Te amar foi leve quase que a maioria do tempo, nos descobrimos juntas, eu, provavelmente, mais que você. Te amar foi tempestade de verão, rápida e desastrosa, deixou marcas que levarei onde for. Te ter por algum tempo, foi algo necessário, bem como tudo que aconteceu perto do fim.
Porém o que mais doeu foi o pós, foi não te ter mais e estar perdida no que eu era e no que eu queria ter sido. Você, com suas piadas, flertes e sorrisos me conquistaram antes que eu soubesse onde eu estava entrando. Na maioria do tempo, eu me apeguei ao começo, onde tudo era fácil e lindo, leve. Só que esqueci do que eu estava vivendo, esqueci que você já não se importava comigo, você simplesmente me carregava como um peso, simplesmente um encosto. E eu lá, presa ao conto de fadas onde tudo começou, esquecendo que não existe isso na vida real.
E assim foi indo, até o dia em que você me falou que não dava mais, que não tínhamos o mesmo amor do começo, que estávamos apenas nos machucando. Você disse para nos tornarmos amigas e eu não consegui. Eu não poderia ser sua amiga, já doía demais simplesmente não te ter. Ou não saber o que eu queria.
Eu era inteiramente para você, meus amigos não existiam porque eu sempre andei com os seus. Eu não tinha ambição própria, eu estava vivendo para as suas. Hoje, eu acho que nem te amava, eu amava não me sentir sozinha.
Aos passos de tartaruga, fui me (re)construindo, descobrindo minhas ambições e percebi que eu poderia ser muito mais completa sozinha do que já fui quando estava com você,
Nanda.