Ignorando toda fumaça e poeira, andei até o meio da sala, onde estão os computadores no chão abaixo. Ando por eles, e vejo que todas as telas estão azuis, com várias linhas de códigos passando pela tela em alta velocidade, uma linguagem que não tenho nenhuma familiaridade.
Claro, que antes de montar seu pequeno posto de resistência, os homens da Doutora, apagaram todas as informações dos computadores, talvez por meio de uma rotina de autodestruição, mas eles não tiveram tempo de retirar os HDs e os destruírem, então ainda a uma chance de conseguir alguma coisa.
Vou até à mesa central e puxo a cadeira, antes de me sentar, aperto meu comunicador.
"Robin, você está aí?" Pergunto sentando na frente do computador.
Espero alguns segundos olhando para frente, aonde vejo Diana e Katana, trabalhando juntas para remover os entulhos em cima dos soldados, ela quer encontrar o líder, e conseguir algumas informações dele usando seu laço, vamos ver se isso é possível, já que ele levou uma bela queda, e mesmo estando vivo, é provável que ele não possa falar agora.
{Robin aqui, como vão às coisas?} Perguntou ele, segundos depois.
Sei que deveria estar falando diretamente com o Batman, já que ele é o líder dessa pequena equipe conjunta, mas as habilidades de computação do Robin, são muito melhores do que do seu mentor, até mesmo ele confirmou isso.
"Achamos o lugar da festa, mas a maioria dos convidados já tinha ido embora."
{Isso é uma pena, mas alguma coisa?}
"Sim, estou de frente para um monte de computadores, parece que eles apagaram toda informação, mas os HDs ainda estão inteiros."
{Amadores, você ainda tem aquele pendrive que te dei?}
Não estava comigo, mas isso não quer dizer muita coisa para um feiticeiro. Com um estalar de dedos, minha energia negra cobre minha mão e desaparece quase me no mesmo estante, nela agora, está um pendrive prateado com a logo do Robin, vermelho na sua lateral.
"Está comigo." Digo para ele.
{Coloque ele em qualquer computador, ele vai criar uma rede entre o batcomputador e esse, depois deixe comigo.}
"Feito, mas sério, você realmente chama seu computador de batcomputador?" Digo brincando.
{Ele fica na batcaverna, próximo do batmovel, é claro que ele é o batcomputador!} Robin diz um pouco bravo desligando a ligação logo depois.
É engraçado, ele sempre se comporta assim quando faço piada do "bat" antes do nome dos seus equipamentos.
"Achei!" Avisou em voz baixa, Katana.
Levanto da minha cadeira e vejo ela fazendo força a esquerda para puxar um homem pelos pés de baixo de uma pilha de ferro contorcido, Diana, que estava do outro lado, foi até ela e ajudou a puxar o homem levantando todo aquele ferro, para depois o jogar de volta ao chão assim que ele ficou livre.
Fui até eles, e as duas, olhavam para o homem com um machucado na lateral da cabeça sangrando, foi um corte profundo.
"Muito ferido." Diz Katana.
"Por sorte, temos alguém com habilidades curativas conosco." Falou Diana, olhando para mim com um sorriso no rosto.
Abaixo é olho para o ferimento na cabeça do homem. Foi realmente um corte profundo, mas não parece ter sido muito grave ao ponto dele perde a vida. O que leva a duas opções, posso usar meu único feitiço de cura que não é de cura, ou posso tentar/testar algo novo antes disso.
Conjuro na minha mão um pequeno buquê feito de duas plantas secas parecidas com capim encharcadas de sangue de carneiro que eu comprei de um frigorífico, todas juntas enroladas numa fita vermelha também encharcada com sangue.
Como comecei realmente a estudar a feitiçaria voodoo, claro que já tinha alguns ingredientes para rituais já prontos, esse por exemplo, é feito para o Loa Sobo Kessou, o loa da força, que também tem poderes curativos.
Ainda não tenho confiança para tentar invocar um loa mais poderoso, por isso, vamos com calma, começando de baixo.
