Quando chegaram à casa de Angeline, os garotos ficaram na porta, esperando por Erine e Erika. Não demorou, até que um belo carro verde parou na frente da casa.
Erine, Erika e Gerard desceram. Jeff e Angeline aguardavam em frente às crianças.
-Oi! -Erine acenou.
-Opa! -Gerar apertou a mão de Jeff.
-Oi. -Erika disse.
Ela estava horrível comparada à última vez que esteve ali. Sua feição agora estava cansada, seu semblante abatido. Seu enorme cabelo estava preso em um coque, e seus lábios curvados para baixo, como se nunca tivessem se curvado em um sorriso antes.
-Olá, meninos. -Ela abraçou cada um dos cinco.
-Olá, Erika. -Jeff a cumprimentou com um abraço.
-Querida... -Angelina lhe deu um abraço também. -Eu só soube hoje de manhã. Entre, vou te fazer um chá.
As duas entraram, seguidas de Jeff e Gerard. Erine foi atrás dos meninos.
-Que cheiro ruim. -Disse Max. -Parece que a dona Erika tava...
-Bebendo. -Scott terminou.
-Meninos. -Erine pôs as mãos nos ombros, uma em Max e uma em Scott. -Desde que o Joe se foi, a dona Erika... Não tá bem. Ela começou a beber pra se esquecer de tudo o quê aconteceu. Ela não consegue mais evitar. A gente vai ajudar ela aos poucos, mas vai ser difícil.
-Quando alguém começa a beber demais, é difícil parar. -David começou. -Meu tio mesmo, tem 50 anos e parece ter uns 90, mal consegue ficar em pé. Parece que ele apodreceu.
-Tadinha. -Zack comentou. -Acho que ninguém ia aguentar, também. Ela perdeu o filho.
-E o irmão. -David continuou. -E a mãe.
-E o pai. -Erine terminou. -Mas pelo menos, ela tem o Gerard. Ele não vai abandonar ela.
Ela suspirou, o ar saiu trêmulo se suas narinas.
-Parece que falta algo quando a gente se junta. -Zack comentou. -O Joe fazia o mundo mais... Brilhante.
-Oi! -Uma voz interrompeu a conversa. -Lembram de mim?
Era Lucielle.
-Sim! -David correu para abraçá-la. -Quanto tempo, Luci! Como você está?
-Nossa! -Ela riu. -Muito bem. Desculpa, eu não lembro dos nomes de vocês.
-Eu sou o David! -Ele sorriu.
-Oi, David. Não vou esquecer seu nome.
Lucielle apertou a bochecha de David, e o garoto corou.
-Se-Sério!?
-Oi! Eu sou a Erine! -Erine deu a mão para Luci. -Prazer.
-Oi, Erine. Sou a Lucielle. Pode me chamar de Luci.
Os garotos cumprimentaram Luci. Ela os levou para a sala da casa, onde estiveram dois meses antes.
-Tira o olho dela! -Zack sussurrou para David.
-Nem vem! -David murmurou de volta.
-Não briguem! -Erine sussurrou.
-Idiotas. -Scott falou, em voz alta.
-QUEM FALOU ESSA PALAVRA FEIA!? -Angeline berrou.
Todos apontaram para Scott.
-Venha cá. Você vai ir primeiro.
-De novo?
-De novo o quê?
-Eu fui primeiro na outra vez também!
-Deve ter sido por ter a boca suja. Sente-se e beba esse chá.
-Ah mer... -Ele se sentou em uma cadeira, em frente à mesa, quieto. -É... Qual chá?
-Esse. -Lucielle lhe deu um copo vermelho.
Scott bebeu o chá. Rapidamente, ele deitou a cabeça sobre a mesa.
-Precisamos agora do... Scott! Esse é o nome, Luci?
-Sim.
-Esse é o Scott! -Hector gritou.
-Ah. Então... -Angeline olhou para Luci.
