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Fúria Vermelha: O Começo

🇧🇷cronicashv
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Synopsis
Em uma cidade mergulhada no crime e na corrupção, o detetive Ryan Dawson vê sua vida desmoronar quando o chefe de polícia, Ethan McAllister, é assassinado em um atentado brutal. Devastado e sedento por vingança, Ryan recebe uma proposta sombria: usar uma armadura experimental criada pela enigmática Astra Corporation, capaz de amplificar sua força e sua fúria. Agora, como o vigilante Fúria Vermelha, ele trava uma guerra sangrenta contra as gangues de Hipton, enfrentando o implacável Leprechaun, um estrategista cruel determinado a dominar o submundo. Mas, à medida que a linha entre justiça e vingança se torna cada vez mais tênue, Ryan percebe que sua maior batalha pode ser contra si mesmo. No confronto final, com sua alma em jogo, ele terá que decidir se será o herói que Hipton precisa ou o monstro que jurou destruir.

Table of contents

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Volume 27 days ago
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Chapter 1 - Volume 1

Parte 1 – A Operação

A cidade de Hipton nunca dormia, mas sua insônia não era saudável. Era febril. Ruas molhadas refletiam néons piscando, um caos de fumaça, corrupção e medo. Nos becos, traficantes sussurravam acordos sujos; nas esquinas, a polícia passava sem ver — ou apenas fingia não ver. Aqui, a justiça não era cega; ela simplesmente escolhia quando fechar os olhos.

Naquela noite, Ryan Dawson não fechava os seus.

Ele estava dentro de uma van estacionada em um beco sem saída, observando o relógio. Faltavam três minutos.

Do outro lado do vidro embaçado pela chuva, o armazém 24B se erguia como um monstro de metal enferrujado, suas luzes piscando como olhos semicerrados. Lá dentro, criminosos bebiam, jogavam cartas e vendiam a alma de Hipton pedaço por pedaço.

No banco do motorista, Ethan McAllister, chefe de polícia, mexia no rádio, procurando uma frequência limpa.

— Tá nervoso? — perguntou, sem olhar para Ryan.

— Sempre fico antes de uma operação dessas. — Ryan ajustou o coldre no peito, sentindo o peso da arma contra as costelas. — Grotto não é qualquer um.

Alberto Grotto. Um nome que fazia até os criminosos mais calejados hesitarem. Dono de redes de tráfico, esquemas de lavagem de dinheiro e um império sustentado sobre cadáveres, ele era a cabeça da serpente que sufocava Hipton. Mas hoje, essa serpente perderia a cabeça.

A operação era simples no papel: invadir o armazém, capturar alguns de seus capangas e conseguir provas que colocassem Grotto atrás das grades. Mas Ryan sabia que nada em Hipton era simples.

Dois minutos.

O rádio chiou.

— Equipe Um, posicionada. — A voz do agente Coleman veio abafada pela interferência.

— Equipe Dois, pronta para o sinal. — respondeu outro agente.

Ethan puxou a máscara tática sobre o rosto e segurou firme sua arma.

— Vamos nessa.

Parte 2 – Ataque ao Armazém

O armazém era um colosso de metal enferrujado, cercado por um pátio de contêineres empilhados. Luzes fracas piscavam sobre os portões, iluminando a chuva que batia no asfalto rachado. Ryan e Ethan se moviam como sombras, suas botas pisando firme, mas silenciosamente. A equipe tática avançava pelos flancos.

Ethan ergueu a mão, sinalizando a abordagem furtiva. O primeiro agente da equipe tática avançou e, em um movimento rápido, sufocou um dos guardas com uma gravata, derrubando-o sem alarde.

Então, algo deu errado.

Um brutamontes de jaqueta de couro olhou para trás no exato momento em que Ethan tentava se aproximar.

POLÍCIA! — gritou, puxando uma pistola.