Concentrado, falo em voz baixo o feitiço, e no meio dele, o buquê se incendeia sozinho, sua fumaça branca não se espalha no ar, ela parece ter vida própria tomando a forma de uma cobra no ar, que lentamente se aproxima do homem no chão até acertar o ferimento na testa dele.
No fim do feitiço, o ferimento já tinha parado de sangrar há muito tempo, e a ferida foi coberta por uma camada de pele nova, a cura não foi completa, o homem vai ficar com uma bela cicatriz para a vida toda, só que para um feitiço de cura de baixo nível, ele cumpriu o esperado e muito mais.
Joguei o que sobrou do buquê para longe de mim, só os caules e nada mais.
"Ele deve acorda daqui a alguns minutos." Contei para as duas me levantando.
Katana, tomou a frente enfiando a ponta da sua lâmina na perna do homem.
"HAAAAAAAAAAAAAAAAAA!" Gritou ele assustado e com dor.
Katana, puxou sua espada, e Diana, moveu seu laço com graça, e só com uma mão e um movimento, o laço se enrolou ao redor do corpo do homem que se sentou no chão ainda com dor.
"Eu não vou curar isso." Falei para as duas, olhando para o ferimento na perna dele, não foi profundo, um corte de um ou dois centímetros de profundida um pouco acima do pé.
"*****, *****, ********!"
O nosso cativo, começou a xingar em voz alta, mas ele calou a boca assim que Katana, levantou sua espada de novo se aproximando dele, isso foi o bastante para a sua coragem desaparecer e ele tentar recuar se arrastando pelo chão, mas Diana, segurou o laço curto não dando espaço para ele.
"Katana, não precisamos mais disso." Digo para ela, me colocando na sua frente.
"O laço o obriga a dizer a verdade, me resposta, onde está sua líder!?" A pergunta de Diana, era mais uma ordem, uma ordem que não poderia ser recusada.
O laço, antes dourado, começou a brilhar, e a antiga magia começou a fazer efeito. O homem de cabelos brancos curtos de etnia europeia mudou seu rosto de dor, para algo parecido quando se come algo azedo, e ele lutou contra isso, fechando seu maxilar com força, ao ponto de fazê-lo ranger.
"Lutar é inútil, responda!" Gritou Diana, e a luz do laço ficou mais forte.
O homem abriu a boca, mas antes de falar qualquer coisa, colocou sua língua para fora e fez força para abaixar seus dentes, num gesto de incrível determinação ou loucura.
Foi rápido e inesperado demais para qualquer um de nós o impedir, e um pedaço da língua do homem caio no chão, deixando sua boca tomada de sangue que escorreu pelo seu queixo e pescoço.
"Huuuuuuuuuuuuuuu!" O efeito do laço ainda estava ativo, e o homem, realmente respondeu à pergunta, só que sem parte de sua língua, qualquer palavra que ele disse perdeu completamente o significado.
Bravo.
Louco.
Não sei se aplaudo sua coragem e comprometimento para sua causa ou fico assustado com sua loucura.
As duas mulheres presentes, também estavam no mesmo estado que eu, até que Katana, se moveu para trás do homem e acertou um golpe com a mão aberta no seu pescoço, o fazendo desmaiar, um aliviou para a dor que ele deve estar sentindo agora.
"Eles têm honra." Comentou ela com respeito se afastando do homem.
"E agora?" Perguntei para Diana, enquanto olhava para o pedaço de carne rosa ensanguentado no chão.
Acho que posso curar quase todo tipo de ferida com meu feitiço desde que não seja fatal, mas recuperar um órgão é impossível para o eu atual no momento, a única forma de conseguir isso, é o levar para o submundo e o jogar no rio Flegetonte.
"Vamos procurar mais qualquer um acordado nas ferragens, e tentar de novo." Disse ela.
Antes disso, meu comunicador me dá um pequeno ping.
"Me de algumas boas notícias, Robin." Digo após tocar ele e adivinhar quem ligou.
{Boas notícias, consegui recuperar um manifesto de voo dos dados do computador, e usando o satélite da Liga, rastreei o avião, e depois a cidade final.}
A Liga tem um satélite?
"Onde?" Perguntou Diana, conectada conosco.