-David. Tome.
David pegou um copo violeta. Ele bebeu, e sua cabeça pendeu para frente.
Luci se sentou entre eles, e bebeu chá de um copo verde.
-E nós? -Erine perguntou.
-Vamos assistir.
Logo, vozes emanaram do ar. Eram as vozes de David, Luci e Scott.
-Bom. E agora? Onde estamos? -Scott perguntou.
-Isso é uma viagem astral. -Luci respondeu.
-Eu tô voando? -David questionou.
-Não. Estamos à deriva no vazio.
-Isso é meio triste.
-Quietos. Tem uma coisa que eu preciso mostrar para vocês dois.
-Ei! -Disse Gerard. -A aura! A aura misteriosa surgiu nela!
-O quê? -Erika perguntou. –'Aquela' aura?
-É.
-Quietos. -Angeline disse. -Vamos ouvir.
-O quê... O quê é isso? -David perguntou.
-Parece um sonho. -Scott comentou.
-É porquê é um sonho. Tudo está perdido em um sonho. Isso, meus amigos, é o tempo. Essa luz dourada é o fluxo dele.
-Eu só tô vendo uma lâmpada. -David riu.
-Fluxo? Como assim? -Scott perguntou.
-É a direção que ele está fluindo. Entende?
-Mas... Quê direção? Parece que não vai para lugar nenhum, é só... Uma bola.
-Exatamente. Esse é o problema. O tempo está... Enroscado. Ele não consegue fluir para a direção correta, está preso em um... Círculo.
-Ué. Isso é ruim? -David estava confuso.
-Um círculo? Quer dizer... Um looping?
-É. Estamos presos nisso. A questão, é que eu consigo prever as coisas, como a Angeline faz, porquê eu tenho um poder raro, chamado de Vislumbre. É difícil explicar, mas...
-O Max também faz isso. A gente já sabe como funciona. -Scott a interrompeu.
-Ah... Entendi. Bem, a questão, é que eu consigo ver, mas só até 10 anos no futuro. Depois disso, não tem nada.
-Nada... -Scott murmurou.
-É como o Joe disse aquela vez.
-O quê!? -Luci gritou. -O quê ele disse?
-Disse que... Nós, só que do futuro... avisamos ele que o mundo vai acabar em 10 anos.
-Como?
-Angeline abriu alguma coisa... -Scott disse.
-Era algo tipo... -David continuou. -Os caminhos do tempo... Algo assim...
-Os canais do tempo? -Luci questionou. -Não! Se ela fez isso...
-Então é uma emergência! -Angeline gritou. -Voltem!
-Venham. -Luci chamou. -Vou mostrar até onde vai. Segurem nessa luz amarela.
-Como? -Scott perguntou.
-Isso é um sonho. Você só consegue.
-Que irado! -David riu.
-Ei... -Scott avisou. -O quê é... 'Aquilo'?
-Aquilo é o fim. -Luci respondeu. -O fim de tudo. O tempo acaba aqui. Literalmente. O próprio tempo deixa de existir. É como uma parede que faz tudo voltar à estaca zero. Sempre que eu olho, vejo essa marca aqui... Não sei o quê significa.
-Scott! É a nossa marca! É a marca dos Mirai!
-Caralho, é mesmo!
-O quê? Como assim?
-Nós somos os mirai. Essa marca representa a gente.
-Então... Será que... Vocês...
-Será que nós causamos isso? -Scott perguntou.
-Acho que foi.
-Não. -Luci disse. -Não foram. Eu acho que vocês são a variável que pode mudar o destino. Mirai...
-Mirai... -David murmurou. -Engraçado. Significa futuro.
-Futuro? -Luci riu. -Nossa! Sim, o futuro que pode vir depois do tempo. Um nome incrível.
-Mas ei... -Scott chamou. -Como a gente vai mudar tudo? Tipo, o quê é 'tudo'? O quê aconteceu... Ou vai acontecer?
