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Chapter 19 - Capítulo 18 – Cidade criminosa

Quiria andou rapidamente até um grande prédio de madeira que era usado como centro de comando, passando por algumas pessoas trabalhando com algemas nas mãos e pés cujo os olhos já estavam vazios.

Em uma extremidade da rua tinha uma mulher junto a algumas outras pessoas vendendo comida e em outro ponto estavam pessoas amarradas usando apenas trapos como roupas. Algumas pessoas davam valores por cada uma, mas ela não tinha motivo para perde com isso.

(Não vou gastar um tostão em um escravo humano quando posso ter um belo elfo a meu alcance! Só de imaginar já estou animada! Não se preocupe, vou cuidar muito bem de você, Fior!)

Assim que se aproximou foi recebida pelos guardas da entrada que abriram a porta para ela. Ela continuou, passando por outras pessoas olhando mapas ou anotando informações, subindo para o segundo andar em frente a uma porta grossa de madeira encantada.

Ela balançou a varinha e disse seu nome enquanto usava sua magia para entrar pela porta, que se fechou logo em seguida. Na sala estavam três pessoas, uma mulher de pele bronzeada com o olho direito tampado, seu cabelo preto curto deixava aparente suas orelhas levemente pontudas de seu sangue elfico.

Ela usava uma camisa cuja manga ia até o cotovelo, de cor vermelha, que cobria uma armadura de metal fina por baixo. Seu olhar era sério quando ela deixou os papéis na mesa para olhar Quiria. Assim como as outras duas pessoas na sala, um homem de meia idade pálido com um grande robe vermelho cheio de bugigangas, sem barba e com cabelo curto, e um outro alto e forte usando uma armadura de peles sob a pele escura.

"É melhor que tenha um bom motivo para nos interromper, Quiria?!"

"Claro, chefe! E sobre aquelas "encomendas" e também sobre um visitante."

Quiria abaixou a cabeça e foi até a mesa e deixou os papéis para serem analisados. O velho pegou os papéis e conferiu eles antes de entregar para a mulher sentada, que os viu e olhou para o velho que assentiu.

"Ótimo! A carga foi trazida sem problemas, mas veio com uma pessoa que eles encontram na estrada. Ele disse se chamar Fior e veio para cá encontrar Guiarde. Não temos nada agora ou de antes sobre esses nomes, então podemos presumir que ele seja um espião?!"

"Eu verifiquei isso, ele não tem qualquer magia, suas roupas itens até mesmo o cão, tudo normal! Acredito que seja um sobrevivente de uma vila próxima que se perdeu na direção e por suas ações nunca deve ter aprendido a escrever e ler caso contrário não cometeria erro de nome."

A chefe uniu as mãos e recostou na cadeira em pensamentos. Deixar um desconhecido livre era perigoso, mas mantê-lo custaria, vender seria um bom caminho ou até mesmo o colocar para trabalhar, mas todas as ideias tinham o risco dele fugir, no fim o meio mais seguro era matar.

Enquanto ela se decidia em uma solução, Quiria respirou fundo olhou para eles levantando a mão para chamar atenção. Vendo isso a chefe acenou com a cabeça para falar.

"Com sua permissão, eu gostaria de manter ele comigo! Ele aparenta ser um elfo de linhagem pura e seria ruim um artigo dão bom ser desperdiçado. Claro que me responsabilizarei por qualquer coisa que venha a acontecer!"

Todos olharam para ela, especialmente o homem forte a mulher, e se entre olharam um pouco. Depois disso a chefe se voltou para ela.

"Eu posso aceitar isso, mas como você pretende cuidar dele?!"

"Eu usarei "coração derretido" para manter ele controlado, claro que em doses pequenas e bem distribuídas!"

Quando o nome da droga foi citado todos entenderam no que ela estava pensando. "coração derretido" era uma droga criada com sangue do coração de um monstro parecido com uma serpente de muitas caldas e plantas especiais que causava um alto grão de dependência, quebrando as pessoas.

"Não vejo problema, mas seria bom usar contenções também."

O velho disse com sua mão no queixo enquanto analisava Quiria, que assentiu em entendimento rapidamente. Não importava o quanto tentasse ela não conseguia conter a empolgação de ter conseguido-o para si, o que aparecia em seu rosto sorridente.

"Já que chegamos a um acordo, eu gostaria de poder ter o cão também para ser estudado. Sendo ele um meio fera, podemos usar isso para criamos mais para nós servirem, o que acha?"

"Parece bom. Deixarei Bunper como supervisor e acredito que seu aprendiz, Tion, ajudara também?!"

O velho, Bunper, e Quiria, assentiram em aprovação e ela saiu da sala os deixando sós mais uma vez. O homem musculoso olhou para a chefe sem dizer nada, mas ela nem precisou olhar ele para responder.

"Eu sei o que vai falar, mas e melhor assim. Quanto melhor se sentir mais poderá ter resultado, isso foi um preço pequeno a pagar. Além de que caso cometa um erro terá uma faca na garganta."

"Devo concorda. Quiria e uma excelente maga e estudiosa, logo alcançara o terceiro circulo e se tiver bom resultado teremos um incremento em nossa força!"

O Bunper disse enquanto anota algo em seu caderno, o homem musculoso suspirou e cruzou seus braços. Ele conhecia as perversões dela e sabia muito bem sobre o que acontece com quem usa muito "coração derretido".

"Está bem, só espero que ela não quebre seu mascote com sua diversão e venha falhar em seu trabalho!"