{Aí que fica interessante, eles estão em Metropolis!}
Tudo bem, eles são loucos ou tem algum tipo de plano muito bom, porque não vejo uma ação mais perigosa que essa, Superman, conhece a cidade com a palma de sua mão, e agora que sabemos onde ela está, não vai demorar para ele os encontrar, a não ser que eles se cubram de chumbo e vivam dentro uma sala aprova de som no subsolo.
{Superman, já está na cidade, pelos meus cálculos, eles acabaram de chegar também.} Continuou ele.
"Vamos ajudar também." Disse Diana.
{Batman, aceitou, boa sorte.}
"Robin, você pode chamar a polícia para esses caras?" Perguntei, lembrando de todos que deixamos no chão até aqui.
"Eu já fiz isso, a A.R.G.U.S está chegando." Falou Katana.
Bem, não tenho nenhum amor ou consideração por esses caras, então não me importo que eles caiam nas mãos da Amanda, vai ser algo pior do que eles sofreram aqui, e mesmo assim, eu estou legal com isso.
"Então vamos." Diz Diana, flutuando lentamente para o teto, a saída mais próxima.
"Você quer vir também?" Perguntei para Katana.
"Não, vou ficar aqui e esperar ordens."
Ainda havia algumas perguntas que eu queria fazer, uma delas sendo; como Amanda, conseguiu a localização desse lugar?
As chances eram poucas da Katana, saber alguma coisa sobre isso, já que Amanda, não é o tipo de líder que compartilha o quadro maior da situação com seus subordinados, era apenas um chute no escuro que eu queria tentar.
Fazer o que, não é como se eu pode-se forçar ela vir comigo.
"Foi um prazer trabalhar com você, Katana." Digo adeus, flutuando lentamente para cima assim como Diana está fazendo agora.
Katana, acenou para mim educadamente olhando para cima. Uma mulher de poucas palavras, mesmo assim, senti que se eu pede-se ajuda dela no futuro, ela estaria lá por mim.
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Se Gotham, é um pedaço do inferno na Terra, Metrópolis é completamente o seu contrário, um pedaço do céu.
O clima está sempre estranhamente ensolarado e limpo nesse lugar, dando a ilusão que a cidade é iluminada. Depois vem os prédios, Metrópolis não é uma das cidades mais grandes geograficamente falando, dívida em seis bairros, com cada lotado de arranha-céus gigantescos brilhantes próximos um dos outro criando uma beleza única a cidade, ela está próxima da água, só aumentar ainda mais tal beleza.
Beleza estética não é tudo, essa cidade também está em primeiro lugar, como a cidade mais seguro do mundo, o índice de crime aqui é tão baixo quando uma pequena cidade no interior com cem habitantes. Tudo isso por conta do seu protetor pessoal, o Superman.
As pessoas aqui andam pelas ruas com calma, educadamente, sem medo de serem assaltadas, essa cidade, é o sonho do Batman, para Gotham.
Não, Batman, é realista demais, ele sabe que uma cidade assim não poderia existir.
Não se deixe enganar, essa é uma cidade que muito poucos tem condições para morar, só o fato do Superman está aqui constantemente, deixa o aluguel e preço dos imóveis tão altos, que muito poucos podem o pagar.
O segundo problema, é o crime. Está certo que a cidade tem índices baixos, mas quando eles acontecem, em sua maioria, estão relacionados a algum vilão com poderes que pode lutar de frente contra o Superman, causando assim muitos danos a cidade.
Não me intenda errado, acho que vale muito a pena viver nessa cidade, e o risco ainda é muito baixo.
Eu até mesmo planejo comprar um apartamento aqui para Vanessa, num plano para a forçar se mudar e trabalhar na cidade mais segura do mundo.
No meio dessa enorme floresta de pedra, está um edifício único, mesmo não sendo o maior da cidade, ele é o que chama mais atenção, afinal, não é todo dia que alguém constrói um globo dourado enorme no telhado.
Esse e o famoso prédio do Planeta Diário, o maior jornal do mundo, aonde o Superman trabalha.