-Ele aconteceu. O Homem de Amarelo. Vejam ele.
-David...
-Eu tô vendo. Luci, o quê você tá vendo?
-Nós três, cara a cara com um gigante amarelo brilhante.
-Olha embaixo dele. -Scott disse.
-O quê? Nada demais.
-Um mosaico. -David observou. -O quê será que significa?
-Alguma coisa. Vamos lembrar disso.
-Será que esse é o...
-Rei do Mal.
-É. Rei do Mal.
-Agora a visão acaba. Eu normalmente escuto dois homens brigando quando o tempo acaba. Os nomes deles... David e Scott.
-QUÊ SENSAÇÃO HORRÍVEL! -David gritou.
-Frio na barriigaaaaa! -Scott grunhiu.
Os três pularam para trás, despertos.
-Vocês... -Lucielle suspirou. -Estão bem?
-Sim. -Scott disse. -Só que a volta me incomodou um pouco. Sabe quando você sonha que está caindo?
-É. É sempre assim. -Luci disse.
-Enfim, vocês viram. Parece que todos vocês estão cientes do quê vai acontecer. -Angeline disse.
-Parece assustador. -Zack disse. -Por que só o Scott e o David puderam ir?
-Porquê eles são os únicos que estavam dentro da visão. Mas por quê será...?
-A marca etérea. -Jeff disse. -Muito provavelmente é isso.
-Acredito que seja. -Erika disse. -Mas será que todos os Eteristas vão estar lá, ou sobreviver ao fim?
-Não sei. -David disse.
-Acho que não. -Luci disse. -Só os dois sobreviveram. Precisamos saber o porquê.
-Canais do tempo. -Angeline disse.
Todos se viraram para ela.
-O quê?
-Se eu fizer isso, vocês todos vão ficar sensitivos para o tempo. Pode ser a única forma de impedir o fim.
-Fim entre aspas. -Gerard disse. -Eles viram um looping no tempo. Isso provavelmente significa que essas coisas aconteceram antes. E sabe-se-lá quantas vezes.
-Sim. -Angeline sorriu. -Acho que aparentemente temos problemas no tempo.
-Isso significa que temos que achar uma brecha para poder mandar os meninos através do tempo.
-Exatamente. Basta usar um encantamento.
-Encantamento? Será que vai funcionar?
-Vamos ver o quê acontece.
Angeline pegou um copo de chá e começou a beber.
-O quê você vai fazer? -Luci perguntou.
-O quê deve ser feito. Vou abrir os canais do tempo.
-Mas... Isso pode ser...
-Perigoso? Sim. Precisaremos de um catalisador poderoso.
-E então?
-Eu já sabia que isso ia acontecer. -Angeline suspirou. -Faz anos que eu preparo isso.
-O quê? -Luci arregalou os olhos. -Como você sabia?
-Eu já te disse, Luci. -Ela piscou, e deu um abraço em Luci. -Nós videntes nunca devemos procurar o momento de nossa morte. É nossa mais importante regra, e todos nós quebramos.
-O QUÊ? -Luci gritou. -NÃO!
-Eu já preparei tudo há muito tempo, querida. Fique aqui, e cuide de tudo por mim. Não temos tempo para despedidas.
A mesa começou a brilhar, e levitar. Angeline subiu na mesa. O teto da sala começou a rachar, a deixar de estar ali enquanto a uma violenta ventania soprava. Erine e Erika se abraçaram. Luci e Gerard correram até elas e abraçaram também. Um céu estrelado, cheio de nebulosas brilhava acima dela.
-ME PROMETAM QUE VÃO FAZER BOM USO DOS CANAIS, MIRAI!
Hector ergueu a mão. Glória surgiu do vazio.
-EU PROMETO! EM NOME DE TODOS OS MIRAI, EU TE PROMETO, ANGELINE! VOCÊS QUATRO, PROMETAM!
