Vantru voltou para casa em um momento onde a lua já estava bem alta, ele olhou em volta e tentou detectar se poderia haver alguém com seu senso de Ji, depois de confirma que estava tudo normal entrou rapidamente na casa.
O corpo da serpente e dos gatos selvagens cairão ao chão, jogou a lança no chão e ele só pode deixar seu corpo dolorido cair ao chão em um amontoado de tecidos que podia ser rudemente ser chamado de cama. Seus músculos estavam doloridos e seus ossos rangiam, mas não havia tempo a perde para um verdadeiro cultivador.
Ele se sentou em posição e tirou os mantos que o cobriam, pegou o jarro contendo sangue da serpente, abriu e o colocou no chão. Suas mãos se uniram em um círculo e sua energia adentrou no jarro, pouco depois finos fios de sangue começavam a se erguerem no ar e depois começaram a girar.
Após alguns minutos o sangue que ele conseguiu colocar no jarro estava todo em uma esfera, girando em fios uns sobre os outros. Suor escorria de seu corpo por conta do trabalho delicado que era controlar o Ji no estagio tão baixo, mas isso não o parou e continuou.
Suas mão começaram a se separar da forma de circulo e seu próprio Ji entrou na esfera de sangue, com a separação de suas mãos uma parte do sangue também se separou. Ele acenou com sua mão esquerda destruindo a parte separada.
(Pronto. Agora que retirei o que não prestava posso fazer pílulas de alta qualidade e com quase cem por cento de aproveitamento!)
Vantru limpou o suor de seu rosto e uniu as mãos novamente e o sangue se direcionou para seu meio, se dividiu em três pequenas esferas de sangue. Depois delas se estabilizarem, uma pequena chama sangrenta com verde esmeralda se formou em suas mãos.
(Já que não tenho uma fornalha para pílulas ou qualquer outra ferramenta adequada terem que me contentar em queimar com o JI nas minhas mãos.)
Lentamente a chama envolveu as esferas de sangue criando uma camada mais dura em seu exterior, enquanto a energia melhorava sua qualidade. Minuto se passaram quando a chama se apagou e três pílulas vermelhas escurecidas caiam nas suas mãos.
Vantru abriu suas mãos e as viu, sua animação foi momentânea por conta de seu cansaço por uso continuou de Ji, mas havia dado bons frutos. Ele pegou uma delas e ingeriu sentindo a energia fluindo rapidamente pelo corpo, restituindo sua energia gasta.
Ele continuou cultivando e absorvendo a energia da pílula, sua energia era aumentada rapidamente, mas sabia que não poderia contar sempre com pílulas, medicamentos ou elixires para se torna forte. Isso por conta de quanto mais rapidamente você se fortalece mais cedo encontrar barreiras de dificuldades, depender somente de outras fontes e não de sua própria força o tornaria fraco perante aqueles que trilhavam o caminho difícil.
Vantru deixou a pílula ser completamente absorvida e depois de mais alguns minutos abriu seus olhos. Sua força havia aumentado, tanto física quanto energia, mais ele sentiu uma coisa intrigante e se concentrou no seu núcleo.
(Ele ficou mais forte!? Mesmo eu não fazendo nada direcionado a seu fortalecimento sua força cresceu… Talvez isso vem para melhor! Posso usá-lo para romper um reino inteiro caso posso fortalecê-lo o bastante!)
Seu núcleo havia se tornando mais intenso e brilhante depois de cultivar, e pela primeira vez ele pode ver como era, um vermelho intenso como sangue quente. Por suas analises poderia supor que tinha relação com o elemento fogo.
Agora que ele tinha um núcleo e seguia, até certo ponto, as regras desse mundo talvez ele poderia usar as técnicas dele, mas a questão era se o que ele sabia sobre magia se aplicaria. Vantru viveu muitas vidas, algumas curtas outras tão longas quanto a existência de um universo, e entre elas algumas ele viveu em mundos onde o poder era chamado de magia.
Mas depois de tantas reencarnações as memorias se tornavam borradas, ele apenas poderia se lembrar corretamente daquelas que ele havia lembrado na sua ultima vida como Imperador Wanguian e muitas outras estavam vagas demais por conta dele ser fraco demais para suporta telas.
(Preciso me fortalecer! Quanto mais forte eu for mais memorias eu poderei ter acesso e mais poder eu poderei ter!)
Vantru olhou para o tecido que cobria sua entrada, viu a luz da luz no chão e voltou a cultivar. Ele pensou em usar mais uma pilula, mas no fim decidiu usá-las em outro momento, seu foco agora era cultivar o quanto podia para alcançar o reino de Fundação de Ji e começar a criar o verdadeiro Domínio do Abate.
Ele começou a fazer diversas símbolos de restrições em sua volta e usando o cristal em seu pescoço os fortaleceu. Seu uso era muito simples, concentrar energia e prendê-la em um ponto fixo, algo vagamente semelhante as cavernas de cultivação.
A energia se acumulou com o tempo enquanto ele cortava a serpente e tratava os corpos dos gatos selvagens para comer e poder fazer pílulas com suas carnes.