Ninguém ligaria esse ponto, mas foi aqui que ele parou assim que chegou na cidade, bem acima das nuvens com sua longa capa vermelha tremulando ao vento.
Diana o encontrou assim que chegamos à cidade e veio diretamente para esse local.
"Alguma coisa?" Perguntou ela.
Do lado da minha mentora, pude ver o rosto sério do Superman, olhando para baixo com seus olhos brilhando em azul elétrico, algo que aconteceu quando ele usa sua visão ao máximo.
"Nada fora do comum, nenhuma bomba ou pessoa portando armas pesadas, ninguém está agindo estranhamente." Respondeu ele, ainda de olho na cidade abaixo das nuvens.
A pouco privacidade sobre esses olhos, não sei a extensão dos sentidos dele nessa realidade, mas as versões dele nos HQs, que pode literalmente ver galáxias de distância.
"Eles são um grupo extremamente organizado, claro que vieram preparados para você, talvez devêssemos procurar alguma fonte sua na cidade, saber dos rumores." Sugeriu Diana.
Superman, parou de olhar para baixo e voltou seu rosto para ela.
"Pensei na mesma coisa, por isso estou esperando aqui." Falou ele sorrindo.
Claro, que ficou obviou quem ele está esperando nesse lugar.
"Vamos, ela chegou." Comentou ele, despencando lentamente para baixo atravessando as nuvens.
Nós dois, é claro o seguimos.
Abaixo das nuvens no telhado do Planeta Diário, uma mulher estava olhando para cima, para o Superman, que continuou descendo lentamente até tocar o chão na frente dela, nos dois pousamos um pouco atrás.
"Lois, é bom ver você de novo." Cumprimentou Diana, com um sorriso.
Lois Lane, ficou mais bonita com o tempo, deixando seu cabelo longo na altura dos ombros, seus olhos azuis brilhando como nunca, usando camisa simples e saia preta moldando seu corpo perfeitamente, sem maquiagem, apenas batom vermelho claro.
"Mulher-Maravilha e Kírix, é bom ver vocês, bem-vindos a Metropolis." Falou ela com um sorriso.
Aceno para ela devolvendo o sorriso.
"Lois, precisamos de ajuda."
"Não brinca Azulão, eu já percebi isso!" Apontou ela para nós dois de forma dramática e engraçada.
Superman, parecendo bem-acostumado com o jeito dela, continuou falando.
"Temos informações que a organização responsável pelos ataques ao país está na cidade, e eles estão se escondendo muito bem."
"******!" Xingo alto, Lois.
"Lois, por favor, a menores presentes." Falou Superman, parecendo realmente envergonhado olhando para mim.
"Ele é um adolescente Azulão, a mente dele no momento é podre e pervertida, só perdendo para um senhor de idade." Brincou ela, puxando seu celular.
Sorrindo, Diana perguntou.
"Você e seus reportes têm alguma notícia de algo estranho na cidade?"
"Todos estão se matando para noticiar os ataques que aconteceram por todo país, ninguém estava prestando atenção a cidade, principalmente eu, que estou fazendo o trabalho de dois, já que Clark Kent, meu parceiro e namorado idiota, me deixou sozinha logo hoje." Ela quase matou o Superman, com seu olhar após tirar os olhos da tela do celular.
"Vou perguntar para alguns contatos, tenho vários deles espalhados pela cidade."
Depois de várias ligações e muito palavrões, em várias línguas, ela abaixou o telefone com um sorriso no rosto.
"Você ouviu isso?" Perguntou ela para o Superman.
"Você foi bem clara da última vez sobre respeitar sua privacidade." Comentou ele, em voz baixa.
"Bom garoto, seguindo em frente, não há nada incomum de acontecendo na cidade, a não ser o súbito aumento de energia num armazém abandonado em Elizabethtown, de acordo a uma fonte minha que trabalha na usina elétrica."
Superman, imediatamente, moveu sua cabeça para o leste, procurando o lugar.
"Por que um cara que trabalha numa usina elétrica é seu contato?" Perguntei curioso enquanto ele trabalhava.