Scott, David, Zack e Max começaram a gritar:
-NÓS PROMETEMOS!!
A ventania caótica se agravou. Os cinco continuaram ali, em pé. Jeff caiu no chão.
-SE MANTENHAM FIRMES! -Hector berrou. -FIRMES E FORTES!
Era como no dia do ritual de encantamento de Glória. Ele plantou os pés com força no chão.
Zack tremeu, mas não caiu.
Scott se firmou no chão.
-SIM! -David berrou.
-EU NÃO VOU CAIR! -Max berrou.
-NENHUMA TEMPESTADE JAMAIS VAI CONSEGUIR NOS SEGURAR! NÓS... -O vento ficou mais forte. As paredes cederam. -SOMOS... -A mesa com Angeline brilhou com força e subiu mais alto. -O FUTURO!! -A mesa brilhou.
As nebulosas no céu se contorceram, formaram um olho celestial avermelhado. Raios multicoloridos rugiram no céu. O centro do olho começou a se abrir, como um vórtice.
Dentro, luzes estranhas se formaram. Dois pequenos cometas foram lançados de lá, um verde como uma esmeralda e um vermelho como um rubi.
Vozes emanaram daquele ponto.
-SCOTT! SCOTT ESTÁ ME OUVINDO!? SOU EU! DAVID!
-O quê...? -Scott respondeu.
-DUNCAN! DUNCAN É A ÚLTIMA CHAVE! O SELO É UMA ARMADILHA, NÃO DEIXE ELE TOCAR NO SELO!
-Que selo!?
A mesa de Angeline brilhou como uma supernova. A explosão cegou a todos. E então... Estavam de volta na sala de estar.
-Ué!? -Jeff exclamou.
-Achei que tinha morrido. -Erine tinha lágrimas nos olhos.
-Angeline... -Luci começou a chorar.
Erika e Erine abraçaram a garota. A mesa que antes estava na sala de estar agora havia desaparecido.
-Cadê...? -Hector questionou.
-Ela se usou... -Luci soluçava. -Se usou para abrir os canais...
-MERDA! -Erika gritou. -NÓS VIEMOS AQUI PARA ISSO!? VIEMOS MATAR ELA!?
-Querida, calma. -Gerard abraçou ela.
Erika chorava em seu peito.
-Não devíamos ter feito isso. -Jeff comentou.
-Já é tarde. -Luci respirou fundo. -Minha tutora se foi. E agora?
-Agora você está pronta para assumir o lugar dela. -Jeff disse.
-Não! Eu não posso! Eu só tenho 14 anos! Eu... Vivi tudo isso. Eu sei que já aconteceu. Angeline também... O looping ainda não acabou...
-A Angeline sabia? -Erine perguntou. -Como?
-Nós sabemos que o tempo está instável há anos. -Ela soluçou, e então se recompôs. -Ela deve ter feito isso provavelmente muitas vezes... Ah, Angeline... O quê eu vou fazer agora?
-Você vai herdar o legado dela. -Hector disse. -Não importa se o fardo é assustador, você é capaz. Você não está sozinha, Luci. Nós estamos juntos nessa. -Ele estendeu a mão fechada, tocou o punho em Luci. A marca dos Mirai surgiu na mão dela. -Você com toda a certeza você consegue, você é forte, capaz, inteligente, e sabe bem o quê fazer. A Angeline te preparou, e você só precisa estar pronta para seguir em frente. Se você tem medo, tudo bem, a gente vai te ajudar, se você acha que eu vou deixar o sacrifício dela ter sido em vão, então você se enganou.
-Hector? -Erine chamou.
-A Aura dos Reis... -Gerard disse, com um brilho nos olhos. -Brilha tão poderosa nele...
-Garoto... -Erika murmurou.
-Mas eu...
