosões divinas acontecem em simultâneo, fazendo todo o túnel vibrar, mas foi a porta que sofreu mais danos, e como uma árvore, ela caio quase que lentamente.
"TRUMM!"
Antes mesmo dela cair completamente, já estávamos com os escudos levantados de novo, prontos para tudo, mas não para duas RPGs.
"Fogo!" Gritou algum de dentro, encoberto pela poeira que a porta e nosso ataque levantou.
Em vez de balas, duas RPGs perfuram a parede de poeira e acertam o chão não muito longe de nos.
"BLOMMMMMMMMMMMMMMMM!"
Como é ser acertado por uma explosão?
Não doí muito, na verdade, somos incrivelmente resistentes a explosões, se fosse um tiro a queima-roupa, é provável que eu poderia desmaiar, mas esse não foi o caso, o engraçado, é que a onda de choque que vem antes do fogo e o real problema, ela nos fez voar alguns metros para trás e cair de cara no chão.
Levanto do chão enquanto agradecia aos deuses por não estar usando meus sentidos no momento da explosão, só para ver Katana, passando do meu lado com sua espada, e aproveitando a fumaça e poeira no corredor para um ataque.
Antes da Diana, também pulei para dentro da poeira atravessando ela como uma bala.
A sala de comando não é grande coisa, só um espaço amplo circular com uma construção afundada no centro, aonde estão todos os computadores, mesas e documentos espalhados pelo chão, esse lugar estava vazio, já que todos estavam nas paredes.
O teto da sala de controle ia até a superfície, com talvez vinte metros de altura, e nas paredes, estruturas de metal parecidas com as escadas de emergência que os prédios antigos nos Estados Unidos possuem, essa plataformas de metal iam acompanhando a parede até subir para o próximo andar, e isso continuava até chegar no ponto mais alto.
Um andar acima, espalhados um do lado do outro, estão os solados, numa posição superior.
Vi tudo isso antes mesmo de se passar um segundo, Katana, estava na minha frente, pronta para lutar, mas não havia ninguém para ela corta aqui em baixo, só aqueles acima apontando armas dos mais diferentes tipos movendo seus dedos para o gatilho, no meio deles, está o único homem sem máscara preta, entre os tinta e quarenta anos sem cabelos de etnia europeia.
"FOGO!" Gritou ele.
As balas caem rápido como gotas de chuva, numa quantidade que a mira se torna dispensável.
Me movendo numa velocidade que tudo parece estar mais lento, percebo que Katana, também percebeu a armadilha momentos após cruzar a poeira, e já estava se preparando para pular no espaço no meio da sala, talvez querendo se esconder atrás das mesas, mas isso não é solução, os soldados estão em pose de armamento pesado.
Agarro a parte de trás do pano que cobre seus seios, a puxando e jogando ela para trás da porta a tirando do caminho. Ainda nessa velocidade, antes das balas acertarem meu corpo, dou um giro conjurando meu escudo para minha mão, e o jogando como um disco num ponto específico a frente.
Nunca vou ser tão habilidoso com um escudo como o Capitão América, mas acertar um alvo a dez metros de distância com minha visão e força não é uma tarefa complicada.
O escudo, girou e acertou uma das vigas de sustentação da plataforma, e como magica, cortou ela.
Efeito imediato, a viga ficava bem abaixo aonde o líder está, e sem ela, toda a plataforma começou a ceder lentamente, e aqueles em cima perderem o equilibrou.
Ainda a mais uma viga, e antes de eu levantar o braço para conjurar o escudo de volta, outro passou do meu lado acertando ela e a cortando, da mesma forma que eu fiz.
Foi ai, que as balas chegaram, e antes delas acertarem meu corpo, usei o movimento das sombras para aparecer no meio da sala. Uma preocupação sem sentido, já que Diana, defendeu elas com seus braceletes facilmente.
"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"
A plataforma caio, e se tornou um monte de metal torcido em cima dos soldados, que ficaram presos nessa armadilha de metal.