Todos na sala deixaram um sorriso escapar antes de voltarem ao trabalho. Enquanto isso acontecia o tempo passava e logo já estava anoitecendo, o sol ainda brilhava mais com sua cor laranja e a lua já era vagamente visível.

Na prisão um som se propagou por entre as celas, um ronco que vinha do estômago dos prisioneiros. O homem que se vestia melhor estava reclamando desde o meio dia o fato de não os terem alimentado, enquanto o sem camisa apenas concordava.

Mas Vantru não tinha dado qualquer importância a eles, a única pessoas que lhe chamou atenção foi o homem virado para parede. Não tinha qualquer som vindo dele, até mesmo sua respiração era bem controlada, era obviamente alguém treinado, mas a questão era o que ele fazia aqui?!

"Hei! Gracinha! Que tal antes daquela vadiazinha aparecer ou algum guarda você não vem aqui para nós conhecer melhor!"

Vantru nem sequer se deu ao trabalho de abrir seus olhos, o que deixou ele bem irritado, ele não era alguém que gostava de ser ignorado. Ele pegou uma pequena pedra e iria arremessa contra ele, mas nesse instante um medo colossal tomou conta dele, era como se na frente dele estivesse um monstro inimaginável.

A pedra em sua mão pesava como uma montanha, seus braços cairão sem forças, seu corpo inteiro parecia sem força quando ele caiu no chão. Os que estavam próximos a ele não entenderam isso, mas podiam sentir o cheiro de urina e fezes vindo dele.

"Darte, o que houve? Ei?! RESPONDA, DARTE!?"

O homem sem camisa olhou para ele e notou que seus olhos estavam virados e seu corpo parecia rígido, mas logo ele parou quando Vantru parou de usar sua intenção assassina. Mas ele conseguiu fazer com que o homem de costas reagisse pela primeira vez.

Por um instante seu olhar cruzou com o dele, seus olhos cinzentos contra os verde, e foi o suficiente para compreenderem um ao outro. Um arrepio passou pelo corpo do homem, mas ele conseguiu não transparecer isso para os outros mais era fácil para Vantru captar.

(Não sei quem você é, nem porque está aqui, mas não e uma pessoa ordinária. Não para conseguir sentir uma aura tão leve de minha intenção assassina.)

Vantru era alguém que tinha uma intenção assassina e sede de sangue incomensurável mais que por isso alcançou um controle tão perfeito que ninguém poderia se igualar. Então sentir uma fração dela, mesmo que fosse intencional, era um feito impressionante dito que era algo tão pequeno que nem uma pessoa normal sentiria.

 Depois disso ele anulou sua intenção assassina. Poucos instantes depois alguns guardas entraram na prisão com tigelas, o homem sem camisa chamou desesperadamente para eles ajudarem. Um guarda deixou as tigelas no chão para olhar, mas teve que cobrir o nariz pelo cheio de dejetos.

"O que houve aqui?"

"N-não sei! Ele apenas caiu no chão e não consigo acordá-lo…"

O guarda olhou para ele e tocou seu peito, o coração batia rapidamente, e usou uma magia baixa de cura no corpo. Depois disso os olhos dele se fecharam e ele dormiu, o guarda saiu da sela para buscar um macacão amarelo enquanto o outro deixava a comida.

Quando ele retornou entregou jogou no chão e disse para eles o limparem depois de acorda. Enquanto eles discutiram quem o trocaria, Vantru pegou sua tigela de mingua, uma pasta semi-líquida de sereias, não tinha cheiro de nada, seu único propósito era nutrir.

Mas tinha um bom motivo para eles apenas os alimentarem agora. Eles não podiam se dar ao luxo de deixar que os prisioneiros ficassem fortes, então valia apenas alimentá-los uma vez por dia para mantê-los vivos mais ainda fracos para escapar. Isso se você fosse necessário.

Ele pegou uma colher cheia e sorriu discretamente enquanto tomava, sabendo que tinha drogas em se alimento. Ele comeu tudo para não parecer suspeito enquanto seu corpo refinado pelos venenos destruía a droga assim que entrava em seu corpo.

(Bem, vamos entrar no jogo. Eu posso conseguir mais do que imagino se jogar bem minhas cartas e aquela mulher será um degrau para isso.)

 Ele também notou que as outras tigelas e até a água de todos estavam alteradas com alguma droga, mas isso não o incomodou. Os dois homens trocaram as roupas de Darte com muito desgosto mais ele estava agora usando um grande macacão amarelo e usaram as roupas sujas para cobrir os dejetos.

Mas ele não acordou e eles começaram a sentir uma imensa sonolência, logo todos caíram ao chão adormecidos, exceto o homem de olhos cinza. Ele estava sentado calmamente enquanto Vantru fingia dormi também, mas ele não fez qualquer movimento até que todos estavam dormindo e ele deitou também.

(Grio, vá e fuja para a floresta próxima, mas deixe um pouco de sua mana no solo.)

Grio, que estava amarrado no portão, olhou em volta achando que estava enlouquecendo, mas a voz repetiu a mesma frase outra vez mais muito mais intensamente.

(O que? Agora ele também está na minha mente!? Minha vida não pode ter paz, não é!)

(Pare de perder tempo e vá, mas quando eu lhe der comando volte e circule a cidade marcando com sua mana.)

Grio puxou as cordas que o amarravam e antes que os guardas notassem ele já havia fugido para floresta, deixando um pouco de sua mana naquele local. Tion que havia vindo buscar ele não pode deixar de ficar irado ao ver que ele havia fugido.