- Wiwoi ui otrito
- Orçatec! ty ta ty ta ty ta!
- Okiko li, potra
Fico prestando a tença em suas conversas, tentando aprender alguma palavra, ou pegar padrões, porém isso é complicado, pelo menos posso dizer algo com confiança, é uma língua relativamente complexa.
Também observo bastante suas aparência, em todos os sentidos são como humanos normais, a média de altura entre os que nos capturaram está em mais ou menos 1,85m, um pouco alto, porém como são todos fortes e combatentes imagino que a média real dessa população seja menor.
Também pelo que pude observar, todos são loiro, de olhos azuis e brancos, devem vir de algum lugar frio, portanto já prevejo uma longa viagem, afinal estávamos aos pés das montanhas, eles provavelmente vivem no topo delas.
Sobre suas armas eram todas brancas, principalmente lanças, escudos e espadas, alguns com arcos porém não muitos, além de um ou outro com algumas armas únicas, não sei ao certo o porque.
Também baseado em suas roupas, chuto que tenho um sistema de castas, fácil de notar pela qualidade das armaduras, pelos seus corpos, claramente existe uma maioria meio desnutrida, pelas armaduras de segunda.
Também não é difícil notar por suas expressões um claro desgosto de uma classe sobre a outra, nobre parecem não se misturar com plebeus, ou algo como isso.
Um ponto bem interessante foi a presença de mulheres entre os soldados, vale dizer não eram poucas, mais importantes usavam as mesmas armaduras pesadas que os outro, honestamente não acho que uma mulher seria capaz disso, talvez elas tenham uma composição corporal diferente das que eu conheço, porém seus corpos parecem muito magros para caber tantos músculos, além de manter uma flexibilidade típica feminina, que não seria possível se fosse de fato assim tão forte, o que me leva a pensar em magia, ou em um material muito bom para fazer essas armaduras.
...
Depois de horas viajando de maneira nada confortável, parece que finalmente chegamos ao destino, por isso já não tenho mais tempo para ficar os analisando, espero ter descoberto o suficiente.
- Wowio.
Somos levados até uma grande e luxuosa sala, com alguns quadros nas paredes, gigantes colunas, um enorme espaço vazio e no centro da sala um singelos, porém imponente trono.
Sentado nele estava uma garotinha, usava uma roupa similar a uma farda militar, basicamente uma roupa do exércitos, com algumas medalhas presas, como proches, tinha cabelo loiro, olhos azuis, um corpo pequeno, magro, basicamente uma criança de 13 anos.
Foram nos empurrando até perto dela, logo entendi a importância dessa pessoa, todos começaram a se curvar, porém em uma saudação que nunca tinha visto, cruzando os braços, se inclinando, além de abaixar os joelho até quase tocar o chão, mas mantendo uma pequena distância, em uma posição quase de exercício físico, sem dúvidas nada confortável.
De qualquer maneira eu os copio, honestamente não tenho muitas expectativas de que isso vai funcionar, ainda assim não custa nada fazê-lo.
- Que interessante, parece que sabe seu lugar estrangeiro.
Então ela pode falar minha língua, isso torna tudo mais conveniente. Continuo curvado e a deixei continuar falando.
- Creio que tenham tido uma viagem cansativa, bem acontece bastante de virem estrangeiros como vocês daquela floresta, ela está de alguma forma ligada ao seu mundo.
Então realmente esse é outro mundo, o problema parece uma merda.
- Mas sabe eu já não tenho interesse em mais estrangeiros, por isso tem 20 segundos para me darem um motivo para não os matar.
- Fiquem calmos.
Quando ela diz isso me solto das amarras, ordeno a todo que relaxem, pego meu revólver com apenas mais uma bala, aponto para ela e digo.
- Imagino que saiba o que é isso.
- Uma arminha,e daí isso não pode me ferir.
- Nesse caso acho que não teria problemas se eu atirasse na sua testa.
- Por que eu levaria uma ameaça dessa a sérios, woiut.
Ela diz algo, provavelmente peguem eles.
Pow!
No primeiro sinal de movimento atinge um deles, exatamente na testa, ele cai morto na hora, os outros entendem o poder dessa arma, se sentem compelidos não avançam mais.
- Poderia ter lidado com isso.
Kana e Akeno dizem, sei que estão certas, mas precisava disso para a ameça e mais importante, não queria deixar para elas o peso de matar outro ser humano.
- Então quer que eu te mate e todos os seus subordinados, ou podemos chegar a um acordo.
- Suas balas vão acabar eventualmente, não tem como ganhar.
Já acabaram na real.
- Sim está certa, mas posso pelo menos te matar antes disso.
- Não conseguiria.
- Então vai apostar sua vida nisso.
- Não pode me matar.
- Prefiro te matar do que morrer passivamente.
Olho de forma ameaçadora, não estou de forma alguma disposto a perder ou morrer aqui.
- Tente!
Ela parece irritada, repentinamente começa a brilhar, talvez algum tipo de magia, sinto uma enorme pressão sobre mim, ainda assim me mantenho na mesma posição a ameaçando, olhos os outros, tanto seus subordinados quanto os meus parecem apavorados, apenas Akeno e eu conseguem resistir.
- Pode relaxar.
Seguro a mão da Kana, não podia ficar vendo ela desse jeito.
- Só isso, quero que tome logo a decisão, vai morrer aqui ou vamos negociar putinha!
- Realmente ousa ir tão longe! Vou chicoteá lo, puni-lo, sem dúvidas vai implorar por uma morte rápida!
- Tente.
Respondo com as mesma palavras que ela uma vez usou.
- Hahaha!
Um riso psicótico, oscilando entre raiva, prazer, indignação, que arrepiam até a alma, devo admitir ouvi-lo foi a segunda vez que senti medo desde que tudo isso começou.