O ar se encheu de tiros. Criminosos puxavam suas armas e se abrigavam atrás de caixas. Ethan se jogou atrás de um contêiner, sentindo estilhaços de madeira voarem quando as balas atingiram uma pilha de caixotes próximos.

Ele puxou a arma e espiou pela lateral. Um sujeito magricela, de boné virado para trás, tentava fugir por uma porta lateral.

— Não deixa ninguém sair! — Ethan gritou pelo rádio.

Ryan correu para interceptá-lo e o derrubou com um chute na perna, desarmando-o em um movimento rápido.

A equipe tática abriu fogo de cobertura enquanto Ryan avançava para o centro do armazém, chutando uma mesa e derrubando dois criminosos.

O combate durou pouco mais de três minutos, mas na adrenalina do momento, pareceu uma eternidade. Quando o último tiro foi disparado e o eco das balas se dissipou, o chão estava coberto de corpos — alguns vivos, outros não.

Ryan se aproximou de uma mesa revirada. No meio do caos, ali estava o prêmio: um notebook aberto exibindo transações financeiras e uma maleta cheia de documentos com registros de movimentações ilegais. Provas irrefutáveis.

Ele pegou o rádio.

— Temos o suficiente. Grotto tá ferrado.

Parte 3 – Queda de um Império

A prisão de Alberto Grotto foi um espetáculo.

A polícia cercou o restaurante de luxo La Matriarca, onde o chefão do crime jantava com a família. Quando Ethan e Ryan entraram no salão principal, Grotto sequer tentou fugir. Apenas os olhou com desprezo enquanto os policiais o algemavam.

— Vocês acham que isso acaba aqui? — Ele sorriu de canto enquanto era empurrado para fora. — Prender um homem não muda nada. A cidade precisa de mim.

Ryan não respondeu. Apenas o observou ser levado. Mas algo no olhar de Grotto o incomodou: uma certeza silenciosa de que ele ainda tinha cartas na manga.

Ele ignorou o pressentimento.

Naquela noite, Hipton viu um de seus maiores criminosos ser colocado atrás das grades. Foi uma vitória para a justiça.

Mas vitórias em Hipton nunca duravam.

Parte 4 – Momento Fatal

Duas horas depois da prisão de Grotto, Ethan e Ryan estavam no estacionamento da delegacia. Ethan encostou-se ao capô do carro e abriu uma garrafa de uísque.

— Isso merece um brinde. — Ele sorriu, estendendo a garrafa para Ryan.

— A gente só ganhou uma batalha, Ethan. — Ryan pegou a garrafa, mas não bebeu. — A guerra ainda tá longe de acabar.

— Claro, sempre o certinho. — Ethan riu e deu um tapa amigável no ombro dele. — Mas me deixa curtir esse momento, pelo menos hoje.

Ele deu meia-volta, puxou as chaves do bolso e destravou o carro.

Por um instante, tudo ficou silencioso.

Então, o mundo explodiu.

A explosão veio de dentro do carro.

Uma bola de fogo engoliu Ethan antes que ele pudesse reagir. O impacto jogou Ryan para trás, o ar fugindo de seus pulmões enquanto ele batia com força contra outro veículo estacionado. Seu corpo latejava, os ouvidos zuniam.

Ele piscou várias vezes, tentando entender o que havia acontecido.

O carro de Ethan não existia mais. Apenas uma carcaça retorcida e em chamas.

Ethan! — Ryan tentou se levantar, mas suas pernas falharam.

Ele se arrastou pelo chão, ignorando a dor. Mas já sabia a verdade. Não havia nada a ser feito. O fogo consumia tudo.

Ethan estava morto.

A visão se turvou. Ryan não sabia se era por causa da fumaça ou das lágrimas que caíam sem que ele percebesse. Ele cerrou os dentes, o coração batendo descontrolado, um turbilhão de dor e ódio crescendo dentro dele.

Então, sua mente se cristalizou em um único pensamento:

Alguém pagaria por isso.

Ryan não descansaria até encontrar os responsáveis pela morte de Ethan.