"Que pergunta bobinha, por isso você não vai ser um bom reporte, um bom repórter tem fontes em lugares importantes, mas a melhor reporte do mundo, tem em todos os lugares!" Falou ela, convencidamente.
"Alguma coisa?" Perguntou Diana para Superman, durante nossa conversa, seu rosto sério ficou mais feio.
"Encontrei o lugar, ele está revestido de chumbo, minha visão é inútil, só que, esse lugar é da Lexcorp."
"Por que você está surpreso Azulão? Que outro lugar um exército de terrorista iria se interessar nessa cidade? Aposto meu prêmio pulitzer, que é lá que ele guarda as armas feitas para lutar contra você."
"Você não tem um prêmio pulitzer, Lois." Corrigiu ele.
"Meu futuro prêmio pulitzer então."
"Por mais que seja fofo ver os dois brigarem, temos que ir agora." Disse Diana, já flutuando.
Superman, conseguiu encobrir muito bem seu constrangimento, e Lois, só sorriu para Diana e para mim.
"Boa sorte lá, mas lembre-se do nosso trado!" Gritou ela, quando estávamos nos distanciando do telhado.
"Trato?" Perguntou Diana.
"Todas vezes que eu pedir ajuda a ela, tenho que dar uma exclusiva sobre o assunto." Respondeu Superman.
Não posso evitar sorrir sobre isso, a mulher está literalmente chantageando o homem mais poderoso do planeta.
Sim, Lois Lane, é uma mulher incrível.
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"Eu não consigo escutar nada!" Digo surpreso olhando para o armazém de cem metros de largura e comprimento.
Quando digo nada, estou dizendo literalmente nada, nem mesmo um inseto ou movimento causado pelo vento.
"Isolamento sonoro da Lexcorp, produto patenteado." Explicou o Superman.
"Como vamos prosseguir Superman? Essa é sua cidade, e não parece haver nenhum sinal visível de luta, se esse lugar não fosse de quem fosse, poderíamos simplesmente entrar."
Lex Luthor, é um bilionário CEO de uma das maiores empresas do mundo, o público ainda não descobriu o quão podre ele realmente é, mas ele já está na lista da Liga há muito tempo.
E sendo completamente louco, psicopata e fissurado no Superman, ele com certeza instalou algumas surpresas contra ele nas suas instalações, e talvez até mesmo as vendeu para os outros interessados, dessa forma ganhando muito dinheiro.
"Vamos em frente, não é como se Lex Luthor, pode-se me odiar mais mesmo." Decidiu Superman, já voando para entrada dupla gigante do armazém que estava aberta.
O interior é uma confusão de caixas de madeira gigantes empilhadas uma em cima da outra até chegar no teto, cada uma com nomes, tamanhos e outras peculiaridades diferentes coladas uma do lado da outra, só que um armazém comum não tem uma entrada no centro dele no chão falso.
"Qual é a dos vilões e os seus esconderijos subterrâneos?" Pergunto em voz alta descendo pelas escadas com os dois do meu lado.
"Essa é uma pergunta muito válida, já perde a conta de quantos abrigos subterrâneos desse tipo já invadi." Comentou Diana, já segurando sua espada e escudo em alerta.
Superman, só riu das nossas brincadeiras e andou do nosso lado, pisando nos azulejos brancos como a neve do corretor um andar abaixo do armazém. Saímos da escada ficando de cara para um corredor bem largo, com quatro metros de largura, e mesmo aqui em baixo, o aparelho que está isolando o som ainda funciona, porque não estou escutando nada.
Assim que fizemos uma curva, encontramos os primeiros sinais de que estamos no lugar certo.
A quatro corpos espalhados pelo chão, todos eles parecem ter sido cortados por algo muito afiado e quente, afiado ao ponto de os cortar ao meio com facilidade, e quente para cauterizar a ferida no momento do corte. As paredes brancas do lugar, foram acertadas por muitas balas e explosões, é possível ver isso pelas marcas pretas aqui e ali. Mesmo depois dessas explosões, talvez de granadas, as paredes brancas não foram destruídas ou rachadas, mostrando uma resistência incrível da instalação.