-Mas você tem a gente. É isso o quê importa. Nada mais. A gente vai te ajudar, vai te guiar, e nós vamos te escutar. Dessa vez, você vai mostrar o caminho, e eu mesmo vou ir na frente, com os Mirai juntos. Só me diga que você está pronta!
-Eu não...
-Diga! VOCÊ ESTÁ PRONTA!?
-Não!
-LUCIELLE, VOCÊ ESTÁ PRONTA PARA MOSTRAR PARA ANGELINE E O MUNDO QUE VOCÊ PODE!?
-SIM!
Hector sorriu.
-Então, você é parte de nós! Eu te declaro como guia oficial dos Mirai!
-É isso aí! -David gritou.
-Seja bem vinda! -Zack bateu palmas.
-Incrível. -Scott disse.
-BOA! -Max gritou.
-Gente... -Jeff chamou. -Lembram que uma mulher acabou de morrer na nossa frente?
-É. -Hector suspirou. -Acho que eu tô traumatizado.
-Angeline... -Luci suspirou. -Eu prometo que vou honrar seu sacrifício.
-Ela morreu mesmo? -David indagou. -Tipo, vai que ela só... Se encaixou ali, no meio do tempo e tal...
-Faz sentido. -Scott comentou. -Sentido nenhum, aliás.
-Tem razão, David. -Luci disse. -Ela pode estar em algum lugar mesmo. Vamos pensar positivo.
-E aí? -Hector perguntou.
-E aí... -Luci repetiu. -Acho que eu vou ter que assumir isso aqui. Vou fechar a agenda de clientes da semana... Tentar achar a família dela... Se é que ela tem alguma. E aí... Não sei.
-Você tá lidando bem com isso. -Erika disse. -Mas eu sei como é luto. Mais tarde, vai doer. Quando você sentir dor, lembre-se de como a Angeline queria que você ficasse... E... -Ela desabou em lágrimas. Gerard a abraçou com força.
-Tudo bem, mocinha. -Ele baixou o olhar. -Tudo bem. Chore, Luci. Chore. Chore tudo que tem, chore tudo que puder, e quando o choro acabar, seu coração vai se aliviar. Essa destruição de agora, é como se limpasse o terreno para que uma nova Luci, mais madura, mais evoluída surja.
-Obrigada. -Ela soluçou novamente. -Eu vou... Vou crescer por ela.
-Luci. -Max chamou. -Eu ia pedir ajuda a ela com uma coisa... Eu queria... Controlar meus vislumbres. Você sabe como eu faço isso?
-Ah sim... -Ela respirou fundo. -Mas só no próximo fim de semana... Eu vou tentar organizar as coisas, e aí... Acho que só me resta seguir a vida.
-Valeu. -Max abraçou ela.
Zack e David o fitaram.
-Galera. -Scott chamou. -Olhem aquilo.
Ele apontou para uma parede.
-Aquilo o quê? -Hector ergueu uma sobrancelha. -Ah merda!
Ele pegou Scott no ar, quando o menino caiu para trás.
-Ah, claro. -David resmungou. -E lá vamos nós.
-Vamos embora. -Jeff disse. -Luci, você... Vai para casa?
-Eu levo ela. -Gerard disse. -Leve os meninos. Luci, vamos te ajudar a organizar tudo aqui. Tudo bem?
-Obrigada.
-Ei. -Erika chamou. -Lembre de não remoer as coisas. A Angeline escolheu isso. Ela confiou em você. Tudo bem, querida?
-Sim. -Ela começou a chorar.
Erine abraçou ela.
-Vão, meninos. -Erine disse.
-Esperem. -Luci chamou. -Não esqueçam os nomes que ouviram aqui. Duncan e Clyde.
-Prometo! -Hector sorriu.
-Obrigada, garoto.
Hector foi junto de Jeff, que segurava Scott, e dos amigos.
'Duncan e Clyde' ele pensou. Mas e o Selo? Que selo seria aquele? Eram muitas perguntas para um dia tão... Maluco. Ele precisava de uma pausa.