(Se eu tivesse ervas medicinais, monstros mais forte e uma fornalha poderia fazer ainda mais pílulas. Bem, não posso reclamar do que tenho! Um local bom para cultivar e para achar presas.)
Enquanto ele preparava suas presas as panteras terminavam sua rotina de buscas, voltando para uma toca nova criada por Adra, Vru e Farn depois que Ani escapou. Elas se deitaram para descansar, mas uma delas estava do lado de fora observando a noite em pensamentos.
(Sera que e a decisão certa me aliar a ele… talvez se torne algo ainda pior no futuro! Se o velho lorde estivesse aqui ele poderia esclarecer tudo, mas não posso saber onde ele estar já que entrou em isolamento para sua evolução. Logo eu também terei que entrar…)
Ela sentiu sua energia crescendo a cada momento e logo romperia para o próximo estagio, evoluindo sem saber quanto tempo isso demoraria para ser concluído. Sendo a mais forte ela não poderia deixar que, agora apenas três, os outros cuidassem de tudo até que ela voltasse.
No fim ela não tinha muita escolha, teria que fazer uma aposta com Vantru.
O sol já estava raiando e Adra decidiu ir a casa dele, mas antes deixou suas ordens para eles e por fim decidiu trazer Tran com ela também. Adra deixou Vru e Farn encarregados de verificar as redondezas para ter certeza de que não teriam caídos vagando, mesmo que agora eles já estivessem em menor numero.
Ambas chegaram em pouco tempo na casa dele, mas uma sensação fez Adra parar, isso era instinto de perigo. Ela o ar próximo da casa pesado e uma grande concentração de mana dentro, porem isso não durou muito e o ar voltou ao normal mais a concentração de mana continuava.
(Não… mas será que ele realmente conseguiu um núcleo!?)
De repente a tecido da entrada foi levantado e Vantru saiu vestido como sempre ela o via, coberto completamente por mantos e tecidos. A lança não estava em sua mão como de costume, mas ela sentiu alta densidade de mana em seu entorno diminuir rapidamente enquanto ele se aproximava.
"Eu já estava me perguntando se não veria você hoje! Mas o que traz Adra aqui?"
Ele acenou para Tran enquanto olhava para Adra esperando sua resposta.
"Ela me contou sobre seu pedido. Eu posso ajudar, até certo ponto, mais preciso saber se posso realmente ter o mínimo confiança em você!"
Como ela poderia dar alguma confiança em alguém que sempre se cobria totalmente, não deixa cheiro se não os dos panos e tinha tantos outros segredos que ela se quer poderia imaginar. Criar um núcleo em dois dias deveria ser impossível, aumentar o poder em tão pouco tempo deveria beirar o impensável.
Vantru sabia que o modo como se portava não causa quase nada de confiança, talvez em Tran, mas ele tinha ideia de como elas se portaria se soubessem como ele era de verdade.
(Parece que tenho que dar alguns passos de confiança a ela… )
Ele segurou o manto e retirou, agarrando os tecidos por baixo, deixando seu cabelo escarlate se soltar e suas orelhas podiam deixar se espremer contra seu cabelo. Vantru observou a reação delas e inicialmente foi como o esperado.
Tran ficou imediatamente em choque ao ver sua aparência, mas Adra, mesmo tento ficado surpresa, demonstrou uma expressão pensativa mais logo foi mudada para uma compassiva para ele, com seus olhos triste como se lembrasse de algo.
Vantru não esperava essa reação dela, muito menos ela começar se aproximar dele. Adra andou lentamente para frente dele, mas não estava mais em guarda, mas sim completamente aberta, o que fez ele dar um passo para trás e preparar seu ataque. Porem, ela o surpreendeu mais uma fez ao colocar sua pata em sua cabeça e acariciá-lo enquanto falava.
"Sinto muito pelo que houve com você pequenino! Se soubesse teria feito as coisas de maneira diferente, mas e bom ver que você esta bem! E sinto por sua perda, ela era uma boa pessoa!"
Vantru ficou sem reação perante as ações de Adra, sua palavras e gestos eram como de uma pessoa que o conhecia a tempos, mas ele nunca soube dela, junto a isso estavam as frases que se dirigiam a sua Mãe, Vaktia.
(O que está acontecendo?! Ela me conhece?! Mas como se eu nunca a vi… ela fala de minha mãe como se há conhecesse bastante, mas eu não me lembro dela falar sobre nenhuma pantera… )
Como se ela estivesse capitando seus pensamentos falou novamente.
"Eu sei que você deve estar curioso e confuso sobre como eu conhecia sua mãe e você, mas antes disso vamos nos sentar um pouco."
Assim que sua pata parou de acariciar sua cabeça e orelhas ela criou uma pequena elevação que serviria como assento, uma para cada um deles. Ela sentou seu corpo e capitou o olhar inquisitivo dele.
"Eu vou lhe explicar, mas antes disso devo lhe dar parabéns por ter alcançado um núcleo em dois dias!"
Ele apenas assentiu e ela começou a contar sua história. Era uma historia de uma Adra jovem, muito antes de se tornar oficialmente aprendiz do velho lorde, uma impulsiva e arrogante Arkurp.