"Eles vão morrer antes de chegar ao que querem chegar!" Falou Superman chocado, para depois voar pelo corredor.
O seguimos, passando por vários corpos pelo caminho, corpos queimados, cortados, retalhados e envenenados. Próximo de cada corpo, uma pequena cena de destruição nas paredes ou no chão.
Eles estão avançando enquanto se sacrificavam para destruir os mecanismos de defesa do lugar.
Finalmente, saímos do longo corredor que só levava para baixo e chegamos numa porta dupla comum, Diana, foi na frente e arrombou a porta, só para dar de cara com um grupo de infectados pelo vírus Maru, com seus olhos verdes brilhantes usando roupas que variam entre jalecos médicos brancos a macacões de trabalho comum, todos sujos de sangue nos atacaram como uma manada de zumbis num filme.
Diana, mandou um pequeno grupo deles voando com seu escudo, e o Superman, usou seu sopro congelante para os empurrar e prender nas paredes congelados.
"Nos dois vamos à frente, ajude eles!" Gritou ele para Diana, que entendeu já guardando sua espada e escudo e pegando seu laço dourado.
Voando pelos corredores, encontramos corpos e pessoas sendo atacadas por infectados de olhos verdes, eu e o Superman, mais o Superman, na verdade, levou todos os infectados para a entrada onde está Diana, e voltou quase que no mesmo segundo, isso várias e várias vezes numa velocidade incrível enquanto eu salvava aqueles sendo atacados.
Chegamos então no que parecer ser uma série de laboratórios separados em salas em cada lado dos corredores, cada uma parecia ter uma própria área de atuação, desde mecânica a bioquímica, foi sorte que esses lugares foram selados assim que a invasão começou, talvez por conta do sistema de defesa da base, por isso, as pessoas dentro deles estão seguras.
Continuamos em frente, descendo então um andar pelo túnel do elevador, aberto por mim.
O segundo andar, não era nada diferente do primeiro, apenas mais laboratórios, só que mais amplos e mais bem equipados com uma segurança muito maior que no andar acima, por isso, os cientistas que estiveram aqui usam roupas de proteção completa, isso os salvou de serem expostos ao vírus, mas não das balas.
Os soldados inimigos eram lobos no meio de cordeiros aqui, e diferente do andar acima, ninguém conseguiu chegar até as salas que se fecharam sozinhas, foi um belo banho de sangue.
Após cruzar outro corredor, demos de cara com soldados que montaram uma pequena barricada com mesas simples de metal.
"BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!" "BLAM!"
De trás das mesas tombadas de lado, ficou fácil disparar com seus rifles automáticos, isso num corredor, é o local perfeito para montar uma posição defensiva. Se eles estivessem lutando contra pessoas normais, só granadas ou explosivos poderia mover eles dali, só que não somos normais.
Superman, simplesmente continuou seu caminho deixando as balas acertarem seu corpo, para mim, tive que deixar de voar e colocar meu escudo para me defender enquanto avançava.
Eu estava prestes a lidar com eles, quando Superman, parou de voar de frente e deixou seu corpo reto no ar.
"BLAW!!!!!!!"
Batendo suas palmas para os inimigos a frente, uma onda de choque varreu as mesas, as jogando contra o corpo daqueles que estavam atrás.
"BLOMMMMM!"
As mesas, armas e homens, acertaram a porta de vidro branco dupla de quatro metros de largura e dois de altura atrás deles com força.
Tomei a frente, pulando sobre essa confusão e acertando a porta com meu escudo.
"TRINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN!"
Pode ter sido vidro blindado, mas não era tão resistente quanto a porta cofre que derrubamos no covil inimigo, por isso ela quebrou facilmente explodindo pequenos pedaços de vidro para frente, esses pedaços, acertaram outra barricada que estava nos esperando do outro lado das portas, diferente dos que acabamos de derrubar, eles não estavam atrás de mesas ou qualquer outra estrutura, por isso todos sofreram mais com o vidro.
Antes deles se recuperarem, boto minha mão na parte de cima do meu escudo apontado para eles.
"TONNNNNNNN!"
