Quando eu penso nas loucuras que andavam acontecendo, eu lembro de você. E penso em como você teria pirado junto comigo por causa disso. Mas sabe, você me marcou tanto que apenas fecho os olhos e você está aqui. Você enlouqueceria porque eu estou tentando jogar, você teria rido das minhas tentativas patéticas. Mas no fim, você tentaria me ajudar com isso.
Ao pensar no que a gente poderia ter sido, eu me sinto impotente, totalmente vulnerável, porque afinal de contas, você não está aqui. E sei que nunca mais estará. Nossa história acabou como uma história que tem a última página arrancada, mas acabou, não tem futuro para o que eu sinto.
A única coisa que tenho certeza é que estará comigo em todas as lembranças que guardo da gente. Eu voltarei nelas como eu volto para um livro querido depois de meses que já o li.
Te ter por míseros minutos intercalados em três anos foi a melhor coisa que já me aconteceu, mesmo que tenha sido ali, a minha ruína.
Eu nem sei porque ainda escrevo para você ou sobre você, só que é inevitável, totalmente. Tudo o que vou escrever sempre acaba em você. Sempre. Será que você ainda sente tudo o que dizia sentir alguns meses atrás? Porque você parece estar bem sem mim.
Bom, acho que preciso parar de escrever por aqui. Talvez, bem provável que sim, eu retorne a te lembrar em minhas escritas.
Espero que não tão cedo,
Nanda.