Ela andava pela floresta buscando um local para praticar quando encontrou um grupo de caçadores humanos, 5 mais precisamente. Inicialmente eles se observaram mais rapidamente um deles disparou uma flecha contra ela.
Adra era arrogante e ao não sentir que eles tinham mana simplesmente não valia apena atacar, mas foi pega de surpresa e de guarda baixa pela flecha vinda de um dos caçadores mais afastado. Com essa chance os demais atacaram ela em conjunto, mas ela não cairia facilmente e criou uma nuvem de poeira em sua volta.
Eles perderam ela de vista e usando a ocultação mais seus sentindo apurados atacou um deles, cortando seu pescoço e usou sua calda para perfurar o peito do outro, mas sua cauda bateu na proteção de peito dele. Usando o ataque falho dela e o barulho de seu companheiro morto ele balançou sua espada, fazendo um grande corte seu corpo.
A luta entre eles continuou levando mais um deles a morte, mas ela ser ainda inexperiente no uso efetivo da terra desperdiçava muita mana sem ração. No fim foi forçada a fugir, mas eles não deixaram ela fugir e a perseguiram.
Eles continuaram a persegui-la e por estar ferida não tinha toda sua velocidade, acrescendo o fato de que um deles era um arqueiro habilidoso que não parava de disparar flechas nela a deixava ainda mais fraca. Seu corpo já estava com várias flechas cravadas o único motivo de não ter morrido foi sua proteção de rocha que ela havia colocado, mas até isso estava perdendo o efeito.
Eles correram tanto que até mesmo saíram dos territórios conhecidos e entraram mais profundamente na floresta. Foi nesse momento que ela se deparou com uma Crakte, uma espécie de serpente gigante com um longo chifre em sua cabeça e escamas duras como rocha, ela imediatamente foi atacada, mas conseguiu se esquivar e pela segunda vez encarou um perigo mortal.
Seu desespero era imenso e foi nesse momento que os caçadores chegaram, mas suas expressões ferozes se tornaram de medo ao ver a serpente, sem pensar duas vezes correram. Adra pensou em um plano, mas só teria uma chance e entrou em ação.
Ela prendeu os pés deles ao chão e fez cortes com lâminas de pedra em seus corpos, depois disso usou tudo que tinha para correr o mais longe que podia, ignorando os xingamentos, insultos e gritos de dor deles sendo devorados pela Crakte, mas um deles, o mesmo arqueiro que a estava acertando flechas nelas, lançou uma faca certeira em suas costas antes de ter seu corpo envolvido e quebrado pela serpente.
Adra correu com tudo que tinha, mas sabia que uma hora seria achada, se não pela Crakte por outra coisa, e no fim morreria, mas os instintos de sobrevivência de um ser não devem ser deixados de lado. Ela queria sobreviver e continuou correndo até estar longe o bastante e caiu no chão.
Seu corpo estava tão fraco que qualquer animal poderia atacar e devorá-la, mas contra suas expectativas que a encontrou foi uma mulher de meia idade. Ela foi carregada com alguma dificuldade até uma modesta casa onde ela foi colocada em um cama no chão.
Vaktia cuidou das feridas dela usando medicamentos e ervas até que ela acordou completamente desorienta e nervosa pela situação e local que se encontrava, mas foi rapidamente explicada e acalmada por vaktia. Ela explicou como havia a encontrado próximo a local de certas ervas e que ela resolveu ajudá-la para retribuir a bondade do Velho lorde para com a vila.
Sua conversa foi interrompida com um choro de bebê vindo do guardo, esse foi o momento em que ela pode ver um bebê com orelhas animalescas, patas e pelo animal. Inicialmente ela se assustou, mas após alguns dias se recuperando e se sentindo confiante para conversar com Vaktia o Velho lorde veiou.
Ele não esperava encontrar alguém lá no momento em que vinha pegar medicamentos de um velha conhecida, mas após saber da situação e depois de repreender Adra agradeceu e partiu com ela.
"Foi depois disso que acabei me tornando sua aprendiz. Ele disse que via potencial em mim e que valia me ensinar! Ele também me explicou sobre você, um mestiço entre uma fera e um outro ser, mas me disse para observar e ajudar quando você pudesse usar sua magia. E lamentável que as coisas tem ocorrido assim…"
Vantru deixou essas informação rodarem em sua mente, ele sabia que Vatkia sai mais profundamente na floresta para buscar ervas, mas nunca soube de mais nenhum detalhe quase como se ela os escondesse dele.
"Espere! Isso significa que havia poucos monstros por conta do lorde, mas onde ele estar agora?!"
"Ele teve que se afastar para passar pela evolução, mas faz muito tempo que ele se foi e sem noticias e seu apoio a região ficou muito caótica…"
Era fácil entender o ponto, quando um ser forte se ausenta de sua posição haverá um vão de poder e outros tentaram tomar causando um enfraquecimento dentro da região. No fim os únicos que puderam lutar efetivamente foram as panteras que Adra conseguiu unir com o objetivo de sobreviverem.