Todos voaram dando piruetas no ar ao serem acertados pela explosão de energia divina, caindo para os lados dessa grande sala.
Como um foguete, Superman, passou do meu lado voando para o centro da sala. Não entende o do que por que a presa, até ver melhor meu entorno.
O laboratório central, onde estamos, é muito diferente de todos que passamos até agora, em vez uma sala cheia de máquinas e aparelhos científicos, essa está bem vazia, sendo um espaço amplo branco com apenas computadores bem avançados no centro postos num círculo, no meio desse círculo, a um cilindro de vidro fosco que ia do chão ao teto com a logo da Lexcorp na frente.
O cilindro estava aperto a esquerda, mas sem uma visão que pode atravessar sólidos, é impossível saber o que o Superman, viu.
"TRIN!"
Foi tão inesperado quanto o ataque do Superman. Antes dele acertar o cilindro de vidro, uma mão de metal o atravessou acertando seu rosto.
"TRUMMMMMMMM!"
Superman, voou para longe acertando a parede atrás de mim, se levantando quase que no mesmo segundo.
"Então, era aqui que ele guardou." Falou ele olhando para frente.
"TRINNNNNNNNNNNNNN!"
O vidro do cilindro explodiu de dentro fora, revelando o que o Superman, viu.
Com quase três metros de altura, a armadura é bem robusta, com um metro de ombro a ombro, ela está pintada de verde-esmeralda, fora os punhos e pernas que são roxos, no centro do peito dela, três pequenos triângulos separados que estão postos de forma que se tornavam um triângulo maior, todos os triângulos estão brilhando em verde.
Não havia capacete, e o rosto daquela controlando a máquina de destruição na minha frente era ninguém menos que a Doutora Veneno.
Essa armadura, é o traje de guerra do Lex Luthor, o traje criado usando toda sua tecnologia e dinheiro para ser sua arma direta contra o Superman.
Pelo que lembro da minha vida passada, sua força e resistência realmente são maiores que de muitos heróis por aí, mas ela não se comprar a força do Superman, só que sendo uma arma criada apenas para ele, é claro que ela é movida e tem várias armas que funcionam a base de kryptonita.
"Superman, bem na hora." Falou ela olhando só para o escoteiro do meu lado.
Esse sempre foi o plano?
Matar o Superman?
Bem, faz sentindo, ele é um dos símbolos vivos da esperança do país e do mundo, o matar, é mesmo que dar um golpe direito contra isso.
"Eu não vou dizer que sei o sofrimento que você passou até hoje, mas esse não é o caminho." Diz ele para ela.
"Poupe-me de suas palavras vazias Superman, nem mesmo você pode curar gerações de ódio sendo passado adiante."
"TIN!"
Da parte de cima do pulso dela, uma lâmina verde brilhante de quase um metro foram postos do lado de fora, ela não veio aqui para conversar.
"Επικαλούμαι το κρύο της θλίψης του ποταμού Cocyte!" {Eu Invoco o Frio da Tristeza do Rio Cócito!}
Tento um ataque surpresa, com o pensamento inocente que o grande Lex Luthor, não tenha construído nenhuma defesa contra magia, e assim diferente do sopro congelante do Superman, o meu feitiço foi muito mais agressivo, conjurando diretamente nevoa negra, que se transformou numa estalactite de gelo mirando o centro do peito da armadura, no que eu acho ser o núcleo de energia.
"TRUNNNNNN!"
O gelo se partiu e quebrou, não por conta da resistência da armadura.
Hexágonos de energia azul um colado no outro ao redor do corpo de toda armadura se materializaram um pouco antes do meu feitiço acertar ela.
"A armadura tem um gerador de campo de força, é precisou eu dar alguns bons socos nela da última vez." Comentou o Superman.
A Doutora Veneno, mudou seu rosto de surpresa para alegria, e dando um grande sorriso, ela apontou a palma de sua mão para nós.
"Meu turno!"
Ela disparou um feixe de energia verde com tamanho mais do que o bastante para cobrir toda a matade superior de um corpo humano, e pela primeira vez, o Superman, não ficou na frente do ataque escolhendo desviar.